terça-feira, 30 de abril de 2013

Acre: O “turismo verde” em alta.




O Acre é um estado que guarda muitos segredos naturais, que estão cada vez sendo mais cobiçados por turistas, viajantes, cientistas e entusiastas da preservação ambiental e sustentabilidade.
Floresta imponente, rios caudalosos, biodiversidade ímpar, uma serra de tirar o fôlego e um povo acolhedor: esses são os ingredientes que tornam o Acre, um lugar para se respirar a natureza de perto e viver uma realidade de vida tradicional preservada por muitas gerações.
Os caminhos turísticos são uma oportunidade de se conhecer a história do estado, desde o ciclo da borracha e o processo revolucionário, conhecer aldeias indígenas e uma fauna que guarda segredos presentes apenas ali, naqueles lugares.
São eles, Caminhos da Revolução, das aldeias e biodiversidade, caminhos de Chico Mendes e Caminhos do Pacífico.
Todos eles com, características próprias, guardam a história de um povo, cachoeiras, trilhas, comunidades indígenas com tradições seculares e parques, sempre com a preocupação sustentável.
Todos estes fatores tornam o Acre num “parque” para os turistas que procuram trilhas para contemplação, prática do ecoturismo, e turismo de aventura.
O Acre também guarda segredos ainda estudados por cientistas do mundo inteiro como os Geoglifos. Desenhos geométricos perfeitamente construídos, simetricamente, por um povo antigo.
O próximo passo é transformar os Geoglifos em pontos de visitação turística, e de contemplação feita por plataformas suspensas, por sobrevoos de avião, e sobrevoos com balões.
Tudo isto tem como ponto de partida, a capital do estado, Rio Branco. Um misto de modernidade e preocupação com a história e seu desenvolvimento. Parques, museus e galerias ajudam o visitante a conhecer tudo isso, e perceber que se encontra no centro da maior floresta do planeta, e todo esse “verde” ao seu alcance.
Fonte: acreturismo.com

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Acre poderá ter a seca mais severa dos últimos 50 anos

Acre poderá ter a seca mais severa dos últimos 50 anos


Davi Friale, pesquisador meteorológico, há mais de 25 anos estudando o clima da Amazônia Ocidental.
     
Jornais do mundo inteiro têm noticiado, frequentemente, frio intenso, chuvas fortes e prolongadas, secas severas e outros fenômenos meteorológicos adversos castigando regiões de todos os continentes.

     O que todos esses fenômenos têm em comum é a época em que já ocorreram: entre 50 e 70 anos atrás.
    
Trata-se de um ciclo climático natural que ocorre de tempos em tempos e que depende de vários fatores, entre eles, o principal, que é a atividade solar.

     O Sol tem vários ciclos de atividades com altas, médias ou baixas emissões de radiação. Essas radiações afetam diretamente o clima da Terra e, por isso, a cada, aproximadamente, 60 anos, ocorrem eventos extremos em toda a atmosfera terrestre como conseqüência do maior ou menor aquecimento dos oceanos.

     Inundações, frios intensos, secas severas e ventos fortíssimos são comuns, atualmente.
     Só para citar alguns exemplos recentes:

     - Manaus, Buenos Aires, Moçambique, Austrália e Jerusalém tiveram inundações só presenciadas há, aproximadamente 60 anos;

     - Brasileia, no Acre, foi, literalmente, coberta pelas águas do rio que banha a cidade, tal a intensidade das chuvas;

     - Rio Branco, também, no Acre, no início deste ano de 2013, teve o recorde histórico de acúmulo de chuvas com 132mm, em, menos de 12 horas;

     - serra do Mar, em São Paulo, Angra dos Reis e Petrópolis, no Rio de Janeiro, sofreram com chuvas semelhantes as da década de 1950;

     - frios intensos iguais aos de 60 anos atrás em Jerusalém, na Rússia, nos Estados Unidos, no México, na Índia e na Europa, inclusive, em plena primavera;

     - a seca do Nordeste brasileiro já se compara a de 55 anos atrás.

     No Brasil, na primeira quinzena de abril deste ano, uma intensa massa de ar polar fez as temperaturas despencarem para valores negativos, logo no início do outono, fenômeno que não ocorria, neste mês, há mais de meio século.

     No Acre, uma forte massa de ar seco, impulsionada por altas pressões atmosféricas localizadas no centro-norte da Argentina, deixou o tempo seco e ensolarado, ainda na primeira quinzena de abril deste ano.

     Devido ao resfriamento global que começa a ganhar força, poderosas massas de ar seco começam a se formar e se instalar em vários pontos do planeta como conseqüência das intensas chuvas que caíram nos últimos meses, fazendo baixar a umidade do ar, em várias regiões.

     Entre essas grandes massas de ar seco está a massa tropical continental, localizada sobre o chaco paraguaio-argentino e que é alimentada por massas de ar seco de origem polar austral. Essa massa espalha-se pelo corredor de terras baixas localizado no sentido norte-sul da América do Sul, no qual o Acre está inserido.

     As altíssimas pressões atmosféricas no continente Antártico, cujo ar é extremamente seco, deslocam-se para o continente sul-americano provocando muito vento do sul. Na Argentina, essas massas de ar ganham reforço e se movimentam em direção à Amazônia Ocidental, atingindo, principalmente, o Acre, que fica na entrada principal dos ventos de sudeste.

     Na alta atmosfera, observam-se, atualmente, poderosas correntes de ar extremamente seco – além do normal - que irão alimentar os centros de alta pressão na América do Sul.

     Assim, se não houver nenhuma alteração na atual tendência meteorológica, o Acre e toda a Amazônia Ocidental poderão, já neste ano de 2013, enfrentar a maior seca dos últimos 50 anos.

     A grande seca de 2005, que assolou nossa região, foi prevista e amplamente por nós anunciada, no mês de abril, teve as mesmas características atmosféricas iniciais deste ano de 2013, só que com menor intensidade.

     Desde o dia 14 de abril, o Acre foi invadido por uma intensa massa de ar seco, cujos ventos sopram, moderadamente, de sudeste. Em Rio Branco e em todo o leste do estado, as chuvas cessaram completamente e, a cada dia, a umidade do ar tem baixado mais, fazendo cair a temperatura, durante a noite.

     Na primeira quinzena do próximo mês de maio, uma forte frente fria chegará no Acre e, logo em seguida, outra intensa massa de ar seco deixará os dias, novamente, ensolarados e secos por um bom tempo.
     Portanto, é bom ficar atento, pois todas as condições meteorológicas atuais indicam que uma seca severa poderá atingir o Acre e as regiões próximas.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Campanha: "Onde tem lixo não tem turista" retorna com suas atividades


A Secretaria de Turismo e Lazer do Estado (Setul), juntamente com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), retornaram com as atividades da Blitz de Sensibilização Onde Tem Lixo Não tem Turista após dois domingos seguidos de muita chuva, o que inviabilizou as abordagens.
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A Blitz contou com a participação dos alunos do Projovem da escola Mário de Oliveira. A Campanha foi criada em virtude do sucesso do lançamento da campanha “Onde Tem lixo Não Tem Turista”, e tem como principal objetivo o fortalecimento da consciência ambiental junto à comunidade em prol do desenvolvimento sustentável da atividade turística, incentivando a conservação e limpeza dos espaços turísticos do Estado do Acre.
“O foco do nosso projeto é o fortalecer a consciência ambiental junto à comunidade em prol do desenvolvimento sustentável da atividade turística no nosso estado, incentivando a conservação e limpeza dos espaços turísticos do Acre”, ressalta a turismologa e técnica da Setul, Luciana Rufino.
A Blitz de sensibilização conta com a participação de alunos das várias escolas públicas de Rio Branco, que foram capacitados para estarem realizarem este trabalho junto a sua comunidade e nos pontos turísticos de Rio Branco.
A realização do Evento é do governo do Acre através da Secretária de turismo e Lazer do Estado (Setul), e Secretaria de Estado e Meio Ambiente (Sema), juntamente com a Prefeitura de Rio Branco, através da Secretaria de Serviços Urbanos (Sensur) e Secretaria de meio Ambiente.

quinta-feira, 25 de abril de 2013


Vale do Juruá e Vale do Acre


O acre está divido em duas regiões quando se fala em produto turístico. O polo turístico Vale do Juruá e Vale do Acre.
O vale do Juruá possui o roteiro chamado “caminho das aldeias e da biodiversidade”, e o polo turístico Vale do Acre, 3 roteiros: Caminhos da revolução, caminhos de chico mendes e caminhos do pacífico.

POLO TURÍSTICO VALE DO JURUÁ

ROTEIRO CAMINHO DAS ALDEIAS E DA BIODIVERSIDADE

Roteiro explora a riqueza do Vale do Juruá, com suas diversas etnias indígenas e seu inexplorável "tesouro verde". É nesse maravilhoso cenário que se encontram a cidade de Cruzeiro do Sul e o Parque Nacional da Serra do Divisor, considerado por diversos pesquisadores a região de maior biodiversidade do planeta. Desbravando-os por meio de caminhadas ecológicas, nesse roteiro também se encontram comunidades indígenas, de braços abertos para compartilhar sua cultura e costumes com os turistas através de seus festivais.

POLO TURÍSTICO VALE DO ACRE

ROTEIRO CAMINHOS DA REVOLUÇÃO

Entre o fim do século 19 e o início do século 20, o Brasil passou por um importante momento histórico: ­Revolução Acreana. O combate entre seringueiros brasileiros, que exploravam terras bolivianase forças da Bolívia, que cobravam impostos sobre esse uso, teve como consequência a criação do Território do Acre, que depois se tornou Estado brasileiro. Nesse roteiro turísticoé possível conhecer a região que serviu de palco para essa revolução e que guarda, até hoje, traços de sua história.

ROTEIRO CAMINHOS DE CHICO MENDES

Esse roteiro permitirá ao turista conhecer e vivenciao dia-a-dia de um seringal tradicional da primeira metade do século 20 e conhecer o modo de vida dos seringueiros e extrativistas. O turista entrará em contato com a natureza amazônica e a história de Chico Mendesque liderou a luta dos povos da floresta e ficou conhecido mundialmente pela defesa da Amazônia. Nascido no seringal, o sindicalista viveu e morreu defendendo a preservação dos recursos naturais. Sua luta tornou possível o estabelecimento de um modelo de desenvolvimento sustentável no Estado. Assim, quem decidir por uma visita à região vai se deparar com grandes áreas de floresta nativa e uma população que vive dos recursos extraídos dessa floresta.

ROTEIRO CAMINHOS DO PACÍFICO

O Roteiro Caminhos do Pacífico é desenvolvido com foco no fortalecimento turístico dos municípios fronteiriços acreanos com os vizinhos países Peru e Bolívia, num chamado àintegração latino-americana. A diversão começa na capital acreana, Rio Branco, passando por diversas paisagens dominadas pelo verde, rica fauna e grande riqueza cultural pelos municípios de Epitaciolândia, Brasileia e Assis Brasil, localizados na tríplice fronteira. Esse roteiro possibilita a conexão das rotas turísticas acreanas com a Rota Turística Internacional Amazônia - Andes ­- Pacífico.

Distâncias desde a capital Rio Branco.

Rio Branco – Cusco = 1080 Km
Rio Branco – Costa do pacífico (praia de Mejía, em Arequipa, Peru) = 1492 Km

Fonte: acreturismo.com

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Turismo no seringal Bom Destino, no Acre


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“Não é festa, é revolução!” disse o comandante das tropas acreanas, no dia 6 de agosto de 1902. Você vai se encantar com essa e outras histórias do povo que escolheu ser brasileiro! Ao trilhar os Caminhos da Revolução, será impossível não se envolver nos episódios de guerras, negociações e lutas populares.
No Sítio Histórico e Ambiental Seringal Bom Destino, em Porto Acre, você estará no lugar que guarda importante patrimônio histórico e arquitetônico, foi lá que funcionou o quartel general das tropas brasileiras durante a Revolução Acreana.
A pousada do Sítio oferece boa infraestrutura, com chalés e dormitórios comunitários, diversas trilhas, piscina em madeira com água corrente cristalina e natural, playground para recreação infantil. E no Chalé do Bom Destino, destaca-se o acervo com fragmentos da história do próprio seringal e do Acre.
Pousada Bom Destino - Porto Acre
Cidade de Rio Branco

Faça uma viagem na história da Revolução acreana e reserve seu chalé. ligue +55 68  3542.3295 / 8402-3343

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Rota Turística Internacional Pantanal – Amazônia – Andes – Pacífico



É essa a expressão que resume a rota Caminhos do Pacífico, onde cruzaremos não só as fronteiras territoriais do Brasil, Bolívia e Peru, mas ultrapassaremos os limites do nosso conhecimento.
Uma experiência imperdível!
Visitaremos inúmeros museus, bibliotecas e lugares que carregam histórias fantásticas dos povos amazônicos. Enfrentaremos o calor da selva e o frio dos Andes, nos encantaremos com as paisagens exuberantes e imponentes, com as comidas apetitosas, e com os costumes de povos receptivos e orgulhosos de sua cultura.
Sejam bem vindos à Amazônia!
A rota Caminhos do Pacífico lhe proporcionará momentos inesquecíveis nos limites de Brasil, Bolívia e Peru. Confiram o itinerário dia-a-dia e sejam bem vindos à Amazônia!
Iniciamos em Rio Branco, capital do Acre, e destacamos a biblioteca da floresta, que oferece exposições permanentes que retratam a vida dos seringueiros e índios, além de um acervo com foco na preservação da Amazônia e desenvolvimento sustentável.
Já em Xapuri, berço da luta de ambientalistas como Chico Mendes, teremos contato com os seringueiros e seu modo de viver na maior biodiversidade do planeta. Após as trilhas ecológicas no meio da floresta amazônica, com direito a banho em fonte de água cristalina, você terá o conforto da Pousada Seringal Cachoeira e seus deliciosos pratos regionais.
Conheceremos Brasiléia e sua aconchegante pousada Vila Brasília. E para quem preferir, a vizinha Cobija – Bolívia, oferece uma excelente opção de compras que pode servir de preparação para as próximas etapas dessa aventura.
Seguiremos para Assis Brasil, onde fica localizado o marco da tríplice fronteira (Brasil, Bolívia e Peru), ponto de partida para Puerto Maldonano – Peru, uma cidade pequena e acolhedora.
Em seguida, vamos à cidade de Cusco que está situada no vale sagrado dos Incas, e no alto de seus 3400 metros de altitude, ela respira turismo cultural. Na Praça das Armas, região central da cidade, facilmente se adquire hospedagem e os pacotes de visitas aos parques arqueológicos.
Destacamos Machu Picchu, patrimônio mundial pela Unesco, é uma cidade da era pré-colombiana e símbolo do império Inca, situada em cima de uma montanha de 2400 metros de altitude.
Percurso da Viagem do Mato Grosso a Lima-Peru
Primeira Etapa: Chapada dos Guimarães – Cuiabá – Cáceres – Vilhena – Cacoal – Ji-Paraná – Ouro Preto D`Oeste – Ariquemes – Porto Velho – Rio Branco.
-Viagem Chapada dos Guimarães – Cáceres (via Cuiabá 296km, 5h aproximadamente)
-Viagem – Cáceres – Cacoal (764 km, 12h aproximadamente)
-Viagem – Cacoal – Porto Velho (480 km, 12h aproximadamente)
-Viagem – Porto Velho – Rio Branco (505 km, 10h aproximadamente)
Segunda Etapa: Rio Branco – Puerto Maldonado – Puno – Arequipa – Matarani – Arequipa – Colca – Cusco – Vale Sagrado – MachuPicchu
-Viagem de Rio Branco – Puerto Maldonado (550km, 10h aproximadamente)
-Procedimentos aduaneiro e migratório em Assis Brasil/Iñapari
-Viagem Puerto Maldonado – Puno (saída madrugada) (621km, 12h aproximadamente).
-Viagem Puno – Arequipa (380km, 6h aproximadamente)
-Viagem Arequipa – Matarani (Porto) (121km, 2h aproximadamente) – AREQUIPA (121km, 2h aproximadamente)
-Partida Tour ao Vale de Colca (considerado o 2º Cânion mais profundo do mundo). (216km, 3h45 de ida).
-Viagem à Cusco (600km, aproximadamente)
Principais Atrações:
Casa dos Povos da Floresta em Rio Branco
Oferece exposições permanentes que retratam a vida dos seringueiros e índios, além de um acervo com foco na preservação da Amazônia e desenvolvimento sustentável.
Pousada Seringal Cachoeira em Xapurí
A pousada do seringal tem o conforto necessário para que você possa respirar histórias, se deliciar com a culinária dos povos da floresta, fazer caminhadas na mata, pescarias noturnas, trilhas ecológicas, passeios de bicicleta pelos varadouros, praticar arvorismo e muito mais.
Machu Picchu no Peru
Também chamada "cidade perdida dos Incas" é um dos pontos turísticos mais visitados do mundo localizado no Peru. O que mais lhe atrai são as construções, os encaixes entre as pedras, as áreas de cultivo e a cultura dos povos.
1.City tour em Rio Branco
Com visitas a Casa do Artesão, Casa dos Povos da Floresta, Museu da Borracha “Gov. Geraldo Mesquita”, Biblioteca da Floresta, Palácio Rio Branco, Praça Povos da Floresta e Mercado Velho.
2.Saída para Xapuri
Visitaremos a casa de Chico Mendes, Fundação Chico Mendes, Museu de Xapuri, e seguiremos para o Seringal Cachoeira. Após o almoço, sairemos para a Trilha do Centro, e a noite uma pausa para Contos e Causos acrianos.
3. Ainda em Xapuri, faremos a Trilha da Seringa, para conhecer o dia-dia de um seringueiro. Em seguida, sairemos para o passeio pela Trilha da Coroa. Pernoite em Xapuri - Pousada Seringal Cachoeira.
4.Saída para a cidade de Brasiléia
Hospedagem na Pousada Vila Brasília. A tarde é reservada para compras em Cobija - Bolivia.
Pernoite na Pousada Vila Brasília.
5.Saída para Assis Brasil
Marco das três fronteiras, e hospedagem na Pousada Renascer. À tarde visitaremos o Seringal Santa Quitéria, unidade de conservação com vasta floresta nativa, propício para conhecer a flora e fauna amazônica.
6.Saída de Assis Brasil para Puerto Maldonado – Peru. De lá, seguimos em voo para Cusco.
Marco da Tríplice Fronteira
Situado em Assis Brasil, o marco da tríplice fronteira entre Brasil, Bolívia e Peru é a última cidade brasileira no caminho que leva ao Oceano Pacífico. Distante apenas 342 km da capital Rio Branco tem a BR- 317 como sua principal via de acesso.
Fonte: acreturismo.com

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Caminhos das Aldeias e Biodiversidade no Acre



Você terá contato com diversas etnias indígenas e seus costumes milenares, tribos que mantêm histórias instigantes, da qual todos nós fazemos parte.
Um lugar inigualável!
Você acaba de chegar à maior biodiversidade do mundo! Encante-se com a riqueza do vale do Juruá! Faça uma imersão no conhecimento dos povos indígenas, desfrute das belezas do Parque Nacional da Serra do Divisor e respire a Amazônia brasileira.
Na rota Caminhos das Aldeias e da Biodiversidade você terá contato com diversas etnias indígenas e seus costumes milenares, tribos que mantêm histórias instigantes, da qual todos nós fazemos parte. Na serra do divisor, o contato com a natureza se revela incomparável e diante de uma fauna e flora preservadas, você terá inúmeros motivos para se encantar com essa aventura.
E essa aventura começará por Cruzeiro do Sul, cidade da Catedral Nossa Senhora da Glória, símbolo de fé e religiosidade. Com cúpula octogonal em madeira e com obras de arte sacra, está localizada no centro da cidade e pode ser vista facilmente.
A beleza do Teatro dos Náuas, construído em estilo neoclássico, e o vai-e-vem das embarcações na Estação do Porto são outras características da terra dos Náuas. E a forte influência na colonização de Cruzeiro do sul pela igreja católica alemã é claramente percebida na arquitetura do Instituto Santa Terezinha, você terá tempo ainda para conhecermos o Centro Cultural do Juruá e Centro Municipal de Cultura e participar das suas atividades no extremo norte do Brasil.
Roteiro “Juruá”
Conheça a princesinha do Juruá. Visite a Catedral Nossa Senhora da Glória, Museu Cruzeiro do Sul e Memorial José Augusto, Estação do Porto e seu mercado, Teatro dos Náuas e Ateliê Maqueson Pereira.
Duração: meio dia
Roteiro “Balneários”
Aproveite as águas do Juruá: Igarapé Preto, Balneário Antártica e Balneário Canela Fina.
Duração: um dia
Roteiro “Indígena”
Vivencie o Festival Yawanawá, em sete dias da cultura indígena do povo da Queixada, através de representações de cantos, danças, expressões artísticas e manifestações culturais.
Duração: sete dias

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Xapuri-AC: Conheça a rota turística "Caminhos de Chico Mendes"



Você vivenciará o modo de vida dos seringueiros, trabalhadores que fazem do extrativismo a melhor forma de preservação do meio ambiente.

1 City tour em Rio Branco
Começamos o dia com a visita ao corredor cultural - Praça Chico Mendes, Praça Eurico Dutra, Palácio Rio Branco, Praça dos Seringueiros, Memorial dos Autonomistas, Biblioteca Pública, Praça da Revolução e Museu da Borracha, que reúne um acervo de peças de arqueologia, paleontologia, coleção de manuscritos e impressos da história do Acre.
Logo após, faremos um passeio ao longo do Parque da Maternidade, um complexo de praças, áreas de lazer, quadras, playgrounds, quiosques de alimentação e muito verde. E aproveite para conhecer a Biblioteca da Floresta, Casa do Artesão, Casa dos Povos da Floresta, Casa do Artesão, Casa Povos da Floresta e no final tomar um delicioso tacacá.
2 Saída para Xapuri
Já no percurso, conheceremos a fábrica de preservativos de Xapuri, que utiliza o látex produzido nos seringais nativos da região. Ao chegarmos à Xapuri, faremos visitas a Casa de Chico Mendes, Fundação Chico Mendes, Museu de Xapuri, e seguiremos para o Seringal Cachoeira. Após o delicioso almoço, um merecido descanso nos confortáveis chalés da Pousada como preparação para praticar o Circuito de Aventura Chico Mendes o maior circuito de arvorismo da Amazônia, percorrer a Trilha do Centro com direito a banho na fonte de água cristalina coberta pela floresta. Após o jantar, nada melhor que escutar bons e velhos contos e “causos” acreanos.
3 As trilhas
Logo pela manhã, sairemos rumo a Trilha da Seringa, em que você vivenciará o dia-dia de um seringal da 1º metade do século XX, a partir dos seus contos e histórias. Depois do almoço, partimos para o passeio na Trilha da Coroa, em uma imersão no conhecimento das árvores símbolos do Estado do Acre: a seringueira e a castanheira.
4 O parque
Voltaremos para Rio Branco, ao encontro do parque Chico Mendes, que possui floresta primária, fauna diversificada, zoológico, réplicas de maloca indígena, colocação de seringueiro, estrada de seringa, e o memorial Chico Mendes.
Conheça os caminhos fascinantes da Amazônia!
Chico Mendes vive! O líder dos seringueiros, mundialmente conhecido por sua luta em defesa da preservação da Amazônia, permanece vivo no imaginário acreano e dá nome à rota que vamos tentar descrever aqui.
Tentar, porque a Rota Caminhos de Chico Mendes é simplesmente indescritível! Você vivenciará o modo de vida dos seringueiros, trabalhadores que fazem do extrativismo a melhor forma de preservação do meio ambiente.
No Seringal Cachoeira (Xapuri), berço de um movimento popular que falava sozinho sobre sustentabilidade há 30 anos, você poderá desfrutar uma natureza preservada e exuberante, ao lado dos familiares de Chico Mendes.
A pousada do seringal merece destaque, ela tem o conforto necessário para que você possa respirar histórias, se deliciar com a culinária dos povos da floresta, fazer caminhadas na mata, pescarias noturnas, trilhas ecológicas, passeios de bicicleta pelos varadouros e muito mais.
Mas antes de chegarmos à Xapuri, nossa viagem passa pela capital do Acre, Rio Branco. Conhecida pela receptividade acolhedora, por sua limpeza e belos museus, destaca-se o Palácio Rio Branco, inspirado na arquitetura grega, tem exposições que retratam a rica história do povo que escolheu ser brasileiro. Rio Branco conta com hotéis de qualidade, várias opções de lazer, e estrutura de uma capital em pleno desenvolvimento.
Fonte: Acreturismo.com

terça-feira, 16 de abril de 2013

O Turismo místico nos Geoglifos





O conhecimento a respeito de civilizações antigas e as suas heranças arquitetônicas, assim como artefatos que contam a sua história, transpõem o meio acadêmico e científico, construindo uma “modalidade” de turismo na qual o cidadão comum também pode ter acesso à estes feitos.
Os Geoglifos se tornaram hoje na comunidade científica, uma das maiores descobertas dos últimos tempos, por se tratar de uma civilização ainda sem um estudo formado, quais suas origens e de forma viveram.
Sabe-se, que as “construções” ou desenhos geométricos, possuem características singulares nunca antes vistas e datam de aproximadamente 2000 anos atrás.
A vinda de curiosos, cientistas e até mesmo entusiastas do turismo arqueológico e místico, movimenta esta cadeia produtiva, aquecendo o comércio ligado à ele, como hotelaria, gastronomia, entretenimento, transportes e os demais, relacionados diretas ou indiretamente com o turismo.
Atualmente, existem mais de 300 geoglifos catalogados na região do Alto Acre e divisa com o Amazonas e Rondônia, e podem ser visitados através de sobrevoos de avião e Balão de ar-quente.
Em breve, os visitantes poderão também observar dois dos principais Geoglifos, através de uma torre construída na propriedade do senhor Jacó Sá.



Fonte: www.acreturismo.com

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Cientistas alertam para desequilíbrio de nitrogênio na América Latina


Estudo publicado na revista “Science” e que reúne pesquisadores do Brasil, Bolívia, Argentina, Venezuela e México defende a adoção de soluções sustentáveis para reduzir o impacto humano no ciclo do nitrogênio na atmosfera, no solo e nos rios da América Latina.

Mesmo sem apresentarem dados que mostrem as quantidades desse elemento que são lançadas no ar ou nos corpos d’água, os cientistas alertam para o “desafio do nitrogênio” na agricultura, no desenvolvimento das grandes cidades e na preservação da biodiversidade latino-americana.

O artigo cita que o nitrogênio, associado ao oxigênio, torna-se um poderoso causador do efeito estufa, o óxido nitroso (N2O). Liberado por emissões industriais, queimadas e desmatamento de florestas tropicais, além de fertilizantes utilizados de forma acentuada na agricultura, o elemento também prejudica rios quando há lançamento de esgoto sem tratamento.
Supercontinente da biodiversidade
Segundo Luiz Antônio Martinelli, professor titular do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (USP), há uma “cruzada” na América Latina para tentar reduzir os níveis de nitrogênio na atividade agrícola, uma das principais fontes de riqueza da região, principalmente para o Brasil.

“A América do Sul é conhecida como o supercontinente na questão da biodiversidade. O desafio é produzir e preservar ao mesmo tempo (...) sabendo que, concomitantemente, temos uma urbanização desenfreada, com falta de saneamento básico, e desmatamento em excesso, que lança muito nitrogênio na atmosfera”, disse.
O nitrogênio presente na atmosfera, resultado da queima de combustíveis fósseis, também prejudica florestas tropicais, até então isoladas deste problema
Ele afirma que os pesquisadores querem chamar a atenção para a agricultura sustentável, que visa a produção com menos impacto. “Temos áreas suficientes para plantar na América Latina (150 mil km², segundo o estudo), o que permite parar o desmatamento”, explica.

Martinelli disse ainda que o nitrogênio presente em fertilizantes pode deixar de ser um colaborador da agricultura e passar a ser vilão se for aplicado de forma excessiva e ineficiente.

Fertilizantes com nitrogênio ajudam no desenvolvimento da lavoura, mas em grandes quantidades impactam negativamente o solo e geram emissões para a atmosfera. Fixado no solo, ele altera o ecossistema e, em longo prazo, aumenta a quantidade de óxido nitroso na atmosfera.

“Podemos usar mais nitrogênio nas nossas lavouras, assim como já acontece nos Estados Unidos e na Europa. Mas a aplicação deve ocorrer na hora certa e na medida certa. Por exemplo, consegue-se uma boa produtividade com a cana de açúcar sem a aplicação excessiva de fertilizantes com nitrogênio. O produtor tem que conhecer as melhores técnicas possíveis para aplicá-las na lavoura”.
Imagem feita por astronauta que está na Estação Espacial Internacional mostra focos de queimada na Amazônia nas margens do Rio Xingu, no Mato Grosso (Foto: Nasa)Imagem feita por astronauta que está na Estação Espacial Internacional mostra focos de queimada na Amazônia nas margens do Rio Xingu, no Mato Grosso. Nitrogênio orgânico, liberado durante incêndio, pode reagir com o oxigênio e formar gás de efeito estufa (Foto: Nasa)
Desmatamento e queimadas
Segundo Karla Longo, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a maioria do nitrogênio presente na atmosfera vem de emissões industriais. Uma parcela considerável também é proveniente do desmatamento e queima de florestas tropicais, como a Amazônia.
Essas emissões ainda não são quantificadas devido à ausência de um monitoramento que englobe todos os países da América Latina. Contudo, é de conhecimento dos pesquisadores que o gás resultante da queima das florestas é transportado pela fumaça para regiões distantes, como a Bacia do Rio Prata, que abrange cinco países e pode acarretar na degradação do solo, mudança na composição das espécies de plantas ou na eutrofização de corpos d'água, que é a formação excessiva de algas e a redução dos níveis de oxigênio, com a consequente morte de seres vivos que ali vivem (como os peixes).
“Existem algumas estimativas [de quanto de nitrogênio é gerado], mas o grau de incerteza é muito alto. O nitrogênio orgânico (resultado das queimadas) não é computado nesses dados, mas pode ser danoso, causando processos como a eutrofização. A motivação [deste estudo] é apresentar o problema e também promover um esforço bastante grande para implementar uma rede de monitoramento contínuo”, explica a pesquisadora.
Saneamento: um desafio atual
O estudo aponta também que o ambiente aquático da América Latina corre risco de contaminação devido ao nitrogênio resultante da falta de saneamento básico nos países.
Lançar esgoto natural em rios permite que dejetos provoquem a eutrofização. Segundo Martinelli, apenas 14% do esgoto produzido na AL é tratado. No Brasil, o tratamento de esgoto alcança 37,8%, segundo dados do Ministério das Cidades. 
Esgoto a céu aberto incomoda moradores de bairro em Piracicaba (Foto: Reprodução EPTV)Esgoto a céu aberto em Piracicaba, no interior de São Paulo. Ausência de saneamento básico afeta rios da América Latina (Foto: Reprodução EPTV)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Aquecimento global deixará voos mais turbulentos, revela estudo


Os voos de avião vão ficar mais turbulentos porque o aquecimento global desestabiliza as correntes aéreas usadas por aviões comerciais, alertaram climatologistas no primeiro estudo realizado para medir o impacto projetado das mudanças climáticas nas viagens aéreas.
Segundo os cientistas, as turbulências atmosféricas já provocam ferimentos em centenas de passageiros todos os anos, alguns fatais, e causaram danos em aeronaves que custam à indústria um valor estimado em US$ 150 milhões (cerca de R$ 297 milhões).
"As mudanças climáticas não só estão esquentando a superfície da Terra, como também estão mudando os ventos atmosféricos a 10 quilômetros de altitude, onde os aviões voam", afirmou o coautor do estudo, Paul Williams, do Centro Nacional de Ciência Atmosférica da Universidade de Reading, no Sul da Inglaterra.
"Isto está deixando a atmosfera mais vulnerável à instabilidade que cria a turbulência de céu limpo", explicou por e-mail à AFP. "Nosso estudo sugere que vamos ver o aviso de 'apertem os cintos' ligado com mais frequência nas próximas décadas."
A turbulência é causada principalmente pelo fluxo de ar vertical: correntes ascendentes e descendentes perto de nuvens ou tempestades elétricas.
A turbulência de céu limpo, que não é visível a olho nu e não pode ser detectada por satélite ou radar tradicional, é relacionada a correntes de jato atmosféricas, que têm uma tendência a ganhar força com as mudanças climáticas.
Os autores do estudo usaram simulações de computador da corrente de jato do Atlântico Norte, um forte vento da alta atmosfera impulsionado por diferenças de temperatura resultantes da colisão entre o ar do Ártico e o tropical.
Essa corrente de jato afeta o corredor de tráfego aéreo entre a Europa e a América do Norte, um dos mais intensos com cerca de 300 voos por dia na direção leste e outros 300 rumo a oeste.
Os cientistas descobriram que a duplicação das concentrações de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, com base em níveis pré-industriais prevista no prazo de 40 anos, tornariam as turbulências entre 10% a 40% mais violentas em altitudes típicas de cruzeiro.
"Uma turbulência forte o suficiente para dificultar caminhar e desalojar objetos soltos pode se tornar duas vezes mais comum no espaço aéreo transatlântico em meados deste século", disse Williams.
"Assim como tornar os voos mais instáveis e menos confortáveis, ela também pode aumentar o risco de lesões para passageiros e tripulação", especialmente no inverno, quando se acredita que a turbulência de ar limpo no Hemisfério Norte seja mais intensa.
Williams explicou que o CO2 causa um aquecimento não uniforme, o que aumenta os ventos da corrente de jato. "Uma corrente de jato mais forte significa que a atmosfera fica menos estável, o que cria mais turbulência", explicou.
Segundo o estudo, publicado na revista Nature Climate Change, os aviões já
perdem 1% de seu tempo de voo cruzeiro em fortes turbulências de céu limpo.
Pessoas que viajam com frequência têm reportado um aumento da instabilidade em voos, mas este é o primeiro estudo a medir realmente o impacto das mudanças climáticas nas turbulências, disseram os autores.
"As rotas aéreas precisam se tornar mais intrincadas para evitar trechos de turbulência que estão mais fortes e mais frequentes, em que os tempos de viagem serão mais longos e o consumo de combustível e as emissões aumentarão", escreveram.
"Em primeiro lugar, a aviação é em parte responsável por mudar o clima", comentou Williams. "É irônico que o clima pareça pronto para se vingar ao criar uma atmosfera mais turbulenta para voar", emendou.
Fonte: UOL

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Cientistas preveem que 2013 terá muitos furacões




Imagem do satélite NOAA nesta quinta (29) mostra o furacão Ophelia a nordeste das ilhas do Caribe (Foto: AP/Weather Underground)Imagem de satélite de furacão se formando no Caribe em setembro de 2012 (Foto: AP/Weather Underground)












A temporada de furacões de 2013 no Atlântico será "acima da média", com 18 tempestades tropicais, das quais nove se tornarão furacões, previram meteorologistas da Universidade do Estado do Colorado, nos EUA, nesta quarta-feira (10).
Quatro dos furacões serão grandes, com ventos sustentados de pelo menos 178 km/h, disse a principal equipe de pesquisa de tempestades nos EUA.
A média de uma temporada é de cerca de 12 tempestades tropicais, seis furacões e dois grandes furacões no Atlântico, Caribe e Golfo do México, de acordo com a universidade. A temporada de furacões na região vai de 1º de junho a 30 de novembro.
A previsão para um 2013 mais agitado foi feita com base em dois fatores, segundo os pesquisadores. Furacões prosperam em água morna, e o oceano Atlântico tem se aquecido nos últimos meses.
Há também pouca expectativa de um efeito El Niño no verão e outono. O El Niño é um aquecimento das águas superficiais do Pacífico, que ocorre a cada 4 a 12 anos e tem muitas consequências em todo mundo. O fenômeno meteorológico corta os ventos de forma a dificultar que as tempestades se transformem em furacões na bacia Atlântico-Caribe.
Os pesquisadores disseram que há uma chance de 72% de que um grande furacão atinja a costa dos EUA este ano, em comparação com uma média histórica de 52%.
A temporada de furacões de 2012 gerou 19 tempestades tropicais e 10 furacões, incluindo o Sandy, que atingiu o nordeste dos Estados Unidos em outubro, após passar pelo Caribe.
O Sandy matou mais de 200 pessoas e causou mais de US$ 71 bilhões (R$ 140,5 bilhões) em danos nos estados de Nova York e Nova Jersey

Fonte: Da Reuters

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Estudo diz que demanda por carne e soja eleva pressão sobre Amazônia

O aumento da demanda externa por carne bovina e soja vai induzir o Brasil a desmatar mais a floresta amazônica, revertendo o sucesso recente na diminuição das perdas florestais, mostrou um estudo feito por especialistas do Centro de Pesquisas Internacionais sobre Clima e Meio Ambiente, divulgado nesta semana na revista "Environmental Research Letters".

Cerca de 30% do desmatamento no Brasil na primeira década deste século ocorreram porque agricultores e pecuaristas procuraram terras para expandir a produção de carne e soja para exportação, contra cerca de 20% na década de 1990, disse o relatório. "O comércio está emergindo como o principal motor do desmatamento no Brasil", diz o estudo.

"Isso pode contribuir indiretamente para a perda das florestas que os países industrializados estão tentando proteger por meio de acordos internacionais", aponta o documento.
As exportações de carne bovina e soja responderam por 2,7 bilhões de toneladas de emissões de carbono causadas pelo desmatamento no Brasil na década de 2010, disse o relatório. Isso excede as emissões de gases de efeito estufa de uma nação como o Egito, no mesmo período.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados na última semana mostraram um aumento de 26,6% no desmatamento entre agosto de 2012 e fevereiro deste ano, para 1.695 km², em relação ao mesmo período anterior, segundo o ministério. As informações incluem a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta. A chamada Amazônia Legal cobre 5,2 milhões de km².

A crescente demanda externa e a ânsia do governo brasileiro por crescimento econômico significam que uma queda contínua na taxa de desmatamento era improvável sem novas medidas para proteger as florestas, disse o relatório.

Imagem aérea mostra desmatamento na Amazônia. Perda da cobertura vegetal no bioma pode acarretar na extinção de diversas espécies de animais. (Foto: Divulgação/Toby Gardner/Science)Imagem aérea mostra desmatamento na Amazônia (Foto: Divulgação/Toby Gardner/Science)
Emissões globais

Mundialmente, o desmatamento representa até um quinto das emissões de gases do efeito estufa de origem humana, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas. As árvores absorvem dióxido de carbono enquanto crescem e o liberam quando são queimadas ou apodrecem.

Segundo as regras de mudança climática da ONU, as emissões de gases do efeito estufa são consideradas aquelas dentro das fronteiras nacionais. Sugestões de transferir a responsabilidade aos consumidores, neste caso os compradores externos da carne bovina brasileira, são muitas vezes desprezadas como sendo muito complicadas.

"Tem sido um pesadelo no setor florestal", disse o pesquisador de florestas do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, Duncan Macqueen, em Edimburgo. "Os consumidores se perguntam 'por que devemos sofrer o custo da reforma do sistema?'", disse.

Alguns projetos procuram certificar a produção florestal como vindo de uma fonte que não envolve extração ilegal de madeira. Mas têm inconvenientes, já que os custos das auditorias podem ser muito elevados para os pequenos produtores, afirmou.

O estudo do centro sugeriu uma melhor rotulagem ou informações sobre importações para ajudar os consumidores. Além disso, a pesquisa não tentou comparar o impacto ambiental da produção de carne bovina ou de soja no Brasil com a de outras nações para ver onde a produção foi menos prejudicial. "Análises similares ainda têm de ser feitas", afirmou o autor Jonas Karstensen.

Fonte:Da Reuters