domingo, 31 de maio de 2009

Fifa e CBF prometem utilizar cidades excluídas na Copa de 2014

Florianópolis, Goiânia, Campo Grande, Belém e Rio Branco não receberão jogos, mas poderão sediar eventos durante Mundial
Doze cidades comemoraram a escolha das sedes da Copa do Mundo de 2014, domingo, mas cinco sobraram na festa: Florianópolis, Goiânia, Campo Grande, Belém e Rio Branco tiveram as candidaturas reprovadas pelo Comitê Executivo da Fifa. Segundo Ricardo Teixeira e Joseph Blatter, as excluídas serão aproveitas durante o Mundial. - O Brasil não é apenas um país, é um continente.
As cidades que não foram escolhidas para serem sedes terão outros eventos. Não diria que foram eliminadas, mas não temos mais espaço do que as 12 sedes. Não há perdedores, pois a Copa é no Brasil. Não podemos jogar nas 17 cidades, por questão de organização. Mas faremos todo o possível para que outras regiões possam abrigar outras atividades – disse o presidente da Fifa.
Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Manaus e Cuiabá venceram a disputa e receberão partidas em 2014. Ricardo Teixeira não quis especular sobre a desistência de alguma delas até a Copa. - Não falo sobre hipótese, principalmente negativa. Tenho certeza de que as escolhidas têm consciência da responsabilidade.
A Copa não é dessas 12 cidades, mas de todo o Brasil. As 17 cidades terão participação em eventos – afirmou o presidente da CBF e do Comitê Organizador do Mundial. No dia 8 de junho, a CBF organizará um seminário com representantes das 12 escolhidas para cobrar as providências que serão tomadas para a organização da Copa.

Brasil conhece as 12 cidades que receberão partidas da Copa de 2014

A cidade de Manaus venceu a disputa com Rio Branco e Belém pela sede verde na Amazônia

Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Manaus e Cuiabá verão ao vivo a Copa do Mundo de 2014. As 12 cidades-sede foram anunciadas pelo presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter (foto), em reunião do comitê da entidade em Nassau (capital das Bahamas), neste domingo.

As outras concorrentes eram Florianópolis, Goiânia, Campo Grande, Belém e Rio Branco. Portanto, as quatro candidatas do Nordeste e as três do Sudeste conseguiram ver seus projetos aprovados. Cuiabá levou a melhor sobre Campo Grande na disputa pela vaga do Pantanal, e Manaus superou Belém na briga pela sede da Amazônia.

O próximo passo para as escolhidas será num seminário de 8 a 10 de junho, no Rio de Janeiro. Os projetos serão analisados mais detalhadamente e, em função dos relatórios da Fifa realizados durante as inspeções, possíveis alertas serão feitos.

Histórico
Esta é a segunda vez que o Brasil recebe uma Copa do Mundo. Em 1950, o país foi vice-campeão ao ser derrotado pelo Uruguai na decisão, no Maracanã, estádio que mais uma vez deverá receber o jogo final.

A corrida para ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 começou em maio de 2007, quando as cidades concorrentes - 21 na época - apresentaram seus projetos à CBF. Em agosto do mesmo ano, a Fifa realizou a primeira inspeção em Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, elaborando um relatório positivo a respeito delas.

Candidato único, o Brasil foi escolhido como a sede do Mundial em 30 de outubro de 2007, em anúncio em Zurique, na Suíça. Durante o ano de 2008, especulou-se se seriam dez ou 12 cidades-sede no torneio. Em janeiro passado, Joseph Blatter confirmou que seriam 12 e justificou sua decisão pela dimensão continental do Brasil. No fim do mesmo mês, iniciaram-se as inspeções da Fifa às 17 cidades candidatas.

Reservas de Rondônia perderam 178 km² de florestas em 2008, diz Sipam

Floresta Nacional do Bom Futuro já perdeu 28% de suas matas, e abriga cerca de 35 mil cabeças de gado criadas ilegalmente. (Foto: Sipam/Divulgação)


A transformação de florestas em parques, reservas e terras indígenas não oferece proteção total a esses lugares. Um estudo realizado pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) revela que, em 2008, as reservas do estado de Rondônia perderam 178,5 km² de cobertura vegetal. A área corresponde a cerca de dez vezes o tamanho da Ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco.


O número de reservas não é problema em Rondônia. O estado acumula 41 unidades de conservação estaduais, 14 federais e 20 terras indígenas. Juntas, essas áreas somam 103 mil km², área maior que o dobro do estado do Rio de Janeiro. A proteção desses locais, contudo, deixa a desejar.


Em 2008, a Floresta Nacional do Bom Futuro, que fica próxima à capital do estado, sofreu um desmatamento de 9,3 quilômetros quadrados. Somada toda a floresta que já foi derrubada lá ao longo da história, descobre-se que 28% da área de mata da reserva foi embora sobre caminhões de madeira ou nos fornos de carvão.

Megaoperação do Ibama
Desde o início de maio, um batalhão de agentes do Ibama, Instituto Chico Mendes (ICMBio), Polícia Militar Ambiental, Exército e Incra ocupa a Floresta do Bom Futuro. A ação é considerada a maior operação ambiental já realizada no Brasil, e tem como objetivo tirar da área as cerca de 35 mil cabeças de gado cridas ilegalmente.


No início, o Ibama anunciou que iria desocupar o local, que abriga cerca de 3 mil pessoas, segundo cálculos do próprio governo. Recentemente, contudo, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, declarou que a saída dos moradores será negociada, e um documento publicado pelo Ibama informa que nenhuma família será expulsa do local. Um dos planos do Ministério do Meio Ambiente para o lugar é dividir a área em duas reservas distintas.


A região devastada seria transformada em Área de Preservação Ambiental, um tipo de reserva que permite a exploração dos recursos naturais. Na região que ainda está preservada, a ideia seria implantar uma unidade de proteção integral, onde é proibida a ocupação humana.

sábado, 30 de maio de 2009

Fortaleza do Abunã teme queda do turismo com construção de hidrelétrica

A praia é bastante frequentada durante os fins de semana


Pescadores e Comerciantes de Fortaleza do Abunã, distrito de Porto Velho (RO) localizado a 260 km de Rio Branco, temem que a construção da hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, prejudique a economia local. O turismo e a pesca seriam, de acordo com eles, os setores mais prejudicados.

Fortaleza do Abunã possui cerca de 500 habitantes. Durante o verão, o balneário é bastante visitado por turistas acrianos. A atividade faz movimentar e economia do vilarejo que tem belas pousadas e bons restaurantes. A pesca esportiva também é outra opção muito procurada pelos visitantes. Além de passeio pelo rio e caminhada pela floresta.

Com a construção da Usina de Jirau, a região banhada pelo rio Abunã, afluente do Madeira, pode ser prejudicada. Já que o nível da barragem vai ficar sempre como se o rio Madeira estivesse cheio. Isso pode causar o represamento do rio Abunã e fazer desaparecer a única praia de água doce mais próxima da capital do Acre.

Atualmente as obras da usina de Jirau foram embargas pelo Ibama justamente por problemas no licenciamento ambiental.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Fifa já teria escolhido as 12 cidades da Copa do Mundo de 2014, revela colunista

Manaus teria vencido a disputa pela sede verde da Copa

Projeto do novo estádio Vivaldão

Segundo o site do colunista Ancelmo Gois, do jornal “O Globo”, a Fifa já escolheu as 12 cidades que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Cuiabá, Manaus, Fortaleza, Salvador, Recife e Natal. O anúncio oficial será feito no domingo, durante reunião do Comitê Executivo em Nassau, Bahamas.

Assim, as cinco cidades que apresentaram candidatura e ficarão fora do Mundial são: Belém, Campo Grande, Florianópolis, Goiânia e Rio Branco. De acordo com Ancelmo, a última vaga ficou entre Natal e Florianópolis, mas a capital do Rio Grande do Norte ganhou por questões "políticas e logísticas". Na briga pela “Copa Verde”, Manaus levou a melhor sobre Belém e Rio Branco para ser a sede da Amazônia. Já Cuiabá desbancou Campo Grande como representante do Pantanal.

Segundo Ancelmo, a final do Mundial será realizada no Maracanã, como em 1950. A abertura deve mesmo ser em São Paulo, mas Belo Horizonte ainda briga para abrir a Copa no Mineirão.Em nota publicada no site oficial da CBF, o presidente Ricardo Teixeira não confirmou os nomes das escolhidas, mas parabenizou as 17 cidades pela disputa: - Nesse processo de escolha não há vencedores ou vencidos.

A cidade que não for indicada poderá participar da Copa do Mundo com as alternativas que a competição oferece, como centros de treinamentos para as seleções e outros eventos específicos – disse o dirigente, que estará em Bahamas para a apresentação das sedes. O evento em Nassau será transmitido ao vivo pela TV Globo e pelo SporTV, antes da rodada do Campeonato Brasileiro, às 15h30m (de Brasília).

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Técnicos do Ibama negam licença de instalação à hidrelétrica de Jirau (RO)

Licença provisória garante continuação da obra

Foto: Senildo Melo

Em um inesperado revés para a concessionária Energia Sustentável (ESBR), liderada pela multinacional Suez Energy, a equipe técnica do Ibama deu parecer contrário à licença de instalação da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira. Os técnicos apontaram que 11 das 32 condicionantes definidas pela autarquia na licença prévia têm "algum tipo de pendência" .

Essa avaliação pode ser revertida, mas coloca o governo em situação semelhante à vivida em 2007, na primeira etapa do licenciamento das usinas do Madeira, quando a resistência do Ibama em dar sinal verde para o projeto levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a interferir pessoalmente nas negociações.

Depois de mencionar descumprimentos de exigências feitas anteriormente pelo próprio Ibama, para autorizar os primeiros canteiros de obras da hidrelétrica, os analistas da diretoria de licenciamento do Ibama terminam um relatório de 127 páginas e 853 tópicos com a seguinte frase: "Pelo exposto, e em face de todas as pendências destacadas, somos de parecer contrário à emissão desta licença de instalação."

O presidente do Ibama, Roberto Messias, disse ao Valor que os pareceres "sempre são reversíveis" . No caso de Jirau, ele afirmou que uma sequência de reuniões e esclarecimentos nos últimos dias pode ter resolvido as pendências. "Estamos caminhando para o arredondamento (das questões). Nada compromete, absolutamente (a emissão da licença)" , explicou o presidente.

Pendências
A ESBR informou ao Valor ter apresentado, às 18h de ontem, novos documentos para explicar as contestações do relatório técnico. Das 11 pendências mencionadas pelos analistas, a concessionária julga que houve interpretação equivocada de cinco itens. Entre elas, considera que há condicionantes restritas ao grupo que constrói a usina de Santo Antônio, capitaneado pela Odebrecht. Das seis outras pendências, a ESBR acredita ter conseguido esclarecer quatro pontos e se dispôs a enviar respostas adicionais hoje à tarde.

A concessionária afirmou que os programas básicos ambientais para compensar os impactos da hidrelétrica "estão com qualidade acima de qualquer expectativa" e diz ter contratado "os melhores especialistas brasileiros e mundiais em cada modalidade".

As duas pendências que a concessionária admite não ter resolvido dizem respeito a acordos com a prefeitura de Porto Velho e com o governo de Rondônia. Um dos principais obstáculos para o avanço das obras tem sido a resistência do governador Ivo Cassol em liberar áreas de parques estaduais que não seriam afetados pelo projeto original de Odebrecht e Furnas, mas passaram a ser com as mudanças introduzidas.

Cassol propôs uma "troca" ao presidente Lula: promete liberar os parques estaduais se o Ministério do Meio Ambiente desistir de retirar cinco mil famílias que ocupam irregularmente a reserva florestal Flona Bom Futuro, de posse da União. A área tem sido crescentemente desmatada.

Alegando a necessidade de aproveitar o fim do período de seca na Amazônia para abrir canteiros e colocar ensecadeiras - espécie de diques capazes de desviar o rio - no local de construção da barragem, a ESBR obteve em dezembro uma licença de instalação "provisória" , apenas para as intervenções reversíveis.

Na época, o assunto foi alvo de polêmica e o então diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, fez uma recomendação pessoal ao Ibama para que autorizasse as obras iniciais. A controvérsia girava em torno da mudança do local de construção da usina de Jirau, a mais de nove quilômetros do ponto licitado. Graças a essa alteração, a Suez prometeu iniciar a operação da hidrelétrica até 14 meses antes do previsto no edital de licitação e estimou uma economia perto de R$ 1 bilhão.

No relatório técnico, os analistas do Ibama sustentam que o novo projeto ainda tem problemas, mas abrem uma brecha para a revisões de suas conclusões. "O fato é que neste momento, para a emissão de uma eventual licença de instalação, o projeto ainda é incipiente em relação aos fluxos físicos, químicos e bióticos, carecendo de comprovação de seus respectivos estudos."

Em relação aos peixes - motivo de indignação do presidente Lula quando reclamou dos " bagres " do Madeira -, o Ibama considerou prejudicial a cota elevada do sistema de adução, fixada em 78 metros. "(Ela) pode constituir em barreira física principalmente para a deriva de juvenis da dourada, já que estes migram preferencialmente pelo fundo do rio, cuja cota é de aproximadamente 45 metros."

Os analistas apontaram a ausência de cinco programas de mitigação dos impactos ambientais - todos de responsabilidade do consórcio vencedor da licitação. São ações voltadas para a comunidade a jusante das usinas, medidas de compensação para pescadores, controle do aumento de pragas e monitoramento de aves ameaçadas pela construção

terça-feira, 26 de maio de 2009

Odebrecht apresenta obras da rodovia Interoceânica durante encontro em Cusco

Reportagem: Mariama Morena
Foto: Sérgio Vale

A mais importante obra do processo de interação entre o Brasil e o Peru, a Interoceânica, que ligará a fronteira brasileira, no Acre, aos portos peruanos de Ilo, Matarani e San Juan estará pronta no 1º trimestre de 2011, segundo o diretor da Odebrecht no Peru, Luiz Fernando de Castro, que falou sobre as obras durante a Semana da Amazônia Brasileira em Cusco.

Com participação de 70%, a Odebrecht lidera o consórcio Conirsa, formado por quatro empresas, que venceu a licitação promovida pelo governo do Peru para a construção de dois dos cinco trechos da rodovia. São 710 quilômetros nos trechos 2 e 3, nas regiões (equivalentes aos Estados brasileiros) de Cusco e Madre de Dios. A expectativa, segundo o diretor, é chegar ao final de 2009 com 635 quilômetros dos trechos pavimentados, faltando apenas 65 quilômetros para concluir em 2010.

Atualmente, são 5.392 pessoas trabalhando na obra e mais de 1.500 tipos de equipamentos pesados que ajudam a superar os desafios de construir uma estrada que atravessa desde a selva amazônica até montanhas com 4,7 mil metros de altura acima do nível do mar, nos Andes peruanos, a temperaturas de 30 graus negativos.

A conclusão de uma rodovia interoceânica que ligará a fronteira brasileira aos portos peruanos de Ilo, Matarani e San Juan, que soma mais de 2,5 mil quilômetros de extensão, deve reduzir em aproximadamente 6 mil quilômetros a distância comercial com a Ásia, criando a expectativa de que essa rota sirva de alternativa para escoamento da produção de produtos dos estados do Norte e Centro-Oeste à Ásia, promovendo o intercâmbio não apenas comercial, mas social e cultural entre os dois países.

De acordo com Luiz Fernando, mesmo sem estar totalmente concluída, já é possível perceber resultados no processo de integração e desenvolvimento das regiões por onde passa a rodovia.

“Atualmente são 23 empresas de transporte terrestre operando na Interoceânica, incluindo a que faz o trajeto Rio Branco-Porto Maldonado, no Peru; desde 2005 o número de estabelecimentos em Urcos, Ccatcca e Ocongate praticamente duplicou; houve aumento no setor da construção civil e na ocupação dos hotéis; os voos entre as cidades foi ampliado, ou seja, a gente já começa a sentir as mudanças de forma muito rápida”, afirmou.

As dificuldades de se construir a estrada estão sendo superadas segundo o representante. Mas fica outro desafio ainda maior: o de garantir a sustentabilidade econômica, social e ambiental das comunidades por onde passa a rodovia.

“A região é de uma biodiversidade própria para o desenvolvimento do turismo, atividades ambientais como a certificação de madeira, ou seja, existem muitas possibilidades de negócios sustentáveis ao longo da rodovia e é importante garantir que ela não sirva apenas para passagem de cargas”, avalia.

domingo, 24 de maio de 2009

Cusco: rota mundial do turismo

A viagem esconde belezas selvagens, montanhas e nascentes de alguns dos maiores rios do mundo como o Solimões

Reportagem: Senildo Melo
Fotos: Sérgio Vale


Cusco é a segunda cidade mais importante do peru e possui 500 mil habitantes. Sua principal atividade econômica é o turismo, que por ano recebe mais de um milhão de turistas de todo o mundo. Na América Latina, a cidade só perde em número de visitantes para Rio de Janeiro e Buenos Ayres.

Sua gente simples e de miscigenação variada enriquece ainda mais a cultura de seu povo. Entre suas principais atrações turísticas destaque para as ruínas históricas de Machupicchu, que fica a quatro horas de trem saindo do centro de Cusco. Cada viagem não sai por menos de 120 dólares. Os restaurantes são sofisticados e possuem uma culinária bastante diversificada. O alto das cordilheiras também são bastante visitados pelos turistas, assim como o mirante, o centro arqueológico e o Coliseum Salsayhuama, palco das batalhas medievais do início do século passado.

Tudo é complementado pela arquitetura moderna da cidade, que contrasta com a tradição da catedral e a imponência da praça das armas. “O cenário é voltado para uma exploração turística e comercial”, afirma Fabíola Pinheiro, empresária do ramo de hotelaria durante visita á cidade dos Incas. Negócios que serão intensificados com a implantação de uma linha terrestre, ligando Rio Branco a Maldonado.

Dentro dessa perspectiva, a proposta do governo do Acre com a abertura da rota turística Caminhos do Pacífico é tentar trazer para a região Amazônica 10% dos cerca de um milhão de turistas que visitam Cusco. “Isso representa 10 mil pessoas de várias partes do mundo que viriam ao Acre conhecer de perto a história de Chico Mendes e a Revolução Acreana. Vários empregos serão gerados promovendo o aquecimento da economia local”, destacou Cassiano Marques.

O presidente da ABAV, empresário Raimundo Moraes, disse que a rota terrestre com ônibus saindo de Rio Branco Maldonado vai aumentar o intercâmbio turístico e comercial entre os países. “Futuramente também será disponibilizada uma rota aérea para facilitar o fluxo de turistas entre os países”, finalizou.

sábado, 23 de maio de 2009

Semeia fiscaliza queimadas urbanas


Com a chegada do verão um problema cultural atinge a capital: as queimadas urbanas. No ano passado, os bairros campeões nesse tipo de crime ambiental foram Belo Jardim, Bosque e Sobral. Para tentar reduzir as ocorrências de queimadas na zona urbana, a Secretara Municipal de Meio Ambiente (Semeia) realiza fiscalização nos bairros com maior incidência de queimadas. São cerca de trinta notificais e multas por final de semana.

No bairro Tancredo Neves, os fiscais encontraram neste sábado (23) um foco no fundo do quintal de uma casa. A proprietária apagou o fogo, mas foi notificada a comparecer na Semeia para assistir a uma palestra. Em outra residência, a fumaça denunciava mais fogo. O proprietário, Jucileudo Bezerra, também foi notificado.

O secretário de Meio Ambiente de Rio Branco, Arthur Leite, faz um alerta: a fumaça proveniente da queima de lixo doméstico além de crime ambiental também pode trazer sérias complicações para a população. A multa para quem cometer esse tipo de infração varia de duzentos a dois mil reais.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Estrada do Pacífico levará o Acre ao desenvolvimento regional

Comércio Andino deve fortalecer economia acreana

A viagem esconde belezas selvagens, montanhas e nascentes de alguns dos maiores rios do mundo como o Solimões, que nasce no Peru. A estrada é construída em meio a uma paisagem natural que enche os olhos dos visitantes.

Prevista para ser inaugurada em meados de 2010, a estrada transoceânica, ou rodovia do Pacífico, vai ligar o Acre aos portos peruanos trazendo esperança de desenvolvimento e crescimento econômico para a região. Atualmente, cerca de 80% dos 1.200 quilômetros da rodovia, que separam Rio Branco de Cuzco está pavimentado, incluído o lado acreano que está todo concluído. A obra construída a quase 5 mil metros de altitude, na Cordilheira dos Andes, é executada por um consórcio de empresas, a Conirsa, do qual a Odebrecht detém 70%. A obra está orçada em cerca de 700 milhões de dólares. Parte do recurso é captado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De olho na nova rota turística e comercial, o governo do Acre vem mantendo diversos encontros com autoridades peruanas para tentar fechar negócios bilaterais. “Temos de potencializar a nossa vocação de Estado exportador. Produtos como carne e frango, além de gêneros alimentícios são itens de primeira necessidade para o Peru”, disse o secretário de Agricultura do Estado, Mauro Ribeiro. “O intercâmbio comercial com produtos que interessam ao empresariado local também é outra boa oportunidade”, completou.

No próximo dia 24 o governador Binho Marques estará em Cuzco onde participa da Semana da Amazônia. O Acre tenta emplacar a rota do pacífico como novo destino turístico para a região. Uma empresa de ônibus peruana começou esta semana a transportar turistas dos dois países até Puerto Maldonado ao custo de apenas R$ 70 por pessoa.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Lado do Amapá ainda sofre com poluição

Um santuário ecológico a apenas 20 minutos do centro da cidade


O Lago do Amapá se formou há mais de cinco décadas a partir da mudança de curso do rio Acre. Criada em 2005 a Área de Proteção do Amapá (APA) abrange uma área de cinco mil hectares. Cerca de 300 famílias vivem no lugar. Gente como dona Terezinha Santana. Ela montou um projeto (Costurando o Futuro) que ajuda no sustento de outras 15 mulheres.


Devido a cheia do rio Acre nível do lago ainda está acima do normal

O Lago possui três quilômetros de extensão e abriga várias espécies de peixes que ainda estão sendo catalogados pelos órgãos ambientais. Assim como a rica biodiversidade da região e animais silvestres.

No entanto o maior desafio dos moradores é manter o lago preservado. Visitando a área nesta terça-feira (19), em companhia da Taíla Maia, técnica da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), pude perceber que em alguns pontos a poluição é visível. Restos de garrafas pet, copos e sacolas. Sem fiscalização permanente é comum nos fins de semana visitantes da zona urbana de Rio Branco vir ao local para pescar e terminam por poluir o meio ambiente e até matando os animais silvestres. Não adianta culpar os moradores, todos devem fazer a sua parte. Inclusive mais rigor por parte dos órgãos ambientais no que diz respeito a fiscalização intimidaria os criminosos.

Arraia morta no Lago do Amapá por pescadores ilegais

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Frente fria chega neste sábado ao Acre e temperatura deve baixar a 16ºC


As altas temperaturas dos últimos dias, que causaram sensação térmica de até 42°C em Cruzeiro do Sul, serão amenizadas nesse fim de semana em todo Acre. A chegada de uma massa polar, que já baixou em mais de dez graus a temperatura do sul do Brasil desde quarta-feira, começa a mudar o tempo neste sábado no Estado.

A frente fria avança rapidamente em direção ao norte e oeste, prometendo registrar as menores temperaturas do ano até agora.As temperaturas mínimas serão registradas na madrugada de sábado para domingo, principalmente em Brasiléia, onde a mínima chegará a 16ºC. Em Rio Branco, a previsão é de mínima de 17ºC e as demais áreas do estado terão baixa em seus termômetros entre 18ºC e 20ºC.

As máximas registradas durante o dia irão variar entre 24ºC e 28°C neste fenômeno que deve durar até domingo. Ventos fortes vindos do sul do continente também serão sentidos, principalmente na porção leste do Acre.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Vigília pela Amazônia cobra ações emergenciais do poder público

Acre foi representado no evento pela senadora Marina Silva e pelo secretário de Meio Ambiente, Eufran Amaral


A vigília realizada na noite de quarta-feira (13) em Brasília chamou a atenção de todos para os inúmeros problemas existentes na região Amazônica. Entre eles as questões agrárias, desmatamento, pobreza e aquecimento global. O Acre ganhou destaque na vigília com o discurso contundente da sendora Marina Silva (PT). A parlamentar cobrou mais compromisso por parte do ministro Mangabeira Unger para com os investimentos na região.

O secretário de Meio Ambiente do Acre, Eufran Amaral, também discursou na Tribuna do Congresso. Ele destacou os projetos de manejo florestal madeireiros e não madeireiros desenvolvido pelo governo estadual, que beneficiam diretamente as populações tradicionais e as comunidades do interior do Acre.

Brasil precisa criar "ciência da floresta", diz INPE

Carlos Nobre, cientista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) alerta que a Amazônia, assim como todo o planeta, tem sido afetada pelas mudanças climáticas. Segundo o pesquisador, os estudos atuais apontam que se a região perder 40% de sua cobertura florestal (17% já se foram) e sua temperatura média subir 3,5 graus centígrados, será atingido um nível de degradação sem retorno - a vegetação jamais se recuperará e o ecossistema ficará definitivamente desfigurado.

“Não nos enxergamos como um povo tropical”, diz o cientista. Segundo Nobre, os brasileiros ainda se sentem europeus. A sociedade precisa se adaptar e, como explica o cientista, não há país tropical desenvolvido para ser imitado. O Brasil tem a oportunidade histórica de “inventar” seu desenvolvimento, o que só será atingido por meio de uma “revolução científica e tecnológica”, com a criação de uma “ciência da floresta”.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Fiscais do Imac e Pelotão Florestal apreendem mogno em Rio Branco


Uma equipe formada por técnicos da Divisão de Fiscalização do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e dois agentes do Pelotão Florestal realizou uma operação de investigação que culminou na apreensão de mais de 15 metros cúbicos de madeira, ontem, em Rio Branco.

O que levou à investigação ao local da apreensão foram 20 blocos de mogno que estavam sendo seguidos desde a noite de segunda-feira. Essa espécie de madeira é protegida por legislação ambiental específica. A equipe continua a operação na intenção de encontrar os outros blocos da madeira, e já suspeitam do local. "O Imac está intensificando o trabalho. Nossas equipes estão em campo para fazer o monitoramento das empresas licenciadas e para coibir a extração ilegal de madeira", ressaltou a presidente do órgão, Cleísa Cartaxo.

Uma parte da madeira de lei foi encontrada em uma serraria que fica no quilômetro 2 da BR-364, junto com mais de 90 pranchas de amarelão, cerejeira e tamarindo que estavam sem o Documento de Origem Florestal (DOF). A outra parte do mogno estava escondida dentro de uma mata atrás da serraria.

Toda a madeira irregular foi apreendida. Os responsáveis pelas serrarias foram autuados e tiveram seus empreendimentos embargados, sendo enquadrados no decreto 6.514/2008, que regulamenta a lei de crimes ambientais do Brasil. Eles deverão comparecer ao Imac para proceder ao licenciamento das empresas.

Início do verão
Com a redução das chuvas, a atividade de derrubada e transporte ilegal de madeira é intensificada, assim como o trabalho de investigação e fiscalização. O uso da tecnologia é o grande aliado do Governo do Acre e dos parceiros na hora de encontrar as pessoas que infringem a legislação ambiental.

A participação da sociedade na defesa da floresta é muito importante e pode ser feita através de denúncias, ressalta a chefe do Departamento de Fiscalização e Denúncias, Geucilene Barreto. Além disso, os sobrevoos e as imagens captadas do espaço ajudam a identificar os locais de exploração ilegal.

domingo, 10 de maio de 2009

Indígenas se rebelam contra empresas petrolíferas na Amazônia peruana

Índios tomaram três poços na região.

Indígenas peruanos estão mobilizados contra a forma como é feita a exploração petrolífera na porção amazônica de seus país. A Amazônia peruana foi praticamente toda loteada e leiloada a empresas nacionais e estrangeiras de exploração. Os índios reclamam dos impactos ambientais e sociais, e de não terem sido consultados sobre a extração de petróleo em terras que consideram suas.
No momento, eles mantêm três poços ocupados e prometem radicalizar sua oposição ao governo de Alan García, disse o presidente da entidade que encabeça nacionalmente o movimento, a Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana (Aidesep), Alberto Pizango.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Denúncia anônima leva Imac a realizar primeira apreensão de mandeira em 2009

Ação apreende 42,43m³ de madeira extraída ilegalmente em Acrelândia



O departamento de fiscalização do Instituto de Meio Ambiente do Acre -Imac realiza a primeira grande apreensão de madeira extraída ilegalmente deste ano. Por meio de denúncia anônima, uma equipe com cinco técnicos do Imac e cinco homens do Pelotão Florestal se deslocou ao município de Acrelândia para averiguar a operação de extração ilegal de madeira. Na cidade foram apreendidos 42,46 m³ de madeira serrada.

O acampamento dos madeireiros no local estava equipado com serraria móvel, trator e motosserras. O responsável pela propriedade declarou que o acampamento já estava montado há cerca de quarenta e cinco dias. No mesmo local foram identificadas também áreas que sofreram atividade de queima ilegal.

Palmitos de açaí também foram extraídos da área e entre as árvores derrubadas foram reconhecidas inclusive castanheiras e seringueiras. Além dessas, já haviam outras árvores marcadas para serem abatidas, como explica a técnica do Imac, Yrle Fontenele "Tinha muitas ‘empiqueteadas', árvores da espécie guariúba, jatobá, amarelão, cumaru ferro, cumaru cetim e tauari."
Nessa situação a extração de madeira se configura como crime ambiental por ferir artigos do Decreto de Lei 6514 de 22/07/2008, principalmente por cortar árvores que são protegidas sem autorização e por ter fins comerciais com as madeiras serradas.

As atividades de fiscalização estão ocorrendo desde o início do ano. Obedecendo a rotina do órgão por meio de monitoramento de polígonos identificados pelo geoprocessamento, a partir das imagens de satélite, atendimento de denúncias anônimas e denúncias do Ministério Público Estadual, e também com operações conjuntas com o Pelotão Florestal.

"Essa apreensão nos despertou mais nossa atenção, porque como estamos no período chuvoso é menor o fluxo de transporte de madeira. A exploração ilegal nos remete a intensificar o controle, o que alia o nosso planejamento que também terá ênfase para a fiscalização de posses, verificando a autenticidade da emissão de posse, restringindo a sobrevivência de posseiros, assim como maior rigor no controle das queimadas" afirma a chefe do departamento de fiscalização, Geucilene Barreto.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Efeitos do aquecimento global


Enchentes castigam vários estados do Norte e Nordeste. Pará, Maranhão, Piauí e Bahia são os mais atingidos. O presidente Lula sobrevoou ontem áreas criticas e confirmou envio de alimentos e medicamentos aos desabrigados.


No Sul do país, a longa estiagem modificou por completo o cenário de um dos cartões postais do Brasil: as Cataratas do Iguaçu. A ausência de chuvas na região fez reduzir bastante o nível do rio Paraná. Como ao longo do manancial existem pelo menos sete hidrelétricas, a força da água é amortecida, o que faz reduzir a vazão das cachoeiras. Várias comunidades rurais também estão sem água potável.

No telejornal, a garota do tempo tenta explicar com termos científicos o que os mais experientes já sabem há anos: é a resposta da natureza a tantas agressões do homem. E ainda tem autoridade achando que preservação do planeta é coisa de ambientalista. Se cada cidadão não se mobilizar, com atitudes ambientalmente corretas, estaremos antecipando a chegada do apocalipse.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Novo radar vai detectar vöos em baixa altitude na fronteira amazônica

Aviões serão localizados se voarem abaixo de 300 metros de altura.


A segurança da fronteira do Brasil na região amazônica ganhou um reforço tecnológico nesta terça-feira (5). Trata-se do radar Saber M-60, equipamento do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), vinculado à Casa Civil da Presidência da República, que permite identificar rotas aéreas clandestinas a altitudes abaixo de 300 metros. A ferramenta será usada, principalmente, no combate ao tráfico internacional de drogas.

O local onde está instalado o equipamento não foi divulgado por razões de segurança e estratégia. Entretanto, em 2008, o radar foi testado pela primeira vez em Tabatinga (AM), na região de tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.

O radar consegue identificar 40 alvos simultaneamente e vai complementar as informações de outros 25 radares que funcionam na região fronteiriça do país, que corresponde a cerca de 8 mil quilômetros de extensão. O alcance do radar é de 60 quilômetros.

As informações obtidas pelo equipamento serão computadas em um relatório de inteligência para a Força Aérea Brasileira e para a Polícia Federal, que não terá monitoramento em tempo real. Segundo Rogério Guedes, diretor do Sipam, o equipamento vai permitir analisar a frequência, datas, rota e localização de aeronaves que não tenham autorização ou plano de voo no espaço aéreo brasileiro.

Tecnologia
O radar M-60 foi fabricado pelo Centro Tecnológico do Exército (Cetex) e foi adaptado para funcionamento em áreas tropicais, como a região de fronteira amazônica. O equipamento é portátil, pesa cerca de 250 quilos e pode ser montado em tempo reduzido.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Índios acampam em Brasília

Eles reivindicam aprovação de Estatuto dos Povos Indígenas.
Índios acampam na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para reivindicar a aprovação do Estatuto dos Povos Indígenas, segundo informações da Agência Brasil. Eles pretendem entregar uma nova proposta ao governo com a inclusão de um sistema educacional específico para crianças indígenas e de garantias de revisão e novas demarcações de terra.

domingo, 3 de maio de 2009

Ibama prorroga prazo para criadores atualizarem o cadastro de pássaros

Multa para quem perder o prazo pode chegar a R$ 500 por animal


O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) prorrogou até o dia 30 de junho o prazo para a atualização cadastral dos criadores amadoristas licenciados de pássaros. No Acre, cerca de 1,3 mil criadores estão com seus cadastros bloqueados.

Caso o criador perca o prazo para recadastramento, os pássaros devem ser entregues ao Ibama, os quais serão encaminhados a criadores devidamente registrados. Além disso, terão suas licenças canceladas e estarão sujeitos à multas prevista na legislação ambiental, que pode chegar a R$ 500 por pássaro. Para atualizar o cadastro os criadores devem comparecer ao Ibama munidos de documento original com foto, CPF, comprovante de residência recente e número de telefone.

De acordo com Jocicleide Bessa, secretária do núcleo de fauna do Ibama, existem mais de três mil criadores de pássaros legalizados em todo o Estado. Todavia, o número de criadores ilegais também é bastante expressivo e são descobertos por meio de denúncias e identificados através de uma anilha, pequeno anel colocado nos pássaros. “Pela anilha sabemos quem está com ele, infelizmente, muitos falsificam o anel, e quando descobrimos a ilegalidade recolhemos os pássaros e os criadores podem ser multados,” diz.

Caso os pássaros criados estejam na lista de animais ameaçados de extinção, a multa pode variar de R$ 3 a R$ 5 mil. Aves como periquito, papagaio e arara só podem ser adquiridos se tiverem vindo de um criador comercial devidamente registrado no Ibama, exigindo a nota fiscal do animal, o que comprovará a sua origem legal. A lista de animais está disponível para consulta no site do Ibama. “Nenhum animal silvestre, seja ave, mamífero ou réptil pode ser criado, a menos que tenha vindo de um local legalizado pelo Ibama,” reitera.

Para se tornar um criador amadorista, o interessado precisa se legalizar fazendo um cadastro pela internet, por meio do site do Ibama. A partir do cadastro o criador deve procurar o órgão com os documentos necessários para que o cadastro seja homologado. Anualmente é cobrada uma taxa de R$ 30 pela licença. Não existe um número máximo de animais a serem criados, a exigência é que o criador tenha uma estrutura adequada para mantê-los.

Jocicleide esclarece que a atualização cadastral não é feita a cada ano, somente quando é publicada uma instrução normativa, o que aconteceu em 2007. Porém, como nem a metade fez a atualização do cadastro, o prazo foi prorrogado. “O Ibama solicitou esta atualização cadastral porque muitos criadores mudam de endereço e não mudam no cadastro. Quando o órgão procura o local para fazer uma vistoria, não encontra,” explica.
Espécies exóticas atraem pela beleza e variedade de cores
Fascinantes pelo canto e beleza, as espécies mais comuns entre os criadores do Acre são o canário da terra, o curió e o bicudo, que fazem parte da fauna brasileira. Todavia, espécies exóticas, que fazem parte de outras faunas, por exemplo, também têm atraído a atenção dos criadores, não só pela beleza, mas pela variedade de cores vibrantes de suas penas. Porém, não são muito fáceis de se encontrar.

De acordo com Marcos Gonçalves, proprietário do Acqua Pet Shop que revende aves da fauna australiana, as espécies vêm direto de Ribeirão Preto (SP). As mais procuradas são a calopsita, o periquito australiano, o mandarim, o bavetti e o diamante Gould que vivem cerca de 13 anos. A Calopsita custa em média R$ 150 a unidade, o periquito australiano R$ 50 o casal e os demais uma média R$ 140 o casal.

O principal cuidado que se deve ter com qualquer animal que é retirado do seu habitat, segundo ele, é tentar trazer para gaiola as mesmas condições que ele tinha antes. “A partir do momento que eu estou tirando o pássaro do ambiente natural dele para uma gaiola, eu tenho que tentar oferecer tudo que ele tinha lá fora, como uma alimentação adequada,” diz.
Ele explica que para adquirir um animal como este não é necessário licença do Ibama, uma vez que eles não fazem parte da fauna brasileira.

sábado, 2 de maio de 2009

Aumenta para 27 o número de casos suspeitos de gripe suína no Brasil

Casos suspeitos passam de sete para 14 em 24 horas.

O Ministério da Saúde informou neste sábado (2) que o número de pessoas com suspeita de ter contraído gripe suína no Brasil subiu de sete para 14. Os casos suspeitos estão sendo investigados em quatro estados, todos da Região Sudeste: São Paulo (6), Rio de Janeiro (4), Minas Gerais (3) e Espírito Santo (1).

Outros 37 casos estão sendo monitorados pelo ministério em 15 estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Santa Catarina (quatro cada), seguidos de Bahia e Paraná (três cada), Amazonas, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo (dois cada), Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Sul (um cada).

O ministério informou ainda que 38 casos que estavam sendo monitorados foram descartados –21 deles em São Paulo. O órgão alertou que o Gabinete Permanente de Emergências alterou os critérios para a definição de caso suspeito, a fim de ampliar a vigilância da circulação do vírus no país.

De acordo com os novos critérios, passam a ser consideradas suspeitas as pessoas que estiveram em qualquer área dos países que confirmaram casos e que apresentem sintomas do Influenza A, e também as que tenham tido contato próximo com pessoas infectadas.

Até sexta, eram destacadas como possíveis suspeitas apenas as pessoas que vinham de áreas ou estados afetados dentro desses países com casos já confirmados da doença.

O diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, afirmou que nenhum dos pacientes com suspeita da doença está em estado grave. Segundo ele, todos os 14 suspeitos de terem contraído o influenza A estiveram nos últimos dias em países já afetados pelo vírus H1N1.

Hage acrescentou que tão logo o Brasil receba os insumos capazes de fazer diagnósticos específicos para a doença, em cerca de 48 horas será possível detectar se entre os suspeitos há algum caso confirmado da doença.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Rede de supermercados da capital quer substituir sacolas plásticas por ecológicas


Com o objetivo de despertar entre as pessoas o interesse pela preservação ambiental e de
contribuir de forma prática para o desenvolvimento sem a degradação do meio ambiente, a rede de supermercados Araújo em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, lançou nesta semana as sacolas ecológicas.

A idéia é incentivar a substituição das sacolas plásticas pelas retornáveis.O projeto começou a ser elaborado no ano passado, e desde então o Governo disponibilizou técnicos para realizar o processo formativo de 300 funcionários do supermercado e também de gestores das secretarias estadual e municipal de Meio Ambiente. “A destinação dos resíduos sólidos é uma preocupação permanente”, destacou o representante da Secretaria de Meio Ambiente, Eugênio Pantoja.

O próximo passo será a inclusão de comunidades das Unidades de Conservação do Acre na produção das sacolas ecológicas. “Esta é uma iniciativa importante com cunho sócio-ambiental e econômico que irá contribuir para diminuir o impacto causado pela destinação dos resíduos sólidos”, completa.As sacolas são fabricadas com algodão puro e pintadas com tinta ecológica, têm capacidade para cinco quilos. E custam ao consumidor R$ 3,95 - parte dos recursos arrecadas serão revertidos para o desenvolvimento de medidas que visem a preservação do Parque Estadual Chandless.

O estudo realizado pela rede de supermercado revela que em média são distribuídas mais um milhão de sacolas plásticas aos clientes. “Fomos impulsionados pelo Governo. Nosso objetivo é diminuir o impacto ambiental causado pela destinação incorreta de sacolas plásticas”, ressaltou Adem Araújo.