quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Imazon detecta 210 km² desmatamento na Amazônia

Quinta-feira, 30 de outubro de 2010

Área equivale ao tamanho de 131 Parques do Ibirapuera, em São Paulo.  


O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), organização que faz um levantamento paralelo ao oficial da devastação na região amazônica, registrou em agosto a destruição de 210 km² de floresta.

A área detectada equivale a 131 vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, em São Paulo, ou a pouco mais que 5 vezes o tamanho do Parque Nacional da Tijuca, no Rio. Só em julho, haviam sido detectados 155 km² de devastação na Amazônia Legal, que engloba os estados do Norte, mais Mato Grosso e parte do Maranhão.

De acordo com o Imazon, a devastação registrada em agosto representa redução de 23% em relação ao mesmo período de 2009. No ano passado, a área desmatada somou 273 km² para o mês de agosto.

O Pará registrou 68% do desmatamento observado para agosto de 2010, segundo o Imazon. O estado também teve as cidades com maiores índices de desmatamento para o período. Os municípios que mais desmataram em agosto foram São Félix do Xingu (44,5 km²), Altamira (34,7 km²) e Novo Progresso (10 km²), todos no Pará.

Mato Grosso foi o segundo estado com mais desmatamento no período, correspondente a 11% do total, seguido do Amazonas (10%), Acre (6%) e Rondônia (5%).

Foto: Imazon/ Reprodução

Mapa do Imazon mostra áreas afetadas por desmatamento em agosto. (Foto: Imazon/ Reprodução)

Por conta da cobertura de nuvens no período, foi possível monitorar 81% da área da amazônia Legal. A região não mapeada equivale ao estado do Maranhão e a partes do Amapá, Roraima, Pará e Amazonas.

Fonte: globoamazonia

domingo, 26 de setembro de 2010

Obra em estrada leva à descoberta de cinco geoglifos em Rondônia



O asfaltamento da rodovia BR 429, que liga Ji-Paraná a Costa Marques, no oeste de Rondônia, levou à descoberta de cinco desenhos gigantes no solo, chamados pelos arqueólogos de geoglifos. A existência dessas figuras ancestrais nesta parte do estado é novidade, e ainda há pouca informação sobre como foram feitas e com qual finalidade.

Os geoglifos do entorno da BR 429 foram encontrados este ano por técnicos da empresa que faz o levantamento arqueológico necessário para conseguir o licenciamento ambiental da obra.

Ao identificarem as estruturas, decidiram acionar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que confirmou se tratarem de estruturas construídas pelo homem.

“Seguramente há mais. Seria necessário usar outra tecnologia para localizá-las”, diz Francisco Pugliese, arqueólogo do Iphan que fez a análise dos geoglifos. As estruturas só são identificáveis em imagens de satélite quando a floresta é removida. Para observar os desenhos em solo ainda recoberto de mata, será necessário usar tecnologia de radar.

Acre e Amazonas

Com o avanço do desmatamento e a popularização das imagens de satélite na internet, muitos desenhos têm sido descobertos no solo da Amazônia. Até agora, já são cerca de 300 geoglifos registrados no Acre e no Amazonas.

Desde a década de 1970, quando cientistas perceberam a existência dos geoglifos brasileiros, essas formas geométricas intrigam arqueólogos. Não está claro como foram construídos, nem se tinham finalidade religiosa ou de proteção.

Pugliese aponta, por exemplo, que as figuras de Rondônia tendem a ser arredondadas, em contraposição às encontradas no Acre, que são mais retilíneas, com quadrados e losangos.

Os geoglifos dão a pista de que, em plena Amazônia, poderiam existir civilizações mais complexas e numerosas do que se imaginava. Os construtores dessas figuras tinham que ter conhecimentos de geometria e ser capazes de realizar grandes obras.

 Fonte: globoamazonia

sábado, 25 de setembro de 2010

Brasil está deixando para trás fama de desmatador, diz 'Economist'

Sábado, 25 de setembro de 2010

Uma reportagem publicada na edição desta semana da revista Economist afirma que o Brasil está deixando para trás a fama de desmatador, mas precisa superar entraves para virar o que um entrevistado no texto chama de "potência ambiental".

A revista explica as razões pela qual o país reduziu significativamente a sua taxa de desmatamento entre o fim dos anos 1990 e o início deste século e os últimos anos.

Segundo a Economist, entre 1996 e 2005 cerca de 19,5 mil km² da Amazônia brasileira eram desmatados a cada ano. Entre 2008 e 2009, essa área foi reduzida drasticamente, para cerca de 7 mil km².

Entre as razões apontadas para este fenômeno está uma menor demanda mundial por commodities agrícolas - que alivia as pressões para produzir alimentos na área de floresta -, combinada com ações governamentais.

Entre tais ações, está uma maior regularização da Amazônia, com a demarcação de mais áreas indígenas, parques nacionais e áreas de produção de madeira, e mais ações policiais para coibir a exploração ilegal da floresta e um acompanhamento mais minucioso do desmatamento via satélite.

A revista lembra que o país prometeu reduzir o desmatamento em 80% até 2020 e afirma que, diante dos recentes resultados, "muitos formuladores de políticas públicas agora falam de parar de vez o desmatamento até 2030, ou até revertê-lo".

"É difícil exagerar os benefícios que isto traria. Ajudaria a evitar diversas catástrofes previsíveis que têm relação com o clima, as condições de tempo e a sobrevivência de milhões de espécies. E passaria a mensagem de que este esforço está sendo realizado pelo país com a maior floresta tropical do mundo e uma grande potência emergente", diz o artigo.


Entraves
Entretanto, a revista observa que o país ainda precisa superar entraves para virar o que o ex-ministro da Fazenda, Rubens Ricúpero, imagina como uma "potência ambiental".
Embora tenham melhorado, os esforços de policiamento ainda são esporádicos e os recursos das autoridades ambientais ainda são parcos, diz a revista. Além disso, mesmo quando condenados, muitos criminosos ambientais não pagam multas.

O artigo também lembra a pressão de produtores para que haja um maior relaxamento na legislação ambiental, em especial a que requer que toda propriedade amazônica mantenha pelo menos 80% de cobertura vegetal intacta.

"Porém, acabar com o desmatamento na Amazônia é de interesse do Brasil, e muitos brasileiros o estão reivindicando, razão pela qual hoje é imaginável."

Com 40% das suas emissões de carbono provenientes da perda de floresta, e igual porcentagem de todo o seu consumo de energia oriundo de fontes renováveis, o país está em uma posição privilegiada para liderar a redução nas emissões de carbono e desenvolver 
 tecnologia verde, diz o texto.
"
Há alguns obstáculos para tanto. Mas se os líderes brasileiros optarem por removê-los, e não a floresta, eles não fariam um favor apenas ao mundo; beneficiariam a economia do seu próprio país junto."

Fonte: BBC

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Turistas de Cuzco visitam Seringal Cachoeira



Um grupo de 40 turistas da terceira idade vindos de Cuzco, no Peru, visitou nesta sexta-feira (23) as trilhas ecológicas do Seringal Cachoeira. Eles ficaram impressionados com a história de luta do líder seringueiro Chico Mendes em defesa da preservação do Meio Ambiente. Os turistas também conheceram a estrutura da Pousada existente dentro do Seringal Cachoeira.  
O intercâmbio é possível graças à construção da estrada do Pacífico numa parceria entre os governos do Brasil e do Peru. A Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer (Setul) tem o objetivo de trazer 10% dos turistas peruanos  para conhecer a rota turística Caminhos de Chico Mendes. 



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um milhão de carros em casa uma vez por semana

Quaarta-feira, 22 de setembro

A Fundação SOS Mata Atlântica lança nesta quarta-feira (22), Dia Mundial Sem Carro, a campanha “Vá de Galinha”, que tem como objetivo incentivar o hábito de deixar o veículo em casa e buscar novas alternativas de meio de transporte. Se um milhão de pessoas deixarem o carro em casa pelo menos uma vez por semana e percorrerem 11,5 km de bicicleta, haverá uma emissão de 100 mil toneladas de CO2 a menos por ano, ensina a entidade.

A escolha do mote bem-humorado é justificada: atualmente, a velocidade média de um carro na hora do rush, em São Paulo, é de 15km/h, ou seja, 1km/h a mais que a velocidade de uma galinha. “Esse animal não polui; é claro que emite gases às vezes, mas não se comparam com a emissão de 43 milhões de toneladas de CO2 dos veículos paulistanos”, diz o comunicado da fundação. Sugestões “para salvar os motoristas da escravidão do carro” estarão disponíveis, a partir desta quarta, no site www.vadegalinha.org.



A SOS Mata Atlântica também vai participar da ação Vaga Viva, promovida pelo Movimento Nossa São Paulo, que consiste na transformação temporária de vagas de estacionamento em praças de convivência para pessoas. Com o intuito de provocar uma reflexão sobre a relação entre a cidade e o automóvel, a iniciativa acontece ao lado do Conjunto Nacional. Todas as atividades do dia podem ser encontradas no site www.nossasaopaulo.org.br.

Na quinta-feira (23), também haverá um debate sobre o tema na Conexão Mata Atlântica, rede social criada pela Fundação SOS Mata Atlântica. Belloyanis Monteiro, coordenador de Mobilização da SOS Mata Atlântica, debaterá a proposta do Dia Mundial Sem Carro acompanhado do biker Rex, educador socioambiental da entidade, e Fernando Beltrame, voluntário do Grupo de Trabalho de Meio Ambiente do Movimento Nossa São Paulo e do Coletivo do Dia Mundial Sem Carro. A conversa será transmitida pela internet às 15h. Para participar, basta se cadastrar no www.conexaososma.org.br .

Veja alguns eventos organizados para este Dia Mundial Sem Carro (22) em todo o país:

Evento: Bicicletada
Descrição: movimento reúne ciclistas de várias cidades do Brasil e realiza, periodicamente, passeios e manifestações para reivindicar seu espaço nas ruas, além de apoiar, por meio de pedaladas, diversas causas. O objetivo do grupo é divulgar a bicicleta como um meio de transporte e criar condições favoráveis para o uso deste veículo nos grandes centros urbanos, tornando estes espaços mais ecológicos e sustentáveis. Para o dia 22 de setembro, estão programados diversas manifestações. Mais informações e programação detalhada em http://www.bicicletada.org/Home+page
Responsável: Bicicletada Brasil
Horário: das 7h às 21h
Local: Diversas cidades do Brasil

Curitiba

Evento: Arte Bicicletada 2010
Descrição: grupo reúne pessoas com veículos não-motorizados (bicicleta, patins, skate, patinete) e, realizam, periodicamente, passeios pelo centro da cidade para reivindicar, de forma passiva, o direito de circular com tranquilidade pelas ruas de Curitiba. No dia Mundial Sem Carro, a pedalada será especial. Mais informações em http://bicicletadacuritiba.wordpress.com/about/
Inscrições: não é necessário.
Responsável: Arte Bicicletada Curitiba
Horário: a definir
Local: Pátio da Reitoria Universidade Federal do Paraná (UFPR). Cruzamento das ruas Amintas de Barros e Dr. Faivre.

São Paulo

Evento: Vaga Viva
Descrição: A Vaga Viva consiste no uso de vagas de estacionamento para atividades de lazer e convivência entre as pessoas, com o objetivo de provocar uma reflexão sobre a relação entre a cidade e o automóvel. Mais informações em http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/11224
Inscrições: não é necessário.
Responsável: Movimento Nossa São Paulo
Horário: das 7h às 18h30
Local: Rua Pe. João Manoel (esquina com Avenida Paulista), Cerqueira César, São Paulo – SP

Evento: “Praia do Tietê”
Descrição: manifestantes vão se reunir para tomar banho e sol às margens do rio Tietê. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para a importância do rio e de sua integração no cotidiano das cidades da Região Metropolitana de São Paulo. Mais informações em http://www.sosmatatlantica.org.br/index.php?section=content&action=contentDetails&idContent=606
Inscrições: não é necessário.
Responsável: SOS Mata Atlântica
Horário: das 7h às 18h
Local: Entre as pontes das Bandeiras e Cruzeiro do Sul da Marginal Tietê, São Paulo – SP.

Fonte: Instituto Akatu (www.akatu.net)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

IBAMA autua mais de 130 por desmate e queima no Juruá e Envira

Terça-feira, 21 de setembro de 2010

Foto: Cedida

Segundo o Ibama em alguns casos trata-se de grandes áreas desmatadas exclusivamente para a pecuária, em apenas uma delas foram desmatados mais de 230 hectares. 

Para combater os desmates e as queimadas ilegais nos Vales do Juruá e Envira, o IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) deflagrou uma operação que durou 18 dias.  

Segundo o chefe do escritório do órgão em Cruzeiro do Sul, Jeferson Amaro, mais de 200 focos de desmate e queimadas foram identificados e mais de 130 autos de infração foram aplicados.

O monitoramento foi realizado com a ajuda de um helicóptero, durante a operação uma pequena quantidade de carne de animais silvestres foi apreendida.

Fonte: tribunadojurua.com

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Exploradores acham sítio arqueológico perdido na selva peruana

Segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Área do sítio é maior do que dois campos de futebol, segundo explorador. (Foto: Agência Andina/ Divulgação)

Exploradores peruanos encontraram nesta semana um complexo arqueológico que estava camuflado no meio da selva amazônica no país. Com casas circulares e muralhas, o sítio chamado de Atumpucro foi localizado no departamento de Amazonas, no norte do país.

O complexo fica à margem esquerda do Rio Utcubamba, segundo informações da agência oficial Andina. O local fica a duas horas de carro da cidade de Chachapoyas, também conhecida por ter construções circulares e uma cultura preservada sobre os povos que habitavam a área originalmente.

De acordo com os exploradores, o sítio arqueológico está no meio de uma montanha e tem mais de 2 hectares de área, equivalente ao tamanho de mais de dois campos de futebol. Mais de 150 casas circulares foram observadas.

"Todas as casas têm janelas retangulares. Há muros impressionantes de 50 metros de comprimento por 3 de altura. O complexo está em bom estado de conservação", disse o fotógrafo e explorado Martín Chume à agência Andina.

 Fonte: globoamazonia

sábado, 18 de setembro de 2010

Código Florestal brasileiro pode levar a perdas irreversíveis na biodiversidade tropical, dizem cientistas

Sábado, 18 de setembro de 2010

Se for aprovada em sua forma atual, a revisão do Código Florestal brasileiro, em votação no Congresso Nacional, poderá levar a perdas irreversíveis na biodiversidade tropical, alertam cientistas em carta publicada na edição atual da revista Science.

Intitulada "Perda de biodiversidade sem volta", a carta tem autoria de Fernanda Michalski, professora do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical da Universidade Federal do Amapá, Darren Norris, do Departamento de Ecologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e Carlos Peres, da Universidade de East Anglia, no Reino Unido.

Na carta, os pesquisadores apontam que as propriedades privadas correspondem a 39% do território brasileiro e representam um componente essencial para a conservação da biodiversidade florestal, à parte das áreas protegidas formalmente.

Mas os “interesses de curto prazo de poderosos grupos econômicos, influentes proprietários de terra e políticos, ao diluir o Código Florestal, ignoram o valor das florestas privadas para a conservação”, segundo eles.

De acordo com Fernanda, a manifestação é um complemento à carta publicada na Science no dia 16 de julho, por pesquisadores ligados ao Programa Biota-FAPESP, com o título Legislação brasileira: retrocesso em velocidade máxima?. Segundo ela, o objetivo foi colocar em evidência a modificação do código relacionada à redução de área das Áreas de Proteção Permanente (APP).

“A Science abre espaço para que possamos reforçar comentários feitos em edições anteriores. Quisemos fazer isso para enfatizar um pouco mais o problema diretamente ligado à redução das áreas de APP, que está sendo levantado na proposta de reforma do Código Florestal”, disse à Agência FAPESP.

Professora do Departamento de Ecologia da Unesp até o fim do primeiro semestre de 2010, Fernanda concluiu seu doutorado em 2007, na Universidade de East Anglia, sob orientação de Peres, e realizou pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP), com Bolsa da FAPESP.

“Parte do meu pós-doutorado correspondeu exatamente à avaliação do uso de áreas de APP por vertebrados de médio e grande porte. A partir dos dados obtidos nessa pesquisa achamos relevante destacar esse tópico no contexto da reforma do Código Florestal”, destacou.

A carta enviada em julho pelos pesquisadores do Biota-FAPESP apontava que as novas regras do Código Florestal reduziriam a restauração obrigatória de vegetação nativa ilegalmente desmatada desde 1965. Com isso, as emissões de dióxido de carbono poderão aumentar substancialmente e, a partir de simples análises da relação espécies-área, “é possível prever a extinção de mais de 100 mil espécies, uma perda massiva que invalidará qualquer comprometimento com a conservação da biodiversidade”, segundo eles.

O texto foi assinado por Jean Paul Metzger, do Instituto de Biociências da USP, Thomas Lewinsohn, do Departamento de Biologia Animal da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Luciano Verdade e Luiz Antonio Martinelli, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), da USP, Ricardo Ribeiro Rodrigues, do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, e Carlos Alfredo Joly, do Instituto de Biologia da Unicamp.

Efeito de borda

A carta publicada na edição atual da revista científica norte-americana afirma que a reforma da legislação irá “efetivamente condenar remanescentes florestais e a rebrota em terras privadas no maior país tropical da Terra”.

Segundo Fernanda, o texto reforça uma questão levantada na manifestação anterior, relacionada a um possível aumento do “efeito de borda” – uma alteração na estrutura, na composição ou na abundância de espécies na parte marginal de um fragmento florestal que acaba tendo impactos sobre a fauna e flora de toda a região.

“O efeito de borda se manifesta à medida que a permeabilidade da matriz aumenta e cria uma série de efeitos adversos para a flora e para a fauna. Mas, além disso, nossas pesquisas revelaram um outro dado importante que merecia ser destacado: quando a área de proteção é reduzida a menos de 50 metros de cada lado da APP, o resultado é um aumento considerável na mortalidade das árvores”, afirmou.

Os cientistas brasileiros alertam que, com as modificações propostas na legislação, a redução das áreas de proteção deverá provocar mudanças nas características da paisagem que reduzirão a capacidade da floresta para reter e conectar espécies, ou para manter a qualidade dos corpos d’água.

Segundo o texto, os proprietários rurais que cumprirem a nova legislação aumentarão a fragmentação da paisagem e reduzirão o valor das suas propriedades, por conta da erosão do solo e pela má regulação de captação de água nas bacias hidrográficas.

Mas ainda é possível ter esperança: “a comunidade científica e ambiental, as organizações não governamentais e o Ministério do Meio Ambiente ainda podem se conciliar com os defensores da reforma do Código Florestal”, ressaltam os autores.

“Para isso, será preciso melhorar a comunicação entre os segmentos da sociedade, desenvolvendo alternativas de gestão inteligente do uso do solo na matriz agropecuária existente e evitando, com isso, a expansão de novas fronteiras de desmatamento”, afirmam.

O artigo No Return from Biodiversity Loss (doi: 10.1126/science.329.5997.1282-a), de Fernanda Michalski, Darren Norris, and Carlos A. Peres, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org/cgi/content/full/329/5997/1282-a.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Seca na Amazônia prejudica trabalho de recenseadores do IBGE

Sexta-feira 17 de setembro de 2010
Afluentes do Rio Solimões secaram impedindo a navegação. Foto: cedida

Em uma região onde as distâncias são vencidas pelos rios, a seca deixa o caminho complicado. Na cidade de Manaquiri, a cerca de 80 quilômetros de Manaus, no Amazonas, as lanchas não conseguem mais passar. Recenseadores precisam seguir em canoas.

"Nossa principal dificuldade no momento é a seca, porque fica difícil o acesso", diz a recenseadora Mariane Ferreira. Com rios secos, aumenta o risco de acidentes com jacarés, por exemplo. Além disso, caminhar por trilhas fica mais difícil.

Na fronteira com o Peru, a seca deste ano é a maior já registrada. As ruínas do Forte São Francisco, inundado na década de 1930, ficaram à mostra. Dez municípios na região do Alto Solimões, Rio Juruá e Rio Purus decretaram situação de emergência. Mais de 3 mil famílias foram afetadas pela seca.

O maior problema é o desabastecimento. Praias que se formam no meio dos rios impedem a passagem dos barcos maiores, que carregam mercadorias e deixam ribeirinhos praticamente isolados. As canoas são a única maneira de se chegar a estas comunidades.

Os recenseadores também estão gastando mais tempo. Com o nível dos rios baixo, eles precisam subir barrancos para chegar até as casas. "Onde antes encostava praticamente no porto de casa, agora tem que andar muito para chegar lá, enfrentar lama e o sol que é muito forte", diz a recenseadora Jucilene da Silva Pereira.

Falta contar 40% da população estimada. E a previsão de que a estiagem continue até o final de outubro deve deixar o senso no Amazonas mais atrasado do que já está em relação aos outros estados.

Fonte: globoamazonia

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Praia do Futuro


Quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Foto: Senildo Melo
Fortaleza (CE) é uma das cidades mais visitadas pelos acreanos durante a alta temporada. Talvez pelas raízes nordestinas que desbravaram o Acre nos áureos tempos da borracha. Mas com certeza às belezas naturais encontradas na praia do Futuro (litoral cearense) coloca o lugar como um dos principais pontos turísticos de Fortaleza.  

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Curso técnico em piscicultura

Quarta-feira, 15 de setembro de 2010


O Ministério de Aquicultura e Pesca no Acre realiza aula inaugural para curso de piscicultura destinado a filhos de pescadores profissionais e aquicultores da região. O curso promovido pelo ministério da pesca é realizado simultaneamente em todos os 26 estados e terá duração de dois anos.

A iniciativa vai beneficiar 7 mil pescadores profissionais do Estado do Acre.  Para esse piscicultor do município do Bujari, o curso vai qualificar e fortalecer a atividade na região.

Já se encontra em operação na Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa) uma fábrica de gelo com capacidade para 9 toneladas. O próximo objetivo do Ministério da Pesca é implantar ainda esse ano o primeiro frigorífico de pescado do Estado.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sucuri de 5 metros morre atropelada em rodovia no MT

 Terça-feira, 14 de setembro de 2010
Foto: Cedida
Uma cobra sucuri foi atropelada numa rodovia do município de Vera, no norte de Mato Grosso, e teve de ser removida por funcionários da prefeitura. Segundo o secretário de obras da cidade, Wilson Medina, o animal foi partido em dois pedaços no acidente - somente a extensão maior media 5,70 metros. O acidente aconteceu no dia 2. 

Ela estava carregada com ovos”, informa o secretário. O animal teria sido atropelado por um caminhão, mas o motorista não ficou no local. “Fomos informados somente algumas horas depois”, explicou o Medina. 

Foram necessários pelo menos quatro funcionários do município para tirá-la do local e enterrá-la.
Segundo o radialista local Agenor Bormam, conhecido como “Chiquinho Sam”, que tirou a foto da serpente antes de ser enterrada, ela teve sua gordura retirada, já que se acredita que tenha fins medicinais, como a cura de feridas.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Seca na Amazônia deixa nível de rios em situação crítica

Segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Rio Negro, que banha Manaus, no Amazonas, estava na última sexta-feira (10) apenas sete centímetros abaixo do registrado na mesma data em 1963, ano da maior seca da história. No dia 10 de setembro daquele ano, a cota do rio era de 20,33 metros ante 20,26 metros de sexta-feira. Os dados são do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM). Na seca de 1963, o Rio Negro atingiu em outubro, pico da estiagem, a marca de 13,64 metros.

Já o Solimões, que banha a maior parte dos municípios do interior do Amazonas, está em nível ainda mais crítico. No dia 9, atingiu 32 centímetros negativos, ou seja, abaixo do zero da régua - medição menor do que o pico recorde registrado em 2005. O ano registrou a maior vazante do Solimões já aferida pelo CPRM. Em 2005, no pico da estiagem, verificado na primeira quinzena de outubro, a régua marcou dois centímetros positivos.



Os problemas que já acometem o interior, como isolamento de comunidades e barcos impedidos de atracar nos portos, começam a dar sinais também na capital. Há leitos de igarapés secos bem no meio de Manaus, como o igarapé do Quarenta, que corta a capital.

O prefeito do município de Itamarati (a 980 quilômetros de Manaus), João Campelo, também vice-presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), afirmou que as plantações de vegetais e frutas de solo, como as de melancia e mandioca, estão destruídas. "Como se não bastassem os problemas de agora, ainda há o do futuro: como sobreviver."

Todos os municípios do Amazonas dependem de energia de termelétricas e já há cidades com estoque crítico de combustível. "As balsas que transportam combustível estão levando menos da metade para fugir do encalhe e pelo menos Itamarati, Tabatinga e Envira têm combustível para no máximo 15 dias", disse Campelo. Seis cidades decretaram estado de emergência, todas na calha do Solimões e Juruá: Tabatinga, Benjamim Constant, Atalaia do Norte, Itamarati, Ipixuna e Guajará.

Fonte: globoamazonia.cm

sábado, 11 de setembro de 2010

Audiência total

Domingo, 12 de setembro 2010


Essa é a equipe da TV Aldeia que transmitiu ao vivo para todo o Estado do Acre, direto do estádio Castelão, o empate em 1 a 1 entre Fortaleza e Rio Branco no sábado (11). Sem sombra de dúvidas a maior audiência da história já registrada por uma emissora genuinamente acreana. Estima-se que de cada 10 TVs 7 estavam ligadas na nossa transmissão. Esse foi um gol de placa!
 

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Estádio do Castelão




Estou em Fortaleza (CE) com a equipe de esportes da TV Aldeia para realizar a transmissão ao vivo do jogo entre Fortaleza e Rio Branco F.C. para todo o Acre pela Série C do Campeonato Brasileiro. O estádio do Castelão é palco da partida deste sábado (11), às 15 horas (horário do Acre). De acordo com a crônica esportiva do Ceará são esperados 30 mil torcedores.



Marinha ameaça fechar ligação entre Rondônia e Acre


Sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Foto: Juliano Albano
Escrito por Kêyla Xavier

Com o foco na segurança da navegação, após três semanas de graves problemas na travessia do Abunã, único meio de ligação rodoviária de Rondônia ao Acre pela BR-364, a Marinha do Brasil - Capitania dos Portos de Porto Velho - está em alerta e ameaça interromper o tráfego de embarcações no rio Madeira, na localidade de Abunã.
O nível do rio está próximo dos 2,50 metros de profundidade, considerado o mais baixo dos últimos quatro anos, já que em 2009, no mesmo período estava com 5,50 metros. Hoje  é possível observar grandes bancos de areia próximo ao canal de navegação. A empresa responsável pela navegação no local está fazendo a dragagem e um desvio emergencial, aumentando o percurso em torno de um quilômetro, até a margem oposta.
Dos 120 veículos que fazem a travessia diariamente, alguns chegaram a ter prejuízo de R$ 50 mil, impactando em torno de 30% do seu faturamento no mês. Segundo o proprietário do Auto Posto Correntão, Jarbas Soster, que transporta diariamente combustível e agregado mineral de Porto Velho para o Acre, nessas três semanas que a balsa ficou praticamente parada, levando até nove horas para a travessia ser realizada. Sua empresa, que fatura em torno de R$ 860 mil por mês, distribuindo em torno de 400 mil litros de gasolina, nesse período deixou de faturar R$ 50 mil por dia. "Qualquer perda é irreparável, principalmente no ramo que trabalho. O prejuízo não foi somente na falta de combustível, mas sim na perda de clientes, pelo fato de eu ter de dispensar algumas pessoas, aceitando somente pagamento a vista", finalizou.
Apesar de em 2005 o rio ter atingido o nível de 1,64 metros, Nereu Sebastião, empresário da Amazônia Navegação, responsável pela travessia, conta que em mais de 30 anos de atividade nunca houve a formação de tantos bancos de areia, dificultando o trafego das balsas, que em condições normais levam em torno de 20 minutos. A situação que já é preocupante pode estar sendo agravada principalmente pela atividade garimpeira na região, que contribui para o assoreamento do leito navegável. A expectativa é que a situação seja normalizada somente na segunda quinzena de outubro, quando o rio Madeira inicia o período da cheia.
Ameaça
De acordo com o delegado da Delegacia Fluvial de Porto Velho, Ubirajara Luberiaga Junior, o fato de o rio Madeira estar três metros abaixo do mesmo período do ano passado, agravou o problema na travessia da BR-364, gerando inúmeros transtornos às pessoas que necessitam utilizar este importante trajeto que liga os Estados de Rondônia e Acre. Ele acrescenta que caso o nível do rio continue diminuindo cerca de sete a dez centímetros por dia, pode haver a interrupção na travessia, com fulcro na Segurança de Navegação e a Salvaguarda da Vida Humana. "Todavia estão sendo enviados esforços junto à empresa responsável para que esta medida não se torne realidade", declarou.
Encalhe
Para os caminhoneiros que costumam trafegar diariamente na região essa situação é cada vez mais complicada, já que os bancos de areia estão mais visíveis, deixando até os moradores das proximidades preocupados. Para solucionar definitivamente esse problema o proprietário da empresa responsável pela navegação está com três dragas funcionando 24 horas por dia retirando aproximadamente 150 mil metros cúbicos de areia, a fim de manter o canal nas mínimas condições de navegação aceitas pela Marinha do Brasil, evitando que novos encalhes como aconteceram diversas vezes nos últimos dias, sendo resolvidos com apoio de empurrados e rebocadores que realizaram o trabalho de desencalhe das balsas.
Ponte
Para atravessar a balsa por dia cada carro paga em torno de R$ 15, valor considerado alto na opinião da comunidade que poderia ser investido na construção de uma ponte ligando o rio de um extremo ao outro, evitando assim boa parte dos problemas que tem acontecido. Uma vez que segundo a Marinha do Brasil já foi dado à anuência desde o início deste ano ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) para a construção da mesma, que já foi licitada na modalidade de concorrência pública. A efetivação do contrato foi interrompida pelo Tribunal de Contas da União, que apontou suposto sobrepreço.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Queimadas deixam 14 Estados e DF em emergência ambiental

Foto: cedida
O Ministério do Meio Ambiente incluiu o Distrito Federal em um decreto de estado de emergência ambiental que abrange 14 Estados, por causa do grande número de focos de queimadas. Estão na lista Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Pará, Piauí, Tocantins, Bahia, Goiás e Minas Gerais.


Com o decreto, os Estados podem contratar brigadistas para combater o fogo sem a necessidade de licitação, por exemplo. A portaria com a lista incluindo o DF foi publicada ontem (7) no "Diário Oficial da União", mas os outros Estados já estavam em estado de emergência desde 26 de maio.

Levantamento do Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mostra a existência de 1.178 focos de incêndio no país nesta terça-feira, conforme dados do satélite de referência. Do total, o maior número foi registrado em Goiás, 892. Em seguida aparecem Tocantins (288 focos), Bahia (239), Minas Gerais (203), Distrito Federal (31), Mato Grosso (17) e São Paulo (8).

O mês de agosto já tinha sido um mês "fora da curva", segundo a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente). Uma consulta à página do Inpe na internet mostra que agosto de 2010 registrou 263 mil focos de calor no Brasil inteiro, contra 38,6 mil em agosto do ano passado, um aumento de quase sete vezes nesse período.
Embora nem todos os focos de incêndio sejam queimadas, eles dão uma indicação da explosão do número de incêndios no mês de agosto.

Fonte: DA AGÊNCIA BRASIL

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Seca isola quatro municípios amazonenses por via fluvial

Terça-feira, 7 de setembro de 2010
No Rio Solimões, um dos maiores da Amazônia, a navegaç ão se tornou impussível

A seca do Rio Solimões e seus afluentes Purus e Juruá deixou quatro municípios do Amazonas isolados por via fluvial, como informa a Agência Estado. Envira, Benjamim Constant, Itamarati e Canutama, todas na região oeste do estado, têm estoque de alimentos, água e gasolina para só mais 15 dias.

Pelo menos 70 comunidades rurais desses municípios se encontram sem água potável - e sem chuvas - desde o mês passado. Os municípios decretaram estado de emergência. A Defesa Civil estadual, contudo, emitiu um estado de alerta para a seca que atinge severamente, além desses quatro, outros 25 municípios. O governo deve iniciar nesta semana o envio de alimentos e água para as cidades atingidas.

Peru

O desabastecimento é um problema que já ameaçava as comunidades do transcurso do Solimões no Peru. Ali, o nível da água no rio é o mais baixo desde 2004, ano com o menor registro histórico no nível de água até então, segundo informe técnico elaborado pela Defesa Nacional do país.

"O transporte de produtos de primeira necessidade não está chegando de maneira regular. Em condições normais, demora-se de 12 a 15 dias, mas agora o tempo duplicou", disse Robert Falcón, chefe regional da Defesa Nacional, para o jornal peruano "El Comercio". "Isso faz crescer a especulação e os preços dos alimentos sobem."

Seca dificulta o transporte dos ribeirinhos