Sexta-feira 17 de setembro de 2010
Afluentes do Rio Solimões secaram impedindo a navegação. Foto: cedida |
Em uma região onde as distâncias são vencidas pelos rios, a seca deixa o caminho complicado. Na cidade de Manaquiri, a cerca de 80 quilômetros de Manaus, no Amazonas, as lanchas não conseguem mais passar. Recenseadores precisam seguir em canoas.
"Nossa principal dificuldade no momento é a seca, porque fica difícil o acesso", diz a recenseadora Mariane Ferreira. Com rios secos, aumenta o risco de acidentes com jacarés, por exemplo. Além disso, caminhar por trilhas fica mais difícil.
Na fronteira com o Peru, a seca deste ano é a maior já registrada. As ruínas do Forte São Francisco, inundado na década de 1930, ficaram à mostra. Dez municípios na região do Alto Solimões, Rio Juruá e Rio Purus decretaram situação de emergência. Mais de 3 mil famílias foram afetadas pela seca.
O maior problema é o desabastecimento. Praias que se formam no meio dos rios impedem a passagem dos barcos maiores, que carregam mercadorias e deixam ribeirinhos praticamente isolados. As canoas são a única maneira de se chegar a estas comunidades.
Os recenseadores também estão gastando mais tempo. Com o nível dos rios baixo, eles precisam subir barrancos para chegar até as casas. "Onde antes encostava praticamente no porto de casa, agora tem que andar muito para chegar lá, enfrentar lama e o sol que é muito forte", diz a recenseadora Jucilene da Silva Pereira.
Os recenseadores também estão gastando mais tempo. Com o nível dos rios baixo, eles precisam subir barrancos para chegar até as casas. "Onde antes encostava praticamente no porto de casa, agora tem que andar muito para chegar lá, enfrentar lama e o sol que é muito forte", diz a recenseadora Jucilene da Silva Pereira.
Falta contar 40% da população estimada. E a previsão de que a estiagem continue até o final de outubro deve deixar o senso no Amazonas mais atrasado do que já está em relação aos outros estados.
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