A massa de ar frio, de origem polar, que se instalou neste sábado, 28, sobre o Acre, deixou Rio Branco com temperaturas mais baixas do que as capitais do centro-sul do Brasil.
Isso porque segundo o pesquisador ambiental, Davi Friali, vai ocorrer um bloqueio atmosférico sobre aquela parte do país impedindo que o ar frio avance sobre as capitais dos estados daquela região.
Assim, apenas a porção oeste do Brasil, ou seja, desde a fronteira com o Uruguai, no sudoeste do Rio Grande do Sul, até a fronteira com o Peru, no oeste do Amazonas, é que será tomada pela massa de ar frio.
Portanto, o Acre, o sudoeste do Amazonas, o oeste de Rondônia, o oeste de Mato Grosso, o oeste do Paraná, o oeste de Santa Catarina e o o oeste e o sudoeste do Rio Grande do Sul são os mais intensamente atingidos pelo frio. Evidentemente que esse frio diminui de intensidade à medida que o ar polar avança para o norte.
"Essa é mais uma prova de que o frio que atinge o Acre, não vem do sul do Brasil, como muitos pensam e até divulgam. A friagem do Acre tem origem na Antártida e cruza a Argentina, o Paraguai e a Bolívia. Às vezes, cruza, também, o Chile, dependendo da passagem do ar frio - se pelo oceano Atlântico ou pelo Pacífico - ou da posição dos centros de alta pressão atmosférica", revelou Friali.
O fato de Rio Branco ficar mais fria do que as capitais do centro-sul não significa que, no Acre, a temperatura estará extremamente baixa. Apenas, porque aquela parte do país não será atingida intensamente pelos ventos gelados.
As mínimas, em Rio Branco e em Brasileia, ficarão situadas entre 10 e 13ºC, ao amanhecer de domingo, dia 29, e de segunda-feira, dia 30 de junho, porém serão os ventos intensos que deixarão sensação térmica, apenas para quem ficar exposto a esses ventos, é que será abaixo de 8ºC, em alguns pontos.
A partir de terça-feira, o calor volta a se estabelecer, durante o dia, em todo o Acre, e a semana será com muito sol e baixa umidade do ar.
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