quinta-feira, 19 de julho de 2007

1º Conferência Internacional de Manejo Comunitário coloca o Acre no foco das discussões ambientais


Acontece de 15 a 20 de julho, na usina de arte João Donato, a 1ª Conferência Internacional de Manejo Florestal Comunitário. Representantes de 41 países discutem no Acre as boas experiências do uso racional das florestas públicas, a chamada gestão sustentável do meio ambiente. Victor Lopez, representante da Associação de Manejo Comunitário da Guatemala, disse que 10% das florestas daquele país são manejadas. Ele também destacou o Brasil como um grande potencial florestal e caso os governos realizassem mais investimentos técnicos e científicos haveria um crescimento ainda maior da atividade madeireira no país.
O diretor executivo do Instituto Internacional de Madeira Tropical, Manoel Sobral, disse que reconhece os avanços do Acre no sistema de manejo floresta. Ele destacando a implantação das indústrias de piso e preservativo, em Xapuri, como sendo experiências bem sucedidas. No entanto, Manoel Sobral afirma que é preciso criar políticas que garantam as comunidades tradicionais retorno financeiro com o sistema de manejo.
O comércio de madeira certificada é o setor que mais cresce no mundo. De acordo com o Gerente do Escritório da w.w.w f Brasil no Acre, Alberto Tavares, a Amazônia brasileira detém 60% do território nacional e nela moram 20 milhões de pessoas. Apesar de todo esse potencial, o ambientalista defende uma exploração mais racional das reservas de carbono presentes na Amazônia. O Acre mantém na reserva estadual do Antimary, com 60 mil hectares de floresta preservada, um projeto considerado piloto na área de manejo comunitário. Para o Secretário Estadual de Floresta, Carlos Ovídio (foto), o grande desafio das comunidades é conseguir aproveitar o potencial do eco-turismo dentro das reservas florestais como uma alternativa de atividade rentável para as populações tradicionais.

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