quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Incra: burocracia emperra reforma agrária


O superintendente do Incra, Carlos Augusto Paes (foto), me recebeu em seu gabinete na manhã desta quinta-feira para fazer um balanço das atividades do órgão no ano de 2009. Segundo ele, neste ano cerca de 1200 famílias de produtores rurais foram assentadas. As áreas escolhidas possuem boa infra-estrutura, estradas pavimentadas ou rios navegáveis. Bem diferente dos primeiros assentamentos realizados no estado, que tinham no isolamento sua principal característica.

Mas uma declaração de Carlos Augusto, que durante anos foi chamado de Raimundo Cardoso devido à perseguição que sofrera nos tempos da ditadura militar, me chamou a atenção. Com um volume de mais de 200 páginas nas mãos, de um único processo para desapropriação de terras, ele afirmou que no Acre a burocracia emperra a reforma agrária.

- Principalmente porque o nosso estado está localizado numa região de fronteira. Para a documentação ficar pronta demora mais de cinco anos. Um espera desumana para quem depende de uma área de terra para tirar o sustento da família -, completou.

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