sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Seca no norte da Amazônia já afeta vida de ribeirinhos que dependem dos rios da região


A seca que assola o norte da Amazônia, em especial o Rio Negro, tende a se estender até o começo de 2010, informa o meteorologista do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), Ricardo Dallarosa. A falta de chuvas é causada pelo fenômeno El Niño – um aquecimento anormal do Oceano Pacífico – que dificulta a formação de nuvens em parte da América do Sul.

Na tarde de quinta-feira (2), os níveis do Rio Negro em Manaus atingiram 15,89 metros e já estão próximos do nível mais baixo já registrado, de 13,64 m, em 1963.

“O leito do Rio Negro tem muitas rochas. Quando as águas descem muito, as rochas afloram, impedindo a passagem de embarcações maiores. Barcos de recreio, que levam mantimentos, ficam impedidos navegar”, informa o superintendente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) no Amazonas, Marco Antônio Oliveira.

As características da seca atual são diferentes da catástrofe que ocorreu em 2005 na Amazônia, quando muitas comunidades ficaram isoladas porque os rios secaram. De acordo com o meteorologista, agora o fenômeno é mais isolado. “Os rios da margem direita do Solimões e Amazonas têm recebido chuva mais ou menos dentro do normal”, afirma.

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