Quinta-feira, 6 de Maio de 2010
Com 6 mil quilômetros de extensão, o Rio Acre nasce no Peru e seu curso passa por Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Cobija (BO), Xapuri e Rio Branco no território acriano até a foz, em Boca do Acre, no Amazonas. Todas essas cidades, sem exceção, despejam o esgoto diretamente no manancial. A atividade repetida por décadas contribui para a poluição e o assoreamento do leito do rio. Afetando diretamente a qualidade de vida da população e colaborando para o surgimento de várias doenças.
O geógrafo Claudemir Mesquita, da secretaria Municipal de Meio Ambiente, faz uma previsão sombria sobre o futuro do rio Acre.
- Precisamos parar de agredir o rio Acre. A poluição ambiental, o desmatamento e a pecuária estão fazem desaparecer o mais importante rio da nossa vida. O poder público precisa tomar uma providência urgente para impedir a destruição das nascentes do rio e retirada de areia por parte das dragas. Se todos nos mobilizarmos ainda há tempo para salvar o manancial -, disse Claudemir Mesquita.
Há anos estudando a seqüência de tragédias ambientais envolvendo o Rio Acre, como enchentes e secas cada vez mais severas, o pesquisador faz uma afirmação contundente.
- Se continuarmos nesse ritmo de devastação ambiental os nossos filhos, ou seja, as próximas gerações, não terão oportunidade de tomar banho nesse rio. Estamos matando, todos os dias, a fonte que sacia a nossa cede. Eu me arrisco em afirmar que a ausência de água potável no planeta será o estopim para o início da terceira guerra mundial -, concluiu.
Um comentário:
Que essa reportagem sirva de alerta para as nossas autoridades acordarem!!!
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