O piloto de avião Rafael Benjamín Pabón foi encontrado sentado em seu assento, com o cinto de segurança afivelado e cara de quem estava dando uma cochilada. Seu cabelo preto, não muito curto, caía sobre seu ombro. Pabón estava congelado desde 1990.
Seu avião, um cargueiro, havia se chocado naquele ano contra o Huayana Potosí, uma montanha de mais de seis quilômetros de altitude na região de La Paz (Bolívia).
Reuters |
Criança inca morta há 500 anos e encontrada congelada no alto de vulcão na Argentina é exibida em museu do país |
O boliviano foi encontrado recentemente por um alpinista, que ficou tão chocado ao esbarrar em um cadáver que resolveu carregá-lo montanha abaixo. Sua mãe está viva e vai poder enterrá-lo.
Pabón, que tinha 27 anos ao morrer, entra para a lista de cadáveres revelados pelo aquecimento global, que proporciona degelos inéditos em vários lugares do mundo.
Um deles era o copiloto de Pabón, trazido de volta para fora da neve pelo verão de 1997 --o terceiro membro da tripulação, um mecânico chamado Walter Flores, ainda não foi encontrado.
Além da dupla, já foram encontradas desde três crianças incas nas montanhas da Argentina até soldados austríacos da Primeira Guerra Mundial que morreram lutando nos Alpes italianos.
Os soldados ao menos morreram lutando. Em 2005, foi encontrado o corpo de Leo Mustonen. Ele era piloto de 22 anos da Força Aérea americana e, em 1942, treinava para servir na Segunda Guerra.
Editoria de Arte/Folhapress | |
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