quinta-feira, 10 de julho de 2014

Biblioteca da Floresta tem um dos maiores acervos da região Norte sobre a Amazônia


É impossível chegar à Biblioteca da Floresta e não se impressionar com as duas enormes pirâmides que abraçam a instituição. Cobertas de madeira, elas remetem às ocas indígenas e, ao mesmo tempo, às pirâmides egípcias que tanto impressionam a humanidade, homenageando, assim, a tradição amazônica e as bases do conhecimento científico.
Esse diálogo entre os saberes dos povos da floresta e o científico é a essência da instituição, construída pelo governo do Acre e inaugurada em 2007. Na semana em que se comemora o Dia Nacional da Biblioteca, a única biblioteca pública especializada em meio ambiente do Brasil avalia positivamente sua contribuição para o desenvolvimento sustentável no Estado.
A instituição reúne e coloca à disposição dos pesquisadores e da sociedade as informações e as experiências do governo e dos movimentos socioambientais locais por meio de seu acervo de livros, fotografias, filmes e áudio, exposições temporárias e permanentes, palestras, oficinas, publicações voltadas para as redes sociais e ações extensivas nas comunidades.
Para o diretor da Biblioteca da Floresta, Marcos Afonso Pontes, a biblioteca é hoje um orgulho para o Acre e uma admiração para o Brasil. “Priorizamos o diálogo entre os conhecimentos da tradição e da modernidade, que significa trabalhar com o aprendizado anterior para os afazeres do presente, enriquecer as feituras do agora com o acumulado pela roda da história, preservar os sábios ensinamentos e promovê-los, divulgar os avanços da ciência, estudar e aprofundar o moderno pensar. Aqui está a missão e a essência da atual direção.”
Os saberes tradicionais e modernos são representados pelos índios, seringueiros, ribeirinhos, sábios da floresta, sociedades urbanas, cientistas, estudiosos, acadêmicos, pesquisadores, professores, artistas, intelectuais e adeptos das transcendências e do humanismo, que dialogam para oferecer proposições inovadoras que tanto necessitamos, disse o diretor.

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