Em 2007, o governo do Acre estabeleceu a parceria com a comunidade e construiu, com apoio do Ministério do Turismo, a Pousada Ecológica Seringal Cachoeira. O empreendimento foi fruto de um investimento de R$ 400 mil e manteve boa parte dos empregados que já trabalhavam no redário, além de abrir novas vagas para outros moradores. Eles receberam treinamento em hotelaria e turismo, e aprenderam um pouco de sistemas de gestão.
Administrada pela comunidade, a pousada tem um clima caseiro aconchegante. Lá, o viajante pode se informar de todos os passeios na floresta, se não tiver fechado um pacote, e dos cuidados que se deve tomar ao explorar a região, além de experimentar iguarias da culinária acreana, como peixes de água doce cozidos, muitas vezes acompanhados por aipim ou arroz de castanha (as castanheiras são abundantes na região). Para acompanhar, um suco de frutas da Amazônia, como cupuaçu ou acerola.
As diárias variam entre R$ 50 por pessoa nos belichários (é como um redário, só que com beliches) e R$ 120 num dos três chalés. Os chalés são simples, mas charmosos, e não é à toa que casais em lua de mel tornam-se cada vez mais comuns. A pousada já até celebrou um casamento de paulistanos que queriam uma cerimônia na floresta. Mas para quem quer apenas um lugar para dormir, os belichários cumprem muito bem a função. São limpos e espaçosos. O único ponto contra: os banheiros coletivos não têm água quente. Mas ninguém congela por causa disso.
O roteiro pelas trilhas do seringal que faz parte da história do Acre é o melhor da pousada. Antes da saída, é normal que o seringueiro responsável pelo grupo faça um check-up, para ver se todos estão adequadamente equipados. Na hora de fazer as malas, é imprescindível lembrar de acrescentar um bom repelente, protetor solar, uma calça comprida mais velhinha, chapéu ou boné e, para os pés, tênis ou galochas.
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