Os próximos três meses ainda serão de muita chuva para o estado do Acre, que deve ter precipitações acima da média em toda a sua extensão. A previsão é do Boletim Climático da Amazônia, elaborado pelos meteorologistas do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).
A alta umidade é normal para o período, conhecido como inverno amazônico, e só deve diminuir em abril, quando se inicia a transição para a seca. Até lá, muitas nuvens deixam a temperatura estável, dificilmente ultrapassando os 32ºC. O diferencial desta estação está sendo a presença do El Niño.
“O fenômeno ainda aquece as águas do Pacífico em até 1,5°C acima da média, o que é significativo e favorece a formação de umidade sobre a região sul da Amazônia. Mas a tendência agora é seu enfraquecimento”, explica Luiz Alves, meteorologista do Sipam.
Já em dezembro os acreanos sentiam o acréscimo de precipitação, mas em janeiro a situação ficou praticamente dentro do esperado em boa parte do estado, exceto no Vale do Juruá, que ficou mais seco que o normal, e a região do Alto Acre, que foi a mais atingida pelas chuvas.
Esse excesso de chuvas no leste e sul do Acre é o mesmo vivenciado pela população de países vizinhos como Bolívia e Peru, que registraram perdas materiais e até humanas devido a enchentes. O fluxo de umidade da Amazônia também chegou ao sudeste do Brasil, fortalecendo ainda mais as chuvas de verão e causando transtornos em São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário