A pista construída em terra batida possui cerca de 600mt de comprimento onde é possível o pouso de uma aeronave de pequeno porte. Ela teria sido feita pelos moradores que se sentem isolados, mas autoridades entendem que por outro lado pode facilitar o tráfico de drogas e de outros ilícitos.
Os militares do 61° Batalhão de Infantaria de Selva encontraram a pista durante um patrulhamento da Operação Curare, realizada anualmente que busca reforçar a presença do Exército nas áreas de fronteira.
A pista foi localizada na Comunidade Restauração que fica nas cabeceiras do Rio Tejo, afluente do Rio Juruá. O local situado exatamente entre os municípios de Marechal Thaumaturgo e Jordão, facilita a ida de aeronaves dos dois pequenos municípios. Pelo que presenciaram os militares, a pista foi construída pelos próprios moradores.
O tenente-coronel Rommel, comandante do 61° BIS, entende os benefícios sociais da pista que pode ajudar, por exemplo, na remoção de um ferido, mas pode facilitar os ilícitos como a biopirataria e o tráfico de drogas. O Exército não tem autonomia para interditar a pista, o procedimento segundo o comandante, foi enviar um relatório informando a existência da pista ao escalão superior do Exército e as instituições competentes.
Em Cruzeiro do Sul não existe um posto da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), a Infraero que não é um órgão fiscalizador, disse que só autoriza planos de vôos para pistas homologadas. Mas segundo o superintendente local Osvaldo Dílson, existem casos em que o plano de vôo é feito para uma pista devidamente autorizada e o piloto desvia a rota para uma pista clandestina.
Ele alerta que nesses casos a responsabilidade é toda do piloto. "Se acontecer um acidente, os órgãos de buscas vão se deslocar para onde o plano de vôo foi feito", finaliza.
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