Quarta-feira, 27 de outubro de 2010
A seca no Amazonas intensifica a ocorrência de desbarrancamentos de terra nas margens de rios, fenômeno natural conhecido na região como "terras caídas". O fenômeno coloca em risco populações de ao menos 11 municípios do Amazonas, segundo José Luiz Marmos, supervisor de gestão territorial do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), sediado em Manaus.
Há cerca de uma semana, um bairro inteiro no município de São Paulo de Olivença foi atingido por deslizamentos em função das "terras caídas". No dia 19, outro deslizamento deixou crianças desaparecidas em Manacapuru.
Fenômeno das 'terras caídas' atinge área em Manacapuru (AM). (Foto: Divulgação/ CPRM)
Em Manaus, no dia 17, contêineres do Porto de Chibatão caíram no Rio Negro após deslizamentos de terra que não tiveram a ver com o fenômeno das "terras caídas", na opinião do especialista.
De acordo com Marmos, o acidente natural ocorre em função da correnteza de rios em áreas com solo arenoso e verticalizado. Por isso, o fênomeno é mais recorrente no Rio Solimões, segundo ele. "Esse tipo de acidente é mais raro no Rio Negro porque ele tem as margens mais estabilizadas", diz.
Durante pesquisa realizada em 2008 e 2009, o CPRM identificou áreas com risco de deslizamentos por conta das "terras caídas" em pelo menos 11 municípios que margeiam o Rio Solimões.
O estudo mapeou as principais zonas urbanas sujeitas a esse movimento de terra entre e Teré e Tabatinga, já na área de fronteira. "Ainda não pudemos fazer o mapeamento de todo o estado. O trabalho que temos é pontual", diz Marmos.
Ajuda
O governo federal autorizou a liberação de R$ 23 milhões para ajudar as cerca de 60 mil famílias dos 38 municípios em estado de emergência por conta da estiagem no Amazonas. Segundo portaria do Ministério da Integração Nacional, o valor deve ser liberado em até 180 dias.
Fonte: Globo Amazônia
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