sábado, 26 de fevereiro de 2011

Turismo Verde no Acre

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Rico em biodiversidade, o Acre é a terra de Chico Mendes e dos povos da floresta, que há gerações extraem dos seringais e castanhas dos vales do rio Juruá e do Rio Acre o sustento para suas famílias. É essa diversidade cultural e natural, harmonicamente enlaçadas, que se oferece aos visitantes.

Localizado no sudoeste da Amazônia brasileira, o Acre tem na densa floresta tropical que recobre a maior parte de seu território o principal atrativo para o ecoturismo. O apelo das florestas acreanas, no entanto, não se resume à sua rica biodiversidade, entre as mais altas do planeta. Além da riqueza de espécies, a floresta acolhe populações que há séculos vivem de seus recursos, como é o caso dos seringueiros e de outros habitantes. A importância da floresta para essas populações ensejou lutas como a do líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988 na cidade de Xapuri, que entrou para a história por defender os direitos dos chamados povos da floresta.

O Acre definiu dois pólos ecoturísticos: o Vale do Acre, na parte meridional do estado, e o Vale do Juruá, ao norte. O pólo Vale do Acre abrange a capital Rio Branco e os municípios de Porto Acre, Plácido de Castro, Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Bujari e Xapuri. Região mais povoada do estado, o Vale do Acre detém vários atrativos para os visitantes, com destaque para os seringais nativos próximos de Xapuri, como a Reserva Extrativista Chico Mendes e os seringais Pimenteira e Cachoeira, onde o ritmo da vida na floresta e o cotidiano dos seringueiros podem ser vivenciados pelos visitantes.

Cidade histórica, distante 188 km da capital, Xapuri foi o primeiro povoado acreano e palco da revolução que resultou na incorporação deste pedaço de floresta ao Brasil, no início do século 20. Por ter sediado eventos importantes relacionados à luta de Chico Mendes, a cidade tem sítios históricos muito visitados, como a casa onde o líder seringueiro foi morto, em 1988. O Vale do Acre tem ainda atrativos como o Casarão onde morou Plácido de Castro, herói da Revolução Acreana, no Seringal Bom Destino, município de Porto Acre, e o projeto de preservação do tracajá, no município de Plácido de Castro.

O Pólo Ecoturístico Vale do Juruá abrange os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo e é apontado por especialista como uma das regiões com maior biodiversidade da Amazônia. Seus maiores atrativos são o Parque Nacional da Serra do Divisor, localizado na fronteira com o Peru, e as terras habitadas pelos índios Ashaninka. A diversidade de manifestações culturais, como o rico artesanato indígena e as festas regionais, incluindo o Santo Daime, completam os atrativos ecoturísticos do Acre.

Como chegar
O Pólo Vale do Acre tem como portão de entrada a capital Rio Branco que conta com um aeroporto internacional, recentemente inaugurado. A capital oferece ainda uma rede de 32 hotéis de diferentes padrões e um comércio diversificado. O acesso terrestre se dá pela rodovia BR-364, que liga Rio Branco a Porto Velho (RO) e ao resto do país. A capital também pode ser alcançada por pequenas embarcações através do rio Acre, que corta a capital.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sistema de irrigação por gotejamento economiza água e energia

Chega no mercado um novo produto de irrigação de jardins, da Regatec. Utilizando um sistema de irrigação por gotejamento subterrâneo, ele economiza água e energia elétrica, e tem uma vida útil prolongada.
irrigação Sistema de irrigação por gotejamento economiza água e energia
Sistema pode ser instalado em diversos tipos de terreno, desde jardins residenciais até campos de futebol. (Foto: Regatec)
O problema de muitos sistemas similares era o entupimento do material pelas raízes das plantas. O novo produto contém uma placa de cobre. “O cobre apenas cria uma área em volta das raízes que não querem crescer. Não há nenhuma contaminação ou risco para a grama”, explica o engenheiro Danny Braz, diretor geral da Regatec.
A durabilidade do novo produto chega a ser 15 anos maior. Antes das placas de cobre, a vida média dos sistemas era de três anos. Além disso, Danny calcula que a economia de água pode chegar a 50%.
Danny também explica o funcionamento do sistema: “Há um tubo de polietileno, que possui um gotejador embutido, que por sua vez tem uma espécie de labirinto, por onde a água passa e perde pressão, saindo por um furinho e gotejando. A razão da perda da pressão é para que todos tenham a mesma vazão, independente de onde estejam, perto ou longe da fonte de água. Perto ou em volta deste furinho há uma chapinha de cobre. Ao passar pelo cobre cria-se uma camada de íons que não deixa a grama chegar perto, nem a raiz entrar, evitando o entupimento”.
O sistema exige pouca manutenção. Além do cuidado para não danificar os canos na hora de cortar grama ou limpar o jardim, é preciso que ele seja ligado toda semana.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Japão confirma suspensão de caça às baleias

A intervenção de um grupo ativista contrário à caça de baleias pressionou o Japão a encerrar antecipadamente sua temporada de caça na Antártida, disse o ministro da pesca do país, Michihiko Kano, nesta segunda-feira (21). A suspensão da caça já havia ocorrido na semana passada por conta da pressão da Sea Shepherd, mas agora foi oficializada pelo governo.

Esta é a primeira vez em que uma frota está retornando para casa mais cedo por causa de confrontos com ativistas. Tentativas repetidas da organização não governamental (ONG) Sea Shepherd para bloquear a caça irritaram o Japão, um dos três países, junto com Noruega e Islândia, que ainda caçam baleias. O governo afirma que a caça é uma importante tradição cultural.

"Tem se tornado difícil garantir a segurança da frota", disse Kano em coletiva de imprensa. "Não temos escolha senão encerrar nossa pesquisa mais cedo."
navio baleia (Foto: Sea Shepherd/ Reuters)Ativistas da Sea Shepherd são atingidos por jato de água de navio de caça. (Foto: Sea Shepherd/ Reuters)

A Sea Shepherd considerou a decisão uma vitória para as baleias e disse que o movimento estava se tornando cada vez mais eficiente em intervir nas operações da frota japonesa. "Não fizemos muito diferente, mas chegamos lá mais cedo e interceptamos e atrapalhamos eles muito antes de eles poderem começar", disse por telefone Jeff Hansen, diretor australiano da instituição.

"A cada ano estamos custando para eles mais e mais dinheiro. É uma caça altamente subsidiada e estão gastando e perdendo milhões. Então estamos, de fato, atingindo seus bolsos", disse.

A frota japonesa, composta de 180 pessoas e 4 navios, está retornando de sua caça anual um mês antes do previsto após caçar 170 baleias, cerca de um quinto da meta, de acordo com Shigeki Takaya, autoridade do ministério da pesca no país.

Fonte: Da Reuters

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Brasil está perdendo biodiversidade que sequer conhece, alerta Ipea


Estudo divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que o Brasil deveria ter no conhecimento e na conservação da biodiversidade uma de suas estratégias para o desenvolvimento, para aproveitar seu privilegiado capital natural. Mas o Ipea ressalta que, no que diz respeito à diversidade genética, "o conhecimento é, certamente, o mais incipiente e a pesquisa em exemplares da biodiversidade brasileira encontra-se no início".

“Se a maioria das espécies nativas é desconhecida, menos ainda se sabe acerca de seus genomas”, diz o relatório. De acordo com o Ipea, grande parte da informação está sendo irremediavelmente perdida, à medida que espécies se extinguem ou variedade interna é reduzida.

“Entre essas perdas podem estar as chaves para a cura de doenças, o aumento da produção de alimentos e a resolução de muitos outros problemas que a humanidade já enfrenta ou enfrentará. Daí a necessidade de se estimular iniciativas de valorização, pesquisa e conservação desse patrimônio”.
Conservação

O instituto, ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, afirma que, em relação à conservação da diversidade de espécies, o Brasil apresenta um nível de conhecimento e estrutura de pesquisa acima de outros países megadiversos, mas ainda assim carece de mão-de-obra especializada, como de taxonomistas (especialistas em classificação de seres vivos), diz o Ipea.

O país tem significativo potencial para descoberta de novas espécies, seja por meio da revisão do material já depositado em coleções no Brasil e no exterior, seja pela realização de inventários em regiões pouco amostradas.

O instituto ressalta que a infraestrutura e a formação de pessoal para caracterização da diversidade da de microorganismos encontram-se em estágio embrionário, o que é um entrave à sua exploração tecnológica. “Isso torna-se particularmente relevante ante a crescente importância econômica da biotecnologia, inclusive sob o ponto de vista estratégico em ciência”, comenta o estudo.

Vantagem competitiva

Aproximadamente 75% das espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção não são objeto de quaisquer medidas de manejo, a despeito das exigências contidas em normas específicas. “Considerando-se o amplo desconhecimento sobre a biodiversidade brasileira e de seus benefícios para a humanidade, e ainda a larga taxa de alteração que os biomas vêm sofrendo ao longo dos últimos anos, é bastante provável que parte considerável do capital natural brasileiro esteja sendo eliminada antes mesmo de ser conhecida pela ciência. Isso pode representar o desperdício de uma grande vantagem competitiva de nosso país, que é o uso sustentável desse patrimônio”.

O estudo defende que o potencial de perda da biodiversidade seja considerado na tomada de decisões para implementação de políticas e ações, nas esferas públicas e privadas, de forma a evitá-lo. Em relação a isso, o Ipea destaca as obras de infraestrutura e o uso do solo para as chamadas atividades produtivas, por serem, de acordo com os autores, importantes vetores associados a essa perda.

Fonte: Do Globo Natureza

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ruído de trânsito aumenta risco de derrame em idosos, diz estudo


 A exposição ao ruído de trânsito aumenta o risco de derrame em com 65 anos ou mais, segundo estudo publicado na edição online da revista especializada European Heart Journal.

Na pesquisa feita com mais de 50 mil pessoas, cada 10 decibéis a mais de barulho de trânsito aumenta o risco de derrame em 14%, em média, em todos os grupos etários.

Para aqueles abaixo dos 65 anos, o risco não foi estatisticamente significativo. Mas a probabilidade aumentou enormemente no grupo de pessoas com mais de 65 anos, aumentando 27% para cada 10 decibéis a mais de barulho.

Acima de 60 decibéis, o risco de derrame aumentou ainda mais, afirmaram os cientistas.
Uma rua movimentada pode facilmente gerar níveis de ruído entre 70 e 80 decibéis. Comparativamente, um cortador de grama ou uma serra elétrica atingem de 90 a 100 decibéis, enquanto um avião a jato produz 120 decibéis de ruído na decolagem.

"Estudos anteriores vincularam o ruído do tráfego a uma elevação da pressão sanguínea e de ataques cardíacos", disse o chefe das pesquisas, Mette Sorensena, da Sociedade Dinamarquesa de Câncer.
"Nosso estudo demonstra que a exposição ao ruído de tráfego parece aumentar o risco de derrame", acrescentou.

O estudo revisou históricos médicos e de residência de 51.485 pessoas que participaram da pesquisa Dieta Dinamarquesa, Câncer e Saúde, realizada em Copenhague e arredores entre 1993 e 1997.
Um total de 1.881 pessoas sofreu derrame neste período.

Segundo o artigo, 8% de todos os casos de derrame e 19% destes casos registrados em pessoas acima dos 65 anos poderiam ser atribuídos ao barulho do trânsito.

Os cientistas sugerem que o ruído atua como um fator de estresse e perturbador do sono, o que resulta na elevação da pressão sanguínea e da frequência cardíaca, bem como no aumento do nível de hormônios de estresse.

O estudo contabilizou os efeitos da poluição do ar, da exposição ao ruído de trens e aviões e uma série de fatores de estilo de vida, potencialmente desconcertantes, como o tabagismo, a alimentação e o consumo de álcool.

Os participantes da pesquisa viviam, em sua maioria, em áreas urbanas e, portanto, não representavam a totalidade da população em termos de exposição ao ruído do trânsito.

A proximidade com este barulho também está relacionada com a classe social, uma vez que os mais abonados conseguem pagar para morar em regiões mais silenciosas.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SEMA capacita educadores ambientais

 
Capacitar educadores ambientais é uma maneira de multiplicar os conhecimentos
sobre práticas sustentáveis e valores do nosso estado. Por isso, a partir de
segunda-feira, dia 14, técnicos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente
(SEMA) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) vão conhecer
melhor a Mochila do Educador Ambiental.

A Mochila do Educador Ambiental contém materiais didáticos que
possibilitam a construção do conhecimento de forma lúdica, além de
difundir políticas públicas como o Zoneamento Ecológico Econômico e a
Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal.

São exemplos de ferramentas da mochila: flanelógrafo, mapas, jogos
ambientais, cadernos temáticos e a Carta da Terra para crianças.


A troca de experiências positivas e os novos recursos são o
incentivo e suporte para que práticas sustentáveis tenham continuidade. A

capacitação ocorre no Horto Florestal de Rio Branco e deve capacitar cerca 30

técnicos.

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Diesel responde por 53% da emissão de gás carbônico no trânsito no Brasil

O diesel, usado principalmente no transporte de carga, é o combustível que mais tem colaborado para as emissões pelos escapamentos de dióxido de carbono, principal gás de efeito estufa, no Brasil. Em 2009, o diesel respondeu por 53% das emissões do transporte rodoviário do país, seguido pela gasolina, com 26%.

O primeiro inventário nacional de emissões veiculares mostra que a grande participação desse derivado do petróleo nas emissões de gases que provocam o aquecimento global tende a se manter: em 2020, deve ser responsável por 49% das emissões do gás.

Na volta para BH após feriado de fim de ano, motoristas enfrentam trânsito intenso na BR-381  (Foto: Reprodução TV Globo) 
Trânsito intenso na BR-381 no início de janeiro. 

Para reverter essa situação, especialistas que participaram da elaboração do relatório afirmam que o país não pode apenas centrar sua preocupação em substituir a gasolina pelo álcool, com os carros flex. "A troca é importante, mas não resolverá o problema", diz André Ferreira, diretor-presidente do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema). O álcool também emite gases-estufa, mas a cana-de-açúcar compensa parte importante dessas emissões ao absorver gás carbônico.

O diesel tem outro problema no Brasil: possui alta concentração de enxofre, que é bastante prejudicial para a saúde da população. Já deveria estar em uso desde 2009 no Brasil um diesel de melhor qualidade e menos poluente, mas houve um adiamento da medida. Segundo a Petrobras, a partir de janeiro de 2012 o diesel com 50 partes por milhão (ppm) de enxofre será distribuído em postos selecionados de todo o país, para uso em veículos novos. Em 2013, passará a ser fornecido o diesel com 10 ppm.

A frota do Brasil (carros de passeio, caminhões, ônibus e motocicletas) passou de 9,3 milhões de veículos em 1980 para 38,2 milhões em 2009 - aumento de 310,7%. As emissões de gás carbônico do transporte rodoviário passaram de 65 milhões de toneladas para 167,1 milhões de toneladas (aumento de 156,6%).

Em 2020, a expectativa é de que a frota chegue a 48,7 milhões de veículos e o setor de transporte rodoviário emita 267,5 milhões de toneladas do gás.

Fonte: Da Agência Estado 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mundo com energia limpa é possível até 2050


O Relatório de Energia da WWF (World Wildlife Fund) em parceria com a consultoria energética Ecofys foi divulgado hoje revelando que, até 2050, 95% das necessidades de transporte, eletricidade, energia industrial e doméstica poderiam ser supridas apenas com energia limpa.

A WWF demonstra um cenário alternativo e possível de atingir. O objetivo é que se consiga atingir uma redução de pelo menos 80% até 2050, a fim de evitar alterações climáticas resultantes do aumento da temperatura média global (que se localiza já está acima de 2°C). Mais de 80% da energia global atual provém de combustíveis fósseis, e para o futuro do relatório ser possível, seria preciso reduzir em pelo menos 60% os gastos com calefação de edifícios, por meio da melhora na eficiência energética e do uso de energia solar e calor geotérmico.

Frente à demanda mundial por eletricidade, a eficiência energética em veículos, edificações e indústria seria fornecida por meio de smart grids (redes inteligentes) que geram energia de forma renovável. Esse fornecimento de energia barata e limpa na escala necessária irá demandar um esforço mundial.

Mas os benefícios seriam muito maiores no longo prazo, e a economia realizada com custos mais baixos em energia irá equilibrar o total de novos investimentos em energia renovável e eficiência energética até 2040, quando os gastos começarias a se pagar. Além disso, defende-se também a modernização das instalações elétricas, a prioridade do transporte elétrico em escala global e incentivos financeiros (tarifas especiais para energia renovável).

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Crianças dependem de transporte de barco para estudar no interior do AM

Na imensidão do Rio Amazonas, barcos de transporte sobem e descem a correnteza levando crianças para a escola. Crianças que vivem na outra margem do rio, em frente ao município de Itacoatiara (AM) dependem desse tipo de deslocamento para estudarem.
“O barco é seguro. Antes não era porque a gente andava de bote", diz a dona de casa Maria Sandra da Silva. “Às vezes, podia até alagar, porque entrava muita água”, diz a estudante Andreiza Souza.

A garantia do acesso à escola mudou a vida das crianças e até de quem já tinha desistido da sala de aula. O piloto Raimundo do Nascimento é o último a entrar na embarcação. Ele ancora, toma um banho rápido, troca de roupa e segue para a escola.

Aos 26 anos, Nascimento está no oitavo ano do colégio. Ele havia parado de estudar para ajudar os pais no trabalho. Agora leva uma rotina puxada. Às 5h, já está recolhendo alunos nas casas ribeirinhas. “Vou terminar o fundamental, entrar no médio, terminar o médio e tentar uma faculdade”, diz ele.

No município de Careiro Castanho, também no Amazonas, os alunos também fazem planos. “Tenho muito interesse de aprender, um dia ser alguém na vida, sair do interior para outros países”, diz a estudante Valéria da Costa.

"Sem o transporte escolar a gente não vai ter a aprendizagem na sala de aula com o aluno. Então, o transporte é fundamental para trazer essa criança", explica o secretário de Educação Paulo Amaro Andrade.

Em muitas comunidades, são as próprias famílias que levam as crianças para a escola, como a da dona de casa Dona Terli Moraes, em Itacoatiara. Os nove filhos vão de canoa. “São muitas crianças, a canoa vai muito cheia de criança. É perigoso demais. O maior perigo é a corredeira, que é muito forte, além de motor e navios”, lembra a dona de casa Terli Moraes.

Do estaleiro da marinha, em Belém (PA), pode sair a solução para a educação de muitas crianças na Amazônia. É a lancha escolar, projeto dos ministérios da Educação e da Defesa. "As principais características que observamos é a necessidade de ter um calado reduzido, ser pouco profunda para baixo da água e ser resistente, porque na região existem muitos casos de troncos flutuando e de pedras até mesmo o fundo dos rios", explica o comandante da base naval, Eduardo Santana.

Fonte: globonatureza

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Estudo indica dez florestas mais ameaçadas do mundo

A organização não governamental (ONG) Conservação Internacional (CI) lançou nesta sexta-feira (4) uma pesquisa que lista as dez florestas mais ameaçadas em todo o mundo. A divulgação do estudo ocorre na mesma data em que a Organização das Nações Unidas (ONU) promove oficialmente 2011 como o "Ano Internacional das Florestas".

Todas as florestas consideradas como as mais ameaçadas pela CI já perderam 90% ou mais de sua cobertura vegetal e cada uma abriga pelo menos 1.500 espécies que só existem em nível local. De acordo com a ONG, as áreas têm espécies que estão sob o risco de extinção.

O bioma brasileiro da Mata Atlântica aparece como a quinta vegetação mais ameaçada do mundo, das quais restam apenas 8% da cobertura original, segundo a ONG. Já a floresta com maior risco de extinção fica na Indo-Birmânia, na Ásia, e já teve 95% de sua vegetação original destruída.

A lista da CI segue com a segunda vegetação mais ameaçada, que está em florestas tropicais da Nova Zelândia, também com 5% de cobertura original, seguida da floresta de sunda, na Indonésia, Malásia e Brunei (7% de cobertura original), a de Filipinas (7%), a Mata Atlântica no Brasil (8%), as montanhas das regiões central e sul da China (8%) e florestas da Califórnia, nos EUA (10%).

De acordo com a ONG, a oitava floresta mais ameaçada do mundo fica na costa oriental da África e tem 10% da vegetação original, seguida de florestas em Madagascar e em ilhas do Oceano Índico, ainda na África (10% de cobertura original) e das florestas de Afromontane, no mesmo continente, com 11% da vegetação original.

A ONU escolheu 2011 como o "Ano Internacional das Florestas" para chamar a atenção sobre a necessidade de preservação desses locais pelo mundo. De acordo com o órgão, as florestas cobrem 30% da área do Planeta, mas abrigam 80% da biodiversidade mundial.

floresta 
Segundo ONG, floresta mais ameaçada, na Ásia, teve 95% de sua mata destruída. (Foto: CI/ Divulgação)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Rio no Pantanal de Mato Grosso do Sul tem mortandade de peixes

Mortandade peixes 
A Polícia Ambiental estima que haja toneladas de peixes mortos no local.
(Foto: Rhobson Lima / O Pantaneiro / Divulgação)

Cardumes de pintados, pacus, dourados, cacharas e até arraias estão boiando mortos pelo Rio Negro, em Aquidauana, no Pantanal, em Mato Grosso do Sul. A Polícia Militar Ambiental estima a mortandade em várias toneladas, acrescentando que ainda não tem a dimensão exata da quantidade. Segundo moradores ribeirinhos, as baías e margens do rio estão forradas de peixes mortos.

O biólogo Roberto Gonçalves Machado, do Instituto Estadual de Meio Ambiente, constatou na manhã da última segunda-feira (31) a ocorrência do fenômeno considerado de grande proporção, depois de voar sobre a região da sub-bacia do Rio Negro. A pesca é proibida no local, por ser considerado um dos berçários de reprodução de peixes pantaneiros.

Técnicos do instituto comentaram que os sintomas são os mesmos registrados em outras ocorrências do gênero. Os peixes ficam agonizando com a cabeça fora de água em busca de ar, devido à falta de oxigênio na água. Essa deficiência é consequência do grande volume de cinzas produzidas pelas queimadas, que são levadas pelas enxurradas para o leito dos rios pantaneiros.

Fonte: Da Agência Estado