quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Amazônia teve mais de 400 espécies descobertas em quatro anos


A piranha 'vegetariana' Tometes camunani (Foto: Marcelo C. Andrade / Tommaso Giarrizzo / Michel Jégu/Tropical Ichtiology)A piranha 'vegetariana' Tometes camunani (Foto: Marcelo C. Andrade / Tommaso Giarrizzo / Michel Jégu/Tropical Ichtiology)
Mais de quatrocentas espécies de animais e plantas, entre elas uma piranha vegetariana, foram descobertas na região do Amazonas nos últimos anos, anunciou o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
Duzentos e cinquenta e oito plantas, 84 peixes, 58 anfíbios, 22 répteis, 18 pássaros e um mamífero - um macaco titi -, foram descobertos entre 2010 e 2013 na vasta região sul-americana, segundo um comunicado do escritório britânico da organização ecológica.
"Quanto mais os cientistas olham, mais encontram", explicou Damian Fleming, chefe dos programas do Brasil e do Amazonas na WWF-UK.
"Com uma média de duas novas espécies identificadas a cada semana nos últimos quatro anos, fica claro que a extraordinária Amazônia é um dos centros de biodiversidade mais importantes do mundo".

Entre as espécies descobertas, destaca-se o macaco titi Caqueta (Callicebus caquetensis), cujas crias têm um traço peculiar. A WWF-UK acredita que estas espécies se encontram apenas em partes reduzidas da região amazônica, o que supõe uma ameaça por causa do desmatamento. "A descoberta destas novas espécies reafirma a importância de assumir compromissos e gerenciar de modo sustentável esta biodiversidadúnica", afirmou Fleming.

"Quando eles se sentem contentes, ronronam como gatinhos", afirmou cientista Thomas Defler, que ajudou a descrevê-lo.
Também chama a atenção a piranha vegetariana (Tometes camunani), que se alimenta de algas.
Macaco Callicebus caquetensis (Foto: Javier Garcia/AP)Macaco Callicebus caquetensis (Foto: Javier Garcia/AP)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Estudo diz que risco de seca no sul da Amazônia é maior do que se pensava


Novo estudo publicado pela revista “PNAS”, da Academia Nacional de Ciências dos EUA, alerta que a vegetação do sul da Amazônia tem um risco maior de mortalidade por causa da seca do que avalia o mais recente relatório de mudanças climáticas da ONU.
As medições de chuva apontam que, desde 1979, a estação seca amazônica tem aumentado em uma semana por década, enquanto a temporada de queimadas também tem se estendido.
O trabalho de Rong Fu, da Universidade do Texas, e sua equipe, contrasta fortemente com as previsões do painel climático da ONU, o IPCC, que considera que a estação seca na floresta amazônica deverá estar no máximo 10 dias mais longa até o fim do século, mesmo nos cenários mais negativos.
Segundo Fu, a duração da estação de seca é o mais importante fator de controle da floresta. “Se ela for muito longa, a floresta não sobrevive”, alerta o pesquisador. A estação de seca é importante porque o solo amazônico tem capacidade limitada de absorver água durante o período de chuvas, ou seja, a floresta tem um máximo de umidade de que disporá durante a estiagem.
Os autores acreditam que a mudança climática causada pelo homem é a explicação mais provável para o aumento da estação sec a na Amazônia, pois bloqueia a chegada de frentes frias subtropicais, que poderiam estimular a precipitação sobre a floresta, e, além disso, dificulta que o ar quente e seco próximo ao solo se misturar com massa frias e úmidas mais altas.
A Amazônia, em geral, costuma absorver carbono da atmosfera. No entanto, quando passa pro secas muito prolongadas, pode se tornar um ecossistema que libera carbono, contribuindo para o aquecimento global. Os pesquisadores alertam que, com o aumento das estações secas, esse processo pode se tornar norma, em vez de se exceção.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Senado aprova projeto de lei que restabelece antigo horário do Acre e faz valer plebiscito de 2010

O Senado aprovou nesta terça-feira,8, projeto de lei que revoga a lei que alterou o fuso horário do Acre e de parte do Amazonas. A lei passou por referendo no Acre e a população rejeitou a mudança. Com isso, um novo projeto passou a tramitar para revogar a alteração e fazer valer a vontade popular de permanecer com o fuso horário que historicamente vigorou no estado.
Com a aprovação do projeto, o Acre e parte do Amazonas voltam a ter duas horas a menos que Brasília. A lei rejeitada no referendo previa que eles passariam a ter apenas uma hora a menos em relação à capital federal.
“Não havia necessidade dessa mudança de horário. O correto seria fazer um plebiscito para saber se o povo do Acre queria mudar de horário ou não. Como não feito, agora vamos fazer valer a vontade do povo acreano”, disse o senador Sérgio Petecão (PSD-AC) ao defender a aprovação do projeto.
Uma emenda de redação foi aprovada para separar os artigos que tratam dos horários do Acre e de parte do Amazonas. Dessa forma, se a presidenta Dilma Rousseff assim desejar, ela poderá vetar o trecho que trata apenas do Amazonas, onde não houve referendo e não há obrigatoriedade de a lei anterior ser revogada. Como a emenda foi apenas de redação, a matéria não precisará retornar para a Câmara dos Deputados e segue para sanção presidencial.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Frio fora de época: Nova frente fria chega ao Acre nesta terça-feira; 2013 é o mais frio dos últimos anos


Outubro chegou e com ele uma nova frente fria está prevista para atingir o estado nesta terça-feira, 1. Desta vez de fraca intensidade, mas que provocará muita chuva, na maior parte do Acre, afirma o climatologista Davi Friale. 

Em algumas áreas, poderão ocorrer chuvas fortes acompanhadas de raios, ventanias e, eventual, queda de granizo, principalmente, a partir da tarde, nos municípios de Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Jordão e Santa Rosa do Purus.

Na capital acreana e em Brasileia, os ventos mudam de direção, ainda, pela manhã, e passam a soprar de sudeste deixando do dia ventilado e com temperatura agradável, a partir do início da tarde.

A temperatura máxima cai bastante, na terça-feira, e deverá ficar entre 26 e 29ºC, em Rio Branco, Brasileia e municípios adjacentes. No centro do estado e no vale do Juruá, as máximas cairão bastante, na quarta-feira, ficando entre 25 e 28ºC.

As mínimas não terão queda significativa e deverão oscilar entre 17 e 19ºC, em Rio Branco e Brasileia. Em alguns pontos, poderão ocorrer transtornos à população, devido aos temporais, principalmente, no centro e no oeste do estado.