segunda-feira, 31 de março de 2008

Workshop sobre biodiversidade reúne no Acre nove países da América Latina



O Acre foi selecionado pelo Ministério do Meio Ambiente como sede do workshop pela riqueza da sua biodiversidade. A abundancia encontrada no Parque Nacional da Serra do Divisor, no Vale do Juruá, com uma diversidade singular de espécies da fauna e da flora Amazônica chama atenção de pesquisadores e ambientalistas de todo o mundo.

O evento trouxe para a escola da Floresta, no Acre, representantes de todos os países da América do Sul com o objetivo de conhecer as experiências bem sucedidas no Estado na área de desenvolvimento sustentável. O workshop se encerra na sexta-feira (4), com uma visita à indústria de preservativos em Xapuri.

A criação de reservas de proteção ambiental, o zoneamento econômico-ecológico e as experiências positivas de sustentabilidade credenciaram o Acre como sede do evento. Agora o Estado também está de olho numa nova tendência mundial: o mercado de crédito de carbono. Segundo o chefe geral da Embrapa do Acre, Judson Valentim, a iniciativas de recuperação do meio ambiente credenciam o Estado como fonte receptora de carbono para o planeta.

domingo, 30 de março de 2008

Pode haver petróleo na região do Juruá?


A pergunta acima é no mínimo intrigante. No ano passado, o Gabinete do Senador Tião Viana realizou duas audiências públicas em Rio Branco e em Cruzeiro do Sul para tentar retomar a hipótese da existência de petróleo na região do Vale do Juruá. A intenção do senador era ouvir a sociedade civil organizada sobre a possibilidade da Petrobrás realizar alguns estudos para tentar confirmar a tese de petróleo na região.
De acordo com o senador Tião Viana é possível equilibrar preservação ambiental com desenvolvimento sustentável. A iniciativa do vice-presidente do Senado não vem sendo bem vista pelos ambientalistas de plantão (obviamente você não espera que fosse diferente!). É que eles querem resguardar a riqueza da biodiversidade existente na região.
Mas a possibilidade do Acre passar a incorporar uma arrecadação milionária no seu PIB, e o exemplo de Coari (AM) com o gás natural, nós deixa otimista com a idéia. Afinal de contas, só os estudos vão confirmar ou não a viabilidade do projeto.


Parque Nacional da Serra do Divisor


O nome do parque origina-se de uma importante característica geomorfológica que existe na área. A região é um divortium aquarium (divisor de águas) das bacias hidrográficas do Médio Vale do Rio Ucayali (Peru) e do Alto Vale do Rio Juruá (Acre/Brasil). O parque está localizado na fronteira do Brasil com o Peru, mais precisamente ao noroeste do Estado do Acre, nos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Valter e Marechal Thaumaturgo. É banhado pela Bacia do Rio Juruá, que é a via mais importante de transporte da região. O Parque é delimitado pelos Rios Acre e Javari. A área de depressão corresponde ao Parque, que tem em média 300 metros de altitude. Sua vegetação é composta de dois grandes Sistemas Ecológicos Regionais: Floresta Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Aberta, com exemplares de palmeiras, cipós, bambus, orquídeas, e a presença da típica vitória-régia e muitas flores coloridas.


A fauna é muito rica, no total foi registrada a presença de 1.233 espécies animias, dos quais 90 são considerados de valor especial para a conservação (76 de vertebrados e 14 de invertebrados). Apresenta exemplares ameaçados de extinção como o macaco uacari-vermelho, mico-do-cheiro, onça-pintada, anta, preguiça, quati, tartaruga tracajá, boto-vermelho, tamanduá-bandeira, lontra, tatu-canastra, macaco-cara-de-sola, pacarana, jabuti, jacaré-tinga, além das 100 espécies de anfíbios, 30 de répteis, 14 de primatas, 55 de morcegos, 400 de aranhas e insetos, bem como as 64 espécies de abelhas. A avifauna apresenta cerca de 500 exemplares, como o papagaio, e o araçari-castanho, típico peixe-boi que é um grande mamífero aquático da região.
O acesso é feito a partir de Rio Branco, percorrendo 600 km, metade em estrada de chão (BR-364), intransitáveis durante o período invernoso, ou por via aérea até Cruzeiro do Sul e a seguir mais dois dias de barco até os limites do parque. O parque ainda não dispõe de infra-estrutura para visitantes.

sábado, 29 de março de 2008

Preservar o rio Acre é garantir
a vida às futuras gerações

O Movimento pelas Águas é uma série de ações organizadas pelas secretarias estadual e municipal de Meio Ambiente, iniciativa privada e sociedade civil organiada. O evento realizado esta semana (28) no Merca Velho, em Rio Branco, visa chamar a atenção de todos para a importância da preservação do rio Acre e seus afluentes.


Segundo a Organizaão Mundial de Saúde (OMS) de toda água potável existene no planeta 80% está concentrada na Amazônia. Desde a nascente do rio Acre, no Peru, até a sua foz, em Boca do Acre no Amazonas, são 5.600 quilômetros. Somente com o envolvimento do governo e das prefeituras das cidades banhadas pelo rio é possível salvar o que ainda resta do manancial e garantir que as futuras gerações também desfrutem dessa fonte de vida.


"A responsabilidade de salvar o rio Acre é de todos nós. O governo do Acre está investindo em obras importantes para evitar a poluição do rio, mas é a conscientização ambiental e o envolvimento da sociedade que fará a diferença nessa luta", disse Eufram do Amaral, secretário Estadual de Meio Ambiente.

terça-feira, 25 de março de 2008

Mirante do rio Abunã


Quem visita o município de Plácido de Castro, distante 90 quilômetros de Rio Branco, não pode deixar de contemplar uma vista singular: o mirante do rio Abunã. A cidade faz fronteira com a Bolívia e a zona franca é opção de compra para muitos acreanos. Mas são as belezas naturais que fazem do lugar uma excelente opção de turismo. Como no caso do mirante, de onde é possível observar o por do sol às margens do rio Abunã.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Despesca no ramal Panorama

A Associação de Piscicultores do Panorama fica a 6 quilômetros de Rio Branco. O projeto iniciou há cinco anos e conta com o apoio do Sebrae e da Seaprof. Durante esse período, os piscicultores da região aproveitam para fazer a despesca, ou seja, a retirada do pescado dos açudes para a comercialização.
Em cada propriedade, a expectativa é de retirar 2 mil quilos de pescado durante a Semana Santa. A variedade também é grande. Entre as espécies mais procuradas estão o tambaqui, piau e o pacu-caranha. Qualidade e bom preço do produto atraem consumidores e atravessadores ao local.
O projeto de piscicultura do panorama se consolidou como um dos mais bem sucedidos da região. O reflexo é que o pescado produzido no Panorama tem como destino os mercados da capital.

terça-feira, 18 de março de 2008

Obras na ponte sobre o rio Caeté não páram nem no inverno

Como parte do conjunto de obras da BR-364, os governos estadual e federal constroem em ritmo acelerado a ponte sobre o rio caeté, que liga as cidades de Sena Madureira e Manoel Urbano. Com 210 metros, a ponte é uma das mais extensas da rodovia. A obra está orçada em 10 milhões de reais e a conclusão está prevista para setembro de 2009. A execução do projeto também movimenta a economia local. Iniciada há cinco meses, a obra gera emprego e renda para 60 operários. Atualmente os trabalhos estão concentrados na soldagem da estrutura metálica e na concretagem do piso.


domingo, 16 de março de 2008

ONU alerta: derretimento de geleiras 'foi recorde em 2006'


Em 2006, perda foi de 1,5 metro, contra 0,3 metro entre 1980-99, diz estudo.
Geleiras em todo o mundo estão derretendo mais rápido que nunca, alerta um relatório do Programa da ONU para o Meio-Ambiente (Pnuma).
Cientistas mediram quase 30 geleiras e descobriram que em nove delas a perda de gelo alcançou nível recorde em 2006.
Em média, as geleiras perderam 1,5 metro de gelo naquele ano - ao passo que a perda média foi de 30 centímetros por ano entre 1980 e 1999.
A maior perda foi da geleira Breidablikkbre, na Noruega, cujo gelo diminuiu 3,1 metros apenas em 2006, afirmou o estudo.
A única geleira que se tornou mais espessa foi a de Echaurren Norte, no Chile. Mas o relatório ressaltou que os glaciares sul-americanos - na Bolívia, no Peru, na Colômbia e no Equador - permanecem sob ameaça.
Milhões de pessoas dependem de água originada em geleiras para agricultura, e o derretimento dessas formações ameaça a sobrevivências das populações, afirmou o estudo.
Cientistas reunidos no Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), uma referência para questões relacionadas ao tema, atribuem o fenômeno à concentração atmosférica de gases que causam o efeito estufa.
Segundo o estudo do Pnuma, o derretimento das camadas de gelo é "um dos sinais mais claros do aquecimento global".

terça-feira, 11 de março de 2008

Farinha de Sena Madureira

Para as 45 famílias de produtores rurais do pólo agro-florestal Elias Moreira, em Sena Madureira, a principal atividade econômica é a mandioca. A produção de farinha é atende a demanda do mercado local. Outro detalhe importante é que a casa de farinha padronizada ajudou a agregar maior valor ao produto, colocando de vez Sena Madureira no mapa de uma das melhores farinhas da região.
A entrega de kits de mecanização agrícola com o apoio do governo do Estado e da prefeitura de Sena Madureira vai permitir a redução de áreas degradadas e a preservação do meio ambiente.

terça-feira, 4 de março de 2008

Projeto prevê ações de recuperação do rio Acre


Foi lançado oficialmente em Assis Brasil o Projeto de Recuperação da Bacia Hidrográfica do Rio Acre. As prefeituras de Brasiléia, Epitaciolândia, Capixaba, Senador Guiomard, Rio Branco, Porto Acre, Assis Brasil, o Instituto Chico Mendes e gabinete do senador Tião Viana, assinaram o "Pacto de Recuperação", uma medida que pretende pautar as ações ambientais relacionadas à bacia do rio Acre. Essas medidas devem ser efetivadas entre os municípios em parceria com o Governo do Estado. O ato foi o início de um trabalho programático que deve se intensificar nos próximos três anos. O projeto de recuperação foi idealizado pelo senador Tião Viana.

O programa contempla ações de limpeza e desobstrução, recuperação da mata ciliar e as nascentes, com objetivo de conter o processo erosivo de suas margens, o nível de assoreamento do leito, a recuperação de aqüíferos e lençóis freáticos adotando um método participativo e de mobilização comunitária.

As prefeituras devem elaborar os projetos e apresentar para o Grupo de Trabalho que avalia a implantação e capacidade de execução. Se os projetos estiverem de acordo com o plano, eles
serão encaminhados para o senador Tião Viana que vai buscar recursos para financiá-los. O Grupo de Trabalho também vai prestar assessoria para as prefeituras na confecção dos projetos.