Bastidores da reportagem vencedora do Prêmio Chalube Leite de 2007




A reportagem vencedora do prêmio José Chalub Leite (BR-364: A Caminho do Juruá) levou doze dias para ser produzida. Sendo que entre Manoel Urbano e Feijó, o percurso precisou ser feito por mim e o cinegrafista Josenir Melo a pé e em lombo de burros. Só nesse trecho de 180 quilômetros foram oito dias. Quatro caminhando, numa estrada que mais parecia um varadouro, porque estava no período das chuvas, e outros cinco dias com auxílio de animais.

Além da dificuldade geográfica, também tivemos de superar a saudade da família. Mas valeu a pena. Conseguimos registrar e documentar uma região do Acre que pouca gente conhecia. Acredito que com essa reportagem conseguimos cumprir o nosso papel de jornalistas. Principalmente, num momento em que parte da mídia local dá mais destaque para o noticiário policial, conseguir vencer o prêmio José Chalub Leite (o Oscar o jornalismo acreano) com uma reportagem destacando o jornalismo regional é espetacular.

Creio que escrevi de vez o meu nome na história da imprensa acreana. Daqui a dez anos, as minhas filhas (Sarah e Ana Jullian), acadêmicos de jornalismo e profissionais da época quando pesquisarem a história do premio José Chalub Leite de Jornalismo de 2007 vão encontrar: Repórter Senildo Melo (TV Aldeia), vencedor da categoria telejornalismo.


Uma aventura para poucos: