sábado, 30 de julho de 2011

Cruzeiro do Sul: Esgoto sem tratamento é lançado diretamente no Rio Juruá


Com uma população de pouco mais de quase 80 mil habitantes, a cidade de Cruzeiro do Sul que cresceu sem planejamento, hoje sofre com a poluição de um dos rios mais exuberantes da Amazônia Brasileira, o Rio Juruá. Sem estação para tratamento de esgoto, o Rio Juruá está se tornando um verdadeiro depósito de todo o esgoto gerado na cidade.

O perímetro urbano de Cruzeiro do Sul é banhado por três bacias hidrográficas, Igarapé São Salvador, Igarapé Boulevard e Igarapé Tiro ao Alvo, os três mananciais recebem 90% do esgoto doméstico e industrial da cidade, que tem como desfecho final o Rio Juruá.

Apesar de receber grande parte do esgoto do município, o Igarapé São Salvador é a fonte onde o estado capta a água que é distribuída para toda cidade. Muitos consumidores reclamam da qualidade do líquido. A dona de casa, Raimunda Ferreira da Silva, comenta que a água do DEPASA tem uma cor amarelada e sempre deixa sujeira no fundo dos recipientes utilizados por ela para armazenar o líquido.

A direção do DEPASA garante que a água é de boa qualidade e recebe todo um tratamento com produtos químicos para ser distribuída aos consumidores e a sujeira seria por causa do sulfato de alumínio utilizado no tratamento.

A coordenação da Secretaria de Meio Ambiente de Cruzeiro do Sul, informou que até agora não foi apresentado nenhum projeto por parte do executivo para trabalhar o tratamento do esgoto. O que a Secretaria está fazendo, segundo os técnicos é orientando os moradores a construírem fossas cépticas e sumidouros, para evitar que o esgoto continue caindo direto nos igarapés.

O chefe do departamento de meio ambiente da Secretaria, Antônio José, explicou que a cidade sofre por conta de uma cultura erronia sustentada ao longo dos anos, de que o esgoto doméstico deveria ser jogado nos igarapés. “Hoje, depois de 100 anos de fundação da cidade é que começamos a ver os prejuízos causados por falta de planejamento, mais de 90% das residências foram construídas com os canos do esgoto apontados direto para rua ou para um igarapé. O resultado de tudo isso, tem sido o aumento das doenças causadas pela contaminação através da água, como as hepatites, viroses, diarréias, infecções intestinais entre outras” explicou o coordenador.

A recomendação da coordenadora do departamento de controle ambiental da Prefeitura, Francisca Nascimento, é que os ribeirinhos fervam ou filtrem a água colhida no Rio Juruá para o uso doméstico e usem hipoclorito de sódio para ajudar a combater as bactérias contidas na água.

Fonte: www.tribunadojurua.com – Francisco Rocha

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Rio Acre atinge nível crítico




Nesta quinta-feira, dia 28, o Rio Acre atingiu um nível considerado crítico: 1metro e 92 centímetros. Bem abaixo dos 2metros e 55centímetros no mesmo período do ano passado segundo a Defesa Civil de Rio Branco.

A preocupação das autoridades aumenta à medida que se intensifica a estiagem amazônica. De acordo com o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) esse baixo nível pode comprometer o abastecimento de água da capital. Para evitar um colapso, algumas bombas flutuantes foram instaladas na estação de capação de água. Mas a participação da população no uso racional dos recursos hídricos é fundamental par ao sucesso desse processo.



São durante os meses de agosto e setembro que normalmente surgem os eventos extremos ligados as mudanças climáticas. Secas, baixa umidade, escassez de água e queimadas aumentam em todo o Estado e exige um maior rigor na fiscalização dos órgãos oficiais. O Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), por exemplo, já iniciou os sobrevoos para tentar detectar as áreas de queimadas na zona rural.

Para o pesquisador ambiental Claudemir Mesquita o cenário é bem parecido com as piores secas registradas no Estado nos anos de 2005 e 2010. "Todos precisamos estar atentos, autoridades e comunidades, para tentar evitar mais um grande evento ambiental extremo", disse.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Em MS, Pantanal sul sofre efeitos da maior cheia dos últimos 20 anos

Por Hélder Rafael




A região sul do Pantanal está sofrendo tardiamente os efeitos da maior cheia dos últimos 20 anos ocorrida em três sub-bacias pantaneiras localizadas ao norte, em território sul-mato-grossense. Em Porto Murtinho, no sudoeste de Mato Grosso do Sul, o nível do Rio Paraguai chegou a 6,82 metros no dia 25 de julho, de acordo com a régua da Agência Fluvial da Marinha. O marcador pode chegar mais próximo dos 7 metros até o fim de julho.
Na ilha fluvial Margarita, que fica em frente à sede do município brasileiro e pertence ao Paraguai, a população enfrenta problemas com o elevado nível do rio. Residências e comércios estão com água na porta, e alguns atracadouros ficaram submersos. O gerente de uma loja, o brasiguaio Márcio Riquelme, disse que há 15 anos não via uma cheia tão grande como a atual. "Tem um vizinho que a loja está com um metro e meio de água. Na minha loja ainda não chegou, mas o movimento de clientes caiu bastante", relata.

É a cheia que mantém o equilíbrio e a diversidade da vida no pantanal"Felipe Dias, doutor em recursos hídricosNa zona rural, pecuaristas tentam evitar prejuízos recolhendo o rebanho até as partes mais altas nas fazendas. Já na área urbana da cidade de 15 mil habitantes, um dique protege a cidade de alagamentos e suporta cheias de até 10 metros.

A elevação do Rio Paraguai em Porto Murtinho já era prevista pelos pesquisadores da Embrapa Pantanal, que fazem comparações entre a régua daquela cidade e a de Ladário, situada a cerca de 500 quilômetros em direção à nascente. O 6º Distrito Naval da Marinha em Ladário mantém desde 1900 uma régua de medição.

Em julho deste ano, a régua de Ladário marcou 6 metros, índice considerado acima da média. Na última década, o nível máximo atingiu 5,40 metros, em junho de 2006. Já o mínimo registrado pelo instrumento foi de 0,88 metro em novembro de 2005.

De acordo com a Embrapa, o volume maior de água - em parte ocasionado pelas chuvas de fevereiro e março nas sub-bacias do Aquidauana, Rio Negro e Miranda - foi o que provocou a elevação do nível do Rio Paraguai ao sul do Pantanal. Como o relevo pantaneiro é de baixa declividade (não mais de 1 metro por quilômetro em sentido leste-oeste e até 5 centímetros no norte-sul), as águas podem levar meses até escoar para o rio.

(Foto: Toninho Ruiz/Divulgação)Chuvas acima da média




 
Em março deste ano, as populações das cidades ribeirinhas de Aquidauana e Anastácio, situadas no pantanal sul-mato-grossense, viveram os efeitos da chuva intensa na região. A precipitação provocou a cheia do Rio Aquidauana, que divide as duas cidades onde vivem 70 mil pessoas. As águas chegaram a nove metros de altura e transbordaram do leito. Como consequência, mais de 850 pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas, além de danos a imóveis, estradas, pontes e prejuízos na zona rural.
O tentene Landis, do Corpo de Bombeiros em Aquidauana, trabalhou no mutirão de resgate das famílias que viviam às margens do rio. Ele conta que algumas pessoas não queriam abandonar seus imóveis. "Teve um rapaz que nos procurou dizendo que o pai dele, um idoso, não queria sair da casa. O senhor ergueu todos os móveis na altura do teto. Foi difícil, mas convencemos o idoso a sair", diz Landis.

 

Atlântico Sul em março (Foto: Reprodução/Cemtec)A enchente sem precedentes na história recente das duas cidades mobilizou mais de 200 pessoas para ações de resgate e auxílio, entre membros do Corpo de Bombeiros, Exército e prefeituras. Após serem removidas dos locais de risco, as famílias foram transferidas para abrigos improvisados em escolas, ginásios e igrejas. Apesar da calamidade, não houve registros de afogamento ou morte no período, segundo Landis.

 

As cidades de Aquidauana e Anastácio margeiam o rio que é um dos afluentes do Pantanal. Toda a região pantaneira é caracterizada por ciclos prolongados de cheia e seca, alternadamente. Segundo meteorologistas, o fim da estação de verão também marca a proximidade do término do período chuvoso, que dura de outubro a março.

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos (Cemtec-MS), a média histórica de precipitação na região de Aquidauana e Anastácio é de 125 milímetros em março. Mas neste ano, apenas nos primeiros 13 dias de março, choveu 216,6 milímetros, ou 173% do esperado para o mês inteiro. A meteorologista Cátia Braga aponta as causas da concentração severa de chuva: "O que provocou o fenômeno foi a Zona de Convergência do Atlântico Sul, que fica bem caracterizada nos meses de verão e altera o regime de chuvas nas regiões por onde passa", diz.

As águas pluviais também deixaram estragos na zona rural, onde a pecuária constitui uma importante fonte geradora de riquezas. O presidente do Sindicato Rural de Aquidauana, Timóteo Proença, estima prejuízo de até 20% do rebanho dos produtores da região por causa da enchente. "Sempre fazemos o manejo do gado para as partes mais altas, mas este ano foi uma cheia diferente, atípica", conta.

Embora o pantanal seja regulado pela alternância de fenômenos climáticos intensos, seus efeitos são extremamente benéficos para o bioma, de acordo com o doutor em recursos hídricos da Universidade Católica Dom Bosco, Felipe Dias. "É a cheia que mantém o equilíbrio e a diversidade da vida no pantanal", afirma. Condição que se confirma pelos pecuaristas. "Depois da cheia fica ótimo, o pasto se renova e as águas eliminam naturalmente as pragas", diz Timóteo Proença.

"O produtor tradicional sabe que em determinadas épocas pode ou não manejar o gado. Por isso consegue trabalhar de forma harmônica com a natureza. Quem pensar que pode adotar as mesmas práticas que no planalto, irá falhar", explica Dias.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Setor de aviação quer reduzir emissões pela metade até 2050

 

O setor de aviação comercial pretende reduzir pela metade as atuais emissões de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera, de cerca de 650 milhões de toneladas por ano. Isso representa 2% do total global de emissões.

Desde a década de 1960, as partículas poluentes emitidas pelas empresas de aviação caíram cerca de 70%.
Paul Steele, diretor executivo da ATAG (Air Transport Action Group), entidade que reúne organizações e empresas da indústria aérea, disse que com as novas tecnologias de aeronaves em motores, cada vez haverá menor gasto de combustível e menor nível de poluição.

"Estão em desenvolvimento novos materiais, mais leves, e melhorias em aerodinâmica que contribuem para a redução das emissões", disse o executivo. 

Segundo ele, o mercado brasileiro de aviação ainda tem muito a crescer. Dados mostram que um cidadão americano viaja de avião em média, 1,8 vez ao ano, enquanto o brasileiro viaja 0,3 vez no mesmo período.

Turismo: Acre apresenta roteiros turísticos do Estado na Expoacre 2011

Por Diego Gurgel




visitantes_encontram_indgenas_no_interior_da_bolha.jpg

‘Tá na hora de conhecer o Acre’. Este é o tema lançado pela Secretaria de Turismo e Lazer (Setul) na Expoacre 2011. Com um estande inovador, a Setul disponibiliza para o visitante vários serviços e atrações, tornando o passeio pelo local um programa agradável para todos que visitam a feira.

Uma das novidades apresentadas é a "bolha", com os roteiros turísticos do Estado. Por ela é possível caminhar pela cidade de Rio Branco, conhecer os caminhos das aldeias e biodiversidade do Acre, tudo isso ao som de cachoeiras e pássaros da região. É possível até mesmo encontrar um indígena passeando pela mata. Continuando o passeio, os visitantes podem conhecer os caminhos do Pacífico pela 
Rodovia Transoceânica, rumo ao país vizinho, o Peru.

Ao fim do passeio, também se pode tirar uma foto de frente para a Cachoeira do Ar-Condicionado, uma grande atração da Serra do Divisor. Além dessas atrações interativas, o visitante poderá conhecer os serviços prestados por várias operadoras de turismo de Rio Branco, e também do Peru e da Bolívia.

A Lorenzo Expeditions é uma empresa peruana e está presente no espaço da Setul apresentando uma nova trilha para Macchu Picchu, a Inka Jungle Trail, além de outra empresa boliviana, que mostra uma opção de turismo que está começando a ganhar visibilidade na região de Santa Cruz de la Sierra, o turismo de estética. A Ormeño, empresa de viagens peruana, também é outra novidade. Ela oferece uma linha de Rio Branco até Caracas, capital da Venezuela, passando por Cuzco, Arequipa e Lima, no Peru.

Além disso, a TAM, a TRIP, e a Aerosur estão presentes no espaço Turismo. O visitante pode votar na Amazônia, participando da campanha‘Wonder Amazon, que pretende colocar a Amazônia entre uma das sete maravilhas da natureza. O grande fluxo de visitantes no espaço demonstra o interesse do acreano de conhecer mais sobre o Estado e suas belezas.

domingo, 24 de julho de 2011

MT é responsável por 28% dos focos de queimadas registrados no país

Por Kelly Martins Do G1 MT

Queimada em Mato Grosso (Foto: Guilherme Filho/Secom-MT)
Governo do estado decidiu ampliar o período de proibição de queimadas. (Foto: Guilherme Filho/Secom-MT)
 
 
As queimadas no estado de Mato Grosso já são responsáveis por 28% do número total de focos registrados no Brasil, neste ano. Dados dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que das 6.102 queimadas identificadas no país, 1.777 ocorreram no estado, no período de 1º de janeiro a 21 de julho.
 
Apesar de o número estar abaixo do identificado no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 2.852 focos de incêndio no território mato-grossense, a incidência poderá aumentar nos próximos dias devido à alta temperatura, baixa umidade do ar e ao alto índice de desmatamento. A avaliação é do professor e biólogo Romildo Gonçalves, do Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

O biólogo explica que as massas de ar quente e seco estão cada vez mais frequentes no país, o que estaria causando reflexos no estado, além das intempéries influenciarem diretamente na vegetação. “As condições climáticas, com a evolução do aquecimento global, têm reflexo direto no ecossistema e, em Mato Grosso, não será muito diferente neste ano em comparação com o último”, frisou o professor. Segundo ele, o período mais crítico para queimadas são os meses de agosto e setembro.

Arte - queimadas (Foto: Editoria de Arte/G1)
Enquanto em abril os satélites captaram 89 focos de queimadas em Mato Grosso, em maio foram 325. Em junho, o índice cresceu para 900 e, até o dia 21 de julho (quinta-feira), o estado já tinha acumulado 356 focos. Em outro aspecto, o professor considera motivo de preocupação a devastação na região da Amazônia Legal, em que o estado teve, por exemplo, 93,7 km² de florestas devastadas no mês de maio, sendo que em abril perdeu 405,5 km² de mata, segundo relatório do Inpe. Para Gonçalves, os dados reforçam o risco da ocorrência de mais queimadas neste ano do que em 2010. "Depois de tirar a mata, as pessoas colocam fogo para usar a área", frisa.

Parque Nacional
Em 2010, o fogo consumiu cerca de um terço do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, cobrindo Cuiabá de fumaça escura. A estimativa é que 11 mil hectares tenham sido consumidos no incêndio. Com um ecossistema que inclui de savanas a matas fechadas, o parque abriga sítios arqueológicos e cabeceiras de vários rios das bacias do Alto Paraguai e Amazônica. " O alerta neste ano vale para o Pantanal mato-grossense e o Parque Nacional do Xingu, que não registram incêndios há oito anos, mas podem sofrer alterações pela falta de infraestrutura e proteção ambiental", avaliou Romildo Gonçalves.

O Comitê de Gestão do Fogo de Mato Grosso informou que as cidades com maior número de alertas de incêndios são Tangará da Serra, Cláudia e Querência, localizadas na regiões norte e médio norte do estado. O tenente-coronel Dércio Santos, coordenador-geral adjunto do Comitê, declarou ao G1 que a meta é reduzir 65% da quantidade de focos de calor registrados em 2010 e retirar o estado da lista dos que mais queimam.

O coordenador disse ainda que o Corpo de Bombeiros está presente em 17 das 141 cidades mato-grossenses, com bases operacionais montadas com o objetivo de controlar o fogo. "Nós já reduzimos muito em relação ao último ano e estamos atuando com reforço e apoio das prefeituras dos municípios para o combate às queimadas. Porém, temos que avaliar que a estiagem e a baixa umidade são ameaças contanstantes, mas podemos mudar o quadro com a nossa conduta", pontuou o tenente-coronel.

Ele frisa que a questão da educação ambiental também é séria e que as pessoas devem contribuir para a diminução dos focos, deixando as práticas e a cultura de colocar fogo, por exemplo, em folhas secas ou nos quintais de casa. "Muitos incêndios registrados, senão a maioria, foram provocados pelo homem", afirma.

Quanto ao desmatamento, o coordenador admite que o índice registrado no território mato-grossense poderá colaborar para que a situação das queimadas se agrave, porém, considera que o governo do estado e a união têm realizado trabalhos intensivos com a finalidade de diminuir o número de áreas devastadas.

Investimento
O combate às queimadas deve custar mais de R$ 111,5 milhões durante o período proibitivo no estado, que este ano será de de 1º de julho a 15 de outubro, considerado o mais longo da história. Diante dos altos índices de focos de queimada, o pedido de antecipação e ampliação foi feito pelo secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso, Alexander Maia. Ao todo, o estado pretende contar com o trabalho de dois mil homens de todos os órgãos ambientais durante o período proibitivo.

O montante foi calculado com base no planejamento orçamentário do Governo do Estado, Departamento 
Nacional de Infra-estrutura (Dnit) e Corpo de Bombeiros. O secretário Alexander Maia disse que o Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA) autorizou a liberação de R$ 13 milhões para a instalação de uma base de controle das ocorrências em Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá.

A pretensão, de acordo com o secretário, é implantar quatro bases semelhantes a essa, porém, segundo ele, ainda não há recursos liberados para o projeto. O montante será gasto na compra de equipamentos para as equipes do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema). Embora tenha sido contemplado com a verba, o governo do estado havia requisitado R$ 80 milhões para investir nas ações de combate e prevenção.

Além dessa verba, Maia afirmou que serão gastos R$ 5 milhões em campanhas publicitárias com a finalidade de tentar conscientizar a população sobre os riscos dos incêndios, assim como alertar sobre a penalidade aplicada ao responsável pelo crime ambiental. As multas variam entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil por hectare para áreas abertas e de floresta, respectivamente.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Frente fria já está no Acre

O fenômeno conhecido na região amazônica como friagem chegou a Rio Branco no início da manhã desta sexta-feira (22). Segundo o meteorologista Davi Friale , a frente fria atinge todo o Estado e deve vir acompanhada de ventos fortes, criando tempos amenos nas manhãs e tardes (só que com sol) e gelados à noite. Ela deve durar só este final de semana, começando hoje e terminando já no domingo (24).

Sobre as temperaturas, Friale adiantou que a frente deve fazer os termomêtros marcarem entre 15º a 17º C durante a noite e apresentar variações na faixa dos 24ºC a 28ºC nas manhãs e tardes deste final de semana.

O pesquisador também aproveitou para alertar a população de Rio Branco sobre uma possível nuvem de fumaça cinza e negra oriunda da Bolívia que deve começar a incidir sobre o Acre a partir desta frente fria.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Degelo do Ártico pode aumentar morte de filhotes de urso, diz estudo

Filhotes de ursos polares obrigados a nadar longas distâncias com suas mães por causa do degelo do seu hábitat, no Ártico, parecem sofrer uma mortalidade mais acentuada do que filhos que não precisam nadar tanto, segundo um novo estudo realizado pela entidade ambientalista WWF.

Os ursos polares caçam, se alimentam e procriam sobre o gelo ou a terra, e não são criaturas naturalmente aquáticas. Estudos anteriores já haviam notado que esses animais estão precisando nadar centenas de quilômetros para alcançar plataformas de gelo, mas este é o primeiro trabalho que avalia o risco desses trajetos para os filhotes da espécie.

"A mudança climática está arrancando o gelo marinho debaixo dos pés dos ursos, forçando alguns deles a nadarem distâncias maiores para encontrar alimentos e habitat", disse Geoff York, coautor do documento.

York disse que essa foi a primeira vez que os percursos a nado foram quantificados, preenchendo uma lacuna nos dados históricos dessa espécie tão característica do Ártico.
Para reunir os dados, os pesquisadores usaram satélites e monitoraram 68 ursas equipadas com colares com GPS, entre 2004 e 2009, anotando as ocasiões em que elas nadavam mais de 30 milhas (48,3 quilômetros) por vez.
Urso polar (Foto: Geoff York/World Wildlife Fund/Handout/Reuters)
Filhotes de urso polar com a mãe fotografados em novembro de 2010, no Canadá. Estudo aponta que ursos mais novos, quando obrigados a nadar longas distâncias por conta do derretimento do Ártico, têm mais chances de não sobreviver (Foto: Geoff York/World Wildlife Fund/Handout/Reuters)
 
 
Perdas
Foram registrados 50 desses trajetos a nado nesses seis anos, envolvendo 20 ursas. O maior deles cobriu 685,6 quilômetros, e durou 12,7 dias, segundo dados a serem apresentados na terça-feira na Conferência da Associação Internacional dos Ursos, em Ottawa (Canadá).

Na época em que os colares foram colocados, 11 ursas que nadavam longas distâncias tinham filhotes pequenos; cinco dessas mães perderam seus filhotes nos trajetos a nado -- uma taxa de mortalidade de 45 por cento.

Os filhotes que não precisavam nadar longas distâncias com suas mães tinham uma mortalidade de apenas 18%, segundo o estudo.

Steve Armstrup, diretor da entidade conservacionista Ursos Polares Internacional, disse que os filhotes morrem nas travessias porque têm menos gordura que os adultos, o que significa um isolamento térmico pior e menos capacidade de sobreviver na água fria. Outro motivo é que, sendo mais magros que os adultos, não conseguem flutuar com tanta facilidade.

O Ártico é a região do planeta mais fortemente afetada pela mudança climática global, e a cobertura de gelo marítimo em junho foi a segunda menor já registrada nas medições por satélite iniciadas em 1979, segundo o Centro Nacional de Dados da Neve e do Gelo dos EUA.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Amazônia pode perder cinco cidades de SP em um ano, prevê Imazon

Se o atual ritmo de desmatamento na Amazônia Legal não for freado com ações de fiscalização e combate, o bioma pode perder 7.134 km² em vegetação no período entre agosto de 2011 e julho de 2012, segundo previsão da organização ambiental brasileira Imazon.

Caso isto se concretize, a floresta perderia uma área equivalente a quase cinco vezes o tamanho da cidade de São Paulo ou seis vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
Além disso, a destruição anual da floresta terá sido 10,5% maior se comparada à última medição feita pelo sistema Prodes, método empregado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para avaliar a derrubada da floresta em 12 meses, que registrou entre agosto de 2009 e julho de 2010 desmatamento de 6.451 km². Os dados são utilizados pelo governo federal como índice oficial de degradação da Amazônia Legal.

O levantamento do Imazon foi feito com base em dados registrados pela instituição, captados via satélite, e que são divulgados mensalmente. Estes números foram adicionados a um modelo estatístico criado em computador, que determinou a previsão. Ainda de acordo com o Imazon, o estado do Pará é o que mais poderá concentrar locais com alto risco de desmatamento (72%), seguido do Mato Grosso (11%).
 
Localização
Segundo Márcio Sales, estatístico e pesquisador da organização ambiental, o foco deste modelo não era somente prever o aumento no corte de árvores (já registrado pelo governo federal no bimestre março-abril de 2011 e que resultou em providências urgentes para reduzir os índices de desmatamento).

“O modelo foi criado para analisar onde essa devastação vai acontecer, com um raio de alcance de 5 km. As chances de acerto são de 80%. Nossa intenção é criar um sistema de combate que faça o alerta antes do desmatamento acontecer”, afirmou Sales.
  (Foto: Editoria de Arte/G1) (Foto: Editoria de Arte/G1)

Entre as localidades que poderão concentrar as ocorrências mais graves de crime ambiental estão as estradas federais que cortam o bioma, como o rodovia BR-230 (Transamazônica), na região da Terra do Meio (PA) e ao longo da BR-163 (rodovia Cuiabá-Santarém). Outras regiões de concentração estão no nordeste do Pará, nos municípios próximos a Paragominas, sudeste e sudoeste do Acre, norte de Rondônia e no noroeste e centro do Mato Grosso.

“Não sabemos o real motivo do desmatamento, mas localidades do Pará como Pacajá, Altamira, São Félix do Xingu e Novo Repartimento poderão ser as grandes responsáveis pelo desmatamento”, afirmou Sales. Dados do levantamento do Imazon mostram que as quatro cidades juntas podem desmatar ao menos 684 km².

Oficial
Em maio, o Inpe, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, identificou na Amazônia Legal 267,9 km² de desmatamento em diversos estágios - número 44% menor que em abril de 2001 e 144 % maior que em maio de 2010.

A área equivale a 166 vezes a extensão do Parque Ibirapuera, em São Paulo, ou mais de quatro vezes o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Mato Grosso lidera o desmatamento em maio, seguido de Rondônia (com 67,9 km²), Pará (65,5 km²) e Amazonas (29,7 km²).

Fonte: Do Globo Natureza

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Instituto de Mudanças Climáticas acompanha com preocupação as variáveis climáticas que indicam a possibilidade um evento extremo

Baixo volume do rio Acre pode comprometer o transporte de produtos e o abastecimento de água na capital




De acordo com informações da Defesa Civil do município de Rio Branco, o nível do rio Acre na manhã desta sexta-feira, dia 15, em 2m26cm. Essa cota ainda é maior 14 centímetros que 2005 e 23 centímetros menor que a cota no mesmo dia em 2010. Em entrevista sobre a problemática  o diretor-presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Eufran Amaral (foto), explica que o fenômeno está relacionado as Mudanças Climáticas, as quais ocorrem naturalmente, mas que pela indução das atividades humanas, nas escalas regional e global, podem resultar em uma alteração da distribuição das chuvas e em um aumento de temperatura, especialmente na época seca.

Segundo Eufran, estas mudanças podem, por sua vez, levar a alteração da frequência e da severidade das secas nas próximas décadas, tornando estes eventos mais comuns e aumentando a vulnerabilidade da sociedade à variabilidade climática. No caso específico de Rio Branco,  o baixo volume do principal manancial do Estado, também pode comprometer o abastecimento de água da capital acreana, prejudicar o transporte e dificultar a disponibilidade de água para a população ribeirinha.

Sobre as ações para diminuir os efeitos das Mudanças do Clima, Eufran enfatiza que essa responsabilidade compreende direitos difusos, onde Governo e sociedade  precisam  trabalhar em conjunto para evitar grandes  catástrofes, a exemplo dos perigosos incêndios florestais ocorridos nos anos de  2005 e  2010.

Sobre esse aspecto, Eufran reforçou as ações iniciadas em 2006 através do IMAC, SEMA E IBAMA que em parceria com o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil  coordenadas para prevenção, combate e alternativas ao uso do fogo. Esta articulação culminou com a criação da Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais  (CEGdRA), em 2008, coordenada pela SEMA, que desde então vem sendo o órgão do Estado com competência para atuar na articulação intersetorial afim de reunir condições mínimas de operacionalidade para execução dos planos de contigencias, quer seja pelos eventos extremos de seca, enchentes ou incendios florestais, os mais comuns em nossa região.

“Todos estes eventos contribuem para a redução da provisão de serviços ambientais pelas florestas e agroecossistemas no Acre e devem estar inseridos nas políticas públicas como estratégias de adaptação e mitigação de forma a ampliar os Serviços Ambientais", comentou Eufran Amaral.

Neste sentido desde 2008 com a política de valorização do ativo florestal como uma das estratégias de implementação do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), que permite ações concretas de enfrentamento das mudanças climáticas.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ursa enfrenta dois tigres com filhotes nas costas

Um fotógrafo conseguiu capturar o momento em que uma ursa enfrentou dois tigres para proteger os filhotes, que passaram todo o tempo agarrados às suas costas.

O confronto, que durou menos de três minutos, aconteceu na Reserva de Tigres de Ranthambore, no Rajastão, na Índia.

Os tigres se aproximaram da ursa, que bebia água com seus dois filhotes.

Mamãe ursa enfrenta tigre (Foto: Caters)
Mamãe ursa enfrenta tigre (Foto: Caters)
 

Ela avistou um dos tigres e pulou em sua direção, afugentado-o imediatamente.
Mas o outro tigre se aproximou de forma ameaçadora. A mãe protetora levantou as patas dianteiras e enfrentou o tigre com os filhotes nas costas.

'Ursos e tigres são animais poderosos que normalmente se evitam, mas a ursa estava com seus filhotes e se sentiu ameaçada. Por isso ela avançou na direção do tigre', conta o fotógrafo Aditya Singh, que vive nos arredores da reserva e visita a região diariamente.

'Acho que a mãe protetora decidiu que a melhor defesa era o ataque', diz Singh.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Cientistas pesquisam solo fertilizante da Amazônia

MANAUS, AM – Cientistas de 14 instituições de pesquisa e universidades do Brasil e do exterior vão realizar estudos em solos caracterizados como Terra Preta de Índio (TPI), também chamada de Terra Preta Arqueológica (TPA). As experiências acontecem no campo experimental da Embrapa Amazônia Ocidental no município de Iranduba, no Amazonas. A pesquisa terá duração de um mês.

Batizada de “Sítio-Escola em Terra Preta de Índio”, a atividade teve início na sexta-feira, co centro de treinamento do campo experimental Caldeirão, da Embrapa Amazônia Ocidental. As atividades no campo da Embrapa têm finalidade científica e acontecem por quatro semanas até 6 de agosto, envolvendo uma equipe de 40 pessoas. Destes, dezoito são alunos de arqueologia da Universidade Estadual do Amazonas (UEA). Esses profissionais estarão em atividades práticas e teóricas de prospecção pedológica (estudo dos solos) e arqueológica. Na pedologia se estuda os solos em seu ambiente natural e na arqueologia se estuda as culturas do passado a partir da análise de seus vestígios materiais.

O “Sítio-Escola” está integrado como atividade científica do curso de Tecnologia em Arqueologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), como um intenso trabalho de campo no qual serão abordados conceitos e técnicas da arqueologia, assim como para as demais instituições servirá a estudos específicos de diversas áreas do conhecimento, como química do solo, física do solo, microbiologia do solo, dentre outras, de acordo com as especialidades dos profissionais das diversas instituições envolvidas.

Estas atividades no campo da Embrapa estão sendo realizadas através do Projeto Terra Preta de Índio, que integra o Macroprograma 2 da Embrapa com pesquisas em nível nacional sobre “Efeito das Mudanças Climáticas Globais nos Sistemas Produtivos, Seqüestro de Carbono e Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)”.

A Embrapa pesquisa os solos de Terras Pretas de Índio na Amazônia  com o objetivo de criar um modelo de formação e evolução das Terras Pretas de Índio (TPI), focando os estoques e a dinâmica do carbono, fósforo e cálcio. O Projeto Terra Preta possui licença do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com autorização para realizar as atividade de escavação arqueológica no sítio, bem como outras atividades de prospecção de solos.

As Terras Pretas de Índio (TPI) são sítios arqueológicos encontrados principalmente na Amazônia (dados de pesquisas recentes indicam, também, a existência de Terras Pretas no México e na África). Na Amazônia esses solos têm sua origem relacionada a povos ancestrais pré-colombianos.  Esses solos são caracterizados pelo grande acúmulo de matéria orgânica, apresentam grande disponibilidade de nutrientes como cálcio, magnésio, zinco, manganês, fósforo e carbono, e por isso são considerados entre os solos mais férteis do mundo, além de conservarem sua fertilidade por longo tempo.

Melhorar a fertilidade do solo
A partir do estudo das terras pretas vem sendo desenvolvidas técnicas para reproduzir semelhante fertilidade, que é o caso do Biochar – produzido a partir da carbonização de biomassa de resíduos orgânicos. “Ressalta-se o ineditismo dessa atividade como uma oportunidade em que cientistas, das mais variadas áreas de conhecimento, estarão juntos trabalhando em um mesmo local com o propósito de conhecer mais profundamente a Terra 
Preta de Índio, a correlação com o que muito se fala recentemente, o Biochar, bem como para o avanço de estudos, subsidiando outras pesquisas, e acumulando conhecimentos no campo da denominada Terra Preta Nova”, explica o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Orlando Paulino, coordenador do projeto Terra Preta de Índio.

O coordenador do curso superior de Tecnologia em Arqueologia da UEA,  Bruno Moraes,  destaca que este “Sítio-Escola” tem um diferencial por reunir diversas áreas do conhecimento. 

“Embora essas áreas do conhecimento  tenham objetos científicos diferentes, o fato de estarem trabalhando juntos com o mesmo tema, permite que os dados gerados pelas diversas áreas do conhecimento se comuniquem e possa se  chegar a um entendimento mais integrado”.  Outro aspecto destacado por Bruno, é que se trata de uma rica oportunidade para os alunos. “O papel da Universidade não é só reproduzir, mas também gerar conhecimento e durante esses dias, os alunos terão aulas e também estarão em contato com outros pesquisadores participando da produção do conhecimento”, observa. 

Fonte: AGÊNCIA AMAZÔNIA

terça-feira, 12 de julho de 2011

Países amazônicos se unem para medir níveis de desmatamento

Os países da região amazônica iniciarão em agosto uma série de estudos para medir a taxa de desmatamento dessa zona, que abriga 20% das reservas de água doce do planeta, anunciou nesta terça-feira (12) em Quito a associação que os representa.

O monitoramento sobre desmatamento busca harmonizar critérios para medir a perda de área verde, que varia de país para país, explicou o diretor-executivo da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica), o boliviano Mauricio Dorfler.

Trata-se do primeiro estudo desse tipo de alcance regional, e contará com especialistas de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, destacou Dorfler.
Entre as causas do fenômeno do desmatamento, o diretor mencionou a pressão sobre o uso da terra, a agricultura, a exploração madeireira e a extração de minerais.

A OTCA também empreenderá em agosto o primeiro estudo de recursos hídricos fronteiriços, com o objetivo de promover uma melhor e mais adequada utilização da água, disse Dorfler.

A Amazônia representa 6% da superfície do planeta. Contém mais da metade do parque úmido tropical e 20% das reservas de água doce do mundo, o que a converterá em um território estratégico frente a fenômenos como o aquecimento global, segundo a OTCA.

A região abarca 7,4 milhões de quilômetros quadrados - equivalentes a 40% da superfície do território sul-americano. É uma das mais diversas da Terra, um "grande espaço de riqueza cultural", sendo habitada por 420 povos indígenas, disse Dorfler. 

DA FRANCE PRESSE, EM QUITO

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Macacos invadem casas e roubam comida na Zona Sul do Rio de Janeiro



Uma quadrilha que age em silêncio total, sem deixar rastros e de forma muito misteriosa.

Preste atenção no depoimento das vítimas. “Eu sempre convivi com eles, mas ficavam eles lá e a gente cá. Este ano alguma coisa mudou. De uns dois meses para cá, eles começaram a invadir os apartamentos”, comenta a médica Viviane.

“Ele entra, faz bagunça, rouba, quebra e joga tudo no chão”, diz o taxista Silvio Santos.

No Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro, os assaltos são anunciados em um assovio, como se imitassem um pássaro. Foi no bairro que as equipes de reportagem do Fantástico ficaram de plantão para registrar imagens.

O bairro é o alvo porque o esconderijo perfeito fica nas imediações. É a Floresta da Tijuca, maior floresta tropical urbana do mundo.

Ousados, eles ficam à espreita nos telhados, sobem pelas calhas dos prédios, arriscam saltos e chegam a invadir as casas. Um macaco abusado rouba uma caixa de leite longa vida.

Mas a ação mais impressionante está para acontecer. Em um prédio aparentemente tranquilo, de repente, o primeiro integrante da quadrilha se aproxima. O macaco usa os fios de alta tensão para chegar à árvore em frente ao prédio. Quando chega ao topo, já está em contato com outro integrante.

O macaco percebe a presença da equipe de reportagem e lança olhares ameaçadores. Um deles consegue chegar à janela do apartamento. A dupla examina o local e planeja o ataque. Um último olhar sorrateiro e começa a sequência de invasões.

A especialista em primatas Cristiane Rangel auxilia a equipe de reportagem no exame das imagens exclusivas. “Os jovens tendem a ser mais ousados, eles têm menos medo. Assim como os humanos, os adolescentes são rebeldes, eles são curiosos, chegam perto, acabam se aproximando e olhando o que está acontecendo. Se sentir cheiro de comida então...”, explica a especialista.

A dupla não se satisfaz. Enquanto há o que roubar, eles continuam agindo. Ele chega até a janela e entra mais uma vez na casa. Na maior cara de pau, leva toda a sacola de pães. Uma dieta de risco. Mas não pense que a farra acabou. Imagine que você faz um lanche enquanto trabalha no computador. Ao se ausentar por um momento, o flagrante. E o banquete acontece bem em frente ao local do crime.

Pouco tempo depois, um terceiro elemento sobe por uma árvore e se aproxima da casa. Ele parece mais receoso. Será sua primeira vez? Usando a maçaneta de apoio, ele se prepara para saltar. Ali mesmo, põe na boca tudo o que consegue e, rapidamente, foge, mas fica ainda algum tempo na sacada do apartamento.

Quando todos pareciam ter ido embora, há uma movimentação na árvore e mais um meliante à espreita: o quarto elemento da quadrilha. Ele sai com uma banana na mão e outra na boca.

Quase ao mesmo tempo, entra na casa um elemento de maior porte, o maior deles. Apesar da boa aparência, ele vai até a mesa e pega uma banana e um mamão. Segundos depois, a equipe de reportagem do Fantástico flagrou no topo de uma árvore decidindo qual seria o primeiro prato.

Um último integrante se aproxima. Já são seis macacos. Ele parece ser o menor de todos. Pula rápido de uma árvore para outra, mas se assusta ao entrar na casa. Deixa cair a sacola com uma das bananas. Logo depois, a outra banana cai, já descascada. O crime não compensa.

O que fazer para evitar esses roubos? “Quem tem o hábito de botar o comedouro para atrair o bicho, porque acha bonitinho isso, não é bom. O vizinho coloca e ele vai entrar na sua casa também”, afirma a especialista em primatas Cristiane Rangel.

Isso não é o retrato de um desequilíbrio ambiental? “É o retrato de uma cidade crescendo para dentro da floresta. A casa da pessoa era a casa do macaco antes”, explica Cristiane Rangel. Portanto, se você vir uma dessas caras pela rua, não faça nada. Apenas não dê comida aos macacos.

Fonte: Globoamazônia

domingo, 10 de julho de 2011

Golfinhos e baleias ameaçados pelo lixo plástico lançado nos oceanos

Lixo plástico é ameaça mortal para baleias e golfinhos
Lixo plástico é ameaça mortal para baleias e golfinhos


O lixo plástico na superfície dos oceanos é uma ameaça mortal para as baleias e os golfinhos e ainda não foi estudado pela ciência, segundo um estudo que será apresentado na reunião da Comissão Baleeira, que começa nesta segunda-feira na ilha britânica de Jersey.

Em 2008, 134 tipos de redes diferentes foram encontradas nos estômagos de duas cachalotes que encalharam no litoral da Califórnia, Estados Unidos, e que provavelmente morreram de oclusão intestinal. Em 1999, na cidade de Biscarrosse (sudoeste da França), uma baleia de Cuvier encalhou com 33 kg de plástico no corpo.
Os cetáceos, como as tartarugas e os pássaros, têm grande dificuldade de digerir esses dejetos, cada vez mais numerosos, indica o estudo apresentado ao comitê científico da Comissão Baleeira Internacional (CBI), viando à reunião de Jersey.
"A ameaça dos dejetos marinhos de plástico para inúmeros animais marinhos foi estabelecida há tempos, mas a ameaça para as baleias e os golfinhos é menos clara", considera o autor, Mark Simmonds, cientista chefe da Sociedade para a Conservação dos Golfinhos e Baleias (WDCS), uma ONG britânica.

"No entanto, foi estabelecido que esses dejetos podem causar dano aos animais, seja porque os ingere, ou porque ficam enredados neles", explicou.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) destacou em fevereiro, em seu informe de 2011, a forma com que milhões de dejetos plásticos ameaçam os litorais devido à utilização cada vez mais importante do plástico e de taxas de reciclagem ainda fracas.

A WDCS é favorável que a CBI assine o "Compromisso de Honolulu", um pedido internacional lançado em março, no Havaí, para incentivar os governos, associações e cidadãos a agir para reduzir os dejetos marinhos.

Empresa vendia sexo na Amazônia, diz Polícia Federal

KÁTIA BRASIL
DE MANAUS


Uma empresa de turismo norte-americana que organizou excursões pesqueiras na Amazônia está sendo investigada sob suspeita de explorar o turismo sexual no Brasil.

A Wet-A-Line Tours é alvo de um processo no Estado da Geórgia, segundo reportagem publicada ontem pelo jornal "The New York Times".

A agência também está sendo processada no Brasil, assim como a Santana Ecofish Safari, parceira que organizava passeios em Manaus.

Segundo investigações da Polícia Federal, ao menos 15 meninas foram vítimas de estupros e aliciamento nas viagens promovidas pelo proprietário da agência norte-americana, Richard Schair.

A empresa, segundo a investigação, utilizava iates luxuosos, camuflados de pesca esportiva para estrangeiros.
 "O pacote incluía o turismo sexual", afirma o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Sérgio Fontes.
As meninas são da cidade de Autazes, a 118 km de Manaus, e eram aliciadas, segundo a polícia, para participar dos passeios pesqueiros.

Além de Schair, são réus na ação penal José Lauro Rocha da Silva, proprietário da agência de turismo brasileira, Daniel Geraldo Lopes, Juscelino de Souza Motta e os irmãos Admilson Garcia da Silva e Adilson Garcia da Silva.

O processo do caso está em segredo de Justiça no Brasil.

Em seu site, o grupo norte-americano de ativismo feminino Equality Now afirma que o processo nos EUA foi aberto em junho por quatro meninas, todas de origem indígena, que dizem ter sido forçadas a se prostituir quando tinham menos de 18 anos --a mais jovem tinha 12 anos. 

A Equality Now afirma que elas alegam ter sido "vendidas como prostitutas". "No barco, teriam recebido bebida alcoólica e drogas e forçadas a praticar atos sexuais".

O grupo diz que é a primeira ação a usar a Lei de Proteção às Vítimas do Tráfico Humano para pedir compensação às supostas vítimas.
OUTRO LADO
O proprietário da Wet-A-Line Tours, Richard Schair, nega as acusações, segundo o jornal "The New York Times", que publicou ontem reportagem sobre o caso.
Schair negou envolvimento com a prostituição infantil nos depoimentos à Polícia Federal. Não conseguimos localizar o empresário.

A reportagem tentou contato com os advogados dos outros réus na ação brasileira --José Lauro Rocha da Silva, da agência Santana Ecofish Safari, Daniel Geraldo Lopes, Juscelino de Souza Motta e os irmãos Admilson Garcia da Silva e Adilson Garcia da Silva--, mas não teve sucesso até a conclusão desta edição.

O empresário norte-americano tenta suspender temporariamente o processo que corre em seu país. 

Fonte: Folha

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Estudo diz que mais da metade das espécies de atum pode desaparecer do planeta

ONG afirma que cinco em cada oito tipos de atum têm risco de extinção.
Peixe é um dos mais requisitados pelo mercado.

Relatório apresentado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN da sigla em inglês), afirma que mais da metade das espécies de atuns estão ameaçadas de extinção.

Segundo o estudo, publicado pelo jornal Science, cinco em cada oito tipos de atuns estão em situação grave de sobrevivência, sendo que três sofrem risco de desaparecer em todo planeta e outras duas espécies estão sob ameaça e não há como agir para ajudar.

atum (Foto: AFP)
Espécie de atum vendida em mercado asiático
(Foto: AFP)
O atum é um dos peixes mais procurados pelo mercado de pesca principalmente na Ásia. No Japão, sua carne é utilizada na produção de sushis e sashimis.

A espécie azul (Thunnus thynnus), chega a ter quatro metros de comprimento e pesar 250 quilos. Devido à ocorrência de sobrepesca (retirada acima do que é permitido por órgãos ambientais) em algumas regiões, este tipo de peixe pode ser um dos primeiros a desaparecer.

Foi a primeira vez que a ONG (organização não-governamental) realizou este tipo de levantamento, no intuito de chamar a atenção de governantes sobre ações necessárias para preservar estes peixes. No total, 61 espécies foram pesquisadas como bonitos, cavalas, peixe-espada e marlins.

Fonte: Portal G1

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Parabéns, Ana Paula!


Ana Paula Carvalho
Nesta quinta-feira (7) os funcionários do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) deram uma pausa na demanda de trabalho para comemorar o aniversário da chefe do setor de Recursos Humanos, Ana Paula Carvalho. Figura simpática, alegre e muito querida no IMC, Ana Paula fez até contagem regressiva para o seu aniversário celebrado no último dia 6 de julho. Com a colaboração dos colegas foi servido um delicioso bolo de chocolate. A comemoração dos aniversariantes do mês é incentivada pelo diretor presidente do IMC, Eufran Amaral, que também participou da confraternização.
  
Equipe aguerrida de colaboradores do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Como um estádio de futebol pode ser ecologicamente correto

Estádios brasileiros começam a se preocupar com a sustentabilidade

A Copa do Mundo de 2014 promete ser a “Copa Sustentável”, que exige projetos ambientalmente e economicamente sustentáveis das 12 capitais escolhidas para sediar os jogos. Alguns requisitos são definidos já no projeto de arquitetura e engenharia, como a utilização de aço ou ferro fundido galvanizados.

mineirao Como um estádio de futebol pode ser ecologicamente correto
O estádio Mineirão tem contratado o serviço de consultoria do selo Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), que habilita obras com práticas sustentáveis. Pretende conquistar a certificação Nova Construção e Renovação Principal (New Construction and Major Renovation), conferido a projetos de reconstrução. 

Porém, outras medidas mais simples poderiam ser tomadas não somente durante a Copa. Veja algumas alternativas:

Economia de energia
Para reduzir o impacto ambiental o indicado seria o uso da energia solar, eólica ou até mesmo LED’s que duram mais do que as lâmpadas comuns e consomem menos energia.

Aos torcedores
Desde os brindes até os uniformes, o emprego de fibras de garrafa PET ou materiais recicláveis e biodegradáveis seriam uma boa pedida.

Local de construção
A estrutura do terreno pode variar o volume de materiais empregados na construção, sendo possível diminuí-los em terrenos planos que utilizariam uma quantidade de ferro para a sustentação, por exemplo.

Acesso para torcedores
Pensar em formas que facilitem o acesso via transportes públicos ou bicicletas diminuem o trânsito e a poluição.

Plantar árvores e coletar água
As plantas mantém um clima ameno no estádio, oferecendo isolamento térmico pelo plantio de mudas nos arredores da construção. Um sistema coletor de água pode irrigá-las e servir para limpeza ou descarga de sanitários.

Fonte: UOL

terça-feira, 5 de julho de 2011

Obras na BR-364 seguem a todo vapor


Texto e fotos: Senildo Melo

Para aproveitar bem o período do verão amazônico, o governo do Acre vem intensificando as obras de pavimentação na BR-364 no trecho entre Manoel Urbano e Feijó. É nesse ponto que se concentraram os maiores desafios para a conclusão da obra. Tudo devido ao solo composto a base de tabatinga, um barro branco e argiloso que ao menor contato com a chuva deixa a rodovia praticamente intrafegável. Para vencer essa barreira natural é necessário substituir o solo por pedra e cimento, aumentando o custo da obra.

As pontes sobre a BR-364 somam mais de 2 quilômetros, sendo que a maior é a construída sobre o rio Juruá em Cruzeiro do Sul, com 580 metros. Esse ano o Deracre recebeu do governo federal cerca de R$ 1 bilhão para investimentos na obra, que deve ser concluída até meados do verão de 2012.

No entanto a expectativa é que a partir de 2011, a rodovia não feche mais durante o inverno para o tráfego de veículos. A distância total entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Vale do Juruá, é de 675 quilômetros. Nessa época, de veículo, o trecho pode ser completado em até 8 horas de viagem.