sábado, 31 de janeiro de 2009

Projeto traça perfil das famílias que vivem na Reserva Chico Mendes


Identificar todas as famílias que residem na Reserva Extrativista Chico Mendes, diagnosticar a situação econômica, social e ambiental das pessoas e subsidiar a implementação de Políticas Públicas e ações necessárias ao desenvolvimento sustentável da comunidade. Esses são os pontos centrais do Plano Reserva Sustentável que está sendo desenvolvido pelo Governo do Acre em parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Incra, Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, Federação dos Trabalhadores Rurais do Acre (Fetacre), Associação dos Moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes e também prefeituras. O plano de trabalho para a elaboração do Censo Comunitário da Reserva Extrativista Chico Mendes foi apresentado em Brasiléia durante encontro com representantes dos moradores da Reserva dos municípios de Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil.

Esse levantamento é uma das etapas de implementação do Plano Reserva Sustentável, e será iniciado no dia 15 de fevereiro. De acordo com a chefe do Zoneamento Ecológico Econômico da Secretaria de Meio Ambiente, Naika Teixeira, cerca de 90 técnicos irão visitar 100% das colocações. “A proposta é de que a Reserva Chico Mendes seja um modelo de conservação ambiental e ao mesmo tempo de desenvolvimento econômico e de valorização da cultura das populações tradicionais”.

A proposta é de que a Reserva Chico Mendes seja um modelo de conservação ambiental e ao mesmo tempo de desenvolvimento econômico e de valorização da cultura das populações tradicionais - Naixa Teixeira, Chefe do Zoneamento Ecológico da SEMAO questionário conterá informações da composição da família, da estrutura da unidade de produção, das atividades produtivas, da situação social, cultural e ambiental, além de fotografias da família e da unidade de produção. Para o presidente da Associação dos Moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes, Walmir Brito, esse é o primeiro passo para que as políticas reflitam as necessidades dos pequenos produtores e extrativistas que moram na Reserva.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Epitaciolândia, Thelma Dias, completa dizendo que o levantamento é importante para que as autoridades saibam quem são realmente as pessoas que moram dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes. “Os moradores precisam continuar vivendo no lugar onde nasceram, mas devem também ter consciência de suas obrigações”, disse ela.

Após a conclusão do levantamento, o próximo passo dos executores do projeto será a definição de políticas públicas com ações de desenvolvimento voltadas à sustentabilidade econômica e ambiental dos moradores e respectivas unidades de produção, pautadas na manutenção da cultura e tradições extrativistas. “Nosso trabalho de campo será concluído em março, e até junho todo diagnóstico estará pronto para que no segundo semestre as ações comecem a ser executadas”, destacou o chefe da Reserva Extrativista Chico Mendes no Ibama, Sebastião Santos da Silva.

A identificação e disponibilização de relatórios, por meio de um sistema integrado, irá subsidiar as informações necessárias para a elaboração de um plano de ação eficaz por parte do Governo do Estado e das prefeituras. “Com esse levantamento temos dados reais da Reserva Extrativista Chico Mendes”, finalizou a prefeita de Brasiléia Leila Galvão.
Valorização do Ativo Ambiental

O Plano Reserva Sustentável é uma das ações do Governo do Estado para a implementação da Política de Valorização do Ativo Ambiental. De acordo com o diretor do Instituto de Defesa Agropecuária e Floresta, Paulo Viana, os dados coletados durante o Censo Comunitário da Reserva Extrativista Chico Mendes servirão de base para o Ativo Ambiental.

A Política de Valorização pretende garantir a preservação e a sustentabilidade das florestas acreanas, com mecanismos de incentivo à produção agroflorestal e recuperação de áreas desmatadas. Dentro dessa política está o Programa Estadual de Incentivo à Produção Florestal e Agroflorestal Familiar, que visa o fortalecimento da produção florestal e agroflorestal familiar do Acre, através de incentivo da comercialização dos produtos das famílias que moram na floresta. Hoje, estima-se que 33 mil famílias sobrevivam da agricultura familiar no Estado.
Reserva Extrativista Chico Mendes

A Reserva Extrativista Chico Mendes é uma Unidade de Conservação Federal de Uso Sustentável, criada através do Decreto N.º 99.144, de 12 de março de 1990. Está localizada na região sudeste do Estado do Acre, com uma área aproximada de 970.570 hectares. Abrange os municípios de Rio Branco, Capixaba, Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Sena Madureira.

Atualmente vivem na Resex aproximadamente 1.800 famílias, segundo o último recadastramento realizado em 2005, divididas em várias categorias sociais. São pequenos agricultores, pescadores, castanheiros e seringueiros que vivem da caça, coleta de produtos florestais, pequena agricultura e pecuária, ocupando mais de 60 seringais, todos já desapropriados pelo IBAMA, tendo a Concessão de uso aos moradores sido repassada através de contrato coletivo em nome das três Associações representativas dos moradores, a AMOPREAB, a AMOPREB e a AMOPREX.

A Reserva Extrativista Chico Mendes tem todos os instrumentos necessários para gestão da unidade, ou seja: o Plano de Manejo, o Plano de Utilização e o Contrato de Concessão de Direito Real de Uso, nos quais estão estabelecidas todas as regras de ocupação e uso.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ministro diz que Copa de 2014 terá sede no Pantanal e na Amazônia


O presidente da Fifa, Joseph Blatter, reuniu-se nesta quinta-feira (29) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reafirmou que a Copa do Mundo de 2014 será realizada em 12 sedes no Brasil. As 12 cidades serão escolhidas pelo comitê executivo da Fifa nos dias 19 e 20 de março, mas o ministro do Esporte, Orlando Silva (foto), antecipou que haverá pelo menos uma sede no Pantanal (Cuiabá ou Campo Grande) e outra na região amazônica (Belém, Manaus ou Rio Branco).

“A Fifa acredita que com 12 sedes teremos uma cidade da Amazônia e uma do Pantanal. Então, necessariamente no projeto da Copa no Brasil em 2014, seguro é que terá uma cidade pantaneira e uma cidade amazônica”, contou Silva. Segundo ele, esse é um objetivo do governo brasileiro também.

“A decisão da Fifa de escolher 12 cidades levou em conta esse critério, de ter uma cidade do Pantanal e uma cidade da Amazônia, o que para nós é muito importante, porque são destinos turísticos fundamentais do Brasil e que merecem ser promovidos”, argumentou.

Durante a reunião, Lula brincou com o presidente da Fifa e com fotógrafos e cinegrafistas dizendo que estava “levando uma sede para Garanhuns”. Blatter riu e presenteou o presidente com uma flâmula da entidade. Silva disse que, a partir desta sexta-feira (30), um grupo técnico da Fifa visitará todas as cidades que têm projeto para ser sede da Copa e o relatório desse grupo vai influenciar a decisão do comitê executivo da entidade, que se reúne nos dias 19 e 20 de março para apontar as 12 sedes. O ministro não confirmou que a abertura da Copa do Mundo no Brasil será em São Paulo e nem que a partida final será no Rio de Janeiro.

“A primeira fase é a escolha das 12 sedes. O debate sobre isso é posterior”, comentou. “Logo depois da decisão sobre as sedes, o presidente vai convocar uma reunião de governo e depois que falar individualmente com os prefeitos e governadores dessas cidades para colocar no papel as responsabilidades de cada um, para ficar definido quem vai fazer o que, quem vai pagar o que e em que prazo”, afirmou Silva.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

BR-317: de Rio Branco a Boca do Acre




A BR-317, que liga o Acre à estrada Transoceânica, no Peru, também serve de corredor para os portos do rio Purus, no Amazonas. Do lado acreano, a rodovia foi toda pavimentada pelo governo do Acre. Mas, os 110 quilômetros restantes, até o município amazonense de Boca do Acre, estão em precárias condições. No entanto, o ministério dos transportes anunciou que pretende pavimentar 2009 um trecho de 50 quilômetros da rodovia.

Durante reportagem produzida pela minha equipe para a TV Aldeia, pude conferir que o trecho acreano da BR 317, pavimentado em janeiro do ano passado, continua em excelente estado. Uma obra importante para o Acre porque é pela estrada que passa boa parte da produção agrícola que abastece Rio Branco. Seu Sebastião Ferreira, 67, investe na produção de milho. Morador da região há 27 anos, o agricultor ainda se recorda das dificuldades para conseguir escoar a produção antes da chegada do asfalto.

Mas é também na BR-317 que estão localizadas às gigantescas figuras geométricas chamadas geoglifos. Sítios, arqueológicos descobertos na Amazônia há mais de mil anos.

Somente no Acre e no Peru é possível encontrar as figuras misteriosas, que até o momento os pesquisadores não conseguiram descobrir a verdadeira origem.

Na divisa entre os estados termina o trecho asfaltado da rodovia. Do lado acreano, 90 km está pavimentado e sinalizado. Mas é no lado amazonense da BR-317 que começam as dificuldades para os motoristas. Aqui um trecho de 110 km até Boca do Acre está em péssimas condições.

Problema para quem depende da estrada para tirar o sustento. Seu Natalício trabalha num frigorífico. Ele usa a rodovia para transportar carne bovina duas vezes por semana. O motorista conta que devido às más condições de tráfego, uma viagem que poderia ser realizada em 2 horas pode demorar até um dia inteiro.

Quem decide se aventurar de ônibus, o risco pode ser ainda maior. em alguns trechos, a estrada é substituída por lama e buracos. O motorista Antônio Silva disse que a empresa contabiliza os prejuízos com a manutenção periódica do veículo.

Um trecho de aproximadamente 40 km, ao longo da BR-317, pertence à reserva indígena dos índios Apurinã, que já realizaram manifestações contrárias ao projeto da rodovia.

230 km depois que saímos de Rio Branco chegamos à cidade de Boca do Acre, no sul do Amazonas. Lugar onde a foz do Rio Acre se encontra com o Purus. A base da economia do município é a pecuária, onde concentra o segundo maior rebanho bovino do Estado do Amazonas, com 500 mil cabeças. À pesca é outra atividade bastante rentável. Do rio Purus, os pescadores trazem, todos os dias, para o mercado municipal, peixe em grande quantidade que abastece os mercados de Rio Branco. A população de 30 mil habitantes vê com expectativa a conclusão das obras da BR-317.

O comerciante Melquizedeque afirma que praticamente 100% de toda mercadoria de seu supermercado é importada de Rio Branco. Ele acredita que com a conclusão da rodovia, o preço do frete vai cair.

A prefeita de Boca do Acre, Maria das Dores de Oliveira, a Dorinha, do PR, que tomou posse em primeiro de janeiro, disse que teve uma audiência recente, em Brasília, com o ministro dos transportes. O assunto discutido foi à liberação da verba de cerca de 100 milhões de reais para o inicio da pavimentação de um trecho de 50 quilômetros da BR 317 até o fim de 2009.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Espetáculo da natureza!


Acompanhar o pôr do sol no interior do Acre é um verdadeiro espetáculo da natureza. Por um momento, ao deixar de lado as preocupações "capitalistas" do dia-a-dia, é possível compreender a singularidade de se morar na maior biodiversidade do planeta: a Amazônia. Na imagem a cima, o click deste repórter mostra o sol se escondendo por trás de duas castanheiras (árvore símbolo do Acre) ao completar mais um ciclo.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Navio da Marinha atende comunidades ribeirinhas no Acre e sul do Amazonas


O navio hospital Dr. Oswaldo Cruz saiu de Manaus no dia 7 de janeiro com uma tripulação de 70 militares da Marinha do Brasil. A embarcação percorre os rios da Amazônia realizando atendimento médico às comunidades ribeirinhas. Esta semana, a embarcação aportou no município amazonense de Boca do Acre, para realizar uma manutenção técnica.

Por dentro, o navio hospital é equipado com consultório médico, odontológico, centro cirúrgico, sala de raio x e farmácia. Microscópio para exames e desfibrilador são equipamentos indispensáveis. Quatro médicos, quatro dentistas seis enfermeiros compõe a equipe médica.

O navio hospital Dr. Oswaldo Cruz também é equipado com um helicóptero para realizar atendimento emergencial às comunidades mais isoladas da Amazônia. O capital do navio, Luis Fernando Flamarion, informou que na próxima sexta-feira, dia 30, a equipe do Oswaldo Cruz estará realizando atendimento médico às famílias do rio Iaco e Purus, nos municípios acreanos de Sena Madureira e Manoel Urbano.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Governo Federal muda legislação para legalizar terras na Amazônia


O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel (foto), afirmou nesta quinta-feira (22) que o governo vai enviar em fevereiro ao Congresso Nacional uma medida provisória ou um projeto de lei para agilizar a regularização fundiária de terras da União na região da Amazônia Legal. Ele e outros ministros se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir a melhor forma de regularizar terras ocupadas por posseiros na Amazônia. Segundo ele, será criada uma diretoria responsável pela área no ministério, que vai usar a estrutura do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para formalizar os títulos de domínio.


O governo estima que mais de 290 mil posseiros de pequenas áreas entre quatro e 15 módulos rurais (o módulo rural varia de acordo com o estado, mas na região da Amazônia Legal cada módulo equivale, em média, a 76 hectares) possam ser beneficiados com o registro da propriedade. Para obter o título de domínio, o posseiro precisa ir ao Incra, requerer a posse e pedir um estudo de georeferenciamento, que será fornecido pelo instituto.

Se a propriedade estiver desmatada, ele terá que fazer a recuperação da mata e não poderá vender a terra por pelo menos 10 anos. O posseiro terá até 20 anos para pagar pela terra. Segundo Cassel, no caso de propriedades até quatro módulos rurais, os valores serão apenas “simbólicos”. Porém, ele não soube precisar o preço. O ministro explicou que atualmente a regularização demora cerca de quatro a cinco anos para ser concluída.

“Quando mudarmos a legislação, esse processo deve demorar entre 60 e 120 dias. Será um grande avanço e ajudará no Plano Amazônia Sustentável [PAS]. Com o atual marco legal é impossível fazer regularização fundiária”, disse. A nova legislação vai ter foco na regularização de propriedades com até 1.500 hectares. Acima disso, o proprietário terá que apresentar mais documentos. Ele pode também regularizar apenas 1.500 hectares e abrir mão do restante da propriedade. Ou ainda entrar num processo licitatório para ficar com a terra.

Incra assenta famílias acreanas expulsas da Bolívia em Xapuri

Durante o conflito ocorrido ano passado, no departamento de Pando em Cobija, muitos brasileiro que moram há anos em terras bolivianas tiveram de deixar o lugar. Sem ter para onde ir, eles ficaram sob os cuidados do Estado durante quatro meses. Até que esta semana, o Incra assentou mais de 42 famílias num seringal localizado no município de Xapuri. Cada família teve direito a 40 hectares de terra para iniciar a produzir.

Crise de pescado pode atingir município de Sena Madureira


O IBAMA e o Instituto Chico Mendes proibiram a pesca em um dos lagos localizados dentro da reserva extrativista Arapixi próximo ao Município de Boca do Acre, Amazonas, de onde vinha a maioria do pescado para comercialização em Sena Madureira, a pesca será permitida somente para os moradores da localidade, os agentes do IBAMA estarão intensificando as fiscalizações na reserva. "Os pescadores que forem autuados descumprindo a Lei responderão por crime ambiental", afirmou um dos agentes.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Dano ambiental: embarcação naufraga no rio Purus com 25 mil litros de óleo diesel


Um naufrágio de uma embarcação de uma empresa privada foi registrado no rio Purus, a uma hora de viagem do município de Santa Rosa, no Acre. Cerca de nove pessoas que estavam a bordo conseguiram se salvar. Mais o acidente lançou nas águas do rio Purus mais de 25 mil litros de óleo diesel. O secretário de Meio Ambiente do Estado, Eufram Amaral, mobilizou uma equipe composta por técnicos do IMAC, SEMA, Deracre e Polícia Federal para fazer um levantamento do dano ambiental.

Um barco da Capitania dos Portos, com sede em Boca do Acre, no Amazonas, também foi para o local onde vai tentar descobrir as causas do acidente. Segundo informações preliminares, a embarcação não tinha autorização para transporte de combustível e agora deve ser multada e obrigada a reparar o dano causado ao meio ambiental.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Enchente: Rio Tarauacá transborda e deixa mais de 30 famílias desabrigadas


De acordo com a Defesa Civil Estadual, o rio Tarauacá, no Acre, atingiu hoje a cota de transbordamento, que é de 8 metros. Ao meio dia desta quinta-feira, o nível marcava 8m75cm. Mais de 30 famílias, cerca de 170 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. Homens da Defesa Civil e a Secretaria Estadual e Assistência Social concentram os esforços no sentido de auxiliar as vitimas da enchente no município de Tarauacá, distante 400 km da capital Rio Branco.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Entardecer na Gameleira


Além de facilitar a navegação, a cheia do rio Acre proporciona também um belo visual para quem deseja acompanhar o pôr do sol. O entardecer na Gameleira é uma das melhores atrações para os turistas que visitam à cidade de Rio Branco, neste período de férias. No meu caso, que sou acreano do “pé rachado”, o cenário não poderia ser mais amazônico.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Parabéns, princesa!


Aproveito esse espaço verde para parabenizar um verdadeiro tesouro: a linda Sarah Jullian, que nesta terça-feira comemorou 8 aninhos e já esta na terceira série do ensino fundamental. Saúde, graça e sabedoria para essa adoradora do Senhor e filha desse jornalista!

Três pessoas morrem durante naufrágio no rio Xiburema em Sena Madureira


Um grupo de amigos voltava de uma festa em uma colocação do igarapé Xiburema na altura do Km 34, por volta das 9 horas da manhã de domingo, quando foram surpreendidos por um balseiro que virou a embarcação, as vítimas José Aparecido Maciel da Silva, 30 anos, e mais dois amigos identificados até o momento por Jean e Bita, morreram todos afogados, eram residentes as margens do mesmo igarapé. Os familiares procuraram os corpos durante todo o dia (12), mas não conseguiram localizar nenhuma das vítimas.

O Delegado Jarlen Alexandre acionou o corpo de bombeiros na tentativa de encontrar os corpos, os bombeiros chegaram à cidade às 14 horas do mesmo dia, já montaram a operação de resgate na tentativa de encontrar os corpos, um dos amigos das vítimas informou que todos estavam bebendo na festa. Só neste mês de janeiro 5 pessoas morreram vítimas de afogamento no município, todas em igarapés, duas no igarapé Quatipiri, no Rio Macauã, e três no igarapé Xiburema.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Estudo do Ipea aponta inviabilidade econômica para a criação de 11 novos estados na Amazônia

O técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Rogério Boueri estudou projetos para a criação de 11 novos estados na Amazônia e a maioria se mostrou inviável devido ao alto gasto necessário para manter a estrutura de administração pública. Ao todo, o estudo de Boueri avaliou projetos apresentados no Congresso entre 1998 e 2008 para 16 novos estados no país.

“As simulações realizadas mostraram que muitas das proposições de novos estados carecem de fundamentação econômica, uma vez que os gastos estimados para alguns dos estados propostos superam o próprio PIB do estado a ser criado”, afirma Boueri no relatório publicado pelo Ipea. “Sugere-se que os novos projetos para a criação de estados incluam avaliações econômico-financeiras das conseqüências das proposições, de forma que os legisladores possam ter idéias mais claras sobre as propostas em tramitação”, prossegue.

Gasto mínimo
Para chegar a esta conclusão, o pesquisador estimou qual seria o gasto público para a manutenção de cada novo estado, partindo de um mínimo anual fixo de R$ 832 milhões, acrescido de R$ 564,69 por habitante e R$ 0,075 por real do PIB estadual. O resultado foi que pelo menos 5 dos 11 estados propostos na Amazônia teriam maior gasto público que o próprio PIB (os números citados pelo pesquisador são referentes ao ano de 2005). O caso mais gritante é o do estado do Rio Negro, proposto para ser criado na região de São Gabriel da Cachoeira (AM), cujo gasto público estadual chegaria a 347,33% do PIB. Um sexto estado, Juruá, gastaria 63,96% para manter estrutura independente. Os estados do Rio Negro e do Juruá são parte do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1.217/2004, já arquivado, que dispunha sobre a criação de dez novos estados - cinco no Amazonas, três no Pará e dois em Mato Grosso. Assim, o Amazonas seria repartido em seis estados: o próprio Amazonas e os estados do Rio Negro, Solimões, Uirapuru, Madeira e Juruá. Segundo explica Boueri, os estados propostos no território amazonense são todos formados por poucos municípios, mas de grandes dimensões, e teriam todos baixo PIB - somados mal chegariam a 10% do PIB atual do Amazonas.

O Pará também seria dividido se o PDC 1.217/2004 tivesse sido aprovado, resultando em quatro estados – o próprio Pará, reduzido a cerca de 25% de sua área original, Carajás, Tapajós e Xingu. As novas unidades da federação somadas, ficariam com um terço do PIB paraense e com 29% da população do Pará, segundo Boueri.O último estado contemplado pelo PDC 1.217/2004 foi Mato Grosso, que daria origem outros dois estados: Araguaia e Aripuanã. Um outro projeto de decreto, apresentado em 2000 e também já arquivado, propôs a criação de Mato Grosso do Norte, que ocuparia uma área de 30% do total de Mato Grosso atual. Sua população seria de 690 mil habitantes e seu PIB de cerca de R$ 8,95 bilhões, pouco menos de 20% do PIB de Mato Grosso.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Acre deve dobrar safra de milho em 2009


As Secretarias de Agricultura, Produção Familiar e Agropecuária divulgaram esta semana que o Acre terá safra recorde de milho em 2009. O Estado deve sair de uma produção de 20 mil toneladas em 2008 para 40 mil toneladas do grão até o fim desse ano.

De acordo com o gerente da divisão técnica da Seaprof, Ronei Santos, isso foi possível graças aos programas Mecaniza e Pró-florestania, do governo do Estado, que destinou R$ 5 milhões para a recuperação de 10 mil hectares em 9 municípios.

Outros investimentos realizados na cadeia produtiva como armazenamento, assistência técnica e transporte do grão contribuiram para que o sucesso da safra 2008-2009.
- o nosso planejamento é para que o Acre atinja a auto-suficiência na produção de milho já em 2010 -, concluiu Ronei.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Embrapa lança trator que auxilia no combate as queimadas na Amazônia

Sem queimadas, tempo de descanso da terra pode ser reduzido à metade. (Foto: Embrapa/Divulgação
Grande parte dos incêndios registrados na Amazônia vem das queimadas agrícolas: para limpar o terreno, produtores ateiam fogo à capoeira – mata rala que rebrota em local já desmatado – e as chamas acabam atingindo área de floresta. Uma solução proposta pelo projeto Tipitamba, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é a utilização de uma máquina trituradeira, puxada por um trator, que limpa o terreno sem a necessidade do fogo.

“A biomassa [folhas e galhos triturados] serve de adubo orgânico, para conservação do solo e como material de cobertura”, explica o pesquisador Osvaldo Kato, coordenador do projeto. Segundo Kato, como os solos na Amazônia são muito pobres, é necessário um tempo de descanso entre cada plantio.

No nordeste paraense, onde ele trabalha, a técnica tradicional é plantar uma safra, deixar o terreno descansar por cerca de 10 anos e depois atear fogo à vegetação que nasceu ali, para plantar novamente. Com a trituração da capoeira, seria possível cultivar duas safras seguidas, e o tempo de descanso cai para cinco anos. “Isso possibilita reduzir a abertura de novas áreas no ano seguinte”, conta.
Como as máquinas para a trituração são caras – os equipamentos podem custar entre R$ 20 mil e 200 mil, sem contar o trator –, Kato treina grupos de agricultores para que utilizem as máquinas em conjunto. Além de significar economia na compra e manutenção dos equipamentos, a união de produtores diminui o risco dos incêndios.

“Se o vizinho usa fogo e não tem cuidado, pode causar um prejuízo muito grande ao vizinho que está aderindo [à técnica da agricultura sem queimada]”. Uma outra sugestão do pesquisador para que pequenos agricultores possam ter acesso às máquinas é incorporá-las às patrulhas mecanizadas das prefeituras. Essas patrulhas são um conjunto de equipamentos agrícolas utilizados para ajudar os produtores menores e fazer pequenas obras.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Exército vai dobrar vigilância na fronteira da Amazônia


O Ministério da Defesa vai quase dobrar o número de pelotões de fronteira na Amazônia, mas a diretriz de instalação dos novos postos mudará radicalmente. Serão, prioritariamente, “células de vigilância militar”, deixando em segundo plano a velha preocupação com a chamada “vivificação das fronteiras” - o povoamento da região -, o que sempre levava ao traslado de familiares dos militares para a áreas dos pelotões e à criação de pelo menos uma vila no entorno. Com a nova medida, O Estado do Acre, localizado na fronteira com o Peru e a Bolívia, será beneficiado.

Atendendo à recomendação do decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho do ano passado, o Exército vai instalar 28 novos pelotões em terras indígenas e em áreas de conservação da Amazônia. O projeto, batizado com o nome de Amazônia Protegida, ampliará de 23 para 51 o número de pelotões de fronteira e reforçará prioritariamente a Região Norte, área mais rarefeita de proteção militar.

Pelo projeto, as novas unidades de defesa serão construídas ao longo dos próximos nove anos, estendendo-se até 2018, e com um orçamento de R$ 1 bilhão. A meta é aumentar o número de militares do Exército presentes na área de 25 mil para 30 mil. O projeto prevê ainda a modernização dos quartéis que já existem na fronteira, ao custo de R$ 140 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Nível do rio Acre já preocupa Defesa Civil


O nível das águas do rio Acre subiu mais de um metro neste fim de semana, chegando a 12m70cm. Os dados preocupam a Defesa Civil Municipal porque o nível já se aproxima da cota de alerta, que é de 13m50cm. Hoje pela manhã, o coordenador da Defesa Civil, Cel. Gilvan Vasconcelos, disse que a cheia repentina é resultado das constantes chuvas na cabeceira do Riozinho do Rola, principal afluente do rio Acre.

- Estamos preocupados porque nesse mesmo período em 2006, ano da última alagação, o rio Acre media 6m74. Nesta manhã ele deu uma leve recuada e ficou em 12m65. Mas eu não descarto a possibilidade de enchente -, ressaltou o Cel. Gilvan Vasconcelos.

O plano de contingência para o caso de uma possível alagação já foi assinado pelo prefeito Raimundo Angelim. O Parque de Exposição e o Ginásio Álvaro Dantas estão disponíveis como abrigos.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Fertilizante da Amazônia é a aposta de pesquisadores para controlar o aquecimento global


Um fertilizante que gera energia ao ser produzido e retira gás carbônico da atmosfera, ajudando a combater o processo de aquecimento global. Este é o biochar, um produto ainda em pesquisa pelos cientistas e que tem sua origem na Amazônia, antes da chegada dos europeus à região. Quando os colonizadores chegaram à floresta amazônica, depararam-se com áreas de terra escura com alto teor de carvão. Esse solo, hoje se sabe, foi criado pelos povos que ocupavam a Amazônia desde 5.000 a.C.

"A idéia mais aceita é que ele foi manipulado intencionalmente (para servir como adubo), mas isso não é unânime", explica o alemão Johannes Lehmann, um dos principais pesquisadores de biochar no mundo. O solo escuro foi apelidado de “terra preta de índio”. O professor da Universidade de Cornell, nos EUA, explica que o biochar é um método muito efetivo para sequestrar o carbono da atmosfera, prendendo-o no solo – possui cerca de 80% de carbono, contra 45% da biomassa da qual geralmente é produzido.

"Além de retirar carbono, ele controla a acidez do solo e reduz eventual contaminação por alumínio", explica. O biochar é produzido a partir de biomassa, ou seja, material orgânico. Fazendeiros podem poduzi-lo a partir de dejetos para os quais não têm uso, como fezes de animais ou cascas de cereais. O produto é feito por meio do processo de pirólise, uma espécie de queima em fornos com a presença de pouco ou nenhum oxigênio.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Qual será o futuro da Amazônia em 2009?

O que espera a maior floresta tropical do mundo no ano que começa? Desde já é possível listar uma série de fatores que devem influenciar o destino da Amazônia em 2009.
Uma questão que preocupa o mundo todo e deve causar conseqüências à floresta é a crise financeira internacional. Com uma desaceleração do crescimento econômico, a pressão sobre a floresta, em teoria, diminui: há menos capital para financiar o desmatamento para abertura de pastos e plantações e, simultaneamente, menor demanda por carne e commodities como a soja.
outro lado, o governo e as ONGs poderão ter recursos mais escassos e, com isso, pode diminuir a vigilância sobre os desmatadores. Ciente disso, o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc já vem dizendo que a contratação 3 mil novos servidores que atuaram contra os crimes ambientais está mantida, apesar da crise. Ainda no setor governamental há muita expectativa em relação à questão da regularização fundiária, já que ela é indispensável para reduzir a devastação na Amazônia.
O ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, pleiteia a criação de uma agência que agilize o processo o processo , em detrimento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a quem caberia tratar deste assunto. O instituto, por sua vez, pretende que o problema seja atacado por meio do Plano Terra Legal elaborado por um grupo de trabalho coordenado pela Casa Civil.
Em 2009 a Amazônia será ainda mais monitorada por satélites. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) anunciou no fim de 2008 mais um sistema de vigilância,o Degrad, que detecta degradação (destruição parcial) da floresta. Além do Degrad, o instituto conta com outros três sistemas para a região (Prodes, Deter e Detex), além do monitoramento de queimadas de todo o território nacional. Também o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e a ONG Imazon fazem seu acompanhamento. A questão é se toda esta vigilância se transformará em ações que coíbam o desmatamento.

Obras
Em 2009 a floresta será ainda palco de grandes obras, como as usinas hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia, e a reconstrução de cerca de 400 quilômetros da rodovia BR-319, que atravessa uma zona intocada do Amazonas. Em ambos os casos, os potenciais danos ao meio ambiente podem levar a novas disputas judiciais no ano que começa.
Em Roraima, a expectativa é em relação à decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a demarcação contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol. O julgamento que definirá o futuro da reserva já foi interrompido duas vezes, por pedidos de vista dos ministros Carlos Alberto Menezes Direito e Marco Aurélio. No dia 10 de dezembro, Direito apresentou seu voto favorável à manutenção dos limites contínuos da Raposa Serra do Sol, mas impôs 18 condições para garantir a proteção da fronteira e a preservação do meio ambiente.
O entendimento foi seguido por sete ministros, antes de o julgamento ser suspenso pelo pedido de vista. Com o placar de 8 a 0, a análise deve ser retomada em fevereiro, já com o voto de Marco Aurélio, que disse não acreditar que seu voto poderá mudar o posicionamento dos demais magistrados que já votaram. Se a decisão favorável à demarcação contínua se confirmar, os arrozeiros instalados na reserva terão de sair. Eles já prometeram, no entanto que colocarão obstáculos para deixar a área.
A partir de janeiro a Caixa Econômica Federal passa a exigir que construtoras utilizem apenas madeira certificada nas obras financiadas pelo banco. Isso poderá fazer aumentar a demanda por madeira retirada de áreas de manejo, fortalecendo o mercado legalizado e diminuindo o desmatamento ilegal.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

BR-364 segue como principal desafio para o governo de Binho Marques em 2009


Em ano de uma anunciada crise econômica mundial, o governador do Acre terá de usar do seu prestígio político junto à bancada federal e ao presidente Lula para garantir os recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), na ordem de R$ 500 milhões, para a conclusão das obras da BR-364. Segundo o diretor do Deracre, Marcus Alexandre, a verba para pavimentar o trecho de 88 km entre Sena Madureira e Manoel Urbano já estão na conta do Governo.

- Os insumos também já foram comprados. Se o verão ajudar e não houver nenhum imprevisto, o asfalto ficará pronto esse ano. Para 2010 vai ficar faltando somente o último e mais complicado trecho da rodovia para ser pavimentado, entre Manoel Urbano e Feijó -, disse Marcus Alexandre lembrado que para 2009, os 168 km até o município de Feijó terão a sua base concluída.

As empreiteiras responsáveis pelo asfaltamento do trecho da BR-364 entre Sena Madureira e Feijó (Camter, JM, Fidens, Construmil e Etam) afirmaram que o cronograma de obras está dentro do planejado e que a grande parte da terraplanagem e perto de 100% das obras de arte correntes serão executados até o começo do inverno.

O governador Binho Marques não esconde que o término das obras da BR-364, iniciadas há 8 anos pelo seu antecessor, ex-governador Jorge Viana, é a principal meta de seu governo. Principalmente porque o projeto representa a realização do sonho de todos os acreanos. Para muitos empresários, como Adem Araújo, por exemplo, a obra representará a redenção econômica do Acre.

- As duas principais cidades do Estado, Rio Branco e Cruzeiro do Sul, passarão a ter uma relação comercial o ano inteiro. Será a redenção do Vale do Juruá -, destacou o empresário.

A direção do Deracre prevê que até o início de junho a rodovia possa ter o seu fluxo liberado para o tráfego de veículos para a região.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Reveillon da Gamaleira: 50 mil pessoas presentes na tradicional queima de fogos

De acordo com a Polícia Militar, mais de 50 mil pessoas acompanharam a queimada de fogos no Mercado Velho e no Calçadão da Gameleira durante a festa de reveillon promovida pelo governo do Estado. O show pirotécnico durou cerca de 15 minutos e foi encerrado com uma bela cascata de fogos, que desceu da ponte metálica.
Confira os melhores momentos da festa!