quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Mudanças climáticas estão prejudicando filhotes de pinguins

Mudanças Climáticas intensificam o clima extremo e os bebês pinguins estão pagando o preço com suas vidas, advertiram dois estudos de longo prazo publicados nesta quinta-feira (30).
Segundo um dos artigos, publicado na revista científica PLOS ONE, chuvas torrenciais e calor incomum mataram grande número de indivíduos jovens de pinguins de Magalhães no extremo da América do Sul.
No entanto, as mudanças climáticas mataram 43% e 50% de todos os novos filhotes em dois anos de clima extremo. As avezinhas eram particularmente suscetíveis aos 9 e aos 23 dias de idade e grandes demais para ser protegidas pelos pais, mas jovens demais para desenvolver plumagem à prova d'água.Ao longo de 27 anos, uma média de 65% de filhotes morreram anualmente, segundo o estudo. Cerca de 40% morreram de fome e as mudanças climáticas foram responsabilizadas por matar uma média de 7% de filhotes por ano.
"Nós vamos ter anos em que quase nenhum filhote vai sobreviver se as mudanças climáticas causarem tempestades maiores e mais frequentes nas fases vulneráveis do acasalamento, como preveem os climatologistas", afirmou o co-autor Ginger Rebstock.
O estudo foi feito em Punta Tombo, Argentina, na maior área de acasalamento dos pinguins de Magalhães. O outro estudo publicado na PLOS ONE se concentrou nos pinguins-de-Adélia, na Antártica.
Estes pinguins foram rastreados durante 13 anos para ver como a ruptura de icebergs gigantes impactaria sua sobrevivência. Em 2001, dois icebergs maciços invadiram a área de alimentação dos pinguins, no Mar de Ross.
Os icebergs interromperam "dramaticamente" o acesso dos pinguins às suas presas, mas muitos ainda conseguiram criar seus filhotes, contou a principal pesquisadora, Amelie Lescroel, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês.
Contudo, acrescentou, se eventos extremos como este ocorrer com mais frequência, "ficará muito difícil prever como as populações de pinguins vão suportar as futuras mudanças no gelo marinho", concluiu.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Intensidade dos raios ultravioleta chega a nível extremo no Brasil

O índice de radiação UV (ultravioleta) atinge nível extremo (o maior de todos) em diversas localidades do país, a partir desta quinta-feira (9) até a terça-feira (14), de acordo com previsão do Cptec/Inpe (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do  Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O Índice Ultravioleta (IUV) é uma medida da intensidade da radiação, relevante aos efeitos sobre a pele humana, incidente sobre a superfície da Terra. O IUV representa o valor máximo diário da radiação ultravioleta. Isto é, no período referente ao meio-dia solar, o horário de máxima intensidade de radiação solar.

Como a cobertura de nuvens é algo muito dinâmico e variável, o IUV é sempre apresentado para uma condição de céu claro. Isto é, para ausência de nuvens que, na maioria dos casos, representa a máxima intensidade de radiação. A partir do nível 11 é considerado extremo.
No Rio de Janeiro, até sexta (10), o índice será 13, mas subirá para 14 nos próximos dias. Nesta quarta-feira (8), o IUV era moderado, nível 4, com nuvens, as 15h30. A temperatura marcada era de 35ºC, com previsão de dias um pouco menos quentes, com máxima de 34ºC.
Em São Paulo capital, Florianópolis e Belo Horizonte, o nível de radiação UV deve chegar ao ponto máximo de 14 já na sexta-feira (10). As temperaturas devem ficar entre 21º e 32ºC em SP. No Guarujá, o índice fica em 13 até domingo (12), quando sobe para 14, de acordo com a previsão do Inpe. 
Em Curitiba, o nível se mantém em 14 de quinta (9) a terça (14). Já em Palmas, o índice deve ficar em 13 nesta quinta (9), mas a previsão é de queda para 12 nos dias seguintes. Em Belém e Fortaleza, a previsão é de nível de radiação 12 para toda a próxima semana.  

Perigos

Os raios UV podem causar sérios danos à saúde, como o envelhecimento precoce, o câncer de pele, problemas oculares e até mesmo alterações no sistema imunológico. Eles são responsáveis também pelas queimaduras.
Para nos protegermos dos efeitos nocivos dos raios UV devemos tomar alguns cuidados. Um deles é evitar se expor ao sol entre dez da manhã e três da tarde, horário em que o sol é mais forte. Além disso, ao praticar atividades ao ar livre ou ao passar o dia na praia, devemos nos proteger com chapéus, óculos de sol e aplicar o protetor solar.
O protetor solar atua como uma barreira química que absorve os raios UV, impedindo que eles danifiquem a pele. Protetores que formam uma camada opaca sobre o corpo atuam também como uma barreira física, refletindo a luz solar.

Concentração de Ozônio

O ozônio é o principal responsável pela absorção de radiação UV. A concentração de ozônio, medida em unidades Dobson (DU), integrada na coluna atmosférica é utilizada como parâmetro de entrada no modelo computacional utilizado para o cálculo do IUV.
Essa concentração de ozônio é distribuída verticalmente de acordo com perfis atmosféricos teóricos relativos a posição geográfica da localidade. A concentração máxima de ozônio localiza-se na estratosfera (entre 20 e 40km de altitude).

Hora do dia

Cerca de 20 a 30% da quantidade de energia UV no verão chega a Terra em torno do meio-dia (entre 11h e 13h), e cerca de 70 a 80% entre as 9h e 15h. A presença de nuvens e aerossóis (partículas em suspensão na atmosfera) atenua a quantidade de radiação UV em superfície. Porém, parte dessa radiação não é absorvida ou refletida por esses elementos e atinge a superfície terrestre. Deste modo, dias nublados também podem oferecer perigo, principalmente para as pessoas de pele sensível.
A areia pode refletir até 30% da radiação ultravioleta que incide numa superfície, enquanto na neve fresca essa reflexão pode chegar a mais de 80%. Superfícies urbanas apresentam reflexão média entre 3 a 5%.