quinta-feira, 30 de abril de 2009

Biopirataria: sites estrangeiros vendem insetos da Amazônia pela internet

Animais em extinção estão entre os exemplares oferecidos. Órgãos fiscalizadores não tem controle sobre esse tipo de crime.


Borboletas, besouros, formigas e mariposas brasileiras estão à venda na internet em sites estrangeiros. Os animais, mortos e secos, são oferecidos para colecionadores. Além de insetos, algumas lojas virtuais vendem escorpiões, aranhas e fósseis do mundo todo.

Em um site de Taiwan, um dos insetos oferecidos é o besouro Macrodontia cervicornis, que vive na Amazônia. O animal, que chega a medir 17 cm, está na lista internacional de animais ameaçados de extinção, elaborada pela União Mundial para a Natureza (IUCN). Apesar de o site de vendas informar que o bicho tem origem no Peru, a organização ambientalista diz que o animal também vive no Brasil.
Sem muita estrutura até mesmo para fiscalizar derrubadas e retiradas ilegais de madeira da floresta Amazônia, os órgaos ambientais são limitados logisticamente para reduzir a biopirataria de animais minúsculos da fauna brasileira, como é o caso do besouro. Mas esses seres são vitais para o bom desenvolvimento do ecosistema. De acordo com ONGS que lutam contra esse tipo de ilegalidade, por ano são movimentados bilhões de dólares em todo o mundo fruto da biopirataria.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Lula: o amigo do Acre

Esse sim, merece um título de cidadão acreano!


Se existe uma personalidade nesse país que se identifica com o Acre é o presidente da Republica, Luiz Inácio Lula da Silva, ou simplesmente Lula. Em todas as oportunidades em que o líder máximo da nação brasileira esteve neste estado, o tratou de maneira diferenciada.

- Só existem dois estados no Brasil que tem orgulho de cantar seus hinos em praça pública: Rio Grande do Sul e o Acre. Tamanho é o patriotismo -, ressaltou o presidente Lula nesta terça-feira (28) durante a inauguração do aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul, no interior acreano.

Lula e Alan Garcia, do Peru, assinaram acordos bilaterais estratégicos para a geração de energia elétrica com o anúncio da construção de duas usinas hidrelétricas no país Andino. Essa foi à primeira vez que um encontro tão importante foi realizado longe de Brasília, num estado da Amazônia brasileira.

Mas foram as amizades com os sindicalistas Wilson Pinheiro, João Maia, Chico Mendes, Jorge Viana, Marina Silva, Tião e Binho que aproximou ainda mais o ex-sindicalista Lula do Acre.

- Em 1979, eu estava na sede do sindicato, no ABC paulista, quando dois baixinhos me procuraram no escritório dizendo que queriam fundar no Acre um certo Partido dos Trabalhadores. E essas duas figuras eram João Maia e Chico Mendes - contou o presidente durante seu discurso de improviso.

Alguns anos depois ambos morreram por ousarem se levantar contra a destruição da floresta. Mas o grito de Chico Mendes e outros bravos acreanos ecoaram pela mata a fora e hoje em todo o planeta só se fala na preservação do meio ambiente. Se fala mesmo, porque de prático poucas ações são desenvolvidas por todos.

E para encurtar a conversa. Toda vez que o presidente Lula vem ao Acre ele fica tão a vontade que dispensa os protocolos comuns ao cargo de presidente. Um exemplo foi o discurso protagonizado por ele no Juruá. Com uma bola em baixo do braço anunciou a construção do estádio de Cruzeiro do Sul e disse que estaria presente para jogar e inaugurar a nova praça esportiva.

Sempre irreverente e muito a vontade, Lula falou com o coração e a razão ao criticar os órgãos públicos que fiscalizam a execução de obras da BR-364.

- Não é possível que esse pessoal pense que um metro quadrado de brita comprada no Acre tenha o mesmo preço do mesmo produto vendido em São Paulo. E até o fim do meu mandato eu volto aqui para inaugurar essa estrada- concluiu.

O presidente Lula demonstrou ontem, mais uma vez, a sua intensa ligação com esta terra. Sendo assim, está na hora do "camarada" Edvaldo Magalhães, presidente da Assembléia Legislativa do Acre, conceder ao amigo Lula o título de cidadão acreano!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Presidentes de Brasil e Peru fazem encontro histório no Acre

Os Presidentes Lula e Alan Garcia encontrarão nesta terça-feira, 28, um Acre pronto para tornar-se o pólo estratégico do desenvolvimento desta parte da América Latina. São vários os atributos, entre eles o grande corredor que se forma com a BR 317, a Estrada do Pacífico, já completamente asfaltada em território acreano, e a BR 364, que liga a região Sul do Brasil à Cruzeiro do Sul, na fronteira com a região peruana de Pucalpa. Nessa rodovia, os investimentos somam mais de R$ 950 milhões até 2010.

Trata-se efetivamente de o Acre ser o pólo estratégico especialmente porque a BR-364 cria para a Rodovia Interoceânica (Estrada do Pacífico) uma variável de acesso para o extremo oeste do Acre, abrindo a real possibilidade de um novo eixo de integração sulamericana a partir do Vale do Juruá. A BR-364 é um esforço e compromisso pessoal de Lula com o povo do Acre. O presidente a inseriu como prioridade absoluta no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e todos os recursos para a concretização do projeto já estão consolidados.
PAC é um programa de desenvolvimento que vai promover a aceleração do crescimento econômico; aumento do emprego; melhoria das condições de vida da população brasileira. O programa consiste em um conjunto de medidas destinadas a incentivar o investimento privado; aumentar o investimento público em infra-estrutura; remover obstáculos (burocráticos, administrativos, normativos, jurídicos e legislativos) ao crescimento. O PAC depende da participação do Executivo, Legislativo, dos trabalhadores e dos empresários.
O projeto de integração é completo em sua essência porque abrange todos os meios de transporte. Nesse contexto, o Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul, que será inaugurado pelo Presidente Lula nesta terça-feira, significa a implantação de operações de transporte multimodal, criando, segundo o governador Binho Marques, novas e muitas possibilidades de negócios.

A infra-estrutura já implantada permite a criação de meios de um intercâmbio mais regular nesta região de fronteiras. Um bom exemplo disso é a implantação da linha de ônibus entre Rio Branco e Porto Maldonado, que será também oficializada por Lula e Alan Garcina. Além disso, vôos regionais regulares entre Rio Branco e Porto Maldonado, Cruzeiro do Sul e Pucalpa devem ter sua avaliação ampliada a partir de compromissos entre os dois Presidentes.
O encontro entre os dois Chefes de Estado resultará no documento Compromisso de Rio Branco, o que ressaltará a importância e o interesse pela iniciativa do Governo do Acre para implantação do Porto Seco de Rio Branco, com investimentos superiores a U$$ 2 milhões. "Trata-se de uma solução de logística inteligente que, além de atender as necessidades regionais e fronteiriças, constitui uma alternativa imediata aos congestionados postos alfandegários do sul e sudeste do Brasil", afirmou o governador Binho Marques. O esforço do Peru no processo de integração é um exemplo ao mundo de como se deve lutar para se vencer o desafio de construir uma rodovia que multiplica a dificuldade de cruzar a Cordilheira dos Andes por muitas adversidades mas principalmente pelo clima da Amazônia.
Presidentes encontrarão no Acre ambiente limpo e sustentável
Há mais de uma década o Governo do Acre empreende esforços para consolidar uma economia limpa, justa e competitiva. Os primeiros resultados começam a ser sentidos com a industrialização de produtos florestais não-madeireiros e o manejo florestal sustentável, empresarial e comunitário. Durante os dez anos das administrações de Jorge Viana e Binho Marques, o Produto Interno Bruto (PIB) do Acre mais que dobrou como reflexo dos investimentos públicos voltados para a infra-estrutura econômica e social do Estado.
Os investimentos em obras de infra-estrutura social e econômica são apontados como um dos mais consistentes do Brasil. Em quatro anos (2007-2010) calcula-se que esses investimentos cheguem a US$ 2,5 mil dólares per capita. Com isso, está criado um ambiente altamente favorável aos investimentos privados. De acordo com o Governo do Estado, o fortalecimento da economia nunca deixa de vir acompanhada pelo compromisso social de incluir as comunidades e famílias mais pobres ao processo produtivo. Os mais importantes indicadores apontam que é esse o rumo, entre eles os da educação: o Acre, que dez anos atrás era o último no ranking nacional da qualidade do ensino, hoje desponta entre os 10 melhores estados em oferta e qualidade de ensino público.

Além do rio Juruá, rios da BR 364 ganham ponte
O Presidente Lula autoriza nesta terça-feira a construção da ponte sobre o rio Juruá, mas esta não é a única grande ponte que será construída pelo governador Binho Marques para concluir a ligação por asfalto entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Em breve, Binho Marques autoriza a construção das pontes sobre os rios Purus, Tarauacá e Envira. A construção das cinco pontes até Cruzeiro do Sul representará um investimento aproximado de R$ 240 milhões.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Empresários do Acre visitam hidrelétricas do rio Madeira de olho em bons negócios

Enviado especial à Porto Velho (RO)


Um grupo de aproximadamente 40 empresários saiu de Rio Branco de ônibus, na manhã do dia 23 de abril, com a missão de conhecer o complexo de hidrelétricas do rio Madeira, formado pelas usinas de Jirau e Santo Antônio. A maior obra público-privada do país, com investimentos de cerca de R$ 22 bilhões, recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). E posteriormente, identificar possíveis oportunidades de negócios.

A primeira parada da comitiva foi no consórcio Energia Sustentável do Brasil, que venceu a licitação para a construção da obra, que é executada pela empreiteira Camargo Corrêa. Já nas instalações da usina, os empresários puderam perceber que a obra está atrasada. Homens e máquinas trabalham na construção do canteiro de obras e na ensecadeira. O atraso se deu em virtude da não liberação da licença ambiental por parte do Ibama. Uma licença provisória permite a realização da obra.

Somente nesta fase, 2300 operários, capacitados pelo Sesi e o Instituto Camargo Corrêa, trabalham na obra. Só de refeições são servidas duas mil e quinhentas diariamente. De acordo com a direção da empreiteira, até o fim do próximo ano serão dez mil trabalhadores envolvidos na construção da usina de Jirau e na cidade de Nova Mutúm Paraná.

Quando a usina de jirau estiver em funcionamento, em meados de 2012, vai gerar 3300 megawatts de energia, suficientes para alimentar dez milhões de casas com energia limpa e renovável.

No escritório da empresa, um grupo de empresários de Rondônia também se juntou à comitiva acreana. O ex-senador Sibá Machado e conselheiro da Enersus intermediou o encontro com a direção da Camargo Corrêa. Atualmente, 90% da mão de obra contratada e 50% dos insumos são captados juntos ao estado de Rondônia.

Sem perda de tempo, os empresários acreanos procuraram saber da direção da Camargo Corrêa quais os produtos e serviços que poderiam ser negociados diretamente com o consórcio. Apesar de certa resistência por parte da direção da empresa, o gerente geral de produção da Camargo Corrêa destacou a iniciativa dos empresários e vislumbrou algumas possibilidades de negócios. Entre eles com uma indústria de transformação localizada no parque Industrial de Rio Branco, para a produção de transformadores.

À noite, um novo encontro entre empresários dos dois estados. Durante a reunião, houve consenso de que somente com a união dos empresários dos vários setores será possível aproveitar as oportunidades de negócios, que serão ampliados com o anúncio da construção de outras seis hidrelétricas no Peru.

Na manhã do dia seguinte, os empresários foram convidados pela direção da Norberto Odebrecht para conhecer as instalações da usina de Santo Antônio.

Cerca de mil equipamentos se reveza na escavação do leito do rio para a instalação de 46 turbinas do tipo bulbo, que aproveita a vazão natural do rio para a geração de energia. De acordo com o presidente do consórcio Madeira Energia, José Bonifácio, a hidrelétrica terá capacidade de produzir 3300 megawatts de energia, que será distribuída por meio de uma linha de transmissão para Rio Branco e Araraquara, no interior de São Paulo.

Para o coordenador da missão, George Pinheiro (foto), a iniciativa dos empresários visa garantir a participação das empresas e indústrias do Acre no maior investimento do capital público-privado do país.




sábado, 25 de abril de 2009

Cientistas afirmam que queimadas fazem aumentar em 50% o efeito estufa

Áreas amarelas e vermelhas mostram a concentração de quaimadas no planeta entre 2001 e 2006. As bordas da floresta amazônica são um dos locais mais afetados pelo problema. (Foto: Revista Science/Reprodução)


Em um ciclo vicioso, as queimadas podem estimular o aquecimento global e, com o aumento da temperatura, o próprio fogo aumenta. Esse é um dos alertas feitos por um grupo de 22 cientistas – entre eles o brasileiro Paulo Artaxo, da USP – que revisou as pesquisas sobre o fogo em florestas e savanas.

Segundo o artigo publicado por eles nesta sexta-feira (24) na revista Science, o fogo corresponde a 50% da emissão de gases de efeito estufa provindos da queima de combustíveis fósseis, como a gasolina ou o óleo diesel.


Além dos gases nocivos, a fuligem e o carvão deixados pelas queimadas podem ajudar a aquecer o planeta. Isso ocorre porque essas substâncias, por serem escuras, absorvem muita luz solar. É como se a superfície do planeta trocasse uma camiseta verde ou amarela por uma preta, e saísse no sol.

Um outro efeito nocivo das queimadas é a diminuição das chuvas. De acordo com o estudo, a fumaça e o carvão aumentam a temperatura local e inibem a movimentação natural de massas de ar quente e frias, atrapalhando o ciclo da água.

Se não houvesse queimadas, a estimativa é de que as florestas poderiam dobrar o tamanho que ocupam na terra, pois as árvores invadiriam áreas de savana.

No Brasil, a região mais afetada pelo fogo é o chamado arco do desmatamento, onde a indústria madeireira, a agricultura e a pecuária avançam sobre a floresta amazônica.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Em Cruzeiro do Sul, nível do rio Juruá ultrapassa a cota de transbordamento

Cerca de 130 pessoas estão desabrigadas


Alguns ribeirinhos se arriscam em permanecer nas casas já atingidas pelas águas do Rio Juruá que continuam em elevação. As vítimas da enchente se recusam a deixar às residências, que em muitos casos são saqueadas. “A ida para os abrigos públicos só em último caso” -, disse uma moradora. A correnteza que arrasta os galhos de árvores ameaça algumas casas de frágil estrutura.

Até esta quarta-feira (22), Rio Juruá já havia desabrigado 130 pessoas incluindo as crianças. O Corpo de Bombeiros registrou 13m60cm na medição do fim da tarde, superando a cota de transbordamento. As famílias retiradas pela Defesa Civil foram levadas para o ginásio Poliesportivo Alailton Negreiros, onde recebem assistência do município. Essa é a terceira cheia do ano que fez um número maior de vítimas do que janeiro e março.

Além do risco das casas serem arrastadas, o cuidado com as crianças precisar redobrar porque existem outras ameaças como jacarés e cobras. O corpo de bombeiros esta monitorando as áreas alagadas e convida as famílias a se retirarem quando se constata risco. No município de Marechal Thaumaturgo, o Rio Juruá já apresenta sinais de vazante, mesmo assim, a previsão é que em Cruzeiro do Sul continue enchendo por mais três dias.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Tremor de terra de 4.5 graus é sentido próximo à fronteira do Acre com o Peru


Por volta das 11 horas da manhã desta terça-feira (21), um terremoto de 4.5 graus na escala Richter foi registrado no território peruano, próximo a fronteira do Acre. O tremor de terra foi captado pelo sistema de monitoramento da Sociedade Geológica dos Estados Unidos . Apesar da origem do epicentro ter ocorrido a 225 km da cidade acreana de Cruzeiro do Sul, moradores e autoridades do município garantem não terem sentindo nenhum abalo.

Essa não é a primeira vez que terremotos dessa natureza são registrados na região. Há cerca de dois anos, por exemplo, um tremor de terra também originado no Peru, abalou as estruturas de alguns prédios e casas em Cruzeiro do Sul. Em Rio Branco, o fenômeno também foi bastante sentido em edifícios da parte central. No prédio onde funciona a sede da secretaria estadual de Saúde, no bairro do Bosque, servidores deixaram o local de trabalho às pressas, assustados com o evento. Somente depois de alguns dias, após uma vistoria do Corpo de Bombeiros, é que os funcionários da Saúde puderam voltar à rotina normal de trabalho.


domingo, 19 de abril de 2009

Ibama do AM flagra madeireiros transportando toras em jangadas

Foi apreendido o equivalente a 35 caminhões carregados de madeira. Material será doado a vítimas das cheias no estado.


Uma fiscalização do Ibama apreendeu, na última quinta-feira (16), 600 metros cúbicos de madeira retirada de um dos locais mais preservados da Amazônia. O material estava sendo transportado em forma de jangadas: os troncos eram colocados na água, presos entre si e puxados por um barco. O volume confiscado equivale a 35 caminhões carregados.

Segundo investigações do órgão ambiental, a madeira foi cortada na Reserva Biológica de Abufari, e foi transportada por centenas de quilômetros pelos rios Purus e Solimões até Manacapuru, onde seria serrada. Como os madeireiros fugiram, não chegaram a ser autuados pelo Ibama.

Na época das cheias dos rios o transporte de madeira em jangadas é mais comum. Em geral, as árvores são cortadas no período da vazante, e se espera até a época das chuvas para retirar as toras com mais facilidade.

Em nota, o Ibama informou que pretende doar o material apreendido para a Secretaria Municipal de Defesa Civil de Manaus. O objetivo é que a madeira seja usada na construção de casas para as vítimas das enchentes, que já deixaram milhares de desabrigados na Amazônia.

sábado, 18 de abril de 2009

Nível do rio Acre continua baixando, mas Defesa Civil mantém famílias em abrigos

Em Cruzeiro, a situação é de alerta, já que o rio Juruá ultrapassou a cota de transbordamento que é de 13m


O nível do rio Acre segue tendência de vazante e baixou mais 26 centímetros nas últimas 24 horas, de acordo com a medição realizada pela Defesa Civil na manhã deste sábado. O rio amanheceu hoje com 14,72 metros, contra 14,98 de ontem. Na quinta-feira, o nível estava em 15,35 metros.

O principal afluente do Rio Acre, o Riozinho do Rôla, também está com, nível menor, e baixou de 13,93 para 13,65 metros de ontem para hoje.

Em Assis Brasil, onde o Rio Acre havia subido 60 centímetros nesta sexta-feira, hoje apresentou vazante, passando de 5,60 metros para 4,50. Também houve diminuição de volume em Brasiléia e Xapuri.

Já o Rio Iaco, em Sena Madureira, e o Juruá, em Cruzeiro do Sul, preocupam. Ambos continuam subindo, e aumentaram de 13,70 para 13,79 metros; e de 12,92 para 13,14 metros respectivamente nas últimas 24 horas. Em Sena, a cota de alerta, que é de 14 metros ainda não foi atingida. Em Cruzeiro, a situação é de alerta, já que o rio ultrapassou a cota de transbordamento de 13 metros.

Em Rio Branco 718 famílias continuam desabrigadas desde que o rio Acre ultrapassou a cota de transbordamento. A maioria delas estão em abrigos públicos construídos pelo Governo do Estado e Prefeitura.

Fim das queimadas no Acre só em 2016, afirma secretário de Meio Ambiente



A idéia de proibir o uso de queimadas agrícolas no Acre em 2011 é impossível de ser cumprida, afirmou durante entrevista o secretário de Meio Ambiente do estado, Eufran Amaral (foto). Em uma ação movida contra o governo estadual, os Ministérios Públicos Federal e Estadual exigem que as llicenças para o uso do fogo seja suspensas parcialmente em 2009 e 2010, e totalmente proibidas a partir de 2011.

Segundo Amaral, a meta do governo para extinguir queimadas no Acre é 2016. Até esse ano, o estado prevê que os seus 34 mil produtores rurais familiares tenham um selo de certificação ambiental, fornecido pelo governo. “Para isso eles têm que se comprometer a não queimar e não desmatar”, afirma o secretário.

Na ação movida pelos ministérios públicos, os procuradores afirmam que com R$ 19 milhões seria possível prestar auxílio técnico e material para que os produtores acreanos parassem de usar o fogo em dois anos. Para Amaral, o valor é muito baixo. “Esse número é irreal. De 2007 a 2008 foram investidos mais de R$ 100 milhões em produção familiar. Isso inclui infra-estrutura, apoio à produção e assistência técnica”, concluiu.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Jacaré de seis metros assusta ribeirinhos

Animal é conhecido na região amazônica como Jacaré Açu e pode atingir 10 metros de comprimento


A visita inesperada de um jacaré de seis metros trouxe terror a uma comunidade ribeirinha em Santarém, no oeste do Pará. O animal apareceu embaixo de uma casa na vila de Tapara.

Assustados, os moradores mataram o réptil a pauladas, pois ele estaria próximo a um grupo de crianças que brincava na água. Os ribeirinhos encontraram uma capivara no estômago do jacaré quando abriram sua barriga.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

MPF impõe condições para que usina Álcool Verde volte a funcionar


Nesta quarta-feira (15) o Ministério Público Federal impôs a direção da usina Álcool Verde, localizada próximo ao município de Capixaba, alguns ajustes no licenciamento ambiental para que fossem retomadas as atividades para a produção de álcool. Entre as principais determinações do MPF estão:

· Não utilização do fogo na lavoura de cana;
· Suspensão de qualquer atividade de desmatamento nas florestas próximas ao terreno da usina;
· Preservação dos mananciais próximos à indústria;
· Monitoramento da qualidade da água dos igarapés por um período de cinco anos para evitar a poluição;
· Garantir que a produção do álcool seja primeiro para atender às demandas locais e depois sim, destinado à exportação.

Há mais de um ano fechada por problemas no licenciamento ambiental, caso a direção da Álcool Verde cumpra as determinações do MPF, a usina deve voltar a funcionar ainda neste primeiro semestre. O que vai garantir o aquecimento da economia acreana com a geração de milhares de empregos
.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Rio Acre desabriga 350 famílias e prefeito decreta situação de emergência


De acordo com a Defesa Civil, o nível das águas do rio Acre atingiu às 15 horas desta segunda-feira (13) 15m43cm. Quase um metro e meio acima da cota de transbordamento, que é de 14 metros. Dez bairros da capital acriana e um total de 4 mil casas fora atingidas. 350 famílias estão desabrigadas ou desalojadas. Elas foram removidas para a casa de parentes, o parque de Exposições e o Sest Senat, na AC-40. O prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, decretou na manhã de hoje situação de emergência por um período de 30 dias.

Uma explica para uma enchente dessas proporções é que segundo a Defesa Civil choveu somente nos treze primeiros dias de abril 276 milímetros, quando eram esperados para todo o mês apenas 184 mm. A expectativa é que o rio continue subindo porque existe previsão de chuvas para os próximos cinco dias.

sábado, 11 de abril de 2009

Cruzeiro do Sul: Operação do Ibama apreende animais e carne silvestre


Fiscais do escritório do Ibama em Cruzeiro do Sul, após uma denúncia da comunidade, realizaram a apreensão de 12 jabutis e 250 quilos de animais silvestres como anta, caititu e veado no Igarapé São João, afluente do Rio Môa no município de Mâncio Lima. Para chegar ao local de difícil acesso, os servidores do órgão tiveram que viajar várias horas de barco, antes de caminhar cerca quatro horas por uma trilha no meio da mata.

De acordo com o fiscal Lizarbson Messias, o ilícito seria comercializado no município de Mâncio Lima, um barco com motor e três espingardas usadas para caçada ilegal também foram apreendidas. A operação foi realizada em parceria com militares do 61 BIS, destacados para a base militar do São Salvador localizada às margens do Rio Moa.

Dois homens foram responsabilizados pelo ilícito e estão sendo indiciados por crime ambiental. Ao chegar à Cruzeiro do Sul, a polícia constatou que um deles, Aldemir José da Silva Pereira tinha contra si um mandado de prisão que foi cumprido de imediato e o homem encaminhado ao presídio local.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Fifa promete para maio a definição sobre as 12 cidades sedes da Copa de 2014

Rio Branco, Manaus e Belém lutam por uma vaga
A Federação Internacional de Futebol (Fifa) divulga no dia 20 de maio os nomes das 12 cidades brasileiras que irão sediar o mundial de 2014. Concorrem pela sede verde na Amazônia Manaus, Rio Branco e Belém.

Rio Branco representa as mais de cinco mil pequenas cidades no país que sonham em participar da maior festa do planeta. A capital do Acre conta com 300 mil habitantes, boa infra-estrutura e o moderno estádio Arena da Floresta. Além de um projeto ousado chamado de “Gol Verde”, que despertou a atenção de dirigentes da Fifa e da CBF porque alia a Copa do Mundo à preservação da Amazônia.

Manaus também pretende inovar transformando por completo o velho e ultrapassado Vivaldo Lima no estádio mais moderno e correto ecologicamente do país. Para isso, o governador do Amazonas já dispõe de mais de R$ 1 bilhão.

De todas essas cidades, Belém é a mais bem localizada geograficamente. Está mais próxima do eixo Nordeste, Sul e Sudeste (de avião é claro). No entanto as estatísticas apontam um alto crescimento da violência. Sem falar no projeto apresentado pelo governo paraense que não convenceu muito os representantes da Fifa quando da visita ao Pará. Apesar de ter um belo estádio, o Mangueirão, ele não pode ser usado para o evento por é Olímpico. Construir outro, com o padrão Fifa, seria muito honeroso para o governo do Pará por motivos óbvios: a crise financeira mundial.

Seja qual for a capital escolhida, quem vai ganhar mesmo com o evento é a região Amazônica e a sua população, quem vai poder usar a Copa do Mundo para dar um recado aos líderes mundiais em alto e bom som, do tipo: o meio ambiente precisa de ações imediatas e não de discursos vazios!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Rio Acre atinge a maior cota do ano

Segundo a Defesa Civil 43 famílias estão desabrigadas


O nível das águas do Rio Acre chegou a 14m68cm nesta quarta-feira (8). Esse é a maior conta registrada no ano. De acordo com a Defesa Civil do Município de Rio Branco chuvas nas cabeceiras e afluentes contribuíram para que o rio ultrapassasse a cota de transbordamento, que é de 14 metros.

Bairros como Seis de Agosto, Taquari e Airton Sena foram os primeiros a ter as suas ruas tomadas pelas águas. Até o meio dia desta quarta-feira, 43 famílias atingidas pela cheia do rio haviam sido levadas para o parque de exposição Marechal Castelo Branco. A forte chuva que caiu na capital acriana durante toda a manhã de hoje contribuiu para a elevação do nível das águas. O Riozinho do Rola, principal afluente do Rio Acre, registrou uma elevação de 1m50cm em apenas 48 horas.

sábado, 4 de abril de 2009

ONG tenta manter vivo o "São Francisco"


A ONG Amigos do Igarapé São Francisco, criada em 2004, trabalha ações de conscientização junto à sociedade e secretarias de governo com objetivo de preservar o que resta de um dos principais afluentes do rio Acre. Com 100 km de extensão, a bacia do igarapé São Francisco passa pelos municípios de Bujari e Rio Branco. 25 km estão dentro da capital acriana. O crescimento desordenado da cidade e a poluição ambiental comprometem a vida no igarapé.

O engenheiro Alexandre Hid, a funcionária pública Dânia Regina, e o geógrafo Claudemir Mesquita são fundadores da associação Amigos do Igarapé São Francisco. Graças a esse trabalho, esses iniciaram uma série de ações importantes que culminaram na preservação do manancial. Em parceria com as Secretarias de Meio Ambiente do Estado e do Município foram realizados trabalhos de limpeza no leito do rio. Toneladas de entulho foram retiradas.

Outra iniciativa importante foi à recuperação das nascentes e afluentes do igarapé São Francisco. Além da criação da Área de Proteção Ambiental (APA) com 29 mil hectares.

- A implantação do novo Plano Diretor de Rio Branco, que proibiu as edificações num raio de 70 metros das duas margens do igarapé, também foi fundamental para esse processo de preservação -, comentou Alexandre Hid.

Nos próximos dias novos eventos serão promovidos pela ONG para tentar manter vivo o igarapé São Francisco, um dos símbolos da capital acriana. As futuras gerações agradecem.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

BNDES começa a analisar projetos para o Fundo Amazônia de meio ambiente

Montante de US$ 110 milhões está pronto para ser distribuído.
“Governadores e ONGs, comecem a preparar seus projetos por que a partir de maio eles já poderão ser executados.” Foi assim que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou a ambientalistas e governadores da Amazônia reunidos em Cuiabá que os US$ 110 milhões (cerca de R$ 246 milhões) doados pela Noruega ao Fundo Amazônia estavam prontos para serem distribuídos.

A declaração foi feita durante o encontro Katoomba Meeting, que reúne governos, ONGs e empresários em Mato Grosso para encontrar formas de gerar renda a partir de florestas em pé.
O Fundo Amazônia, criado pelo governo brasileiro e gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bancará projetos que contribuam para diminuir o desmatamento. Diferentemente dos empreendimentos financiados pelo banco, os projetos bancados pelo fundo receberão recurso a fundo perdido, ou seja, não precisam devolver a quantia investida.
Segundo o chefe do departamento de gestão do fundo dentro do BNDES, Eduardo Bandeira de Mello, o banco já está discutindo com governos e ONGs a elaboração das primeiras iniciativas. Assim que ele receber oficialmente os projetos para análise, calcula que o dinheiro possa ser desembolsado em até 30 dias, se os documentos estiverem bem preparados. Entre os tipos de projeto que podem ser beneficiados estão os de proteção de parques e reserva, recuperação de areas desmatadas, fiscalização ambiental e atividades sustentáveis que valorizem a mata em pé, como o manejo florestal ou a coleta de produtos da mata.
O representande do BNDES prevê que o banco terá dificuldades para avaliar e aprovar iniciativas de geração de renda baseados na floresta. “Nas atividades de produção sustentável, estamos falando desde grandes empresas até comunidades pequenas e povos indígenas. Muitas vezes eles não têm estrutura para chegar até o BNDES”, afirma. É justamente a longa distância entre o dinheiro do fundo e os povos da floresta que preocupa a ambientalista Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental (ISA). “Precisamos apoiar quem está no chão”, alerta.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Brasil pode receber até US$ 4 bi ao ano de fundo por preservação de florestas

Reunião de líderes mundiais discutiu criação de fundo já em 2010.


Líderes mundiais estiveram reunidos nesta quarta-feira (1º) em Londres para discutir a criação de um fundo global para financiar a proteção das florestas tropicais. A ideia é arrecadar entre US$ 10 bilhões e US$ 15 bilhões por ano já a partir de 2010, segundo o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, que participou do encontro.

Segundo ele, foi o encontro de mais alto nível de poder de decisão já realizada para discutir o assunto. A reunião fechada aconteceu por iniciativa do Príncipe Charles, aproveitando a presença de primeiros-ministros e presidentes na cidade para o encontro do G-20.

Por ser o país com mais floresta tropical, o Brasil deve ser o maior beneficiado pelo fundo. “O Fundo Amazônia deve ser o mecanismo para captar esses recursos para o país”, explicou o chefe do SFB. Pelos seus cálculos, o Brasil poderá receber até US$ 4 bilhões ao ano. No encontro ficou acordado que um grupo de trabalho estudará a forma de funcionamento do fundo, e apresentará uma proposta ainda antes da reunião do G-8 na Itália, em julho.

Ainda segundo Azevedo, a intenção é criar mecanismos que permitam também a captação de recursos privados, não apenas dos governos. “O mecanismo está sendo desenhado de forma que permita captar recursos de fundos de pensão”, informou, acrescentado que isso se daria por meio da emissão de títulos. O recebimento do dinheiro por parte dos países com florestas, no entanto, estará vinculado aos resultados atingidos pelas iniciativas de conservação