Montante de US$ 110 milhões está pronto para ser distribuído.
“Governadores e ONGs, comecem a preparar seus projetos por que a partir de maio eles já poderão ser executados.” Foi assim que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou a ambientalistas e governadores da Amazônia reunidos em Cuiabá que os US$ 110 milhões (cerca de R$ 246 milhões) doados pela Noruega ao Fundo Amazônia estavam prontos para serem distribuídos.
A declaração foi feita durante o encontro Katoomba Meeting, que reúne governos, ONGs e empresários em Mato Grosso para encontrar formas de gerar renda a partir de florestas em pé.
A declaração foi feita durante o encontro Katoomba Meeting, que reúne governos, ONGs e empresários em Mato Grosso para encontrar formas de gerar renda a partir de florestas em pé.
O Fundo Amazônia, criado pelo governo brasileiro e gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bancará projetos que contribuam para diminuir o desmatamento. Diferentemente dos empreendimentos financiados pelo banco, os projetos bancados pelo fundo receberão recurso a fundo perdido, ou seja, não precisam devolver a quantia investida.
Segundo o chefe do departamento de gestão do fundo dentro do BNDES, Eduardo Bandeira de Mello, o banco já está discutindo com governos e ONGs a elaboração das primeiras iniciativas. Assim que ele receber oficialmente os projetos para análise, calcula que o dinheiro possa ser desembolsado em até 30 dias, se os documentos estiverem bem preparados. Entre os tipos de projeto que podem ser beneficiados estão os de proteção de parques e reserva, recuperação de areas desmatadas, fiscalização ambiental e atividades sustentáveis que valorizem a mata em pé, como o manejo florestal ou a coleta de produtos da mata.
O representande do BNDES prevê que o banco terá dificuldades para avaliar e aprovar iniciativas de geração de renda baseados na floresta. “Nas atividades de produção sustentável, estamos falando desde grandes empresas até comunidades pequenas e povos indígenas. Muitas vezes eles não têm estrutura para chegar até o BNDES”, afirma. É justamente a longa distância entre o dinheiro do fundo e os povos da floresta que preocupa a ambientalista Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental (ISA). “Precisamos apoiar quem está no chão”, alerta.
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