segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Rio Acre ultrapassa a cota de transbordamento

Fotos: Gilberto Sampaio

De acordo com a Defesa Civil de Rio Branco o nível do rio Acre atingiu 14m51cm, portanto acima da cota de transbordamento que é de 14 metros. Homens do Deracre usam um rebocador para retirar galhos de árvores que ficaram acumulados na pilastra da ponte metálica.


Nos bairros Taquari e Seis de Agosto, as águas inundaram ruas e deixaram os moradores ilhados. A canoa passou a ser o principal meio de transporte da comunidade. Essa é a primeira vez em 41 anos que acontecem duas enchentes no rio Acre no mês de janeiro.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

IBAMA fecha escritório em Cruzeiro do Sul (AC) e animais silvestres viram alvos fáceis de caçadores


Os moradores mais antigos de Cruzeiro do Sul, no Vale do Juruá, interior do Acre, que apreciam a carne de animais silvestres, já não estão enfrentando dificuldade para comprar o animal de sua preferência. A facilidade é devido à ausência da fiscalização do IBAMA que fechou seu escritório na cidade, durante o ano passado.
A carne ou até mesmos os animais abatidos são encontrados em muitos pontos do mercado clandestino, onde já existe uma relação de confiança entre clientes e os vendedores ilegais. A clientela é composta geralmente, por pessoas que no passado já viveram em seringais e que ainda não perderam o costume de saborear a carne de sua preferência.
Além de porco selvagem, veados, pacas, cutias, são vendidas aves como a nambu e jacupembas, entre outras.  As carnes chegam a ser oferecidas nas pensões que comercializam comidas. “É tudo por baixo dos panos, mas a gente encontra. Como a carne de caça tem um cheiro forte, as vendedoras cozinham em casa e já levam tudo preparado”, comentou um cliente que prefere não se identificar.
Nesta época de início de ano, quando o Rio Juruá ganha um maior volume de água, os animais silvestres se afugentam para as restingas e acabam se tornando alvos fáceis para os caçadores. Era neste período, em que o IBAMA geralmente realizava grandes apreensões, quando estava em funcionamento na região.
O chefe regional do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) na Região do Juruá, Isaac Ibernon, explica que o IMAC também tem a competência de fiscalizar, mas admite que a demanda de trabalho é superior a estrutura do órgão. Segundo ele, a saída do IBAMA aconteceu quase que de surpresa.
Fonte: Juruá Online

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Emissão de CO2 aumenta acidez do oceano e prejudica corais, diz estudo

O aumento da acidez dos oceanos verificado nos últimos 100 a 200 anos foi muito maior que as transformações que ocorreriam naturalmente, sem a interferência da ação do homem. A conclusão é de um time de cientistas internacionais ligados ao Centro de Pesquisa Internacional do Pacífico, da Universidade do Havaí, em um estudo publicado nesta segunda-feira (23), na "Nature Climate Change".
De acordo com a pesquisa, cerca de 65% do gás proveniente de atividades humanas entram no mar e, em contato com a água salgada, aumentam sua acidez. O fenômeno reduz a taxa de calcificação de organismos marinhos, como corais e moluscos.
Espécie ameaçada de coral Acropora (Foto: Albert Kok/Wikimedia Commons )Espécie ameaçada de coral Acropora (Foto: Albert Kok/Wikimedia Commons)
As conclusões do estudo são baseadas em simulações de condições do clima e do oceano verificadas na Terra nos últimos 21 mil anos, desde a última Era Glacial até o século 21. Durante as simulações, os pesquisadores analisaram o nível de concentração do aragonito, um tipo de carbonato de sódio que ajuda a medir a acidez dos oceanos. Quanto mais ácida é a água do mar, menor é a quantidade de aragonito.
Os resultados obtidos revelaram que o nível atual de aragonito é cinco vezes menor que o verificado na fase pré-industrial. De acordo com a pesquisa, essa redução pode representar uma queda de 15% na calcificação de corais e moluscos. Já nos próximos 90 anos, a redução da calcificação pode cair 40% em relação aos valores pré-industriais, considerando o contínuo uso de combustíveis fósseis, que emitem CO2.
“Em algumas regiões, as mudanças na acidez do oceano provocadas pelo homem desde a Revolução Industrial são cem vezes maiores que as mudanças naturais verificadas entre a última Era Glacial e os tempos pré-industriais”, disse Tobias Friedrich, um dos cientistas que lideraram a pesquisa, em material de divulgação.
Segundo ele, após o fim do último período glacial, a concentração de CO2 atmosférico aumentou de 190 partes por milhão (ppm) para 280 ppm ao longo de seis mil anos. Assim, os ecossistemas marinhos tiveram tempo suficiente para se adaptar. Já o aumento para o nível atual, de 392 ppm, levou apenas entre 100 e 200 anos, prejudicando a vida marinha.
De acordo com a pesquisa, os corais são vistos em locais com concentração de aragonito presentes em 50% do oceano atualmente. Até o final do século 21, essas condições seriam encontradas em apenas 5%.
“Nosso estudo sugere que severas reduções devem ocorrer na diversidade, complexidade e resistência dos corais até metade deste século”, afirmou o co-autor do estudo, Alex Timmermann.
Fonte: globoamazonia

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Opção de férias: Conheça o Acre

Pousada ecológica em Assis Brasil, na fronteira com o Peru, distante 350 km da capital Rio Branco. Viagem tranquila pela estrada do Pacífico.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Estudo mostra que mudança climática já causa problemas na Amazônia

Uma compilação de estudos de cientistas brasileiros e do exterior aponta que a expansão agropecuária e as mudanças climáticas já causam distúrbios na bacia amazônica -- principalmente na borda da floresta, nos estados do Pará, Rondônia e Mato Grosso.
O grupo integra o Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), que há 15 anos pesquisa os efeitos climáticos e humanos na região.
De acordo com o estudo divulgado na revista “Nature” desta quarta-feira (18), a soma de eventos decorrentes da expansão agrícola, da atividade madeireira em excesso e da mudança climática global resultariam em uma “catástrofe ambiental” no bioma, com reflexos na temperatura e no sistema de chuva.
Desta forma, haveria mais períodos de seca intensa, que alterariam a distribuição das precipitações na região amazônica, cuja população saltou de 6 milhões, em 1960, para 22 milhões, em 2010. A consequência disto é a queda na produtividade agropecuária, elevação de casos de doenças respiratórias, enchentes, redução da oferta de água potável, além de prejuízo à navegação e à geração de energia por hidrelétricas.
Seca no Rio Negro, em 2010, um dos principais afluentes do Rio Amazonas (Foto: Euzivaldo Queiroz/A Crítica/Reuters)Seca no Rio Negro, em 2010, um dos principais afluentes do Rio Amazonas (Foto: Euzivaldo Queiroz/A Crítica/Reuters)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Governo pode gastar mais de R$ 200 milhões com a segurança da Rio+20

O governo federal pretende investir até R$ 230 milhões na segurança dos participantes da conferência Rio+20, cúpula sobre desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) que vai acontecer de 13 a 22 de junho em vários locais do Rio de Janeiro.
O encontro, que tem orçamento previsto em R$ 430 milhões, deve reunir ao menos uma centena de chefes de estado, segundo o Itamaraty, 50 mil pessoas credenciadas pela ONU como diplomatas, negociadores e imprensa, e um incontável número de participantes que integram ONGs e outras representações da sociedade civil.
O encontro principal, denominado Segmento de Alto Nível da conferência, vai acontecer no Rio Centro. Outras instalações como o Autódromo de Jacarepaguá, a Arena da Barra da Tijuca, o Parque dos Atletas, o Aterro do Flamengo e Píer Mauá também abrigarão eventos paralelos à conferência, como exposições e debates.
Segundo Laudemar Aguiar, secretário-geral do Comitê Nacional de organização da Rio+20, o alto investimento será necessário já que o item segurança é considerado “crucial” em um encontro deste porte. “Em junho deste ano, o Rio de Janeiro será área das Nações Unidas e a primeira condição para realizar o encontro no país é o comprometimento com a integridade dos participantes. É como se a sede da ONU, em Nova York, fosse transplantada para o Brasil”, disse Laudemar.
De acordo com Aguiar, que é diplomata do Ministério das Relações Exteriores, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Ministério da Defesa estarão envolvidos na proteção dos participantes da cúpula da ONU, garantindo ainda a segurança cibernética do evento. Além disso, ele citou que licitações para a escolha de empresas especializadas que prestarão serviço neste setor durante a conferência estão em fase final de realização. "Todo o dinheiro investido será demonstrado posteriormente", explica.
Laudemar Aguiar, secretário-geral do Comitê Nacional de organização da Rio+20 (Foto: Divulgação/MRE)Laudemar Aguiar, secretário-geral do
Comitê Nacional de organização da
Rio+20 (Foto: Divulgação/MRE)
Logística
Responsável também por organizar a parte logística, Aguiar diz que que o governo brasileiro, juntamente com o estado do Rio de Janeiro e a prefeitura da capital fluminense, trabalham na organização do transporte dos participantes da Rio+20.
“Já estamos vendo rotas e uma utilização conjunta da modalidade de transportes para o encontro, sem prejudicar o funcionamento da cidade", disse o diplomata.
Aguiar comentou que aguarda a manifestação de interesse das entidades da sociedade civil para preparar os locais onde serão montados pavilhões provisórios que abrigarão estandes e conferências paralelas.
“No fim de janeiro vamos divulgar a Rio+20 no Fórum Social Mundial (que vai acontecer de 23 a 28 de janeiro, em Porto Alegre. A ideia do governo brasileiro é de uma conferência participativa, com uma conectividade que vai aproximar os participantes”, explica.
Organização
De acordo com a organização da conferência da ONU, o encontro estará dividido em três fases. De 13 a 15 de junho está prevista a 3ª Reunião do Comitê Preparatório, que deverá acertar os últimos detalhes da negociação diplomática baseada nos três pilares do desenvolvimento sustentável (o econômico, o social e o ambiental).
De 16 a 19 de junho serão programados eventos com a sociedade civil e de 20 a 22 do mesmo mês acontece o encontro com a presença dos chefes de estado. A conferência que o Rio de Janeiro sediará é de uma modalidade de “uma por geração”, realizada a cada 20 anos. Portanto, deve definir objetivos políticos mais amplos.
Logomarca Rio+20 (Foto: Reprodução)Logomarca da Rio+20 (Foto: Reprodução)
Na última quarta-feira (11), foi divulgado o primeiro rascunho do texto-base que vai pautar o encontro.
Denominado “Draft Zero” (Rascunho Zero, na tradução do inglês), o material de 19 páginas convoca os países a criar soluções para erradicar a pobreza no mundo, reduzir o impacto na biodiversidade, além de resolver questões diplomáticas como a criação de uma “agência ambiental” independente, que seria sediada no Quênia.
O documento, que poderá ser modificado até o início da conferência, afirma que entre 2012 e 2015, as nações terão que criar metas para se chegar a uma economia verde, colocadas em prática em três anos e consolidadas até 2030. Apesar do apelo, organizações ambientais consideram o texto pouco ambicioso, principalmente nas questões sobre mudança climática.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Cheia do rio Juruá preocupar ribeirinhos em Cruzeiro do Sul

Nível voltou a subir e já está com 40 centímetros acima da cota de transbordamento.

Desde o dia 25 de dezembro, 13 famílias estão em abrigos públicos e casas de parentes, depois que foram retiradas pelo Corpo de Bombeiros de bairros inundados com a cheia do Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul. Os moradores chegaram a cogitar a volta pra casa quando foi registrada uma vazante, mas agora com uma nova subida do rio, outros moradores podem ficar desabrigados.
 No Bairro Miritizal que fica na margem direita do rio, a cheia já ameaça invadir dezenas de casas, deixando muitas famílias preocupadas. Até ao meio de quinta-feira (12), o rio estava com 13.40 metros, bem acima da cota de transbordamento que é de 13 metros.
O Corpo de Bombeiros voltou a fazer o trabalho de monitoramento nas áreas de risco, já que outros moradores podem ser retirados de suas casas a qualquer momento.
A equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social continua dando assistência as famílias desabrigadas e trabalha em cima de informações repassadas pelo Corpo de Bombeiros, para aumentar a estrutura de atendimento, caso seja necessária a retirada de mais vítimas da cheia.
Informações do Site Juruá Online

sábado, 14 de janeiro de 2012

Funai identifica indícios de tribo isolada perto de área de construção de usinas hidrelétricas entre RO e AM


Vestígios de povos indígenas isolados foram encontrados no sul da Amazônia, entre os estados do Amazonas e Rondônia, segundo um relatório que está sendo preparado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e que deve ser concluído em breve.
Pegadas e galhos quebrados (que indicam sinalização dentro da floresta) foram encontrados em outubro por integrantes da Expedição da Frente de Proteção Etnoambiental do Madeira, que percorre a Terra Indígena Jacareúba Katauixi, uma área de 4.530 km² (quase três vezes o tamanho da cidade de São Paulo) nas proximidades do Rio Madeira. Na época, o grupo também ouviu vozes.
Caso o encontro desta população seja confirmado, a aldeia estará localizada a 30 km da área onde são construídos os complexos hidrelétricos de Jirau e Santo Antônio, em Porto Velho (RO), usinas que utilizarão as águas do Rio Madeira. A Terra Indígena compreende ainda as cidades de Humaitá, Lábrea e Canutama, todas no Amazonas.
“A presença de índios isolados nesta região é histórica. Essa informação consta em nosso banco de dados há pelo menos 20 anos e também aparece nos estudos feitos pelos empreendedores antes do início da construção”, disse Carlos Travassos, coordenador geral do Departamento de índios isolados da Funai.
índios isolados na Amazônia (Foto:  )
Posição das hidrelétricas

Segundo Antônio Luiz Abreu Jorge, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da empresa Energia Sustentável do Brasil, responsável pela administração de Jirau, existe um convênio firmado entre a Funai, a companhia e o empreendedor responsável pela usina de Santo Antônio que repassou R$ 12 milhões à Fundação para intensificar os trabalhos com índios e ações emergenciais.

“O encontro desta população é resultado deste trabalho e a usina está bem distante do possível local onde eles devem estar, ou seja, não há risco da obra impactá-los”, afirma. A usina deve iniciar sua operação comercial em outubro deste ano.
A assessoria de imprensa da Santo Antônio Energia, concessionária responsável pela futura operação e comercialização da outra usina, informou que aguarda um posicionamento oficial da Funai sobre a existência desse grupo.
Proteção

Para o representante da Funai, a possibilidade da existência de povos indígenas nesta região fez o governo federal criar uma portaria que restringe o uso da área, até que a confirmação fosse feita pela Fundação. Novas expedições serão realizadas por equipes da Funai ao longo de 2012.

“A partir da comprovação, vamos tomar medidas cautelares. Um novo desenho será realizado para demarcar a terra. Eles precisam de um território intacto, com água limpa. Não pode ter gente por lá, porque isso afeta a condição física dessas pessoas”, complementa.
“Mantemos a localização exata sob sigilo, pois sabemos da presença de especuladores de terra, de exploradores ilegais do meio ambiente e a divulgação de onde exatamente eles (índios isolados) estão pode colocá-los em risco”, disse Travassos. Imagens dos vestígios não foram divulgadas para proteção da aldeia.
Ele afirma que a existência da tribo aumentaria a fiscalização sobre as obras das usinas hidrelétricas no Rio Madeira. “O regimento (de fiscalização) terá de ser mais atencioso sobre as questão dos impactos ambientais”, disse.

Fonte: globoamazonia

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Entrevista: Geógrafo fala sobre cheia do rio Acre

Foto: Gilberto Sampaio/Amazon Sat

Muito boa a entrevista concedida ontem pelo geógrafo Claudemir Mesquita a este repórter no programa Encontro com o Povo, no Amazon Sat. Durante 50 minutos, divididos em três blocos, Claudemir falou sobre os fatores que vem colaborando para as sucessivas cheias do rio Acre, durante o inverno, e a seca história registrada na estiagem de 2011. O papel dos governos e da sociedade para tentar reduzir esses fenômenos ambientais.

Também durante a entrevista Claudemir Mesquita, disse que vem estudando o processo de poluição das águas do rio Acre há décadas. Para o professor a maior parte do problema pode ser atribuída ao poder público.

“O governo foi omisso e deixou que o principal rio do estado se transformasse num depósito de esgoto a céu aberto. Isso fez com que morressem os nossos peixes e pessoas contraiam doenças pela péssima qualidade da água oferecida à população”, concluiu.  

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Redução de metano e fuligem frearia aquecimento global, diz estudo


Reduzir as emissões de metano e a fuligem na atmosfera, além do dióxido de carbono (CO2), permitiria deter mais rapidamente o aquecimento global, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (12) nos Estados Unidos.
Esta medida também poderia evitar milhões de mortes anuais provocadas pela contaminação do ar, à qual contribuem em grande medida as milhões de toneladas de metano e fuligem liberadas anualmente na atmosfera pela indústria petroleira e petroquímica.
Os benefícios econômicos resultantes das emissões de metano e fuligem compensariam amplamente os custos associados ao desenvolvimento de medidas para obter esta redução, destacaram os autores do estudo, publicado na edição de sexta da revista "Science".
Reduzir a concentração de CO2, o principal gás causador do efeito estufa, responsável por 50% do fenômeno, continua sendo crucial para ajudar a reduzir o aquecimento global resultante das atividades humanas desde o começo da revolução industrial.
Mas visto que o dióxido de carbono permanece durante muito tempo na atmosfera, levará décadas reduzir seu volume antes de reverter o atual processo de aquecimento global.
O metano e a fuligem, ao contrário, desaparecem mais rapidamente da atmosfera, disse Drew Shindell, climatologista da Nasa e autor principal do estudo.
O metano e a fuligem contribuem com 30% e 20% ao aquecimento global.
O modelo informático usado no estudo mostra que 14 medidas, a maioria de baixo custo, como instalar um filtro de partículas nos motores a diesel, reduziriam em 0,5 grau Celsius o aquecimento esperado para 2050.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Estudo diz que é possível produzir mais sem destruir floresta


Um novo estudo sugere que é falso dizer que para produzir mais é preciso desmatar novas áreas. Uma análise do uso de solo de Mato Grosso por uma década mostrou que aconteceu tanto uma diminuição da devastação da floresta como um aumento da produção agrícola.
Bastou saber usar bem o que existe, graças a políticas públicas e de mercado.

A pesquisa publicada na "PNAS" indica que o desmate em Mato Grosso diminuiu 30% entre 2006 e 2010 da sua média histórica recente (entre 1996-2005), apesar do aumento da produção agrícola.

O Estado é o principal produtor de soja (31% do total brasileiro). Mas também foi o campeão em destruição de floresta de 2000 a 2005.

O aumento da produção de soja entre 2001 e 2005, foi sobretudo pela expansão da cultura em áreas desmatadas e que eram pasto (74%) ou diretamente em florestas (26%).
Já de 2006 a 2010, o aumento ocorreu em 91% dos casos em áreas já desmatadas.
O estudo conclui que a queda mais acentuada no desmate coincidiu com um colapso das commodities e a implementação de políticas para reduzir o corte da mata.

"A lucratividade da soja desde então aumentou para os níveis pré-2006, enquanto o desmatamento continuou a declinar, sugerindo que as medidas antidesflorestamento podem ter influenciado o setor agrícola", diz o texto.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Banco alemão vai investir R$ 40 milhões na Amazônia; Acre é um dos quatro estados beneficiados

Acordo de cooperação financeira assinado pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) e pelo Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW Bankengruppe) prevê o investimento de R$ 40 milhões em recursos para a criação de planos de manejo e produção sustentável em 17 florestas nacionais (flonas) localizadas em quatro estados da região Norte.
O principal objetivo do plano, que também contempla o Serviço Florestal Brasileiro, é evitar o desmatamento ilegal na Amazônia com o fomento da exploração sustentável da madeira e divulgação dessas atividades na região de influência da rodovia BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), e integra a região classificada como “arco do desmatamento”.
Em quatro anos, serão aplicados 15 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões). Segundo Rômullo Mello, uma floresta nacional não é criada apenas para a conservação daquela área, mas sim com a perspectiva de desenvolver tecnologias de produção sustentável. “Produzir madeira e pesquisas sobre a floresta são os principais focos”, afirma.
Concessão
Segundo ele, um dos objetivos é “conceder” essas áreas de interesse nacional para o manejo comunitário (atividades extrativistas realizadas pela população que vive ao redor da área) ou para empresas.

O regime de concessão florestal permite às madeireiras concessionárias o direito de explorar uma floresta pública por 40 anos em manejo de baixo impacto, técnica que extrai um mínimo de árvores de um máximo de espécies e deixa a floresta se regenerar. Em troca, as empresas pagariam royalties ao governo.
O primeiro projeto deste porte a acontecer no país foi na Floresta do Jamari, em Rondônia, a partir de setembro de 2010.
Áreas beneficiadas
Serão contempladas pelo projeto as flonas de Jacundá e Bom Futuro (Porto Velho/RO), Humaitá, Balata-Tufari e Jatuarana (Humaitá/AM), Macauã/São Francisco (Sena Madureira/AC), Iquiri (Lábrea/AM), Mapiá-Inauini e Purus (Boca do Acre/AM).

Também serão beneficiadas as florestas nacionais de Amaná, Trairão, Itaituba I e II (Itaituba/PA), Crepori, Jamanxin e Altamira (Santarém/PA) e a flona de Caxiuanã (Breves/PA).

 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Nível do rio Acre sobe quase 6 metros em dois dias e se aproxima da cota de alerta



Em dois dias o nível do rio Acre subiu 6 metros e 70 centímetros e alcançou a marca de 13 metros, à apenas 50 centímetros de atingir a cota de alerta que é de 13m50cm. Na manhã do dia 3 de janeiro, o nível estava em 7m30cm. Nesta quinta-feira, dia 5, apenas dois dias depois, às 15 horas, a régua marcava 13 metros.

A subida repentina vem preocupando da Defesa Civil de Rio Branco porque na região do Alto Acre, Assis Brasil, Brasiléia e Xapuri o nível do rio também subiu e quando essa água chegar a capital muitos bairros da parte baixa da cidade serão atingidos.

Números do rio nos últimos dias:
3/1: 7m30cm
4/1:10m56cm
5/1: 12m44cm (5 horas manhã)
5/1: 13metros  (15:09)

Fonte: Defesa Civil    

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Chuvas aumentam risco de enchente do rio Acre



Dados da Defesa Civil de Rio Branco mostram que choveu ontem em Rio Branco 93,4 mm, chuva suficiente para uma semana. Com isso o nível do Rio Acre subiu mais de 2 metros e atualmente está em 10m56cm. A permanecer neste ritmo, a possibilidade de uma enchente aumenta. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

2012: O ano da plenitude de Deus!


Réveillon na orla do rio Acre: Mercado Velho e Gameleira 


Reflexão
Quando termina um ano se fecha um ciclo. Período propício para refletir sobre as conquistas e decepções. Mas também é momento de renovar as expectativas para um novo tempo, um futuro que já começou. 2012 é o ano da plenitude de Deus, um convite para a conquista de milagres extraordinários. Viva cada dia como se fosse o último. Faça 2012 valer à pena. Tente sem medo de falhar, se falhar, tente de novo e assim certamente estará mais perto dos primeiros degraus. Feliz 2012!