quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz 2009!

Aos nobres leitores desse blog, um feliz ano novo. Espero continuar contando com o prazer de seus acessos diários. E que em 2009, o mundo seja mais consciente sobre a importância da preservação do meio ambiente. Shallon!!!


Passarela Joaquim Macedo (um dos cartões postais de Rio Branco)

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Pesquisa do Inpa alerta: destruição do habitat ameaça o peixe-boi da Amazônia


Durante séculos, ele foi caçado devido à carne e ao couro. Agora, sofre uma nova ameaça: a destruição do habitat. Pesquisadores do Inpa, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia trabalham para tentar salvar o peixe-boi (foto) da extinção.

Com até três metros de comprimento e podendo chegar a 500 quilos de peso, a espécie encontrada nos rios e lagos da Bacia Amazônica é a menor entre os peixes-bois existentes. O nome científico é trichechus inunguis e ele tem outras diferenças marcantes em relação ao peixe-boi-marinho e o peixe-boi-africano: é o único que vive exclusivamente em água doce e não possui unhas nas nadadeiras. Embora a aparência possa até lembrar focas e leões-marinhos, eles são parentes remotos dos elefantes. Os pêlos sensitivos no focinho são a semelhança mais evidente. A exemplo dos parentes, o peixe-boi-amazônico come exclusivamente plantas e frutas.


Por ser um mamífero manso, virou alvo fácil para caçadores. Durante séculos, a carne do peixe-boi serviu de alimento para moradores da floresta. O couro, que era usado como armadura por índios da Amazônia, passou a ser ainda mais valorizado a partir da industrialização. O couro do peixe-boi já curtido é bem espesso e bastante resistente, tanto que era usado na primeira metade do século passado para a fabricação de correias para máquinas industriais.

A proibição da caça, na década de 1960, não evitou que o peixe-boi continuasse sob ameaça. “No estado do Amazonas, em alguns municípios, ainda é praticado o comércio da carne do peixe-boi”, afirma João Alfredo Mota, chefe do Núcleo Fauna Silvestre do Ibama no estado.


Em dez anos, 90 peixes-bois foram resgatados pelo Ibama no Amazonas. A maior parte é de filhotes, entregues por ribeirinhos. Alguns vivem hoje nos tanques do Inpa - Instituto Nacional de pesquisa da Amazônia, em Manaus. As pesquisas com o peixe-boi da Amazônia começaram há 34 anos, para tentar livrar o animal do risco da extinção. Há dez anos, nasceu Erê, o primeiro peixe-boi da Amazônia em cativeiro.


No início de 2008, uma nova fase do projeto. Dois animais reabilitados, que chegaram filhotes ao Inpa, foram devolvidos à natureza. “Nossos animais desconhecem o nível de flutuação dos rios. Não sabem como sair de uma área em que o rio esta secando. Temos que acompanhar este animal bem de perto para que ele não fique encalhado e morra no seco”, explica Vera Silva, bióloga do Inpa.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

A Rio Branco do século 21

Quando exploradores aportaram às margens da Gameleira, no então seringal Empresa, certamente eles não imaginavam que 126 anos depois Rio Branco se transformaria numa cidade moderna e uma das mais agradáveis para se morar na região Norte. Atualmente com 350 mil habitantes, metade da população do Acre, Rio Branco se consolida como uma cidade que respeita o meio ambiente e sua história.

A reconstrução dos pontos históricos, ao longo dos últimos dez anos, pela administração da Frente Popular, transformou espaços até então reduto de vândalos em verdadeiros cartões postais. É o caso da passarela Joaquim Macedo, que liga o centro ao Segundo Distrito, e o Merca Velho, palco de expressos culturais, que na tarde e noite deste domingo (28) atraiu um grande número de moradores e turistas. A programação organizada pela prefeitura de Rio Branco, para comemorar o aniversário da cidade, levou ao palco cantores da terra para o lançamento do CD “Cantos da Cidade”, financiado pela Lei Municipal de Incentivo a Cultura.

Eu nasci em Sena Madureira, mas moro em Rio Branco há 28 anos. Escolhi essa cidade para estudar e trabalhar. Aqui me casei e tenho duas filhas lindas. Defendo e respeito à história dessa terra em qualquer lugar que ande. Por tudo isso, só me resta dizer: “Parabéns Rio Branco, capital de todos os acreanos!”

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Ibama prepara lista de animais silvestres que podem ser domesticados


Papagaios, aranhas (foto), cobras, iguanas, e até mesmo onças vira e mexe ganham espaço nas gaiolas e cercadinhos dos quintais brasileiros. Na maioria das vezes, animais da floresta transformam-se em bichos de estimação do pior jeito: são capturados e transportados irregularmente, de forma cruel, e vendidos no mercado negro.

Para melhorar a fiscalização sobre o tráfico de animais e permitir que pessoas possam criar em casa animais da floresta sem prejudicar a biodiversidade, o Ibama está preparando uma lista de animais silvestres que podem se transformar em bichos de estimação.
Segundo João Moreira Júnior, coordenador da área de fauna do instituto, a maior parte dos animais permitidos será formada por aves, pois são esses animais – especialmente os papagaios – os mais procurados pela população e os mais bem adaptados à vida doméstica. Ele diz que não pode adiantar quais serão as espécies escolhidas, mas revela que jaguatiricas e macacos estão fora. “Não haverá mamíferos, mas alguns répteis”, afirma.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Construção de usina no rio Madeira causa morte de 11 toneladas de peixes


A construção da barragem da usina de Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia, causou a morte de 11 toneladas de peixes, segundo o Ibama. O consórcio Madeira Energia S/A (Mesa), responsável pela obra, foi multado pelo instituto em R$ 7,7 milhões. A autuação ocorreu nesta quinta-feira (29), após um laudo técnico constatar que a responsabilidade pelo acidente, ocorrido no último dia 10, cabia às empresas.


Segundo César Guimarães, superintendente do Ibama em Rondônia, a mortandade ocorreu no local em que estão sendo construídas as bases da barragem. Para secar o local, parte da água foi represada e drenada. Durante esse processo, os peixes não teriam sido retirados de forma correta, e não resistiram. “Ocorreu uma secagem muito rápida, e a demanda por oxigênio era muito grande”, explica Guimarães.

Em nota divulgada à imprensa, o consórcio Mesa afirma que aguarda o parecer técnico do Ibama para se pronunciar sobre a autuação. O grupo informa que o trabalho de resgate dos animais levou 17 dias, e que 85 toneladas de peixes teriam sido retiradas com vida. Outras cinco toneladas teriam morrido e seis mil quilos, devido à fragilidade em que se encontravam, foram resfriados e doados à Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho. "Esse trabalho [de resgate] teve autorização do IBAMA e foi executado por uma equipe técnica da Universidade Federal de Rondônia (UNIR)", afirma a nota.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Após duas décadas da morte de Chico Mendes seus ideais continuam vivos


O dia 22 de dezembro é lembrado no mundo todo pelo assassinato do líder seringueiro Chico Mendes. Morto em 1988, na cidade de Xapuri, no Acre, seus ideais de luta pela preservação da floresta Amazônica continua presentes na vida de jovens e adultos do mundo inteiro. Os princípios do ambientalista, de retirar da floresta suas riquezas sem destruí-la, são seguidos até hoje por ex-companheiros de luta, como o ex-governador Jorge Viana, a ministra Marina Silva e o atual governador Binho Marques, que chegou a ser professor em Xapuri na época dos empates.

Mas depois de duas décadas, muitos seringueiros perderam a identificação com a floresta e se dedicaram à criação de gado. A pecuária é uma das principais atividades que favorecem ao desmatamento na região. Hoje o homem vive sob constante efeito do aquecimento global. Cientistas afirmam que se os países desenvolvidos parassem de poluir (e isso é impossível) o processo de recuperação do planeta será irreversível. Portanto, em meio a esse cenário apocalíptico, onde as previsões apontam para um ano de 2009 ainda mais quente e com possibilidade de enchente, só nos resta colocar em prática os ideais do líder seringueiro que dizia: “A floresta é um patrimônio que a humanidade ainda não conhece totalmente o seu valor”. Creio eu que o maior valor é a Amazônia continuar existindo e as próximas gerações possam contemplar essa maravilha da natureza.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Cientistas alertam para efeitos do aquecimeno global a partir de 2009



WASHINGTON (Reuters) - O aquecimento deve crescer após 2009, e pelo menos metade dos cinco próximos anos devem ser mais quentes que 1998, o ano mais quente já registrado, disseram cientistas.
Há muito os climatologistas prevêem uma tendência de aquecimento no século 21 devido ao efeito estufa, mas o novo estudo é mais específico sobre o que deve acontecer na década iniciada em 2005.

Para esse tipo de previsão, o Escritório de Meteorologia da Grã-Bretanha montou um modelo informatizado que leva em conta fenômenos naturais, como o El Niño, e outras flutuações na circulação e calor dos mares.

Uma previsão para a próxima década é particularmente útil porque o clima pode ser dominado nesse período por tais fenômenos naturais, ao invés do aquecimento global provocado pela ação humana, disse por telefone Douglas Smith, autor do estudo.

No texto publicado na revista Science, Smith e seus colegas prevêem que os próximos três ou quatro anos serão de pouco aquecimento, apesar de que, para os próximos dez anos, a tendência é de aumento da temperatura.

"Há um interesse em particular na próxima década, que representa uma chave no horizonte de planejamento para melhorias de infra-estrutura, seguros, política energética e desenvolvimento empresarial", disseram Smith e seus co-autores.

O calor vai começar para valer depois de 2009, segundo ele. Até lá, as forças naturais vão compensar o aquecimento provocado pela queima de combustíveis fósseis e outras atividades humanas que liberam dióxido de carbono.

Para verificar seus modelos, os cientistas usaram uma série de "pós-visões", ou seja, previsões que se referem ao passado, remontando a 1982, e compararam o que os modelos previam com o que realmente aconteceu.

Levando em conta a variabilidade natural das correntes marinhas e as flutuações das temperaturas, os cientistas conseguiram um quadro preciso, ao contrário de outros modelos, que dão ênfase às mudanças provocadas pelos seres humanos.

"Numa escala de tempo de cem anos, a principal mudança virá dos gases do efeito estufa que vão dominar a variabilidade natural, mas nos próximos dez anos a variabilidade natural interna é comparável", disse Smith.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Lista completa dos animais ameaçados de exinção no Brasil e no mundo


Atualmente muitos ambientalistas e governos estão preocupados com a extinção de espécies de vertebrados e invertebrados devido à intervenção humana. As causas da extinção incluem a exploração inadequada dos recursos naturais, poluição, destruição do habitat do animal, tráfico de animais silvestres e introdução de novos predadores. Tudo isso tem causado a extinção de centenas de espécies da fauna brasileira e mundial.
Espécies ameaçadas são espécies que estão em perigo de extinção. Extintas na natureza é uma expressão usada para espécies que só existem em cativeiro.
Fotos: Animais ameaçados de extinção

O IBAMA divulga uma lista de animais em extinção no Brasil, sendo a maioria das espécies de animais brasileiros oriundas da Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal.
Confira a lista das espécies e animais ameaçados de extinção no Brasil e no mundo
Mamíferos ameaçadosAntílope-tibetano (Pantholops hodgsonii)Elefante-indiano (Elephas maximus)Elefante-da-floresta (Loxodonta cyclotis)Elefante-da-savana (Loxodonta africana)Baleia-azul (Balaenoptera musculus )Chimpanzé (Pan troglodytes)Gorila-do-ocidente (Gorilla gorilla)Gorila-do-oriente (Gorilla beringei)Leopardo (Panthera pardus)Lobo-vermelho (Canis rufus)Morcego-cinza (Myotis grisescens)Muriqui (Brachyteles arachnoides)Orangotango (Pongo pygmaeus e Pongo abelii)Panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca)Peixe-boi (Trichechus manatus)Rinoceronte-de-sumatra (Dicerorhinus sumatrensis)Tigre (Panthera tigris)Onça-PintadaUrso-polar (Ursus maritimus)Veado (Elaphurus davidianus)
Aves ameaçadasArara-azul-de-learArara-azul-grandeArara-azul-pequenaArarinha-azulAraracanga ou Arara-pirangaArara-de-barriga-amarelaArara-vermelhaBacurau-de-rabo-brancoBicudo-verdadeiroCardeal-da-amazôniaMaracanãPapagaioRolinhaTucano-de-bico-preto
Répteis ameaçadosTartaruga-marinhaTartaruga-de-couroDragão-de-komodoJacaré-de-papo-amarelo
Anfíbios ameaçados
Peixes ameaçadosTubarão-baleia (Rhincodon typus)
Crustáceos ameaçadosCaranguejo-amarelo (Gecarcinus lagostoma)Artrópodes ameaçadosBorboleta-da-restinga (Parides ascanius)
Plantas ameaçadasPau-brasilPau-de-cabindaJacarandáAndirobaCedroMógnoPau-Rosa






sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Camisinha do amor: Fábrica de Xapuri entrega primeiro lote de preservativos


Inaugurada nesta quinta-feira (18), com a distribuição de mil camisinhas produzidas pela Natex, a fábrica de preservativos masculinos de Xapuri. O estoque tem como destino os programas de combate às doenças sexualmente transmissíveis (DST/Aids) em todo o Estado do Acre. São os primeiros lotes com os selos ISO 9001:2000, conferido pela consultoria internacional BSI Management System, e do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), que é o Certificado de Conformidade emitido pelo Instituto Falcão Bauer da Qualidade.


A Natex é a primeira do gênero a utilizar látex de seringal nativo para produção de preservativos a única a ter usina de centrifugação anexa à planta industrial. "Chegamos à última fase. Agora é o mercado", comemorou César Dotto, diretor-presidente da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), gestora do empreendimento que tem grande participação do capital comunitário.


Os primeiros lotes são resultados da produção de dez dias de trabalho. Um caminhão lotado com caixas de preservativos partiu de Xapuri por volta das 17 horas com destino ao almoxarifado da Secretaria de Estado da Saúde, de onde será distribuído aos postos e centros espalhados pelos municípios do Acre. No último mês de abril, o Governo do Acre assinou convênio de cooperação técnica e financeira com o Ministério da Saúde para produção anual de 100 milhões de preservativos para as campanhas de prevenção de DST/Aids.

A Natex é um empreendimento arrojado e moderno. A capacidade instalada é para produção anual de 100 milhões de preservativos com consumo médio de 500.000 litros de látex, gerando 150 empregos diretos na fábrica e cerca de 700 famílias de seringueiros na coleta e fornecimento de látex, além de diversos empregos indiretos.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Acre lidera produção de castanha-do-Brasil


Apesar do nome da planta remeter ao Estado paraense, é o Acre o líder de produção da castanha-do-Pará – também chamada de castanha-do-Brasil. O estado responde por 35% da produção nacional, que é toda retirada da floresta.

Uma das pessoas que vive da coleta da castanha é Francisco Soarez de Melo. Desde que nasceu, a renda de sua família vem de produtos da mata. Foi com o pai que ele aprendeu a procurar no meio da mata os ouriços – casca dura e pesada que abriga as sementes – da castanha. Durante a safra, ele chega a caminhar até cinco horas por dia para coletar cerca de 30 quilos do produto.
“Às vezes uma castanheira é boa produtora e dá de oito a dez latas. Então, demora mais para fazer a coleta e nesse dia não dá para andar muito. Quando a gente topa com as castanheiras que não são boas produtores, a gente anda mais”, afirma Melo. Na safra passada, ele coletou 50 latas de castanha. Foram 60 quilos do produto que renderam cerca de mil reais. Do meio da floresta, ele leva a castanha coletada para o armazém que recebe também a produção de mais 21 famílias que vivem na reserva Chico Mendes.

No ano passado, a safra rendeu mais de 53 mil quilos de castanha. Na safra deste ano, os produtores calculam uma redução de 20% na produção. Uma associação agrega 22 produtores da reserva. Na última safra, ela beneficiou 1,3 milhão de latas de castanha ao preço de R$ 17,00. O processamento da castanha tem basicamente seis etapas.

Do armazém a castanha é levada para máquinas que fazem a desidratação primária e a esterilização. Com a casca já quebrada, a castanha segue na esteira para a classificação de qualidade. Depois, volta para a estufa, onde fica desidratando por mais 24 horas, para, então, ser embalada a vácuo, em caixas de 20 quilos cada. Da cooperativa, a castanha do Acre é vendida principalmente para estados do Sul e do Sudeste do país. Segundo o diretor da associação, Celso Custódio, a tendência do preço da lata do produto é aumentar para R$ 18,00.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Ibama realiza operação de resgate na 364

Um grupo de 20 pessoas que saíram em duas Toyota de Sena Madureira, na tentativa de chegar ao município de Feijó, mesmo com a interdição da BR-364 por parte do Deracre, ficou perdido por cerca de 20 dias no quilômetro 70, próximo ao rio Jurupari. Os sobreviventes, com sinais de desidratação, foram resgatados nesta segunda-feira (15), numa operação comandada pelo Ibama, que usou um helicóptero para remover as pessoas até o hospital de Feijó. Entre os feridos estavam crianças, idosos, homens e mulheres. O superintendente do Ibama, Anselmo Forneck, chamou o grupo de irresponsável. Já o diretor do Deracre, Marcos Alexandre, disse que isso é um exemplo de que o fechamento da BR-364 no período de inverno representa uma segurança para os motoristas.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Cuzco: rota mundial do turismo


Cuzco é a segunda cidade mais importante do peru e possui 500 mil habitantes. Sua principal atividade econômica é o turismo, que por ano recebe mais de um milhão de turistas de todo o mundo. Na América Latina, a cidade só perde em número de visitantes para Rio de Janeiro e Buenos Ayres.

Sua gente simples e de miscigenação variada enriquece ainda mais a cultura de seu povo. Entre suas principais atrações turísticas destaque para as ruínas históricas de Machupicchu, que fica a quatro horas de trem saindo do centro de Cuzco. Cada viagem não sai por menos de 120 dólares. Os restaurantes são sofisticados e possuem uma culinária bastante diversificada. O alto das cordilheiras também é bastante visitado pelos turistas, assim como o mirante, o centro arqueológico e o Coliseum Salsayhuama, palco das batalhas medievais do início do século passado.
Tudo é complementado pela arquitetura moderna da cidade, que contrasta com a tradição da catedral e a imponência da praça das armas.

“O cenário é voltado para uma exploração turística e comercial”, afirma Fabíola Pinheiro, empresária do ramo de hotelaria durante visita á cidade dos Incas. Negócios que podem ser intensificados com a implantação de uma linha aérea, Rio Branco a Cuzco, conversas nesse sentido já estão bem adiantadas entre os dois governos. “Não podemos ficar dependendo apenas da conclusão da estrada transoceânica, a intenção é criar o mais rápido possível uma rota aérea”, ressaltou o secretário de Turismo do Acre, Cassiano Marques.

Dentro dessa perspectiva, a proposta do governo do Acre com a abertura da rota turística Caminhos do Pacífico é tentar trazer para a região Amazônica 10% dos cerca de um milhão de turistas que visitam Cuzco. “Isso representa 10 mil pessoas de várias partes do mundo que viriam ao Acre conhecer de perto a história de Chico Mendes e a Revolução Acreana. Vários empregos serão gerados promovendo o aquecimento da economia local”, concluiu Cassiano Marques.
O presidente da ABAV, empresário Raimundo Moraes, disse que já em 2009 será inaugurada uma rota terrestre com ônibus saindo de Rio Branco até Cuzco. “Futuramente também será disponibilizada uma rota aérea para facilitar o fluxo de turistas entre os países”, finalizou.




segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Estrada do Pacífico leva o Acre ao desenvolvimento regional


A viagem esconde belezas selvagens, montanhas e nascentes de alguns dos maiores rios do mundo como o Solimões, que nasce no Peru. A estrada é construída em meio a uma paisagem natural que enche os olhos dos visitantes. Quando a rodovia estiver pronta, o Acre deixará de ser final de linha para ser a porta de entrada no Brasil.

Prevista para ser inaugurada em meados de 2010, a estrada transoceânica, ou rodovia do Pacífico, vai ligar o Acre aos portos peruanos trazendo esperança de desenvolvimento e crescimento econômico para a região. Atualmente, cerca de 60% dos 1.200 quilômetros da rodovia, que separam Rio Branco de Cuzco está pavimentado, incluído o lado acreano que está todo concluído. A obra construída a quase 5 mil metros de altitude, na Cordilheira dos Andes, é executada por um consórcio de empresas brasileiras e peruanas, a Conirsa, do qual a Odebrecht detém 70%. A obra está orçada em cerca de 700 milhões dólares. Recurso captado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De olho na nova rota turística e comercial, o governo do Acre vem mantendo diversos encontros com autoridades peruanas para tentar fechar vários intercâmbios. “Temos de potencializar a nossa vocação de Estado exportador. Produtos como carne e frango, além de gêneros alimentícios são itens de primeira necessidade para o Peru”, disse o secretário de Agricultura do Estado, Mauro Ribeiro. “O intercâmbio comercial com produtos que interessam ao empresariado local também é outra boa oportunidade”, completou.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Palácio Rio Branco iluminado


Inspirada na arquitetura grega, o Palácio Rio Branco foi construído em 1930 para abrigar a sede do governo do Acre e é um dos síbolos da Revolução Acreana. O palácio, que ostenta quatro imponentes colunas em sua fachada, foi revitalizado e recentemente indicado pela revista Caras no concurso que elegeu as "sete maravilhas brasileiras". Parte do edifício abriga exposições que mostram episódios da história do Acre. Essa raridade do estilo neclássico ganhou ainda mais destaque este mês com as luzes de natal. Bom para os turistas, que podem conhecer um dos cartões postais do Acre.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Salinas: paraíso do Atlântico

A 220 quilômetros de Belém está localizado o município de Salinópolis, mais conhecido como Salinas. Situado à beira do Oceano Atlântico, o lugar esconde belezas naturais que fazem do município o principal roteiro turístico de quem visita o Pará.





No centro da cidade, uma fonte de água natural se encarrega de dar boas vindas aos visitantes. Aqui o produto é gratuito e não tem limite de consumo. Mas são as praias de Mosqueira e Atalaia, as mais visitadas nesta época do ano. São turistas de Belém e até de outros Estados. A rede hoteleira de Salinas também é um convite ao conforto e ao prazer, incluindo piscina e vista para o mar.
Roteiros turísticos dos quais eu tive a oportunidade de conhecer, a convite do Sebrae-AC, durante a 4ª Feira Internacional de Turismo da Amazônia (Fita).

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ibama: "desmatamento na Reserva Chico Mendes é do tamanho de três mil campos de futebol"


O superintendente do Ibama no Acre, Anselmo Forneck, divulgou nesta quinta-feira (11) o resultado final da primeira fase da operação Resex Legal. Em três semanas de fiscalização, o Ibama descobriu um desmatamento dentro da Reserva Chico Mendes de 2mil 923 hectares. O que corresponde a uma área do tamanho de três mil campos de futebol. O tamanho total da reserva é de um milhão de hectares e abrange sete municípios do Acre.
Vinte e oito famílias estavam vivendo fora das normas da reserva. Ou seja, desmatando em excesso e criando gado acima do número máximo permitido, que é de 30 cabeças. O total do rebanho encontrado dentro da área é de 4mil 500 animais. Dez pecuaristas foram multados e intimados a retirar o gado de dentro da reserva em 60 dias. Os infratores também devem deixar o lugar num prazo máximo de 90 dias.
Anselmo Forneck anunciou ainda a segunda etapa da operação, que deve começar em janeiro de 2009. “Vamos fazer um levantamento das famílias que moram na Reserva Chico Mendes e levar ações de cidadania em parceria com o governo do Estado e o Tribunal de Justiça”, concluiu.

Estação das docas e o forte presépio

Outro ponto turístico considerado cartão postal de Belém do Pará é o Forte Presépio. A fortaleza Construída, de frente para o mar, no início do século IX, vigiava as caravelas inimigas que se aproximassem do porto de Belém. O lugar guarda até hoje alguns canhões da brigada portuguesa.

Finalmente, bem ao lado fo forte presépio, está situada a estação das docas. O lugar abriga alguns dos melhores restaurantes da cidade e é ponto de encontro de alguns dos poetas da cidade. A vista para o mar desperta o interesse dos visitantes para um passeio no fim da tarde, sobre o olhar contemplador da baia de Guajará. Esses são as principais opções para os turistas que visitam a maior cidade da Amazônia.



quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Curiosidades do maior mercado popular de Belém (PA)


O mercado ver-o-peso (foto), no centro de Belém, que diariamente chega a receber mais de 5 mil pessoas, reúne o que existe de mais rico do ponto de vista da produção regional. O lugar também guarda vivo na memória de cada pessoa anônima as lendas e causos da floresta. O ver-o-peso foi um dos pontos turísticos que eu visitei durante a minha passagem pela capital paraense, no último fim de semana.



Dona Erenita Santos (foto), de 65 anos, 40 dos quais vividos dentro do mercado ver-o-peso, vende um remédio que faz muito sucesso entre os turistas: o viagra da Amazônia. O segredo ela não esconde: “Essa garrafada possui amendoim, guaraná em pó, pau de mulato e outras propriedades medicinais”, conta dona Erenita. “E é capaz de salvar qualquer casamento”, brinca.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Belém do Pará apresenta riquezas ambientais e históricas a turistas


Os principais pontos turísticos da cidade de Belém foram mostrados a turistas e jornalistas de todo o país, durante a 4ª edição da Feira Internacional de Turismo da Amazônia (Fita), realizada de 4 a 7 de dezembro.
Fundada em 1916, por colonizadores portugueses, a capital paraense possui 2,8 milhões de habitantes e uma rica biodiversidade da fauna e da flora Amazônica. Tudo é complementado pela herança lusitana dos prédios históricos, que compõem a parte velha da cidade. Com seus museus, como o São José Liberto, que antes abrigava um presídio e agora guarda grandes achados da paleontologia marajoara e pedras preciosas encontradas na Amazônia, como o quartzo branco. Muita história e herança de um povo que deve ser compartilhada com o restante do Brasil.


Antiga sede do palácio do governo do Pará. Agora abriga um belíssimo espaço histórico e cultural

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Feira Internacional de Turismo é encerrada com shows culturais


A 4ª edição da Feira Internacional de Turismo da Amazônia (Fita), evento que aconteceu em Belém do Pará de 4 a 7 deste mês e visa divulgar o potencial turístico da região Amazônica, foi encerrado na noite de ontem (7) com diversas apresentações culturais realizadas no Centro de Convenções & Feiras da Amazônia. Pinduca, um dos mais renomados cantores de forró do país, se encarregou de fechar o evento.

Dez países foram convidados para participar do encontro. Este ano, o tema foi o "Turismo e a Sustentabilidade na Região Amazônica". De acordo com a Paratur, organizadora da feira, o principal objetivo do evento foi alcançado: o de integrar os diferentes produtos e serviços da atividade turística dos Estados e países que compõem a Pan-Amazônica, visando à promoção e a comercialização das rotas turísticas existentes dentro do país e no exterior.
O consultor do Sebrae/Acre, Elton Pantoja, avaliou como positiva a participação do Estado na feira. Principalmente pela divulgação entre os empresários da região Norte do projeto estruturante de turismo da Amazônia brasileira, desenvolvido pelo Sebrae. "A integração dos destinos turísticos da Amazônia. Essas são as metas do Sebrae em parceria com as secretarias estaduais de Turismo e a iniciativa privada”, destacou.
O empresário Raimundo José Moraes foi aclamado presidente da recém criada Agência de Desenvolvimento do Turismo da Macrorregião Norte (Adetur). O projeto básico é apresentado como resultado do processo de articulação e atuação integrada pelo conjunto de Estados da Região Norte - Acre, Rondônia, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará e Tocantins - por meio de seus órgãos oficiais do turismo, como secretarias de Estado, empresas e autarquias. E visa à promoção do turismo na região Amazônica.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Ministro do Turismo diz que candidatura do Acre a Copa de 2014 é viável


O ministro do Turismo, Luiz Barreto, disse ontem em Belém durante coletiva à imprensa da região Norte, que a candidatura da cidade de Rio Branco à sede da Copa do Mundo de 2014 “é extremamente viável do ponto de vista da preservação do meio ambiente”. Denominado de Gol Verde, o projeto apresentado pelo Estado alia o maior evento do plante, a Copa do Mundo, em favor da luta pela preservação do planeta. A iniciativa impressionou os auditores da FIFA. O estádio Arena da Floresta é um dos quatro estádios no Brasil com o padrão exigido pela FIFA.

A coletiva aconteceu no Centro de Convenções & Feiras da Amazônia, em Belém (PA), onde vários jornalistas da região Norte fazem a cobertura da 4ª edição da Feira Internacional de Turismo da Amazônia (Fita). Vinte cidades disputam dez ou doze sedes, que serão definidas pela FIFA até o mês de março. O Acre concorre diretamente com Amazonas e Pará. De acordo com o ministro Luiz Barreto, o interessante é que duas cidades da Amazônia sejam selecionadas entre as sedes da Copa de 2014.

“A Amazônia possui a maior biodiversidade do planeta e jamais poderia ficar de fora da maior festa do futebol mundial. Por isso, temos conversado com o presidente Lula e com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para que duas cidades da Amazônia possam participar dessa grandiosa festa”, concluiu.

Fita: Sebrae realiza encontro de negócios para empesários da região Norte


O Sebrae realizou este fim de semana, no Centro de Convenções & Feiras da Amazônia, em Belém (PA), durante a 4ª edição da Feira Internacional de Turismo da Amazônia (Fita), um encontro de negócios com a participação de 20 empresas do setor de turismo de todos os sete Estados da região Norte e entidades de classe empresarial como ABAV, ABIH e Conventions & Visitors Bureaux O coordenador do projeto estruturante de Turismo da Amazônia brasileira, Elton Pantoja, explicou que o objetivo do evento é divulgar as rotas turísticas e fortalecer as relações comerciais entre os empresários.

O Acre foi representado no evento pelo empresário Raimundo José Morais, que também preside a Associação Brasileira de Agencias de Viagens no Estado (ABAV) e o empresário João Bosco Nunes, proprietário da agência de receptivos Maanaim Amazonia. Ele destacou as rotas turísticas criadas pelo Sebrae em parceria com o governo do Acre, por meio da secretaria de Turismo – Caminhos da Revolução, Caminhos de Chico Mendes e Caminhos do Pacífico. Raimundo José Morais também ressaltou a criação do novo roteiro turístico da região “Caminhos do Juruá”. A intenção é consolidar essa rota a partir da pavimentação da BR-364, que liga a capital Rio Branco a Cruzeiro do Sul, no Vale do Juruá.

De acordo com o consultor do Sebrae, Elton Pantoja, a intenção da rodada de negócios é trabalhar o turismo nos Estados da Amazônia de maneira integrada. “Se um turista vai ao rio Guaporé, em Rondônia, ele pode estender o seu roteiro até o Acre, para conhece as rotas Caminhos da Revolução e Caminhos de Chico Mendes”, ressaltou. “O objetivo é que o turismo seja potencializado na Amazônia de maneira integrada em entre os Estados para uma maior promoção da atividade”.

Paralelo ao evento os empresários também participaram de uma rodada de negócios internacional promovida pela Paratur, organizadora da Fita.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Inpe: pesquisa confirma que floresta amazônica perdeu 11.968 km² em um ano


A Amazônia Legal sofreu um desmatamento de 11.968 km² entre agosto de 2007 e julho de 2008, segundo dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira (28).

O dado aponta um crescimento de 3,8% em relação ao período anterior (agosto de 2006 a julho de 2007), quando o instituto registrou 11.532 km² de devastação. A margem de erro da medição, contudo, é de 5% para cuima ou para baixo. "Estatisticamente, estamos no mesmo patamar de 2007”, afirmou o diretor do Inpe, Gilberto Câmara, que interpreta dos dados como uma estabilizaçào do ritmo de devastação.

Anual, o Prodes é o sistema mais detalhado de monitoramento de desmatamento. A área medida se refere somente ao desmatamento por corte raso, ou seja, o estágio final de devastação em que o solo já foi tomado por vegetação de pastagem.

O diretor se mostrou satisfeito com o resultado, pois a expectativa era de um aumento da devastação. “Temos motivos para ficar aliviados por o desmatamento ter se estabilizado”, afirmou Câmara.


O monitoramento de queimadas, outro sistema do Inpe, dava fortes indicativos desse aumento pois, na comparação dos períodos de agosto de 2006 a julho de 2007 e agosto de 2007 a julho de 2008, houve aumento de mais de 50% na quantidade de focos de incêndio. As queimadas, explicou Câmara, são um indicativo de degradação da floresta que pode resultar em corte raso. “Havia uma tendência de recrudescimento do desmatamento que não aconteceu por uma combinação de medidas coercitivas do governo e pressões de mercado”, analisou o diretor do Inpe.

Na análise por estado, o Pará aparece como campeão de desmatamento, com 5.180 km² perdidos. Ainda assim, em comparação com os dados 2006-2007, quando se registraram 5.425 km², houve uma redução de 4,5%.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ibama e PF combatem desmatamento na reserva ambiental Chico Mendes


Criada há 18 anos para manter a mata em pé e ajudar a população que vivia dos produtos da floresta, a reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, tem perdido grandes áreas de floresta para a abertura de pastos para a criação de gado.

Segundo o Ibama, já são mais de 10 mil animais vivendo dentro da área protegida. Para abrigar tantos bois, o desmatamento dentro da reserva já atinge 450 quilômetros quadrados – cerca de um terço do município de São Paulo. Uma operação do Ibama iniciada esta semana tenta combater a criação ilegal de gado dentro da floresta.

As regras estipulam que os moradores podem usar até 15 hectares para pasto, mas a área aberta tem ultrapassado esse limite, e pecuaristas de fora da reserva tem alugado terras reservadas para as famílias tradicionais. “Embora uma família não tenha grande patrimônio, eles mesmos admitem que foram desmatando ao longo dos últimos anos para alugar a pastagem para outros pecuaristas de dentro da reserva”, explicou o superintendente do Ibama no Acre, Anselmo Forneck.

O criador José Xavier dos Santos, por exemplo, é morador da reserva há mais de 20 anos e é responsável pela criação de mais de 400 cabeças de gado em uma área que ultrapassa os mil hectares de floresta derrubada. “Nunca teve esse limite para nós. Então, o limite o que coubesse dentro do desmatamento, a gente usava.”, afirma.

Segundo o superintendente do Ibama, a única opção que resta ao Santos é a expulsão da reserva. “Vai ser retirado. Esperamos que ele saia por um acordo, que não precise sair na força”, declara Anselmo Forneck. Já Jorge Pontes cria 80 bois e ainda arrenda um pedaço da terra para manter 214 cabeças de gado do vizinho. Pelo desmatamento ilegal de 200 hectares ele vai ter que pagar uma multa de R$ 1 milhão. O ex-seringueiro tenta se justificar. “A extração de castanha e de borracha dá muito menos do que o gado. Se você vai cortar seringueiras, você vai cortar 10 dias para ganhar 300 e poucos reais. Um bezerro você vende por R$ 350,0o", afirma.

A operação continua nos próximos 15 dias. O alvo do Ibama é voltado para mais 28 grandes pecuaristas que derrubam a floresta Amazônica em troca de pasto para o gado. Ao todo, a reserva Chico Mendes tem cerca de um milhão de hectares. Perto de mil famílias tem autorização para morar no local.

domingo, 23 de novembro de 2008

Um país a caminho do naufrágio

O governo das Maldivas quer comprar terrenos no exterior para transferir a população das ilhas ameaçadas pela elevação do nível do mar

As Maldivas, paraíso tropical de ilhas e atóis de coral localizado no Oceano Índico, a 600 quilômetros da costa da Índia, estão com seus dias contados: segundo as previsões da ONU, o nível do mar deverá subir 59 centímetros até 2100. País mais baixo do planeta (o ponto mais alto está apenas 2,3 metros acima do nível do mar), as Maldivas podem ser a primeira nação a ser varrida do mapa devido ao aquecimento global. Em 80% de seu território, o relevo está abaixo de 1 metro. A situação é tão grave que, ao assumir na terça-feira da semana passada, o presidente Mohamed Nasheed prometeu "uma apólice de seguro antevendo o pior cenário possível". Trata-se de um fundo para financiar a compra de terras no estrangeiro. Caso o oceano continue a avançar sobre o país, seus habitantes poderão fazer as malas e se mudar para Índia, Sri Lanka ou Austrália – o destino final ainda não foi decidido. A elevação do nível dos oceanos é um fenômeno cíclico na história da Terra. Há 35.000 anos, as águas estavam em um patamar similar ao atual. Devido ao fim da Idade do Gelo, o nível caiu vertiginosamente nos milênios seguintes, até atingir 130 metros por volta de 15 000 anos atrás, quando passou a subir novamente e se estabilizou. A elevação das águas voltou a acelerar-se apenas no século XIX. "Trata-se de um fenômeno provocado pelo aquecimento global e que deve continuar nos próximos séculos", disse a VEJA o oceanógrafo australiano John A. Church, coordenador do comitê científico do Programa Mundial de Pesquisa Climática.
É um problema que afeta o mundo todo, já que 65% das cidades com mais de 5 milhões de habitantes estão em áreas costais de baixa altitude. A situação é ainda mais dramática para um grupo de pequenas ilhas, das quais as Maldivas fazem parte, que pouco podem fazer para combater o problema e que correm o risco de simplesmente desaparecer. "Esses países insulares foram formados num período histórico de estabilidade do nível do mar que simplesmente acabou, tornando-os vulneráveis", diz Church. Os efeitos do avanço da água na região já são notáveis. O pequeno arquipélago de Kiribati, na Oceania, tem apenas 110 000 habitantes espalhados em 33 ilhas. Duas delas já submergiram. O quebra-mar em torno do atol principal, Tarawa, está em pedaços e as palmeiras do litoral perderam suas folhagens por causa da salinidade da água que invade a praia. Na vizinha Tuvalu, um país formado por nove pequenos atóis de coral, o ponto mais alto está apenas 5 metros acima do nível do mar. A principal fonte de divisas é o aluguel do seu domínio na internet (.tv) para 650 000 empresas do mundo todo. Com esse dinheiro o país conseguiu pagar as taxas de admissão na ONU e manter um embaixador na sede da organização, em Nova York. Sua principal ocupação é pedir ajuda aos países ricos para enfrentar o avanço da maré. Em Malé, a capital das Ilhas Maldivas, 100 000 pessoas estão comprimidas em apenas 2 quilômetros quadrados – o tamanho da área protegida por um quebra-mar de 3 metros. O país, formado por 1.200 ilhas, das quais apenas 200 são habitadas, foi um protetorado britânico até 1965. Com a independência, virou um sultanato islâmico e depois uma república, onde os ditadores se revezaram no poder. Mohamed Nasheed é o primeiro presidente escolhido em eleições com mais de um candidato. As Ilhas Maldivas são o país mais rico do sul asiático, o que não significa muita coisa, já que seu PIB per capita é equivalente ao do Equador. O dinheiro para o financiamento de terra seca para transferir a população virá da principal fonte de renda do arquipélago, o turismo. O país de 370 000 habitantes recebe 460 000 turistas por ano. São recém-casados, amantes da natureza e hordas de surfista que procuram seus resorts de luxo e suas praias de areia branca e mar transparente para relaxar – e que, em breve, também vão precisar buscar outro destino para passar as férias.

sábado, 22 de novembro de 2008

Justiça Federal suspende licença de instalação da hidrelétrica de Jirau

A 3ª Vara Federal de Rondônia determinou que as obras da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Porto Velho (RO), sejam paralisadas. A informação foi divulgada neste sábado (22), pela Justiça Federal do estado. A decisão de suspender a licença parcial de instalação, concedida no último dia 13 pelo Ibama, é do juiz da 3ª Vara Federal de Rondônia, Élcio Arruda. Ainda cabe recurso contra a decisão.

A licença parcial de instalação permitia, inicialmente, a instalação do canteiro de obras e de uma pedreira e a realização do trabalho de secagem de parte do leito do rio. Em sua decisão, tomada na quinta-feira (20), o juiz Élcio Arruda destacou que as obras só poderão ser iniciadas quando o consórcio Energia Sustentável Brasil (Enersus) obtiver uma licença definitiva para a construção da usina.

A liminar expedida pelo juiz atende a um pedido de Ivan Marcelo Neves, secretário executivo do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS), que havia impetrado ação na Justiça Federal com o pedido de revogação da licença ambiental concedida pelo Ibama.

O juiz Élcio Arruda já enviou ofício comunicando a decisão ao Ibama, a União Federal, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Agência Nacional de Águas (ANA) e ao consórcio Enersus. Um eventual descumprimento da ordem acarretará em multa diária de R$ 100 mil ao consórcio Enersus, liderado pela empresa franco-belga Suez.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

IBAMA deve expulsar mais de 300 famílias da reserva ambiental Chico Mendes


Cerca de 300 famílias que moram na reserva Chico Mendes, em Xapuri, podem ser obrigadas a sair do local. Segundo o Ibama, essas pessoas estão ocupando a área de maneira irregular. O chefe da reserva, Sebastião Santos, disse que muitos produtores estão desmatando mais do que o permitido e criando gado na reserva, que por ser uma área de preservação permanente é proibida por lei.
O presidente da Federação da Agricultura do Acre, Assuero Veronez, saiu em defesa dos moradores da reserva. Segundo ele, a pecuária na região é uma alternativa de sobrevivência adotada pelas famílias devido à crise que atravessa a agricultura de subsistência.
O superintendente do Ibama no Acre, Anselmo Forneck, se encontra em Brasília discutindo o assunto junto ao Ministério do Meio Ambiente para tentar encontrar uma solução para o problema. O superintentente confirmou que vai conceder uma entrevista coletiva na próxima segunda-feira para esclarecer a questão.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Desmatamento causa alterações imprevisíveis de chuvas na Amazônia


Meinrat Andreae, climatologista e diretor do Instituto Max Planck de Química, da Alemanha, apresentou um panorama cheio de incertezas da ação humana sobre a floresta no Congresso Internacional Amazônia em Perspectiva que acontece até quinta-feira (20), em Manaus, reunindo quase mil pesquisadores e estudantes da biodiversidade e do uso da terra na Amazônia. “O desmatamento causa perturbações não-lineares e imprevisíveis no regime de chuvas”, alerta o cientista. Estudos selecionados pelo alemão apontam que as precipitações em áreas desmatadas podem crescer num primeiro momento e depois diminuir, cair linearmente ao longo do tempo ou até apresentar uma queda brusca seguida de redução mais moderada. Certo é, apenas, que a tendência é de diminuição, algo que a longo prazo pode ser fatal para o bioma amazônico, já que ele depende fundamentalmente de seu ciclo hidrológico para se renovar. Ainda assim, Andreae, que estuda a interação da biosfera com a atmosfera há mais de 30 anos, com ênfase na ação dos aerossóis, destaca que observações de curto prazo mostram que a floresta poderia se beneficiar da falta d’água: “Na seca de 2005 foi verificado que precisamente nas áreas mais secas as plantas estavam mais verdes. As plantas tinham mais luz, pois havia menos nuvens no céu, e havia água suficiente, já que a seca não foi muito prolongada, de modo que elas puderam aumentar a fotossíntese”. O alemão lembra ainda que, no passado, a selva tinha menos água. “Entre 4.000 e 8.000 anos atrás a Amazônia era mais seca”, cita. Por outro lado, com a redução da umidade da floresta, ela fica também mais suscetível às queimadas: “A maior parte da Amazônia é tão úmida que você pode jogar napalm nela que ela não vai pegar fogo. Mas num período mais seco, partes maiores da floresta ficam suscetíveis ao fogo. Cada queimada reduz a umidade da floresta e a deixa mais exposta a novas queimadas”. As queimadas e sua emissão de gases aerossóis têm outra forma de influência sobre as chuvas – os aerossóis servem de núcleo para a formação de gotas de chuva. No entanto, quando presentes em grande concentração, levam o vapor d’água para camada mais altas da atmosfera, onde forma granizo. Ao congelar, a água perde energia, o que altera o ciclo natural também de forma imprevisível.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Piloto acreano vence Rally Bolpebra

O piloto João Tarjino (foto), de Sena Madureira, mas que correu pela equipe de Rondônia foi o campeão geral do Rally Bolpebra 2008. A TV Aldeia cobriu o evento com exclusividade.

Depois de passar por trilhas nos arredores dos municípios de senador Guiomard e Capixaba, finalmente os pilotos puderam entraram na Amazônia boliviana. Onde o Rally Bolpebra cumpriu o seu principal objetivo: a integração entre os países por meio do esporte.
Mas foi no percurso dentro do Seringal Cachoeira, em Xapuri, que reservou as maiores emoções. À chuva deixou a trilha bem mais complicada e os pilotos tiveram de se esforçar para controlar as máquinas. Até mesmo os carros traçadas tiveram dificuldades para superar a lama. Depois de mais de oito horas de competição, finalmente os pilotos cumpriram a segunda etapa do rally, com a chegada na praça Ugo poli, em Brasiléia.
No terceiro dia de prova, os pilotos largaram para superar a última etapa do percurso. No ramal Porongaba, em Brasiléia, a mata fechada e o terreno acidentado da região se constituía num desafio a mais para os pilotos.

O sol forte e o verde da floresta deram um colorido todo especial a esta etapa do rally e os competidores se arriscavam em manobras cada vez mais ousadas para tentar a conseguir a vitória.
Tudo ia bem, quando um acidente no ramal da Eletra, envolvendo o piloto Rodrigo, movimentou a equipe médica e a direção de prova. O piloto ferido recebeu os primeiros atendimentos ainda no local pelos profissionais do Samu, que acompanharam todo o trajeto do rally. Com ferimentos leves, Rodrigo foi atendido no hospital de Brasiléia e depois liberado.

Depois de superarem três dias de competição e mais de mil quilômetros de trilas por dentro da floresta amazônica, os mais de 60 competidores finalmente cumpriram a prova, com a chagada na concha acústica do Parque da Maternidade.
O piloto de Sena Madureira, mas que corre pela equipe de Rondônia, João Tarjino, foi o campeão geral do rally na categoria especial.
O presidente da Federação Acreana de Motocross, Jefferson Cogo, e o secretário de Esporte, Cassiano Marques, fizeram uma avaliação positiva do Rally Bolpebra 2008.

Os carros também deram um show dentro das trilhas da reserva Chico Mendes

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Rally Bolpebra tem participação recorde de pilotos

Mais de 80 pilotos se inscreveram na edição desse ano do Rally Bolpebra para a disputa das categorias carros, motos e quadriciclos. No primeiro dia de competição, os competidores percorreram um trecho de 180 quilômetros na zona rural dos municípios de Bujari, Porto Acre e Rio Branco.

A TV Aldeia é a única emissora presente no evento e traz na próxima semana uma série especial sobre a maior competição de rally da Amazônia. O Rally Bolpebra é uma realização da Federação Acreana de Motociclismo (Femac) em parceria com a Secretaria Estadual de Turismo Esporte e Lazer.



Velocidade e habilidade são fundamenatais para vencer o rally
Neste sábado e domingo, os pilotos percorrem trilhas dentro da floresta nos municípios de Senador Guiomard, Capixaba, Xapuri, Brasiléia e Assis Brasil, passando pela Bolívia e o Peru, com chegada prevista para o domingo à noite, na concha acústica em Rio Branco. Perfazendo um total de 1050 km.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Ibama muda regras para comércio de peixes ornamentais


O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) mudou algumas regras para a comercialização de peixes ornamentais. A exportação agora vai ficar mais fácil e a captura de espécies como a arraia foi autorizada.

A arraia é muito procurada por donos de aquário do mundo inteiro. Desde 2005, estava proibida de ser capturada no Brasil. Uma instrução normativa do Ibama, publicada no final de outubro, permite a captura de animais nos estados do Pará e do Amazonas. Das seis espécies liberadas, quatro são encontradas em rios amazonenses.

A lei determina também o tamanho máximo dos animais que pode ser de 14 ou 30 centímetros, dependendo da espécie, com a proteção no período reprodutivo.
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“Todo esse comércio e essa captura vão continuar controlados, pesquisados e, em caso de qualquer modificação, a gente pode alterar essa instrução normativa”, explicou a bióloga Rafaela Vicentini, do Ibama.

Exportações
Oitenta por cento das exportações de peixes ornamentais do Brasil saíram da região do Alto Rio Negro, no Amazonas, onde cerca de 2 mil famílias dependem da atividade. Empresários do setor afirmam que a proibição à venda de espécies de alto valor que incluem também o aruanã favorece o contrabando e fez o país perder mercado no exterior. Das 24 empresas exportadoras de Manaus, apenas quatro continuam operando regularmente.
Concorrência


O Brasil vem perdendo mercado para Peru e Colômbia, onde as regras para a venda de peixes ornamentais são menos rígidas. Nestes países existem cerca de mil espécies que podem ser vendidas. No Brasil, este número gira em torno de 180. Com a oferta da arraia, os exportadores brasileiros vão diminuir essa desvantagem.


“Nossos clientes no momento em que precisavam de uma ou duas caixas de arraias deixaram de comprá-las do Brasil”, afirmou o exportador Asher Benzaken. Outra portaria do Ibama diminuiu a burocracia para os exportadores. A guia de transporte de peixes ornamentais, que deve ser preenchida em cinco vias, agora só vai ser usada dentro do país. Para exportação, todo o procedimento vai ser eletrônico, inclusive a autorização do Ibama por meio do Sistema de Comércio Exterior.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Aquecimento global ameaça Pólo Norte


Agência Espacial Americana (Nasa) anunciou, nesta quarta-feira (12), que as geleiras do Pólo Norte vão durar menos do que se esperava.

A imensidão de neve no Pólo Ártico parece inesgotável. Mas basta mudar o ângulo para notar a ameaça no ponto extremo do planeta.

Cientistas da Nasa reexaminaram fotos de satélite e dados e concluíram que o gelo da calota polar pode derreter totalmente no verão de 2012.

A última previsão era de que o degelo total da calota polar aconteceria entre os anos de 2040 e 2100. Segundo os cientistas da Nasa, a nova previsão já é resultado do aquecimento global, que provoca reações muito mais rápidas do que se esperava.

Uma animação da Nasa mostra a velocidade com que o gelo derreteu em 2007, em um recorde de área derretida. A calota diminuiu 22% em relação ao recorde anterior, de 2005.

O degelo abriu um canal que liga o Oceano Pacífico ao Oceano Atlântico, possibilitando até a passagem de navios. Uma outra animação dá a dimensão do problema. Um mapa mostra a variação do degelo nos meses mais quentes, entre 1979 e 2006. Muito menor, se comparada ao verão de 2007.

domingo, 9 de novembro de 2008

Certificação pode ajudar produtos amazônicos

Produtos tradicionalmente amazônicos, como o açaí, a castanha-do-Brasil ou a carne de búfalos da Ilha do Marajó podem ganhar espaço no mercado se os planos dos pesquisadores do Museu Goeldi, em Belém, derem certo. Eles estão começando a estudar os passos necessários para obter um registro semelhante ao do champanhe, na França, para ser utilizado em mercadorias genuínas da Amazônia.


Chamado de Indicação Geográfica, esse registro garante que a mercadoria é procedente de determinada região, e impede que produtos de longe dali utilizem o nome do local. No Brasil, esse tipo de certificado é concedido pelo Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), e utilizado em selos, frases e logotipos nas embalagens das mercadorias.

Segundo a Coordenadora geral de Indicações Geográficas do instituto, Mara Alice Calliari, já há hoje no Brasil quatro selos desse tipo: o vinho do Vale dos Vinhedos e a carne bovina do Pampa Gaúcho, ambos no Rio Grande do Sul; o café do Cerrado de Minas Gerais e a cachaça de Paraty, no Rio de Janeiro.

A principal vantagem de se conseguir um registro desse tipo, segundo Calliari, é que o consumidor terá certeza da qualidade do produto, o que irá gerar agregação de valor. “[A certificação] comprova que aquele produto, daquela região, é único, só pode ser obtido daquela origem”, explica.

Uma das exigências do Inpi para conceder o certificado é que os produtores consigam provar que são especialistas naquilo. “É necessário que eles demonstrem um notório saber fazer. São maneiras de fazer um queijo, um vinho, que também são um patrimônio dos produtores daquela região. Isso vai permitir que o produto seja diferenciado”, conta a especialista do Inpi.

Nos últimos dias 6 e 7, um seminário promovido pelo Museu Goeldi discutiu a viabilidade de obtenção da certificação para produtos da região. De acordo com Antônio Pinheiro, do Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica do Goeldi, o principal desafio é organizar a produção. “É necessário ter o compromisso de manter a qualidade dos produtos, atendendo ao mercado de uma forma organizada”, explica.

sábado, 8 de novembro de 2008

Rally Bolpebra: fortalecendo o turismo e a integração na Amazônia


Depois de alguns ensaios entre entusiastas do esporte radical, em 2000 aconteceu a primeira edição do Rally Internacional Bolpebra. Desde então as edições tiveram formatos diferentes uma das outras, mas sempre visualizando a integração e o desenvolvimento do turismo regional. Em 2007 não houve competição. Mas para este ano, nos próximos dias 14, 15 e 16, será realizada a sexta edição do evento, intensificando essa união na Amazônia.

Em lançamento que aconteceu na sexta-feira (7), a Federação de Motociclismo do Estado do Acre (Femac) apresentou o percurso relembrando o primeiro ano de evento, em 2000, que teve apenas 12 pilotos e foram percorridos 2 mil quilômetros. Em 2006, o evento deu um salto ainda maior, com um trajeto até os Andes, no Peru.

Este ano 66 pilotos confirmaram presença, mas a meta é chegar a 70, sendo que, dos inscritos, 40 são de outros Estados. O Rally Internacional Bolpebra Amazônia no primeiro dia de competição sai de Rio Branco, passa por outras cidades e retorna à capital, percorrendo cerca de 200 quilômetros.

No segundo dia, novamente saindo de Rio Branco, os pilotos vão até Epitaciolândia, percorrendo trechos em território boliviano e pernoitando em Brasiléia. No dia seguinte, último de prova, a competição passa por Assis Brasil e outras cidades acreanas, sempre no eixo da BR-317, passando também por reservas florestais do Estado, com chegada a Rio Branco. Ao total, serão 1.050 mil quilômetros percorridos.

A competição será em etapa de deslocamento e especiais com trechos cronometrados. Na categoria moto e quadriciclo, a competição terá como fator decisivo a velocidade. Já a categoria carro, será a regularidade, onde é estabelecida uma média de velocidade com redução, ganhando quem for mais regular. 99% do trajeto das motos e quadriciclos também poderão ser percorridos pelos carros, onde isso não for possível, existe um roteiro alternativo.
Na última edição do Rally Bolpebra, disputada em 2006, com o percurso de mais de 1200 quilômetros entre Rio Branco e Cuzco, no Peru, o vencedor foi o piloto Jean Azevedo, número um do Brasil em provas de off-road.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Jordão deposita suas esperanças na Aleac


O programa Assembléia Aberta, uma iniciativa do parlamento acreano, que consiste em visitar todas as regionais do Estado para ouvir as dificuldades e necessidades dos municípios mais distantes, foi realizada nesta quinta-feira (6) no Jordão. O município possui cerca de seis mil habitantes, metade indígena da etnia kaxinawá, e 62% de analfabetos. O isolamento é a principal dificuldade enfrentada pelos moradores de Jordão. Não existe estrada e os únicos meios de transporte são o avião e o barco. Mas a passagem aérea para Rio Branco não sai por menos de 400 reais. Pelo rio até a cidade mais próxima (Tarauacá) a viagem pode durante até 10 dias. Em toda a cidade, só existem seis veículos. A frota reduzida talvez se explique pelo valor do litro do combustível que é de quase R$ 5. Como se não bastasse o Índice de Desenvolvimento Humano do Município (IDH) é o menor do Estado e o segundo menor do país.

Investimentos do poder público
Durante a realização da Assembléia Aberta ficou acertado que o município terá recursos de R$ 1,6 milhão no Orçamento Geral do Estado para ser investido na construção do ramal da Vila Murú e na reforma da pista de pouso. Uma ambulancha foi entregue ao prefeito Hilário Melo para realizar atendimento médico nas comunidades ribeirinhas da região. O projeto é fruto de uma emenda parlamentar da deputada federal Perpétua Almeida.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

ONGs estrangeiras ganham mais três meses para se recadastrar

O Ministério da Justiça (MJ) prorrogou por 90 dias o prazo para as organizações estrangeiras sem fins lucrativos (ONGs) se regularizarem junto ao Cadastro Nacional de Entidades. O prazo para que as instituições apresentassem documentos, que venceria em 3 de outubro, foi adiado para 3 de fevereiro de 2009.

Para coibir irregularidades, principalmente nas organizações que atuam na Amazônia, uma portaria estabeleceu que as instituições deverão prestar conta anualmente ao MJ.

Entre os documentos que as ONGs precisam apresentar à Secretaria Nacional de Justiça, em Brasília, estão o estatuto da entidade, provando que ela foi criada legalmente em seu país de origem, e a ata da eleição de seus diretores, contendo nome, nacionalidade, profissão e domicílio de cada um.
Segundo a assessoria de comunicação do MJ, ainda não foi feito um levantamento de quantas organizações já realizaram o recadastramento.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Mais de 40 espécies correm risco de extinção na Amazônia brasileira


As principais ameaças, a distribuição geográfica, as estratégias de conservação e informações biológicas sobre 627 animais brasileiros ameaçados de extinção agora podem ser consultadas em um livro, dividido em dois volumes, que soma mais de 1.400 páginas.

A publicação foi lançada nesta terça-feira, em Brasília, pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com a Fundação Biodiversitas. Segundo o MMA, o principal objetivo de reunir essas informações em um livro é gerar uma base para consulta para os profissionais de meio ambiente e tomadores de decisão, como prefeitos e governadores, para conservar e recuperar as espécies.

Chamada de “Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção”, a publicação é baseada nas listas oficiais da fauna ameaçada, publicada pelo MMA em 2003 e 2004. Essa relação traz 160 aves, 154 peixes, 130 invertebrados terrestres, 78 invertebrados aquáticos, 16 anfíbios, 69 mamíferos e 20 répteis cuja população está diminuindo drasticamente.

De acordo com mapa do MMA, a Mata Atlântica é o bioma em que há mais animais correndo o risco de desaparecer. São 269 espécies, distribuídas por quase toda a costa brasileira. Em segundo lugar está o Cerrado, com 65 espécies, seguido pela Amazônia, com 41 animais ameaçados.

domingo, 2 de novembro de 2008

Em reserva biológica do Amazonas projeto ajuda a preservar tartarugas


Durante quatro meses, técnicos da Reserva Biológica Abufari, no centro-oeste do Amazonas, esperaram por este momento. Em uma praia nas margens do Rio Purus, os primeiros filhotes de três espécies de tartarugas começam a sair dos ovos. Neste ano, a expectativa dos integrantes do projeto Pró-Quelônios, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), é quebrar o recorde do ano anterior, e registrar o nascimento de mais de 332 mil filhotes do animal, contados um a um.

O nascimento das tartarugas é acompanhado desde quando as grandes tartarugas descem dos pequenos igapós, em julho, para colocar seus ovos na praia da reserva biológica. Esse é o momento em que mais correm o risco de serem capturadas por traficantes de animais, que as capturam com redes e vendem nas grandes cidades da região.
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Em 2008, a equipe do Pró-Quelônios resgatou e devolveu à natureza 615 tartarugas. Também foram apreendidas 65 redes instaladas nos afluentes do Purus. Apelidadas de “capa-saco”, elas também capturam filhotes de peixe-boi e de golfinhos. Para encontrá-las, os técnicos da reserva saem de barco puxando um gancho submerso na água. Quando há alguma rede, ele enrosca. “Os traficantes trazem as tartarugas para Manaus, que é onde o mercado paga mais.

A tartaruga-da-Amazônia chega a pesar 65 quilos, e é vendida por 600, 700 reais”, revela o chefe da reserva biológica, Fernando Weber. Segundo ele, esse alto valor faz com que seja economicamente interessante para os caçadores de tartarugas percorrer os 850 quilômetros e os quatro dias de barco que separam a reserva da cidade de Manaus.
Floresta em Rondônia sofre com desmatamento ilegal


Na Floresta Nacional de Bom Futuro, em Rondônia, as grandes árvores já quase não existem. Em uma das áreas protegidas mais problemáticas do Brasil, a ocupação ilegal, as queimadas e a retirada clandestina de madeira já consumiram pelo menos 25% do território, e levaram embora grande parte do potencial econômico que poderia ser explorado de forma sustentável.


No último relatório divulgado pelo Inpe, apenas no mês de setembro 11,9 quilômetros quadrados de mata foram degradadas na Bom Futuro. Hoje, a floresta conta com quatro servidores, que trabalham em um escritório em Rondônia, para cuidar de uma área de 2,8 mil quilômetros quadrados – área equivalente a duas vezes o município do Rio de Janeiro. No interior da área protegida, vivem pelo menos 1.500 pessoas, além de dezenas de milhares de cabeças de gado. Como a ocupação é ilegal, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), responsável pela manutenção do local, não consegue obter números precisos.


Acabar com os problemas da Bom Futuro não é tarefa das mais simples. Dentro da área que deveria ser protegida já há duas vilas, escolas, igreja e até um posto de gasolina. Uma linha de ônibus, ligando a cidade de Buritis a Porto Velho, também já transita nas estradas abertas irregularmente na floresta, segundo a analista ambiental.

Uma das formas encontradas pelo Ministério do Meio Ambiente para proteger florestas nacionais realizar uma licitação e explorar a madeira por meio de manejo sustentável. Na Bom Futuro, essa não é uma boa alternativa, já que as árvores mais valiosas já foram quase todas cortadas.

sábado, 1 de novembro de 2008

Deu no O Globlo: Acre quer levar turistas para conhecer tribos na Amazônia

RIO - O governo do Acre quer que os brasileiros conheçam as tribos da Amazônia. Roteiro lançado recentemente na feira e Congresso da Abav inclui hospedagem em aldeia indígena, compartilhando de atividades diárias como caça e pesa, conhecendo também a culinária das tribos. O passeio inclui as aldeias dos Poyanawa, Iashaninka e Yanawa, as mais estruturadas entre as 14 etnias locais.
"Por enquanto, a maioria dos interessados é de outros países, mas queremos despertar a curiosidade dos brasileiros para vivenciar uma experiência diferente. A oportunidade é extraordinária", disse a gerente estadual de serviços turísticos, Ediza Pinheiro de Melo.
Segundo informações do Sebrae, que ajuda a estruturar os roteiros na região, os próprios índios pediram a ajuda do governo para explorar a atividade. Eles compraram um barco maior para transportar os visitantes e construíram banheiros (de padrão rústico) nas aldeias. Para quem exige um nível mínimo de conforto há pousadas próximas das aldeias ou áreas de campings.
O turismo diferenciado foi o nicho escolhido pelo Acre para desenvolver suas atrações turísticas.
A convivência nas aldeias é o produto mais recente. Os Caminhos de Chico Mendes, da Revolução, do Pacífico e da Biodiversidade são outras atrações disponíveis em que os turistas também podem conhecer o modo de vida local, a história do estado e a trajetória do ambientalista Chico Mendes, possibilitando experiências como entrar na floresta com um seringueiro para ver ou participar da coleta do látex e ter uma aula sobre as espécies locais e a importância da preservação ambiental.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Livro ensina homem a ser 'amigo da onça'


É possível que seres humanos e onças pintadas consigam compartilhar em paz o mesmo ambiente? O livro “Guia de convivência gente e onças”, lançado recentemente pela Fundação Ecológica Cristalino, de Mato Grosso, diz que sim. Focando pecuaristas do Pantanal e da Amazônia, a publicação dá dicas de como proteger o gado dos ataques do felino e lista uma série de motivos para que não se matem as onças pintadas.


Segundo o biólogo Sílvio Marchini, autor do livro, o desaparecimento do animal não se deve apenas à perda de seu ambiente natural, mas também a uma cultura de matar onças. “No Pantanal, por exemplo, caçar onça é uma tradição. Eles encaram isso como parte da identidade pantaneira”, afirma. “Por outro lado, na fronteira agrícola [onde começa a floresta amazônica] há uma população que veio de locais onde não existem mais onças, ou nem mesmo florestas, que muitas vezes são vistas como um obstáculo a ser vencido.”


Para muitos fazendeiros, a onça é encarada como um prejuízo à sua atividade econômica. De acordo com Marchini, nos locais onde o animal ainda é comum, os ataques do felino são responsáveis pela perda de 1 a 2% do rebanho todo ano. Por causa disso, seu livro tem uma seção especial explicando como os fazendeiros podem proteger seus bois do animal sem matá-lo.


Uma das dicas é não caçar as presas naturais das onças, como veados e porcos-do-mato. Outra recomendação é manter os bezerros e as vacas prenhes perto da sede da fazenda, evitando que eles fiquem próximos às áreas preferidas pelas onças.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Porto Velho (RO) no topo da lista dos dez municípios que mais desmataram


Confira abaixo a lista dos dez municípios amazônicos com maior índice de desmatamento detectado em setembro, segundo medição feita pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe):

Município Estado Área desmatada (km²)
Grajaú MA 70
Porto Velho RO 36
Brasnorte MT 36
Santa Maria das Barreiras PA 34
Cumaru do Norte PA 31
São Félix do Xingu PA 24
Peixoto de Azevedo MT 21
Manicoré AM 18
Santana do Araguaia PA 17
Barra do Corda MA 7

O Inpe ressalta que nem todo o desmatamento identificado em setembro pode ter sido realizado nesse mês, pois a cobertura de nuvens muitas vezes impede que os satélites detectem áreas degradadas, que são descobertas posteriormente, quando o céu está limpo.

Ritmo de desmatamento da Amazônia cai 22% em setembro, revela Inpe

O ritmo de desmatamento da Amazônia em setembro foi 22% menor do que em agosto, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

Por meio de imagens de satélites, os técnicos do instituto calcularam que 587 quilômetros quadrados de floresta foram derrubados ou sofreram degradação florestal durante o período. A área equivale a cerca de um terço do município de São Paulo. Em agosto, o total desmatado foi de 756 km².

A medição faz parte do sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que identifica apenas as áreas com área maior que 2.500 m². Devido à cobertura de nuvens, apenas 77% da Amazônia Legal pôde ser vista nas imagens analisadas. Os estados que ficaram mais encobertos foram o Amapá (92%) e o Pará (63%).
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O índice de desmatamento foi semelhante ao registrado no mesmo mês de 2007, com uma queda de 3%. Em setembro do ano passado, o Inpe registrou 603 km² de devastação. Se comparado à média dos últimos 12 meses (722 km²), o índice caiu 18%.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Presidente da Funai participa de Festival Yawanawá no Acre


O presidente da Funai, Márcio Meira, foi um dos convidados do tradicional Festival Yawanawá, que começou neste fim de semana na aldeia Esperança, em Tarauacá. O senador Tião Viana, o presidente da Assembléia Legislativa do Acre, deputado Edvaldo Magalhães, e o superintendente do Ibama no Acre, Anselmo Forneck também participam do evento. A etnia comemora a demarcação da terra indígena Yawanawá, que passou de 84 mil hectares para 194 mil hectares de terra.