domingo, 28 de fevereiro de 2010

Chandless: A última fronteira


A partir desta segunda-feira, dia primeiro de março, começa a ser exibida no telejornal da TV Aldeia (Notícias da Aldeia), que vai ao ar às 21 horas no canal 2, uma série especial de reportagens que eu e o cinegrafista Ruizemar Leite produzimos sobre o Parque Estadual Chandless.

O sobe e desce dos rios durante o inverno. A floresta de bambu. A presença de animais exóticos e a exuberância das araras. Tudo isso num paraíso no coração do Acre chamado Chandless.

O esforço do governo do Estado para garantir a proteção integral do parque, a história de vida de pessoas que nasceram e cresceram às margens do Rio Chandless.

A diversidade de bichos e plantas, as riquezas de uma região ainda pouco explorada pelo homem é o tema da série de reportagens, Chandless: A Última Fronteira. Você também vai poder assistir aos vídeos no site www.ac.gov.br, imperdível!


É época de acerola!


Esse pé de acerola, nos fundos do meu quintal, eu mesmo plantei há três anos. Como quem planta colhe, agora é momento de retirar os frutos. Um poderoso antioxidante com uma grande concentração de vitamina C, que auxilia no combate a gripe.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Mortos por causa de terremoto no Chile passam de 300, diz governo

 O terremoto de magnitude 8,8 que sacudiu o Chile neste sábado (27) causou a morte de mais de 300 pessoas, informou esta noite a diretora do Escritório Nacional de Emergência (Onemi, na sigla em espanhol), Carmen Fernández.


Mais cedo, a presidente chilena Michelle Bachelet, apontou que o desastre afetou de alguma maneira 2 milhões de pessoas.

“As forças da natureza golpearam duramente nossa pátria e mais uma vez põem à prova nossa capacidade de enfrentar adversidades e ficarmos de pé”, declarou a presidente em um pronunciamento transmitido em cadeia de rádio e TVs do país.

Segundo Bachelet, que sobrevoou de helicóptero as áreas atingidas neste sábado, o terremoto afetou 80% do país e há pelo menos 1 milhão de casas danificadas. A presidente mandou condolência e solidariedade às vítimas e pediu "força" aos cidadãos.

"Todas as autoridades do governo vão colocar toda energia para a volta à normalidade. Temos adiante uma árdua tarefa, não será fácil, requer muito tempo e recursos, mas sobretudo a generosidade e voluntarismo de todos nós", disse a presidente.




O tremor foi sentido nos países vizinhos, inclusive no Brasil. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de São Paulo informaram que receberam chamados para verificar pequenos tremores em vários bairros da capital paulista.

Aeroporto fechado
O Aeroporto Internacional de Santiago foi fechado por tempo indeterminado. A empresa aérea TAM cancelou três voos entre São Paulo e Santiago, no Chile, neste sábado.

Linhas telefônicas e sistemas de internet foram afetadas nas localidades próximas à zona do epicentro. Tsunami provocada pelo tremor atingiu a Ilha Robinson Crusoé, próxima a Valparaíso. Na Ilha de Páscoa, também na costa chilena, foi ordenada a retirada dos moradores por conta do risco de tsunami.


O Centro de Advertência de Tsunamis do Pacífico, dos Estados Unidos, afirmou que um tsunami pode causar danos na costa do arquipélago do Havaí.


Estado de catástrofe
Michelle Bachelet, que sobrevoa de helicóptero as regiões atingidas pelo tremor, declarou "estado de catástrofe" nas regiões de Maule, Bio Bio e La Araucanía.


Bachelet também informou que foram enviadas equipes às regiões atingidas, onde as comunicações ainda não estão normalizadas. No Escritório Nacional de Emergência, a presidente pediu calma à população, mas afirmou que o número de vítimas deverá aumentar. "Com um terremoto dessa força, não podemos absolutamente descartar mais mortes e provavelmente feridos", afirmou a presidente.

Pimenta-de-macaco é testada para produzir inseticida orgânico



A Embrapa Acre e a Universidade Federal de Viçosa (MG), estão pesquisando o uso de óleo de pimenta-de-macaco (Piper aduncum) como inseticida orgânico. A planta é uma espécie nativa, entre outras regiões, da Amazônia.

O projeto de pesquisa, que deve durar dois anos, vai ser executado primeiramente lavouras de milho. Além da função de inseticida, o óleo também está sendo testado como sinérgico, ou seja, uma substância utilizada para aumentar a potência de inseticidas comerciais, o que permite reduzir as doses de produto químico aplicados.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Iceberg do tamanho do DF se desprende no oceano Atlântico


Um Iceberg do tamanho do Distrito Federal se descolou do continente Antártico depois de ser abalroado por outro iceberg. De acordo com cientistas, o evento é consequência do aquecimento global e  pode causar alterações nas correntes marítimas do planeta e no clima. Ele está flutuando ao sul da Austrália e pode bloquear uma área que produz um quarto de toda a água densa e gelada do mar.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sipam amplia parceria com Secretaria de Meio Ambiente do Acre


O desafio de integrar União, Estado e Municípios em benefício da proteção ambiental começa a se converter em realidade no Acre graças à parceria entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) e o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) que, juntos, desenvolvem ações nos municípios acreanos.

Capacitações para uso de geotecnologias para a gestão municipal, monitoramento do desmatamento em terras indígenas e unidades de conservação, análise da ocorrência de queimadas e troca de informações para monitoramento de cheias foram algumas das ações desenvolvidas em conjunto no ano passado.

Já em 2010, além de manter o plano de trabalho em comum, novas atividades poderão ser realizadas. Essa foi a demanda apresentada pelo secretário de meio ambiente do Acre, Eufran Amaral, em reunião no Centro do Sipam em Porto Velho, na última quarta-feira (24).

A secretaria tem interesse em contar com o Sipam para a confecção de um modelo hidrológico para prever enchentes no rio Acre e para trocar informações e dirimir inconsistências na delimitação de novas áreas desmatadas no estado.

Em relação aos municípios, após realizadas as capacitações, Eufran solicitou o apoio do Sipam para manuseio das bases de dados e formatação de cadastros municipais de áreas urbanas. Santa Rosa do Purus e Jordão seriam os primeiros municípios a formatar seus cadastros.

“É muito importante para nós poder contar com o apoio técnico e os recursos humanos comprometidos que o Sipam possui. O trabalho conjunto fortalece os dois órgãos e também o meio ambiente”, destacou Amaral.

Subsidiar com informações e tecnologias as ações de órgãos públicos é uma das premissas do trabalho do Sipam, órgão ligado à Casa Civil da Presidência da República. E as ações desenvolvidas no Acre são exemplos de que as parcerias dão certo.

“Vamos dar continuidade ao trabalho que já estava sendo desenvolvido com sucesso”, disse o gerente regional, José Neumar da Silveira.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Metade das espécies de primatas corre risco de extinção, diz estudo

Quase a metade das espécies de primatas está sob risco de extinção por causa da destruição de florestas tropicais, comércio ilegal de animais e caça para a venda de sua carne, disse relatório preparado pelo Bristol Zoo Gardens, do Reino Unido.

Um total de 48% das 634 espécies de primatas do mundo são classificadas como ameaçadas de extinção, na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN (União Internacional para a Natureza). E uma pesquisa identifica as 25 espécies em maior risco.

"Primatas em Perigo: Os 25 Primatas Mais Ameaçados, 2008-2010" foi compilada por 85 especialistas de várias partes do mundo e fala da necessidade da adoção de medidas urgentes de conservação dos animais.

A lista inclui cinco espécies de primatas de Madagascar, seis da África, 11 da Ásia e três da América Central e do Sul.

Nenhum dos macacos naturais do Brasil está incluído nesta lista. As espécies ameaçadas das Américas são: saguim-de-cabeça-de-algodão (Saguinus oedipus), que vive especialmente na Colômbia e Venezuela; o macaco-aranha-castanho (Ateles hybridus), de Colômbia e Equador e o macaco-barrigudo-da-cauda-amarela do Peru (Oreonax flavicauda).

Os conservacionistas destacam a situação de espécies como o langur-de-cabeça-dourada (Trachypithecus p. poliocephalus),que só é encontrado em uma ilha na costa nordeste do Vietnã, e onde restam apenas de 60 a 70 indivíduos.

Mico-leão-dourado
O resultado da pesquisa causou preocupação a muitos cientistas que trabalham com a preservação de animais.

Um dos editores do documento, Christoph Schwitzer, chefe de pesquisa da Fundação para a Ciência e Conservação de Bristol, disse: "Este relatório destaca a extensão do perigo que muitos dos primatas do mundo enfrentam. Nós esperamos que ele seja eficaz em chamar a atenção para a situação de cada uma das 25 espécies incluídas. Apoio e ação para ajudar a salvar estas espécies é vital para evitar perder estes animais maravilhosos para sempre."

Apesar da avaliação sombria, os conservacionistas lembram o sucesso obtido em iniciativas para ajudar espécies a se recuperarem.

No Brasil, o mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus) e o mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia), saíram da lista de estado crítico de ameaça da Lista Vermelha do IUCN em 2003 como resultado de três décadas de esforços de conservação envolvendo várias instituições, inclusive zoológicos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Princesinha do papai!

Quem soprou as velinhas nesta terça-feira, 23, foi a minha filha caçula Ana Julian. A princesinha comemorou 4 aninhos ao lado da família num parque de diversões da cidade. 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Excesso de chuva na região já prejudica agricultores do Acre

O rigor do inverno amazônico vem castigando as plantações no Acre. Agricultores da região já reclamam de prejuízos na safra de milho e feijão devido ao excesso de chuva. E de acordo com o Serviço de Proteção da Amazônia ( Sipam), a previsão é de mais chuva para os próximos dias no estado.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Petróleo e gás ameaçam biodiversidade da Amazônia peruana

Estudo da Universidade Autônoma de Barcelona aponta que a concessão de áreas de exploração de petróleo e gás natural ameaçam a biodiversidade da Amazônia peruana.

Segundo artigo dos pesquisadores Martí Orta and Matt Finer publicado na revista especializada “Environmental Research Letters”, nunca antes o governo concedeu tantas áreas para exploração do subsolo na região.

Os cientistas reuniram pela primeira vez um histórico completo das atividades relacionadas ao setor petrolífero naquela zona. Eles concluíram que atualmente 41% da Amazônia peruana está loteada em 52 concessões.

Os pesquisadores levantaram que a região teve um boom de exploração de petróleo no final da década de 1970 e começo da década de 1980. Desde então, há uma tendência de queda da extração do óleo, mas a produção de gás natural vem aumentando e está maior do que nunca.

Ainda de acordo com o levantamento, a maioria das concessões foi feita em áreas sensíveis do ponto de vista ambiental ou da questão indígena. Um quinto das reservas ambientais e mais de metade das terras indígenas na Amazônia peruana têm concessões em seus domínios.

Outro dado preocupante é que mais de 60% das terras para as quais se propõem criar reservas para índios isolados (que não têm contato com o “homem branco”) estão dentro de áreas de concessão.

Os autores sugerem que o Peru deveria aumentar o debate interno sobre a necessidade de preservação de sua porção da Amazônia e poderia refletir sobre a adoção de projetos semelhantes à iniciativa Yasuní-ITT, pela qual o Equador tenta levantar fundos internacionais para evitar a exploração do subsolo de uma área de floresta com altíssima biodiversidade.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Seca prejudica agricultores e provoca aumento de queimadas em Roraima

Dos quinze municípios de Roraima, dez decretaram situação de emergência por causa da estiagem e em cinco, o estado é de calamidade pública. O principal rio do estado, o Rio Branco, está 4 metros abaixo do nível considerado normal.

Um dos municípios em calamidade é Pacaraima, onde os moradores sofrem com a falta d'água.

Outro problema são as queimadas, que avançam sobre as serras e áreas de floresta.O fogo também causa prejuízo aos agricultores, que perderam produções inteiras. “O fogo é demais. Perdi tudo. Perdi bananal ... perdi tudo", relata o agricultor Antônio Barbosa.

O Ministério da Justiça autorizou o envio de 35 bombeiros da Força Nacional para atuarem no combate as queimadas no estado.O objetivo é evitar que o fogo se espalhe por áreas de proteção ambiental e também pela reserva indígena yanomami.

“Estamos trazendo esse efetivo exatamente para mobiliar toda essa área, e ter uma resposta mais rápida e eficaz”, diz Kléber Gomes, coordenador da Defesa Civil de Roraima.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Castanha do Acre conquista mercado europeu

Depois de um longo período sem conseguir realizar exportações para o velho continente, principalmente após as barreiras impostas em virtude da aflatoxina (fungo que ataca a castanha podendo causar câncer no ser humano) finalmente o Acre consegue enviar novamente o seu produto para o concorrido mercado internacional. A Cooperacre, com sede em Rio Branco, vai enviar ainda este mês o primeiro lote de castanha desidratada para a Escócia.

Isso é fruto dos investimentos realizados no setor pelos governos federal e estadual em parceria com a Embrapa Acre. A safra da castanha vai de dezembro a março. A Reserva Extrativista Chico Mendes, no Alto Acre, concentra o principal castanhal do Estado.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Insetos e cobras invadem residências em Rio Branco

Ocupação desordenada, terrenos baldios e casas construídas em áreas verdes da capital acreana são pontos ideais para a reprodução de cobras e insetos. Somente nos primeiros dias de 2010, o Corpo de Bombeiros do Acre registrou 81 ocorrências envolvendo animais peçonhentos em residências. Em geral são cobras (jibóia e jararaca), aranhas , escorpião e abelhas.

Segundo o Major Marcelo Araújo, assessor de imprensa do CBM/AC, as serpentes e os insetos da região migram muito de território, seja por abrigo ou para completar ciclos vitais como reprodução. Mas também é certo que alguns se aproximam das residências em busca de comida e são atraídos pela grande quantidade de lixo doméstico produzido pela população.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Saiba o que fazer com o lixo



O Brasil produz atualmente cerca de 228,4 mil toneladas de lixo por dia, segundo a última pesquisa de saneamento básico consolidada pelo IBGE, em 2000. O chamado lixo domiciliar equivale a pouco mais da metade desse volume, ou 125 mil toneladas diárias.

Do total de resíduos descartados em residências e indústrias, apenas 4.300 toneladas, ou aproximadamente 2% do total, são destinadas à coleta seletiva. Quase 50mil toneladas de resíduos são despejados todos os dias em lixões a céu aberto, o que representa um risco à saúde e ao ambiente.

Mudar esse cenário envolve a redução de padrões sociais de consumo, a reutilização dos materiais e a reciclagem, conforme a "Regra dos Três Erres" preconizada pelos ambientalistas.

A idéia é diminuir o volume de lixo de difícil decomposição, como vidro e plástico, evitar a poluição do ar e da água, otimizar recursos e aumentar a vida útil dos aterros.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Cheia de rio deixa famílias desalojadas em Ji-Paraná (RO)


As águas do Rio Machado em Ji-Paraná (RO) passaram de 10 metross, deixaram ruas inundadas e centenas de pessoas desalojadas.

Isso é consequência da cheia em Pimenta Bueno. Os rios Barão de Melgaço e Pimenta se unem para forma o Rio Machado. Em Ji-Paraná, segundo um jornal de circulação estadual, o Corpo de Bombeiros está em alerta, pois a previsão é que as águas do Machado subam mais.

Nos bairros Urupá, Centro (beira do rio), Primavera e Casa Preta, dezenas de casas já foram afetadas pela cheia do Machado. O alerta de enchente se deve ao fato das chuvas continuarem castigando a região sul do Estado, a cidade de Vilhena, na qual ficam as cabeceiras do Barão de Melgaço e Pimenta, ambos afluentes do rio Machado.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Retiro espiritual


Para fugir da agitação do carnaval, os evangélicos buscam a paz e a tranquilidade nos retiros espirituais. Famílias inteiras escolhem chácaras e levantam acampamento por quatro dias. Período ideal para a reflexão, lazer e a prática de esportes.

Estima-se que mais de 20 mil fiéis procurem o sossego dos retiros durante o período de carnaval. A Comunidade Apostólica, de Rio Branco, é uma dessas igrejas.

Quem mais se diverte são os jovens e as crianças. Piscina, campo de futebol e colônia de férias fazem parte da programação do retiro.




domingo, 14 de fevereiro de 2010

Rio Juruá volta a encher


As fortes chuvas que vêm caindo sobre a região do Vale do Juruá nos últimos dias, provocaram uma rápida enchente do Rio Juruá, o nível das águas está há pouco mais de um metro de atingir a cota de alerta.

O Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul está em vigilância, várias vezes durante o dia, os militares fazem a medição do nível das águas que já chegou a 11,6 metros e continua subindo. O capitão James Clei comandante do Corpo de Bombeiros na cidade, disse que o serviço de monitoramento costuma se basear em informações que chegam de outros municípios mais próximos à cabeceira do Rio. Ele informou que no município de Porto Valter, o Rio Juruá apresentou sinais de vazante, já em Marechal Thaumaturgo localizado na divisa com o Peru, o nível das águas está subindo, mas explica que por enquanto, tudo está dentro da normalidade.

James Clei garante que a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros têm um plano de contingência preparado que pode ser acionado a qualquer momento, caso seja necessária à remoção de alguma família das áreas alagadas.

Este ano a preocupação das autoridades é menor, já que houve uma redução no número de famílias que viviam nas áreas de risco. Muitos moradores foram desapropriados pelo Governo do Estado, devido à construção da ponte sobre o Rio Juruá.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Biocombustíveis pressionam a Amazônia


A expansão da produção de biocombustíveis no Brasil pode aumentar as emissões de dióxido de carbono do país, ao invés de reduzi-las, e empurrar a pecuária para a Amazônia e o Cerrado, de acordo com um estudo da universidade de Kassel, na Alemanha.

A pesquisa, publicada na última edição da revista científica Proceedings of the Academy of National Sciences, calcula que a expansão da pecuária rumo à Amazônia – provocada indiretamente pela expansão das plantações de cana-de-açúcar e soja, usadas na produção de etanol e biodiesel – seria responsável por quase metade do desmatamento previsto para ocorrer até 2020.

Com isso, o país levaria quase 250 anos para poupar, através do uso de biocombustíveis em vez de combustíveis fósseis, a quantidade de carbono liberada pelo desmatamento dessas áreas.

A expansão das plantações de cana se concentraria principalmente nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná; e em menor escala, no Nordeste.

Já a soja, segundo a pesquisa, avançaria nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.

Amazônia e Cerrado

No entanto, a conseqüência indireta dessa expansão seria o avanço da pecuária para Amazônia e para o Cerrado. Nos modelos produzidos pelos estudiosos, plantações de cana e soja seriam os responsáveis indiretos por 41% e 59% do desmatamento na região, respectivamente.

Além disso, a pesquisa sugere que entre os biocombustíveis produzidos no Brasil, o óleo de palma seria o que menos emissões de carbono produziria.

O estudiosos também afirmam que, nos próximos anos, "uma colaboração mais estreita ou uma relação reforçada entre os setores do biocombustível e pecuária é crucial para uma economia eficaz de emissões de biocombustíveis no Brasil".

Os pesquisadores de diversas instituições alemãs, liderados por David Lapola, da universidade de Kassel, advertem que utilizaram em seus cálculos aumentos "algo otimistas" de produtividade na agricultura.

"De fato, os nossos resultados podem ser piores, em vista das projeções de potenciais colheitas por causa de avanços tecnológicos", diz o documento.

Os pesquisadores afirmam que, sem este aumento de produtividade nas potenciais colheitas até 2020, o tempo necessário para pagar a "dívida de carbono" – a economia de carbono provocada pela troca do combustível fóssil por biocombustíveis – passaria a mais de 400 anos.

Os cálculos dos pesquisadores foram feitos tomando como base os planos brasileiros de expansão de uso e produção de biocombustíveis.

Além disso, foram realizadas simulações de como este aumento se refletiria em termos de mudanças diretas e indiretas do uso do solo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Amazônia encontra jacaré Mourasuchus


RIO BRANCO, AC – Animais gigantes que viveram no Brasil há milhões de anos estão sendo encontrados no Acre durante escavações para a reforma de uma rodovia. Os achados mais recentes dos pesquisadores ainda estão em fase de identificação, mas uma das peças já reconhecidas mostra um jacaré de mais de 10 metros de comprimento, o Mourasuchus, que vivia na pré-história.

Pesquisas indicam que há oito milhões de anos, não havia ali floresta, mas um enorme pantanal. Os dinossauros já haviam desaparecido havia muito tempo e a Amazônia era habitada por grandes mamíferos, como o mastodonte, um parente do elefante.

Ossos desses animais são guardados em um acervo no Acre, que tem a maior e melhor coleção de partes de animais pré-históricos da Amazônia. São mais de 5 mil peças, sendo que 800 foram encontradas durante as obras da BR-364, que liga a capital, Rio Branco, à cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre.

Uma das peças do acervo acreano é a o osso da perna de um toxodonte, antepassado dos atuais hipopótamos africanos. O mais temido predador desse período era um réptil, o purussauros. De ponta a ponta, o bicho media mais de 12 metros.

“Existem registros de purussauros na Colômbia, na Venezuela, no Equador, mas o maior de todos é tipicamente encontrado na nossa região.”, afirma o paleontólogo Jonas Filho.

Outra peça interessante é a carapaça da tartaruga mata-matá, que mede 2,46 metros – pelo menos quatro vezes maior do que uma tartaruga adulta que vive hoje na região.

Os pesquisadores acreditam que esses gigantes desapareceram depois de uma grande seca provocada pelo surgimento da Cordilheira dos Andes. Foi nessa época que começaram a surgir muitos dos animais que hoje povoam a floresta amazônica.

“Essa é uma extinção que a própria natureza se encarregou de repor. Em uma extinção provocada, pode não haver tempo suficiente para que a gente possa recuperar um ambiente já degradado”, afirma Jonas.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

No Acre mosqueteiro com inseticida ajuda no combate à malária

Dados da Secretaria Estadual de Saúde do Acre indicam que o projeto Padre Peixoto concentra 50% dos casos de malária no município de Senador Guiomard.

Segundo a gerente estadual de Endemias, Izanelda Magalhães, o objetivo é reduzir a incidência da doença na região do Vale do Acre com o auxílio do mosqueteiro impregnado com inseticida.

Nesta quarta-feira (10), a Secretaria Estadual de Saúde em parceria com o gabinete do senador Tião Viana realizaram a entrega de um lote contendo 500 mosquiteiros para o combate à malária no município.

Ainda de acordo com a gerente estadual de Endemias,desde 2007 quando começou a distribuição dos mosquiteiros impregnados com inseticida, o acre conseguiu reduzir em 70%os casos de malária.

A expectativa do secretário de Saúde, Osvaldo Leal, é repetir o sucesso da ação realizada no Vale do Juruá. Graças à distribuição 75 mil mosqueteiros houve uma redução de 98 mil para 27 mil de pessoas infectadas com o mosquito da malária nos municípios de Cuzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Mâncio Lima em 2009.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Sipam prevê chuvas acima da média até Abril para o Acre

Os próximos três meses ainda serão de muita chuva para o estado do Acre, que deve ter precipitações acima da média em toda a sua extensão. A previsão é do Boletim Climático da Amazônia, elaborado pelos meteorologistas do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).

A alta umidade é normal para o período, conhecido como inverno amazônico, e só deve diminuir em abril, quando se inicia a transição para a seca. Até lá, muitas nuvens deixam a temperatura estável, dificilmente ultrapassando os 32ºC. O diferencial desta estação está sendo a presença do El Niño.

“O fenômeno ainda aquece as águas do Pacífico em até 1,5°C acima da média, o que é significativo e favorece a formação de umidade sobre a região sul da Amazônia. Mas a tendência agora é seu enfraquecimento”, explica Luiz Alves, meteorologista do Sipam.

Já em dezembro os acreanos sentiam o acréscimo de precipitação, mas em janeiro a situação ficou praticamente dentro do esperado em boa parte do estado, exceto no Vale do Juruá, que ficou mais seco que o normal, e a região do Alto Acre, que foi a mais atingida pelas chuvas.

Esse excesso de chuvas no leste e sul do Acre é o mesmo vivenciado pela população de países vizinhos como Bolívia e Peru, que registraram perdas materiais e até humanas devido a enchentes. O fluxo de umidade da Amazônia também chegou ao sudeste do Brasil, fortalecendo ainda mais as chuvas de verão e causando transtornos em São Paulo

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Navios-tanque traficam água de rios da Amazônia

Falta de fiscalização facilita a ação de criminosos. Autoridades brasileiras já foram informadas da situação.


É assustador o tráfico de água doce no Brasil. A denúncia está na revista jurídica Consulex 310, de dezembro do ano passado, num texto sobre a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o mercado internacional de água. A revista denuncia: “Navios-tanque estão retirando sorrateiramente água do Rio Amazonas”. Empresas internacionais até já criarem novas tecnologias para a captação da água. Uma delas, a Nordic Water Supply Co., empresa da Noruega, já firmou contrato de exportação de água com essa técnica para a Grécia, Oriente Médio, Madeira e Caribe.

Conforme a revista, a captação geralmente é feito no ponto que o rio deságua no Oceano Atlântico. Estima-se que cada embarcação seja abastecida com 250 milhões de litros de água doce, para engarrafamento na Europa e Oriente Médio. Diz a revista ser grande o interesse pela água farta do Brasil, considerando que é mais barato tratar águas usurpadas (US$ 0,80 o metro cúbico) do que realizar a dessalinização das águas oceânicas (US$ 1,50).

Há trás anos, a Agência Amazônia também denunciou a prática nefasta. Até agora, ao que se sabe nada de concreto foi feito para coibir o crime batizado de hidropirataria. Para a revista Consulex, “essa prática ilegal, no então, não pode ser negligenciada pelas autoridades brasileiras, tendo em vida que são considerados bens da União os lagos, os rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seus domínio (CF, art. 20, III).

Outro dispositivo, a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, atribui à Agência Nacional de Águas (ANA), entre outros órgãos federais, a fiscalização dos recursos hídricos de domínio da União. A lei ainda prevê os mecanismos de outorga de utilização desse direito. Assinado pela advogada Ilma de Camargos Pereira Barcellos, o artigo ainda destaca que a água é um bem ambiental de uso comum da humanidade. “É recurso vital. Dela depende a vida no planeta. Por isso mesmo impõe-se salvaguardar os recursos hídricos do País de interesses econômicos ou políticos internacionais”, defende a autora.

Segundo Ilma Barcellos, o transporte internacional de água já é realizado através de grandes petroleiros. Eles saem de seu país de origem carregados de petróleo e retornam com água. Por exemplo, os navios-tanque partem do Alaska, Estados Unidos – primeira jurisdição a permitir a exportação de água – com destino à China e ao Oriente Médio carregando milhões de litros de água.

Nesse comércio, até uma nova tecnologia já foi introduzida no transporte transatlântico de água: as bolsas de água. A técnica já é utilizada no Reino Unido, Noruega ou Califórnia. O tamanho dessas bolsas excede ao de muitos navios juntos, destaca a revista Consulex. “Sua capacidade [a dos navios] é muito superior à dos superpetroleiros”. Ainda de acordo com a revista, as bolsas podem ser projetadas de acordo com necessidade e a quantidade de água e puxadas por embarcações rebocadoras convencionais.

Biopirataria e roubo de minérios

Há seis anos, o jornalista Erick Von Farfan também denunciou o caso. Numa reportagem no site eco21 lembrava que, depois de sofrer com a biopirataria, com o roubo de minérios e madeiras nobres, agora a Amazônia está enfrentando o tráfico de água doce. A nova modalidade de saque aos recursos naturais foi identificada por Farfan de hidropirataria. Segundo ele, os cientistas e autoridades brasileiras foram informadas que navios petroleiros estão reabastecendo seus reservatórios no Rio Amazonas antes de sair das águas nacionais.

Farfan ouviu Ivo Brasil, Diretor de Outorga, Cobrança e Fiscalização da Agência Nacional de Águas. O dirigente disse saber desta ação ilegal. Contudo, ele aguarda uma denúncia oficial chegar à entidade para poder tomar as providências necessárias. “Só assim teremos condições legais para agir contra essa apropriação indevida”, afirmou.

O dirigente está preocupado com a situação. Precisa, porém, dos amparos legais para mobilizar tanto a Marinha como a Polícia Federal, que necessitam de comprovação do ato criminoso para promover uma operação na foz dos rios de toda a região amazônica próxima ao Oceano Atlântico. “Tenho ouvido comentários neste sentido, mas ainda nada foi formalizado”, observa.

Águas amazônicas
Segundo Farfan, o tráfico pode ter ligações diretas com empresas multinacionais, pesquisadores estrangeiros autônomos ou missões religiosas internacionais. Também lembra que até agora nem mesmo com o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) foi possível conter os contrabandos e a interferência externa dentro da região.

A hidropirataria também é conhecida dos pesquisadores da Petrobrás e de órgãos públicos estaduais do Amazonas. A informação deste novo crime chegou, de maneira não oficial, ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), órgão do governo local. “Uma mobilização até o local seria extremamente dispendiosa e necessitaríamos do auxílio tanto de outros órgãos como da comunidade para coibir essa prática”, reafirmou Ivo Brasil.

A captação é feita pelos petroleiros na foz do rio ou já dentro do curso de água doce. Somente o local do deságüe do Amazonas no Atlântico tem 320 km de extensão e fica dentro do território do Amapá. Neste lugar, a profundidade média é em torno de 50 m, o que suportaria o trânsito de um grande navio cargueiro. O contrabando é facilitado pela ausência de fiscalização na área.

Essa água, apesar de conter uma gama residual imensa e a maior parte de origem mineral, pode ser facilmente tratada. Para empresas engarrafadoras, tanto da Europa como do Oriente Médio, trabalhar com essa água mesmo no estado bruto representaria uma grande economia. O custo por litro tratado seria muito inferior aos processos de dessalinizar águas subterrâneas ou oceânicas. Além de livrar-se do pagamento das altas taxas de utilização das águas de superfície existentes, principalmente, dos rios europeus. Abaixo, alguns trechos da reportagem de Erick Von Farfan:

Hidro ou biopirataria?

O diretor de operações da empresa Águas do Amazonas, o engenheiro Paulo Edgard Fiamenghi, trata as águas do Rio Negro, que abastece Manaus, por processos convencionais. E reconhece que esse procedimento seria de baixo custo para países com grandes dificuldades em obter água potável. “Levar água para se tratar no processo convencional é muito mais barato que o tratamento por osmose reversa”, comenta.

O avanço sobre as reservas hídricas do maior complexo ambiental do mundo, segundo os especialistas, pode ser o começo de um processo desastroso para a Amazônia. E isto surge num momento crítico, cujos esforços estão concentrados em reduzir a destruição da flora e da fauna, abrandando também a pressão internacional pela conservação dos ecossistemas locais.

Entretanto, no meio científico ninguém poderia supor que o manancial hídrico seria a próxima vítima da pirataria ambiental. Porém os pesquisadores brasileiros questionam o real interesse em se levar as águas amazônicas para outros continentes. O que suscita novamente o maior drama amazônico, o roubo de seus organismos vivos. “Podem estar levando água, peixes ou outras espécies e isto envolve diretamente a soberania dos países na região”, argumentou Martini.

A mesma linha de raciocínio é utilizada pelo professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade Federal do Paraná, Ary Haro. Para ele, o simples roubo de água doce está longe de ser vantajoso no aspecto econômico. “Como ainda é desconhecido, só podemos formular teorias e uma delas pode estar ligada ao contrabando de peixes ou mesmo de microorganismos”, observou.

Essa suposição também é tida como algo possível para Fiamenghi, pois o volume levado na nova modalidade, denominada “hidropirataria” seria relativamente pequeno. Um navio petroleiro armazenaria o equivalente a meio dia de água utilizada pela cidade de Manaus, de 1,5 milhão de habitantes. “Desconheço esse caso, mas podemos estar diante de outros interesses além de se levar apenas água doce”, comentou.

Segundo o pesquisador do Inpe, a saturação dos recursos hídricos utilizáveis vem numa progressão mundial e a Amazônia é considerada a grande reserva do Planeta para os próximos mil anos. Pelos seus cálculos, 12% da água doce de superfície se encontram no território amazônico. “Essa é uma estimativa extremamente conservadora, há os que defendem 26% como o número mais preciso”, explicou.

Em todo o Planeta, dois terços são ocupados por oceanos, mares e rios. Porém, somente 3% desse volume são de água doce. Um índice baixo, que se torna ainda menor se for excluído o percentual encontrado no estado sólido, como nas geleiras polares e nos cumes das grandes cordilheiras. Contando ainda com as águas subterrâneas. Atualmente, na superfície do Planeta, a água em estado líquido, representa menos de 1% deste total disponível.

Água será motivo de guerra
A previsão é que num período entre 100 e 150 anos, as guerras sejam motivadas pela detenção dos recursos hídricos utilizáveis no consumo humano e em suas diversas atividades, com a agricultura. Muito disto se daria pela quebra dos regimes de chuvas, causada pelo aquecimento global. Isto alteraria profundamente o cenário hidrológico mundial, trazendo estiagem mais longas, menores índices pluviométricos, além do degelo das reservas polares e das neves permanentes.

Sob esse aspecto, a Amazônia se transforma num local estratégico. Muito devido às suas características particulares, como o fato de ser a maior bacia existente na Terra e deter a mais complexa rede hidrográfica do planeta, com mais de mil afluentes. Diante deste quadro, a conclusão é óbvia: a sobrevivência da biodiversidade mundial passa pela preservação desta reserva.

Mas a importância deste reduto natural poderá ser, num futuro próximo, sinônimo de riscos à soberania dos territórios panamazônicos. O que significa dizer que o Brasil seria um alvo prioritário numa eventual tentativa de se internacionalizar esses recursos, como já ocorre no caso das patentes de produtos derivados de espécies amazônicas. Pois 63,88% das águas que formam o rio se encontram dentro dos limites nacionais.

Esse potencial conflito é algo que projetos como o Sistema de Vigilância da Amazônia procuram minimizar. Outro aspecto a ser contornado é a falta de monitoramento da foz do rio. A cobertura de nuvens em toda Amazônia é intensa e os satélites de sensoriamento remoto não conseguem obter imagens do local. Já os satélites de captação de imagens via radar, que conseguiriam furar o bloqueio das nuvens e detectar os navios, estão operando mais ao norte.

As águas amazônicas representam 68% de todo volume hídrico existente no Brasil. E sua importância para o futuro da humanidade é fundamental. Entre 1970 e 1995 a quantidade de água disponível para cada habitante do mundo caiu 37% em todo mundo, e atualmente cerca de 1,4 bilhão de pessoas não têm acesso a água limpa. Segundo a Water World Vision, somente o Rio Amazonas e o Congo podem ser qualificados como limpos.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Acre é destaque no Fantástico

Mais uma vez o Acre ganhou minutos de fama na imprensa nacional. Desta vez foi a revista eletrônica Fantástico (Rede Globo) destacar neste domingo (7), numa reportagem especial, os lendários geoglifos. Marcas milenares que há anos intrigam pesquisadores da região quanto a sua origem. Confira no site www.fantastico.globo.com a matéria completa. Abaixo também o texto da reportagem do globoamazonia.com:



Elas passaram séculos escondidas pela floresta. Agora, com o desmatamento para a criação de gado, estão aparecendo cada vez mais. Os geoglifos são formas perfeitas escavadas no solo, espalhadas pelo extremo oeste da Amazônia.

Serão vestígios de uma sociedade desconhecida? Ou restos do lendário reino de Eldorado, com que tantos exploradores sonharam?

Segundo o paleontólogo Alceu Ranzi, da Universidade Federal do Acre, os geoglifos formavam um grande sistema que se estendia por centenas de quilômetros nessa região da Amazônia. Ranzi fazia parte da equipe que descobriu os desenhos, em 1977. Mas foi só nos últimos tempos que o número de achados disparou, graças a fotos de satélite disponíveis na internet. Já são quase 300 geoglifos - de alguns, os pesquisadores nunca chegaram perto.

Apesar do nome, Boca do Acre fica no Amazonas. É para lá que foi a equipe de reportagem do Fantástico, para ver de perto alguns geoglifos que até então só haviam sido observados pelo pesquisadores por imagens de satélite.

Em pouco tempo de voo é possível ver as formas - algumas bem nítidas, outras parcialmente encobertas pela mata. “Normalmente são quadrados e círculos. Temos octógonos também, hexágonos...”, cita Ranzi.

Para Jacob Queiroz, 93 anos, dono de terras onde existem algumas figuras, elas não podem ser simples obras da natureza. “Isso aqui foi gente que fez. Trabalho de engenheiro”, comenta.

Revolução
Dentro de um dos canais que forma as figuras, é possível ver que a terra foi escavada e cuidadosamente empilhada do lado de fora. Por isso, chegou-se a pensar que as valas seriam trincheiras da revolução acriana, a revolta do início do século 20 contra a dominação da Bolívia no território.

Mas a teoria das trincheiras está fora de cogitação. As análises geológicas publicadas mostram que os geoglifos são muito mais antigos: do século 13.

Outra questão intrigante é como os habitantes daquela época conseguiram fazer isso dentro de uma floresta densa. “Imagino que essa região da Amazônia devia estar passando por um problema climático”, diz Ranzi. Os cientistas têm uma hipótese: na época da construção dos geoglifos, a Amazônia pode ter passado por uma seca muito forte, que transformou a floresta numa imensa savana, parecida com o cerrado brasileiro.

Falta ainda a principal peça do quebra-cabeça: que tipo de sociedade projetou esses monumentos? Certamente devia ter um certo grau de organização para elaborar esses monumentos. As principais teorias sobre os povos que viviam nesta região antes de o Brasil ser descoberto dizem que esses povos jamais teriam tamanha sofisticação, eram nômades, ou seja, não passavam muito tempo no mesmo lugar.


Para Jacó Piccoli, antropólogo da Universidade Federal do Acre, é possível que haja uma relação estreita com os antepassados dos índios atuais. “Mas podem ter sido também outras populações que habitaram a região”, pondera. É difícil estabelecer uma origem clara para os geoglifos, porque não se encontram pistas nas tradições dos índios que vivem hoje na região.

Na falta de respostas, os moradores abraçam o sobrenatural. Seu Jacob conta que, estranhamente, as valas nunca alagam quando chove e que, do chão, sobe uma espécie de zumbido. “Uuuuuu.... que nem uma abelhal”, conta.

Também não faltam suposições delirantes, como, por exemplo, que os geoglifos seriam marcas deixadas por extraterrestres.

Quando olham para a imensidão da floresta amazônica preservada, os cientistas ficam imaginando quantos geoglifos, quantos desenhos geométricos estão escondidos debaixo das árvores. Eles estimam que nem 10% deles tenham sido revelados.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O doutor da Floresta


Seu Alberto Nunes, 79 anos, é um dos moradores mais antigos do Parque Estadual Chandless. Ele é conhecido na região como o doutor da Floresta. Com seus conhecimentos tradicionais, seu Alberto retira de plantas da floresta vários remédios caseiros que são usados no tratamento de diversas doenças. Desde dores na coluna, inflamações até dores de barriga e na cabeça.

Seu Alberto disse que já esteve contato com os índios isolados na fronteira do Acre, no Parque Estadual Chandless, com o Peru.

- Eles não vivem no Clandless, só entram às vezes a procura de comida, mas logo retornam as florestais do Peru-, completou.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Tubarão gigante


Pescadores retiram um tubarão de uma tonelada e cinco metros na costa da província de Phu Yen, no Vietnã, na quinta-feira (5). As autoridades ofereceram uma recompensa de 400 euros pela captura do tubarão, que seria responsável por uma série de ataques a pessoas na praia.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Voo Rio Branco/Cusco até abril



Por Tatiana Campos
Os voos transfronteiriços ligando Rio Branco às capitais do Peru e da Bolívia serão uma realidade no próximo mês. O grupo de trabalho, composto para discutir a implementação dos voos, esteve reunido no Acre na última quarta-feira (3) e visitou as instalações do aeroporto de Rio Branco. A meta é realizar o voo inaugural para Cusco antes do dia 2 de abril, quando os presidentes dos dois países se reúnem novamente.

A reunião do GT foi transferida de Brasília para Rio Branco e reuniu representantes da Infraero, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Superintendência da Agricultura, Receita Federal, Polícia Federal, e trade turístico. Também participaram da reunião os secretários de Turismo, Esporte e Lazer, Cassiano Marques, e de Ciência, Desenvolvimento e Tecnologia, César Dotto, e o presidente da Assembleia Legislativa, Edvaldo Magalhães.

Durante a reunião foram discutidas as principais providências que devem ser tomadas para que os voos aconteçam. Os principais gargalos são a habilitação do aeroporto para voos internacionais e alfandegamento do aeroporto para cargas e passageiros internacionais. As duas questões ganharam soluções provisórias até que a pista de pouso esteja reformada e adequada aos padrões internacionais exigidos.

Uma das dificuldades para o alfandegamento, colocadas pela Receita Federal, é a falta de recursos humanos. Mas o superintendente adjunto da Receita Federal da Regional Norte, Eduardo Badaró, presente à reunião, garantiu que o aeroporto de Rio Branco estará alfandegado até a segunda quinzena de março, em caráter provisório. Neste primeiro momento, os voos entre Rio Branco e Cusco, terão frequência de duas vezes por semana.

"Precisamos, porém, que as instalações atendam a alguns critérios pare termos controle sobre cargas e passageiros de voos internacionais. Não dá para fazer esse embarque junto com os voos domésticos. Mas vamos atender no aeroporto de Rio Branco numa situação provisória para que os voos aconteçam", explicou Badaró.

Sobre a questão da habilitação para voos internacionais do Aeroporto de Rio Branco, Benigno Matias de Almeida, superintendente Regional Norte da Infraero, disse que as providencias estão em andamento. "Estamos em obras na pista para as operações imediatas, buscando garantir a aviação no momento, e logo após o inverno, creio que em maio, as obras em caráter definitivo para uma pista padrão internacional terão início". A Anac espera apenas a conclusão destas providencias para homologar novamente o aeroporto para receber voos internacionais.

Pelo menos 5 mil clientes em potencial

A Secretaria de Turismo, Setul, estima que pelo menos cinco mil acreanos são clientes em potencial para o voo que ligará Rio Branco à Cusco e à Lima. Os voos devem custar menos de U$ 200 dólares no trecho ida e volta e não são itinerários longos, já que o aeroporto internacional de Lima é mais próximo da capital acreana que o aeroporto de Manaus.

O turismo para o Peru vem sendo cada vez mais incentivado e não apenas os acreanos interessados em descobrir as maravilhas do país vizinho serão beneficiados pela nova rota área internacional. Turistas de todo o Brasil terão mais uma opção de entrada, utilizando o Acre como porta, como já vem acontecendo através da ligação rodoviária.

Cassiano Marques, da Setul, encara a conquista dos voos como fruto da determinação e do esforço do Governo do Estado em promover a integração com o país vizinho também através do turismo. "Temos nos esforçado para que haja o comprometimento dos órgãos federais nesta causa. O Governo tem articulado estas reuniões e atuado na promoção constante do turismo para despertar o interesse pelo voo. Não basta ter as coisas resolvidas, aeroporto habilitado, voo disponível. É preciso que haja o interesse comercial e também temos trabalhado para isso. O Acre tem se colocado de forma bastante positiva no contexto do turismo da região amazônica", disse.

Democratização da internet


O governo do Acre lançou nesta quinta-feira o programa Floresta Digital. O projeto disponibiliza sinal de internet banda larga de forma gratuita para a capital e grande parte dos municípios do Estado.

Estudantes do terceiro ano do ensino médio também foram beneficiados com a entrega de notebooks, em regime de concessão, para serem utilizados como ferramenta de aprendizado. Com isso, o Acre passa a ser o primeiro Estado da federação a oferecer internet gratuita para seus usuários.

“O resultado desse programa ousado nós só poderemos visualizar daqui a alguns anos”, disse o governador Binho Marques. “Quando os nossos jovens fizerem dessa ferramenta um instrumento de inclusão social”.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Preguiça corajosa!

Essa preguiça foi flagrada por nossa equipe quando atravessa o Rio Purus a nado. Quanto tempo ela levou não me pergunte. Quando a avistamos, ela já estava chegando à outra margem. A natureza é mesmo impressionante!





terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ceasa começa a funcionar em março

A partir de primeiro de março não será mais permitida à comercialização de frango caipira, pescado e frutas no centro da cidade. Apenas as hortaliças continuarão sendo vendidas no mercado Elias Mansour. Os demais produtos passam a ser comercializados na Central de Abastecimento de Rio Branco – Ceasa, na estrada da Sobral.

A área de 40 mil metros quadrados conta com 30 boxes, 11 lojas com espaço para bancos, restaurantes e lanchonetes. Um investimento de 7 milhões de reais da Prefeitura de Rio Branco e do Governo Federal.

O produtor Antônio Paixão trabalha com a venda de pupunha. Ele aposta nas novas instalações da Ceasa para aquecer as vendas.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Desmatamento da Amazônia teve nova queda, diz Minc

O desmatamento da Amazônia entre outubro e novembro do ano passado apresentou queda expressiva, superior a 250 quilômetros quadrados, em relação ao mesmo período do ano anterior, disse nesta segunda-feira o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

"Os números sempre caem e vão continuar caindo", disse Minc a jornalistas, se referindo aos dados sobre a destruição da floresta que devem ser anunciados oficialmente na terça-feira.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apura os números do desmatamento para o governo federal, somente em outubro de 2008 foram desmatados 541 quilômetros quadrados da floresta. Entre outubro de 2008 e janeiro de 2009 a floresta perdeu 754,3 quilômetros quadrados.

Em novembro, acompanhado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Minc anunciou que a Amazônia teve o menor nível de desmatamento em 21 anos entre agosto de 2008 e julho do ano passado. O período de agosto de um ano a julho do ano seguinte é o ano-calendário para a medição do desmatamento da Amazônia.

"Diziam que a gente estava reduzindo o desmatamento por sorte. Chegamos a um mínimo recorde e os números mostraram o tamanho do esforço do governo", acrescentou o ministro.

Minc aproveitou também para reafirmar que deixará o ministério no final de março, prazo para a descompatibilização dos ministros que disputarão as eleições de outubro deste ano.

"Vou sair no fim de março para concorrer às eleições", disse ele.

Minc pretende concorrer a uma vaga de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O ministro é um dos expoentes do PT no Estado.