segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Pesquisadores do Inpe mapeiam nascente do rio Amazonas na cordilheira dos Andes


Foram necessários seis dias e cinco noites em meio a um clima inóspito, a 5,6 mil m de altitude, para que a primeira expedição científica brasileira consolidasse a localização da nascente do rio Amazonas na cordilheira de Chila, nos Andes do sul do Peru.
Os dados coletados indicam que a principal vertente começa no Nevado Mismi a partir da Quebrada (córrego) Apacheta. Entre a nascente e o oceano Atlântico, o curso d'água ganha os nomes de Lloqueta, Apurimac, Ene, Tambo, Ucayali, Solimões e Amazonas.
Segundo os pesquisadores, com esta localização o rio pode chegar a 6.850 km de extensão, embora seu comprimento possa variar ano a ano com os meandros da planície amazônica.
"Atualmente, nós do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), trabalhamos e testamos a hipótese que o curso principal formador do Amazonas é a vertente da Quebrada Apacheta. É uma especulação fundamentada", disse Oton Barros, que integra a Divisão de Sensoriamento Remoto do Inpe e que participou da expedição.
Os trabalhos desenvolvidos pelo pesquisador no local incluíram estudos com imagens de satélite e modelos de elevação digital do terreno gerados com radar orbital.

Rio Amazonas
O rio Amazonas, cujo volume de água é superior ao de todos os outros rios do mundo, é um sistema sinuoso de canais, na maior parte de seu curso através da floresta tropical sul-americana. O rio drena uma imensa região que se estende quase pelo continente inteiro, desde sua nascente na Cordilheira dos Andes até sua foz no oceano Atlântico, em um amplo estuário de aproximadamente 240 km de largura. O Amazonas e seus afluentes contribuem para manter um hábitat de floresta tropical que contém mais espécies de flora e fauna do que qualquer outro ecossistema.

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