segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Prêmio Chabub Leite valoriza jornalismo regional

A reportagem vencedora do prêmio José Chalub Leite (BR-364: A Caminho do Juruá) levou doze dias para ser produzida. Sendo que entre Manoel Urbano e Feijó, o percurso precisou ser feito por mim e o cinegrafista Josenir Melo a pé e em lombo de burros. Só nesse trecho de 180 quilômetros foram oito dias. Quatro caminhando, numa estrada que mais parecia um varadouro, porque estava no período das chuvas, e outros cinco dias com auxílio de animais.
Além da dificuldade geográfica, também tivemos de superar a saudade da familia. Mas valeu a pena. Conseguimos registrar e documentar uma região do Acre que pouca gente conhecia. Acredito que com essa reportagem conseguimos cumprir o nosso papel como jornalistas. Num momento em que parte da mídia local dá mais destaque para o que é noticiado na grande imprensa, conseguir vencer o prêmio José Chalub Leite (o Oscar o jornalismo acreano) com uma reportagem destacando o jornalismo regional é espetacular. Creio que escrevi de vez o meu nome na história da imprensa acreana. Daqui a dez anos, as minhas filhas (Sara e Ana Jullian), acadêmicos de jornalismo e profissionais da época quando pesquisarem a história do premio José Chalub Leite de Jornalismo de 2007 vão encontrar: Repórter Senildo Melo (TV Aldeia), vencedor da categoria telejornalismo.

Uma aventura para poucos







terça-feira, 11 de dezembro de 2007

IBAMA coordena fiscalização na Ponta do Abunã

Teve início hoje uma operação coordenada pelo IBAMA do Acre, Polícia Federal e Exército contra a exploração ilegal de maneira na região conhecida como Ponta do Abunã, na BR-364, na divisa do Acre com o Estado de Rondônia. De acordo com o Superintendente Regional do IBAMA no Acre, Anselmo Forneck, existe denúncias de madeireiras que estariam trabalhando sem licença ambiental. A expectativa é que empresas sejam lacradas e centenas de metros cúbicas de madeira apreendidos.


terça-feira, 27 de novembro de 2007

I Acre Ambiental discute desenvolvimento sustentável e aquecimento global na região
O I Acre Ambiental reúne no mesmo evento o I Fórum Estadual de Secretários Municipais de Meio Ambiente, I Encontro de Agendas 21 e Workshop Rio Acre: ações integradas para a conservação e sustentabilidade. O objetivo é promover a troca de experiências e informações na área de gestão ambiental e desenvolver ações integradas para o setor.
A coordenadora do programa Agenda 21 do Ministério do Meio Ambiente, Karla Monteiro, abordou o tema aquecimento global como o principal desafio para os governos. A Agenda 21 é um conjunto de medidas já adotadas por seis municípios acreanos. O documento propõe ações integradas nos setor público privado para garantir o desenvolvimento regional.
O secretário de meio ambiente do Acre, Eufran do Amaral, destacou o Zoneamento Econômico Ecológico como a principal ferramenta para o Ordenamento Territorial do Estado. O instrumento de gestão ambiental é fundamental para o governo identificar os setores produtivos para o fortalecimento da economia local.
A partir de agora, todas as cidades as margens do rio Acre terão de adotar políticas públicas para a preservação do principal manancial do Estado.

sábado, 17 de novembro de 2007


Governo e comunidade inauguram pousada ecológica no Seringal Cachoeira

Uma solenidade realizada na manhã de sexta-feira (16) marcou a inauguração da pousada ecológica do Seringal Cachoeira. O evento contou com a presença do governador Binho Marques, secretário de Turismo, Cassiano Marques e comunidade local. A pousada dispõe de um chalé, dois apartamentos e dois belichários com capacidade para acomodar 36 turistas. O investimento é superior a 200 mil reais. O espaço será administrado pelo governo do Estado e Associação de Produtores e Extrativistas do Seringal Cachoeira por 60 dias, quando será licitado para os cuidados da iniciativa privada. Com diárias que variam de 50 a 120 reais, a pousada já está com a suas reservas esgotadas até janeiro de 2008.
O Seringal Cachoeira, localizado no quilômetro 180 da BR-317, em Xapuri, é berço do modelo de desenvolvimento sustentável adotado atualmente pelo governo do Acre. Local onde também viveu o líder ambientalista Chico Mendes, morto por fazendeiros em 1989, por liderar um grupo de seringueiros em manifestação contra a derrubada da floreta para o avanço da pecuária, num levante que ficou conhecido como empate.
A comunidade do Cachoeira, que sobrevive da exploração da floresta com o manejo madeireiro e não madeireiro, agora terá outra fonte de renda: o turismo ecológico. Parte dos membros da comunidade foi capacitada por meios de cursos coordenados pela Setur e o Sebrae para orientar os turistas durante as caminhadas pelas trilhas ecológicas.
Durante a solenidade de inauguração, o governo do Acre também assinou convênios com dez ONGs no valor de mais de R$ 400 mil para financiar a pesquisa e as ações dentro do Seringal.


VII MAP discute sobre desenvolvi-mento regional e mudanças climáticas na fronteira do Acre

O VII Fórum tri-nacional da organização MAP, uma junção dos nomes Madre de Dios, Acre e Pando aconteceu durante os dias 15,16 e 17 de novembro nos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia, na fronteira do Acre. O tema do encontro desse ano é sobre mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável. O governador do Acre, Binho Marques, que esteve na abertura do evento, disse que o fórum é uma excelente oportunidade para discutir os problemas comuns que envolvem os países vizinhos.

“Acredito que o desenvolvimento sustentável da região passa por três eixos principais”, disse Binho Marques. Se referindo a conclusão das estradas Transoceânica e BR-364, preservação dos recursos hídricos, principalmente no que se refere a bacia do rio Acre, que corta os três países, e na atenção as populações tradicionais.

As propostas e encaminhamentos tirados durante a realização do MAP serão transformados num documento que servirá de base para futuros investimentos na região.



terça-feira, 23 de outubro de 2007

Cuzco: rota mundial do turismo

Cuzco é conhecida como a capital do antigo império Inca. Sendo a segunda cidade mais importante do Peru com 500 mil habitantes. Sua principal atividade econômica é o turismo. Por ano o lugar chega a receber 1 milhão de turistas de várias partes do mundo. Na América Latina, a cidade só perde em número de visitantes para Rio de Janeiro e Buenos Ayres.

Entre as principais atrações turísticas, destaque para as ruínas históricas de Machupicchu, que fica a quatro horas de trem saindo do centro de Cuzco. Cada viagem não sai por menos de 120 dólares. Os restaurantes são sofisticados e possuem uma culinária bastante diversificada. O alto das cordilheiras também é bastante visitado pelos turistas, assim como o mirante, o centro arqueológico e o Coliseum Salsayhuama, palco das batalhas medievais do início do século passado.

Com a criação de uma rota aérea Rio Branco/Cuzco, os empresários da capital acreditam na consolidação dos negócios e do turismo entre os dois países. Mas, a viagem também pode ser feita pela estrada Interoceânica (rodovia do pacífico). Saindo da capital acreana são 1200 quilômetros até Cuzco. A rodovia está sendo pavimentada por um consórcio de empresas liderado pela Odebrecht. A obra tem um custo total de 600 milhões de dólares e o governo brasileiro tem participação no negócio por meio do BNDES. De acordo com Mário Cordino, engenheiro da Odebrecht, a previsão é que a estrada seja concluída em meados de 2009.

sábado, 20 de outubro de 2007

Porto Acre se firma como o maior produtor de melancia do Estado

O período de colheita da melancia já está terminando, mas 2007 não será esquecido tão facilmente pelos produtores rurais de Porto Acre. O município registrou a melhor safra de melancia dos últimos anos. No entanto, os agricultores reclamam da ausência de transporte para entrega das frutas nos mercados da capital.

- Tiramos o produto da colônia e viajamos por até 10 horas em batelão particular pelo rio Acre para chegar à cidade de Porto Acre. Até o mercado Elias Mansour em Rio Branco é outra maratona. Pagamos um frete que faria de R$ 100 a R$ 200, para o caminhoneiro -, conta o produtor rural Raimundo Fé em Deus (foto).

A expectativa é que essa realidade mude com a construção do Ceasa (Central de Abastecimento) pelo prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim. Um ramal saindo da estrada de Porto Acre até a margem do rio também é aberto pelo governo do Estado. A obra vai permitir o escoamento da produção durante o verão.

domingo, 14 de outubro de 2007


Fortaleza do Abunã: refúgio dos acreanos

Distante 280 quilômetros de Rio Branco, o balneário de Fortaleza do Abunã (RO) com belas praias e opções de lazer se consolidou como o principal poente do acreano.
De acordo com empresários do setor hoteleiro, 90% dos turistas que freqüentam a praia de Fortaleza do Abunã são oriundas do Acre. Muita gente já fixou moradia no local. Para eles, o balneário é a única opção de lazer da região.
“Venho aqui há 15 anos na companhia de meu pai. No início vinha para pescar. Em Rio Branco não temos nenhum ambiente parecido. Nos fins de semana e feriados viajo à Fortaleza do Abunã acompanhado da esposa e um grupo de amigos”, disse o policial militar Marcos Ruck.

Paraíso pode desaparecer com a hidrelétrica do Madeira

Os cerca de 500 habitantes que residem em Fortaleza do Abunã lamentam a possibilidade do balneário vir a deixar de existir após a construção do complexo hidrelétrico do Rio Madeira. A obra de mais de R$ 20 bilhões, prevista para iniciar no próximo ano, segundo especialistas, afetaria a bacia do rio Abunã, exatamente onde está situado o balneário. O administrador da cidade, Cláudio Torres, no entanto afirma que o lugar não será afetado pela hidrelétrica. “Fui em todas as audiências públicas e os engenheiros de Furnas e Odebrecht me garantiram que a praia de Fortaleza do Abunã não iria desaparecer”, disse o administrador





segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Seja inteligente: ajude a salvar o meio ambiente

Para muitos o tema não desperta interesse. Quando se fala em desenvolvimento sustentável e preservação da biodiversidade, logo associam o problema a interesses particulares. Enquanto esse pensamento norteia grande parte da sociedade, o planeta azul (ou seria preto de gases poluentes e queimadas) pede socorro.
Há cerca de dois anos comecei a me interessar por reportagens sobre meio ambiente. São matérias sempre mais difíceis de serem produzidas (pela logística e deslocamento), porém são também as mais preferidas do público. Mas não se tornou um interesse meramente profissional. Lendo o livro Mundo Sustentável, do jornalista André Trigueiro, percebi o quanto posso contribuir para um futuro menos catastrófico para as minhas futuras gerações. Gestos simples e atitudes inteligentes podem fazer a diferença.

Numa hera onde é comum encontrarmos a figura do ‘Zé Sujão’ e suas garrafas plásticas, a iniciativa pela preservação do meio ambiente parece ser o único caminho. Essa semana estive na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMEIA), onde apanhei quinze mudas de diversas árvores como Ipê e Açaí. Seguindo os conselhos do meu bom amigo, professor Claudemir Mesquita (um estudioso das questões ambientais), resolvi reflorestar a margem do igarapé Fundo, no curso onde ele passa ao lado da minha residência, no Conjunto Esperança.

Se todas as mudas ‘vingarem’, dentro de cinco anos o bairro terá quinze belas arvores para evitar a erosão do barranco e embelezar uma área ainda pouco valorizada.
Meio Ambiente: depende de mim, depende de nós!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Técnicos do IMAC tentam descobrir causas da contaminação do rio Acre

Na manhã de terça-feira (18), uma equipe de técnicos do IMAC saiu da Gameleira num barco do Corpo de Bombeiros para analisar o tamanho do dano ambiental causado pela morte de peixes. Os técnicos colheram várias amostras da água do rio num raio de cinco quilômetros. No igarapé São Francisco, a cor da água denunciava o nível de contaminação. Com o auxílio de material especializado, é possível saber o grau de oxigenação e a turbidez da água.

Um aparelho de GPS ajuda a definir a posição geográfica dos igarapés que estavam contaminados. Todo material recolhido durante a atividade será analisado em laboratório. Mas de acordo com os técnicos do IMAC, um relatório preliminar aponta para o aumento da temperatura da água e para a baixa oxigenação como os prováveis motivos para o fenômeno.

Os animais mortos deixam um rastro de poluição ao longo do rio. Vários peixes em decomposição agora servem de alimento para os urubus. Até mesmo uma arraia de um metro de comprimento não resistiu à contaminação.

Poluição no rio Acre mata centenas de peixes

Ribeirinhos da região do Belo Jardim capturam os peixes que apareceram mortos na manhã de segunda-feira (17) no rio Acre. A contaminação atingiu várias espécies num raio de cinco quilômetros. A espécie mais atingida com a mortandade de peixes é o mandi. Só na comunidade do catuaba, um cardume inteiro foi contaminado.

Outras espécies como arraia, caranguejo e jundiá também foram atingidas. A quantidade de lixo no leito do rio Acre preocupa os ribeirinhos. O produtor rural Cícero Medeiros, afirma que a morte dos peixes é resultado da contaminação de igarapés da região.

sábado, 15 de setembro de 2007

Chuva prejudica tráfego na BR-364

Reaberta pelo governo do estado em maio desse ano, a BR-364 é o principal meio de ligação entre os municípios do vale do Juruá e à capital Rio Branco. Mesmo com o trabalho de manutenção permanente do Deracre, as chuvas que atingem a região têm sido o maior obstáculo
para os motoristas que trafegam pela rodovia mais importante do estado.
Máquinas trabalham na construção de galerias para tentar garantir o tráfego de veículos no trecho mais complicado da rodovia: entre os municípios de Feijó e Manoel urbano. A cada chuva, a pista fica molhada e escorregadia desafiando quem tenta seguir viagem.
Um percurso de 400 quilômetros entre Feijó e Rio Branco, que em condições normais é feito em quatro horas, com a estrada assim a viagem chega a demorar até nove horas.



quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Balsa: transporte indispensável na região

Com o tráfego na BR-364 liberado no período de verão, é grande o número de veículos circulando entre os vales do Acre e Juruá. Integração que também conta com uma colaboração muito especial: as balsas que ajudam no transporte dos carros pelos rios da região.
Ao logo dos quase 700 quilômetros da estrada entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul são quatro balsas distribuídas nos rios Purus, Envira, Tarauacá e Juruá. O serviço é mantido pelo Deracre, mas a disposição de bem servir os motoristas, que precisam utilizar o meio de transporte, só pode ser realizado por uma mão-de-obra genuinamente acreana.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Acidente na BR-364 deixa cinco feridos

Um ônibus da empresa Real Norte tombou, nessa quarta-feira, na altura do quilômetro 50 da BR-364, entre os municípios de Sena Madureira e Manuel Urbano. 15 passageiros estavam no veículo e cinco ficaram feridos. Uma mulher sofreu uma fratura no pé e teve de ser levada de táxi para receber atendimento médico no hospital em Manuel Urbano. De acordo com o motorista da Real Norte, Waldir Nascimento, um problema no freio teria ocasionado o acidente.




sexta-feira, 7 de setembro de 2007

IMAC intensifica fiscalização no feriadão


A Operação Linha Fria envolve 85 agentes do IMAC, IBAMA, Corpo de Bombeiros, Exército e Pelotão Florestal. 17 veículos são utilizados na operação. As ações foram intensificadas nos 22 municípios do Estado. Na zona rural de Capixaba, um roçado de cinco hectares pegou fogo e destruiu toda a plantação de milho. Os fiscais do IMAC aproveitam para dar orientações de caráter preventivo aos produtores rurais. Um caminhão que transportava madeira beneficiada pela BR-317 foi parado pela fiscalização mais a mercadoria estava de acordo com a legislação ambiental.
De acordo com a presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre, Cleisa Cartaxo (foto), os focos de queimadas neste mês são até 200 vezes menor do que se comparado com o mesmo período do ano passado. A operação faz parte das ações do Plano Estadual de Combate às Queimas e prossegue até domingo (9).





domingo, 26 de agosto de 2007

Baixo nível do rio Acre dificulta abastecimento de água


O nível do rio Acre, cotado abaixo de 1m80cm, já é o mais baixo do ano. A foto acima é um registro da situação no município de Xapuri. O leito raso dificulta principalmente a navegação. Em Rio Branco, o Serviço de Água e Esgoto (Saerb), planeja uma alternativa para captação de água em níveis mais profundos para não comprometer o abastecimento de água de capital.

sábado, 11 de agosto de 2007

Manejo do pirarucu em Manuel Urbano


Há três anos um projeto piloto de manejo de pirarucu é desenvolvido no lago Santo Antônio, no município de Manoel Urbano, a 260 quilômetros da capital pela BR-364. A iniciativa é resultado de um conjunto de ações desenvolvidas por Ibama, governo do Estado (Seaprof), ONG wwf Brasil e colônia de pescadores da região.

O projeto Alto Purus nasceu de um acordo de pesca realizado em 2004. A partir daí, ficou terminantemente proibida à pesca do pirarucu com a intenção de favorecer a reprodução da espécie. Durante toda esta semana, técnicos e pesquisadores envolvidos no projeto estiveram no lago Santo Antônio fazendo a pesca e o manjo do peixe, que deve ser levado outros lagos da região.

O resultado do trabalho surpreendeu até mesmo o técnico da wwf Brasil. “Alguns indivíduos chegaram a atingir 2m40cm de comprimento, o que é impressionante”, disse Antônio Oviedo. Uma prova de que as metas estabelecidas pelos pesquisadores haviam sido alcançadas.






Festival do Açaí incentiva turismo no município de Feijó



A prefeitura do município de Feijó, distante cerca de 400 quilômetros da capital, realiza de 6 a 9 deste mês mais uma edição do Festival do Açaí. O evento acontece no calçadão ao lado do rio Envira. Durante os dias de festividade são realizados diversos shows com bandas locais e de Rio Branco. Além da distribuição de açaí aos convidados. Várias caravanas saíram da capital e dos municípios próximos á Feijó com objetivo de prestigiar a tradicional festa. Somente neste fim de semana é esperado um público superior a 20 mil pessoas para o encerramento do Festival do Açaí.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Uso da mucuna-preta garante mais produtividade aos agricultores do Bujari


Uma propriedade localizada no Projeto de Assentamento Espinhara II, no município do Bujari, se tornou unidade produtiva modelo no combate ao uso do fogo. Desde a implantação do projeto, há três anos, o agricultor Francisco Ferreira (foto) conseguiu recuperar dois hectares de área degradada com a utilização da mucuna-preta, uma leguminosa importante que ajuda o solo a repor os nutrientes perdidos com a queima. O bom resultado da experiência garante ao produtor rural uma renda mensal de R$ 400,00.

O uso do sistema agro-florestal, o Saf, que consiste no plantio de várias plantas no mesmo espaço, também é uma alternativa viável. Numa área de 12 hectares foram cultivadas cerca de 50 espécies de plantas nativas. Algumas nobres como mogno, mulateiro e cumarú. O acompanhamento técnico é realizado pela Seater

O plano de combate ao uso do fogo é implementado pelo governo do estado em parceria com a ong Projeto Fogo. Os órgãos institucionais visitam as propriedades ministrando palestra com objetivo de conscientizar os agricultores para o uso racional da terra.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Copa de futsal aquece economia e o turismo em Sena Madureira

Durante a realização da 2ª Copa Intermunicipal de Futsal, a cidade de Sena Madureira recebe mais de cinco mil visitantes no período de 20 a 28 de julho. São pessoas que vêem ao município à procura de lazer e diversão. Toda essa movimentação contribui para o crescimento da economia. Mas é durante à noite que dá para perceber como é grande a movimentação no centro da cidade. Hotéis e restaurantes lotados de visitantes. Tem sido assim, durante os dez dias de disputa da Copa de Futsal. O investimento feito pelo poder público na infra-estrutura da cidade, construção de praças e duplicação de vias, contribuiu também para o avanço do setor de turismo. Por isso, um calendário cultural de eventos foi pensado para atrair o visitante. Entre as atrações principais, destaque para o festival do mandi, que este ano vai acontecer de 24 a 28 de agosto, na praia do Amarílio, às margens do rio Iaco.

sábado, 21 de julho de 2007

Manejadores de várias partes do mundo exigem igualdade de condições para competir no mercado


Os líderes das empresas florestais comunitárias da África, Ásia e Américas apelaram no encerramento da 1ª Conferência Internacional de Manejo Florestal Comunitário para que os governos dos países de todo o mundo garantam às comunidades tradicionais os mesmos direitos e apoio financeiro concedidos às grandes companhias madeireiras do mundo.
Convenções internacionais de florestas reconhecendo que as comunidades locais são os principais atores da gestão desses recursos; governos admitindo demandas das comunidades; criação de um fundo global para as empresas de manejo florestal comunitário; a redução dos processos e dos custos de certificação está, junto com outras demandas, entre as reivindicações dos conferencistas reunidos realizado em Rio Branco pela Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO).
Durante cinco dias os participantes discutiram os problemas enfrentados pelas comunidades que vivem nas florestas dos três continentes. Falta de acesso legal à terra e a financiamentos; excesso de burocracia e distância dos mercados sufocam as comunidades florestais em todo o mundo. As comunidades florestais, segundo a ITTO, são responsáveis por cerca de 370 milhões de hectares de florestas nativas, garantindo serviços ambientais como o clima, a água, diversidade das espécies e belas paisagens dos quais toda a comunidade internacional se beneficia.
O Ministério do Meio Ambiente comprometeu-se em criar um grupo de trabalho já na primeira reunião da comissão do Programa Nacional de Florestas para formulação de uma política específica para o manejo comunitário. “É preciso que todos nós façamos à nossa parte na medida das forças de cada um”, disse Carlos Vicente, representante da ministra Marina Silva na cerimônia de encerramento.





quinta-feira, 19 de julho de 2007

Participantes da 1ª Conferência Internacional conhecem as boas experiências de manejo florestal no município de Xapuri





A comitiva saiu da Gameleira com destino ao município de Xapuri para um dia de campo. Divididos em quatro grupos, os participantes da Conferência Internacional visitaram primeiro as instalações da Indústria de Pisos. O empreendimento foi inaugurado pelo governo do Acre em dezembro do ano passado, mas só deve entrar em funcionamento no mês de agosto. A indústria é administrada pela iniciativa privada e 70% da mão-de-obra é local. Nesta fase, cerca de 140 funcionários são capacitados para atender a demanda do mercado internacional. O material produzido aqui é de madeira certificada e tem como destino: Estados unidos, Ásia e Europa.

Os participantes da conferência também puderam conhecer uma das mais promissoras experiências de desenvolvimento sustentável do Acre: a Industria de Preservativos. A estrutura física está pronta e os equipamentos, em fase de teste, terão capacidade de produzir 100 milhões de unidades de camisinha por ano. Foram investidos 31 milhões de reais na instalação da fábrica com recursos do BID, Governo Federal e Governo Estadual. 700 famílias de seringueiros da reserva extrativista Chico Mendes são capacitados para atender a demanda de látex. A diretora técnica da Funtac, Tânia Guimarães, adiantou que o Ministério da Saúde manifestou interesse na compra de toda a produção da fábrica de preservativos do Acre.


Depois, os ambientalistas foram até o Seringal Cachoeira. Lá vivem 85 famílias de seringueiros, que além do manejo comunitário de madeira certificada, também são capacitados para trabalhar com o turismo ecológico. Fábio Franco, representante do Ministério do Meio Ambiente, presente na Conferência Internacional, disse que o Seringal Cachoeira é um bom exemplo de gestão sustentável dos recursos naturais

1º Conferência Internacional de Manejo Comunitário coloca o Acre no foco das discussões ambientais


Acontece de 15 a 20 de julho, na usina de arte João Donato, a 1ª Conferência Internacional de Manejo Florestal Comunitário. Representantes de 41 países discutem no Acre as boas experiências do uso racional das florestas públicas, a chamada gestão sustentável do meio ambiente. Victor Lopez, representante da Associação de Manejo Comunitário da Guatemala, disse que 10% das florestas daquele país são manejadas. Ele também destacou o Brasil como um grande potencial florestal e caso os governos realizassem mais investimentos técnicos e científicos haveria um crescimento ainda maior da atividade madeireira no país.
O diretor executivo do Instituto Internacional de Madeira Tropical, Manoel Sobral, disse que reconhece os avanços do Acre no sistema de manejo floresta. Ele destacando a implantação das indústrias de piso e preservativo, em Xapuri, como sendo experiências bem sucedidas. No entanto, Manoel Sobral afirma que é preciso criar políticas que garantam as comunidades tradicionais retorno financeiro com o sistema de manejo.
O comércio de madeira certificada é o setor que mais cresce no mundo. De acordo com o Gerente do Escritório da w.w.w f Brasil no Acre, Alberto Tavares, a Amazônia brasileira detém 60% do território nacional e nela moram 20 milhões de pessoas. Apesar de todo esse potencial, o ambientalista defende uma exploração mais racional das reservas de carbono presentes na Amazônia. O Acre mantém na reserva estadual do Antimary, com 60 mil hectares de floresta preservada, um projeto considerado piloto na área de manejo comunitário. Para o Secretário Estadual de Floresta, Carlos Ovídio (foto), o grande desafio das comunidades é conseguir aproveitar o potencial do eco-turismo dentro das reservas florestais como uma alternativa de atividade rentável para as populações tradicionais.