quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Vale de Colca, no Peru



O lugar é conhecido mundialmente como um dos principais produtores da folha de coca. Mas não se engane, apenas para fins medicinais, ao menos é o que garante o governo local. Polêmica a parte, conheci hoje o maior Quenion do Peru, com 3.300 metros. 



Habitação sagrada do Condor, um pássaro enorme típico das regiões Andinas. Temperatura próxima de zero grau. Apesar do frio e da altitude (que ainda estou se adaptando) o cenário dispensa comentários. Sem falar na recepção dos irmãos peruanos, sempre acolhedora.




terça-feira, 27 de novembro de 2012

Expedição histórica chega ao Pacífico




A 2ª Expedição Interoceânica Brasil-Peru tem seu desfecho de forma histórica, no porto de Matarani, no Oceano Pacífico. Depois de 12 dias desde que largaram do porto de Santos (SP) e percorrerem mais de 10 mil quilômetros, passando pela Amazônia, Andes e deserto do Atacama, finamente os expedicionários concluíram seu objetivo ao alcançarem o Porto de Matarani (um dos mais importantes do Peru), onde aconteceu um ato simbólico: O lançamento das águas do Atlântico dentro das do Pacífico, simbolizando com isso a integração por meio da carreteira Interoceânica.




Segundo a secretária de Turismo do Governo do Acre, Ilmara Lima, a expedição cumpriu seu objetivo de consolidar a integração turística e comercial por meio da carreteira Interoceânica. “Mas a expedição não acaba aqui, ainda vamos para Cusco, onde faremos várias reuniões com autoridades locais para fechar acordos que viabilizem a rota turística Pantanal,-Amazônia-Andes-Pacífico. Com a possibilidade inclusive de uma rota aérea saindo de Rio Branco com destino a Cusco e outras cidades peruanas”, disse Ilamara Lima.



domingo, 25 de novembro de 2012

Expedição Interoceânica chega aos Andes


Depois de largar de Rio Branco, em sua parte final, a 2ª Expedição Interoceânica Brasil-Peru chega aos Andes peruanos e arrasta uma caravana de curiosos por onde passa. Sempre recebidos pelas autoridades locais com festa, os expedicionários chegaram a Puno, no Peru, de onde nesta segunda-feira, dia 26, seguem mais 250 km até Arequipa. Uma equipe de repórteres do Amazon Sat acompanha a Expedição para exibir os melhores momentos numa série de reportagens especiais nos programas Viagens pela Amazônia e Estação Turismo. 

O principal objetivo da Expedição é divulgar a rota turística internacional Pantanal-Amazônia-Andes-Pacífico.
 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Cientistas descobrem um novo tipo de bactéria

Cientistas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, descobriram um novo tipo de bactéria que pode ajudar a entender como vários destes micróbios passaram a viver dentro do organismo dos insetos, trazendo benefícios através de relações conhecidas como simbiose.

O estudo, publicado no site do periódico "PLoS Genetic", sugere que espécies de insetos foram infectadas por bactérias agressivas há várias gerações, originárias de plantas e animais. Com o tempo, os microorganismos evoluíram para se tornar menos letais e, com isso, se beneficiar de serem transmitidos para os filhotes dos insetos. Esta "domesticação" das bactérias pelos insetos, na palavra dos pesquisadores, era um mistério para a comunidade científica.

Pequenos besouros que abrigam bactérias dentro do organismo caminham por grãos (Foto: Divulgação/Universidade de Utah) 
Pequenos besouros carregam bactérias dentro do organismo (Foto: Divulgação/Universidade de Utah)
Com a nova bactéria, que foi descoberta após um idoso americano machucar sua mão em uma árvore e ter uma infecção, é possível entender melhor "a origem dos benefícios mútuos de uma relação simbiótica entre micróbios e os insetos", afirmou o pós-doutorando Kelly Oakeson, um dos autores da pesquisa.

"Há várias bactérias no meio ambiente que fazem relações simbióticas com insetos. É a primeira vez que um destes micróbios é encontrado e estudado", disse Oakeson na pesquisa. A nova bactéria pode ser reproduzida em laboratório com facilidade, e está ligada ao gênero Sodalis, um dos muitos tipos de bactéria que vivem no corpo dos insetos, segundo o estudo.

O estudo afirma que, no futuro, deve ser possível manipular os genes da bactéria descoberta para que ela impeça que insetos transmitam doenças, como o mosquito da malária, o mosquito da dengue e a mosca tsé-tsé, que transmite a chamada doença do sono.

"Se conseguirmos modificar geneticamente a bactéria e colocá-la de volta nos insetos, ela pode ser usada como uma forma de combater doenças que são transmitidas por estes insetos", disse o pesquisador Adam Clayton, da mesma universidade e um dos autores do estudo.

Fonte: G1

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Amazônia registra aumento no desmate em outubro, aponta Imazon

O desmatamento que atingiu a floresta amazônica no mês de outubro causou a perda de 487 km² de cobertura vegetal, segundo dados divulgados pela ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Na comparação com o mesmo período de 2011, houve aumento de 377% na perda de floresta (foram devastados 102 km² em outubro do ano passado).

Informações de satélites utilizadas pela ONG para elaborar o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) apontam alta na devastação da região denominada Amazônia Legal (que abrange nove estados).

O governo federal utiliza apenas informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para monitorar o ritmo de degradação do bioma e organizar ações de fiscalização na Amazônia Legal.  A metodologia do Inpe, que utiliza o sistema de detecção do desmatamento em tempo real, o Deter, é diferente da utilizada pelo Imazon, portanto, os dados não podem ser comparados.

O índice oficial do desmatamento de outubro ainda não foi divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente. Em agosto, o governo informou que houve pico na degradação da Amazônia, com perda de 522 km² de vegetação. No mês seguinte, o Deter registrou queda para 282 km².

Na época, o ministério informou que o aumento foi consequência da seca forte e atípica que atingiu o bioma e favoreceu as queimadas, e de ações ilegais voltadas para o plantio de soja e exploração de ouro. Sobre os dados do Imazon, o MMA foi procurado e ainda não se manifestou até o momento da publicação desta reportagem.

Uso do solo aumentou em mais de 4 mil hectares e focos de incêndio diminuíram em dez anos (Foto: Divulgação/IBAMA)Imagem do Ibama mostra desmatamento ocorrido na região da Amazônia Legal em 2012 (Foto: Divulgação/IBAMA)
 
Infraestrutura na Amazônia
Segundo o SAD, de janeiro a outubro deste ano houve a redução de 1.630 km² de cobertura vegetal, enquanto que no mesmo período de 2011 foi detectada a derrubada de 1.359 km² de floresta (aumento de 20%).

“Os meses que mais registraram degradação em 2012 foram os três últimos (de agosto a outubro), quando foram detectadas ações principalmente na região entre Cuiabá (MT) e Santarém (PA), área que recebe investimentos públicos como o asfaltamento de rodovias e construção de usinas hidrelétricas, como o complexo de Tapajós”, disse Heron Martins, pesquisador do Imazon.

De acordo com Martins, áreas de conservação foram diminuídas para beneficiar os empreendimentos como o complexo de Tapajós, no Pará, e a usina de Santo Antônio, em Rondônia -- o que pode ter contribuído para o aumento do desmate.

Em junho deste ano, o governo publicou no “Diário Oficial” alteração do limite de oito unidades de preservação ambientais da Amazônia para beneficiar as obras voltadas para a geração de energia.

Pará é líder no desmatamento
Segundo os dados do Imazon, o Pará foi o principal responsável pelo desmatamento do bioma (179 km²), seguido do Mato Grosso (144,5 km²), Amazonas (84 km²) e Rondônia (58 km²).

No ranking dos municípios que mais desmataram, Colniza, no Mato Grosso, lidera a lista com 35,9 km² de vegetação derrubada. São Félix do Xingu, no Pará, vem na segunda posição com 33,1 km². As duas localidades estão inseridas na lista "negra" das cidades que mais desmatam a Amazônia, divulgada pelo governo federal.

Fonte: G1

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Incêndios destroem área de reserva ambiental no Amapá




A Reserva Biológica do Lago Piratuba, na região leste do Amapá, está ameaçada por incêndios que atingem a região há 20 dias. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio), do Governo Federal, o incêndio seria criminoso.

Os grupos de combate ao fogo identificaram 54 focos de incêndio, e até agora já foi destruída uma área de 6 mil hectares.

“Teve um primeiro incêndio que começou há 20 dias provocado por um pescador, incêndio criminoso, intencional, provavelmente em retaliação ao trabalho de fiscalização. Enquanto a gente se preparava pra combater esse incêndio, um vaqueiro provocou outro incêndio em uma outra área exatamente pra expandir área de pastagem”, diz Iranildo Coutinho, analista ambiental do ICM-Bio.

Os brigadistas só conseguem chegar até a área de helicóptero. O veículo também é usado para despejar água sobre as colunas de fumaça. Por terra, bombeiros e voluntários também abrem trincheiras para conter o avanço das chamas.

Dependendo do terreno, as equipes precisam cavar valas de até 1,5 metro de profundidade, para retirar toda a vegetação que corre por baixo da terra, chamada de turfa. Essa turfa faz com que as chamas se alastrem, logo a retirada dela contém o avanço do fogo.


A Reserva Biológica do Lago Piratuba abriga diversas espécies de peixes, e é local de desova de tartarugas. Os mangues são usados por aves migratórias.

“Vai ficar queimando mesmo que a gente faça o perímetro todo do fogo com as trincheiras. Ele vai continuar queimando porque tem muita turfa pra queimar ainda. Então só deve parar a partir de janeiro quando começarem as chuvas”, conta o analista ambiental.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Pousada Ayshawa é opção de hospedagem para turistas que visitam terra de Chico Mendes




Localizada a 180 quilômetros da capital Rio Branco, Xapuri ficou conhecida mundialmente pela luta dos seringueiros pela preservação da floresta, os chamados Empates. O mais famoso defensor da Amazônia foi Chico Mendes, nascido no Seringal Cachoeira, em Xapuri, o líder seringueiro foi um dos primeiros a defender o uso sustentável dos recursos naturais. Um museu e uma fundação, que levam o seu nome, estão a disposição dos turistas que visitam Xapuri. 



Os visitantes podem contar com uma bela estrutura e bom atendimento na Pousada Ayshawa, do empresário Victor. Visitei o lugar com a família durante o final de semana e pude conferir de perto o bom serviço voltado para o turismo regional, que inclui café manhã regional. 



Faça a sua reserva pelos telefones (68) 8402-3343 e 3542-3295 (Victor). Se você disser que viu a dica aqui no blog do Senildo Melo ganha um desconto de cortesia em sua diária. Conheça o Acre!

fecebook: pousada ayshawa
pousadaeco.com.br

quinta-feira, 1 de novembro de 2012


Arqueólogos encontram pedras sagradas dos incas no Peru

 

Arqueólogos do Peru e da Grã-Bretanha encontraram um conjunto de pedras incas que, segundo eles, podem revelar à humanidade o segredo do poderio da civilização que dominou parte da América do Sul entre os séculos 15 e 16.

Fazendo escavações no topo de uma montanha onde os incas realizavam rituais sagrados, os especialistas encontraram as três pedras ancestrais, objetos sagrados que, na crença inca, representavam a conexão entre o mundo dos ancestrais e o Sol.

Nenhum exemplar das pedras - descritas por cronistas espanhóis que chegaram à América no período das grandes navegações e vistas em desenhos feitos no período - havia sido encontrado antes.
Elas têm 35 cm de altura e formato cônico, pesam vários quilos e precisam ser carregadas com ambas as mãos.

A equipe de arqueólogos incluiu cientistas da Universidade Nacional de Huamanga, no Peru, do Museu Britânico e das Universidades de Reading e de Londres, na Grã-Bretanha.

"Acreditamos que essas pedras, e as plataformas onde foram encontradas, guardam o segredo do poderio inca"", disse o especialista do Museu Britânico Colin McEwan à BBC Brasil.
Relatos Históricos

Os cientistas trabalhava há duas semanas a altitudes de entre 3,6 mil metros e 5 mil metros quando as pedras foram localizadas.

"Estou falando de arqueologia radical, era difícil trabalhar e até mesmo respirar lá em cima", disse McEwan.
Os incas acreditavam que seus ancestrais, os fundadores da civilização, haviam sido convertidos permanentemente em pedras.

Após a chegada dos colonizadores espanhóis, cronistas descreveram, em seus relatos históricos, importantes eventos públicos na praça central da capital do Império Inca, Cuzco.

Nessas ocasiões, o rei inca ficava sentado em uma plataforma elevada, de onde observava as celebrações.
Oferendas líquidas de chicha (uma bebida fermentada feita com milho) eram feitas por meio de uma abertura vertical feita na plataforma.

Quando o rei não estava presente, uma pedra sagrada era colocada no assento onde ele deveria estar sentado para representar o poder da dinastia inca.
Deuses da Montanha

"A capital inca, situada entre altitudes de 2,5 mil e 3,6 mil metros, era bastante alta", disse McEwan. "Mas a expansão do império inca implicou na conquista de altitudes ainda maiores, onde viviam as lhamas e alpacas, entre 3,6 mil metros e 5 mil metros".

Fonte de alimento e de lã para tecelagem, além de importante meio de transporte, grandes rebanhos de lhamas e alpacas eram vitais para a sobrevivência do império.

McEwan e a equipe de arqueólogos acreditam que isso explica a presença, nos cumes de várias montanhas, de cerca de 40 plataformas cerimoniais, símbolos do controle inca sobre esses territórios.

Com a ajuda do arqueólogo peruano Cirilo Vivanco Pomacanchari, da Universidade Nacional de Huamanga, que vem progressivamente localizando e mapeando as plataformas em locais remotos, a equipe chegou ao local onde as relíquias foram encontradas.

Segundo McEwan, eles não tinham qualquer ideia do que poderiam encontrar.

"Esses locais eram tão sagrados que os incas não queriam deixar qualquer traço visível da presença humana neles", disse McEwan.

"Ao escavar o chão da plataforma, encontramos amostras de solo trazidas de diferentes regiões, cuidadosamente dispostas".

Mais ao fundo, cerca de 2,5 metros abaixo da superfície, a equipe encontrou uma cavidade que havia sido escavada na rocha sólida.

"Quando escavamos, descobrimos três dessas pedras, cuidadosamente colocadas com as pontas juntas, como um tripé, apontando para baixo, indicando a conexão com o mundo dos ancestrais".
Poder Benevolente?

Questionando teorias segundo as quais os incas seriam "socialistas", McEwan disse que seu império foi construído com astúcia e violência.

"Quando negociavam com um líder local, os incas lhe ofereciam a opção de governar localmente, mas ele era obrigado a pagar impostos".

Se a oferta não era aceita, o poderio inca dizimava a população masculina e transferia os sobreviventes para outros locais, cortando seus vínculos com a terra e meios de subsistência.

As plataformas e as pedras ancestrais, parte do arsenal ideológico inca, eram um instrumento-chave de controle imperial.

"Sabíamos que os incas deveriam ter razões importantes para colocar essas plataformas nesses locais, próximos dos cumes sagrados e permitindo uma visão ampla de todo o horizonte à volta".

"Nós acreditamos que eles obrigavam a população local a trazer (as amostras de) solo e as colocavam nas plataformas como símbolos do domínio inca".

Os especialistas calculam que essas plataformas teriam sido construídas por volta de 1.400, durante a conquista daqueles territórios pelos incas, antes da chegada dos espanhóis.

Na crença inca, picos de montanhas cobertos de neve, de onde vem a água que sustenta a vida nos vales, eram sagrados.

As pedras seriam oferendas para o cume sagrado, conectando os ancestrais incas ao Sol.

"Você dá seu mais precioso objeto aos deuses da montanha, esperando em retorno a fertilidade da terra e os benefícios trazidos pelos animais que a habitam",

Corpos de crianças mumificados, encontrados anteriormente nas montanhas, indicam também a prática de sacrifícios humanos.

Nova Etapa
 Segundo McEwan, o próximo passo é fazer uma análise das amostras de solo encontradas nas plataformas.

Com a ajuda de satélites, a equipe está tentando entender também a lógica por trás da localização específica de cada uma delas.

Ele diz que não há plataformas em todos os cumes altos e acredita que a escolha dos locais não era aleatória.

Finalmente, McEwan diz que a equipe procura a resposta para a dúvida de como os incas conseguiram ganhar o impulso que lhes deu controle sobre um território tão imenso.


Fonte: BBC Brasil