domingo, 26 de fevereiro de 2012

Brasiléia começa a ser reconstruída após enchente



O governador Tião Viana determinou o envio de carros pipas para garantir água potável a população de Brasiléia. Segundo a prefeita Leila Galvão, 95% da cidade foi atingida pela alagação. Os abrigos públicos ainda alojam 2.110 pessoas.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Rio Acre inunda calçadão da Gameleira



Ao meio dia desta segunda-feira (20), o nível do Rio Acre atingiu 17m30cm e inundou o calçadão da Gameleira em Rio Branco. Algo assim não era visto desde a enchente de 1997.

Brasiléia: nível do Rio Acre atinge praça central

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Por volta das 18 horas deste sábado, as águas do Rio Acre começaram a chegar próximo a Praça Hugo Poli, onde está sendo realizado o Carnaval. Algumas famílias que moram na Rua Marechal Rondon e redondezas já estão sendo retiradas pelos funcionários da Prefeitura e Bombeiros
Por telefone, a assessora de comunicação da Prefeitura, Fernanda Hassem, está convocando as pessoas que possuem veículos utilitários (camionete e caminhões) e que queiram ajudar na retirada dos moradores, se desloquem até a rua Marechal Rondon.
Disse que os veículos do Município não estão dando conta e toda ajuda é bem vinda. Sobre o carnaval, confirmou que este sábado ainda está garantido, mas que não garante a partir de domingo, dia 19.

Fonte: oaltoacre.com

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Rio Acre deixa quase 3 mil peruanos desabrigados e cerca de 300 brasileiros em Assis Brasil


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Caminhões, tratores e barcos estão ajudando na retirada dos moradores no lado peruano. Fotos: Alexandre Lima

Texto: Alexandre Nunes

Uma cena nunca visto. Até mesmo moradores mais antigos do pequeno povoado de Iñapari com cerca de 3000 habitantes, localizado no lado peruano e vizinho da cidade de Assis Brasil, no Acre, distante 330 quilômetros da Capital, vem sendo invadidas pela enchente do Rio Acre.
Em Iñapari, somente barcos, tratores e caminhões conseguiam trafegar pelas ruas ajudando os moradores a retirar seus pertences, para que não fossem molhados e perdidos. Todas as casas e comércios foram invadidos pelas águas barrentas, com exceção de algumas casas com pisos a mais.
Até mesmo a Igreja localizada ao lado da praça central que estava abrigando os haitianos refugiados, foi atingida pelas águas. A cena de barcos, caminhões e tratores transportando os desabrigados, se misturava com algumas pessoas que levavam malas na cabeça, ou tentava salvar seus animais de estimação, os colocando em lugares mais altos, juntamente com os desabrigados.
Os prejuízos ainda não podem ser calculados em Iñapari, mas serão altos, já que 98% das casas e comércios foram atingidos. Já em Assis Brasil, dois bairros foram alcançados fazendo com que soldados do Exercito Brasileiro, funcionários da Prefeitura e pessoas solidárias ajudassem na retirada dos moradores e seus objetos.
Atenção em Brasiléia e Rio Branco
Com nível do Rio Acre subindo, a prefeita de Brasiléia, Leila Galvão (PT), irá se reunir com alguns setores, além do Corpo de Bombeiro, para traçar metas de emergência caso seja necessário.
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Até o final do dia, o local de medição do nível do Rio situado na cidade de Epitaciolândia, já havia atingido os 9 metros e continuava subindo. Na Capital, mais de 2000 pessoas foram desabrigadas fazendo com que o prefeito Raimundo Angelim (PT) assinasse pela manhã, o decreto de emergência.
Pelo menos até a semana que vem, o Rio Acre ainda poderá desabrigar mais famílias tanto na cidade de Assis Brasil, Brasiléia e muito mais na Capital. A prefeita de Assis Brasil, Eliane Gadelha (PT), anunciou o cancelamento da realização do carnaval da cidade.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Cheia do rio Acre: Prefeito de Rio Branco decreta situação de emergência; 500 famílias desabrigadas



Devido às fortes chuvas concentradas nos afluentes, o nível do rio Acre não pára de subir e alcançou a marca de 16m26cm, acima da cota de transbordamento que é de 14 metros. As águas já atingem 16 bairros da capital acreana, mais de 500 famílias num total de 2 mil pessoas estão desabrigadas pela enchente. Devido à cheia do rio Acre, o prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, decretou na manhã de hoje situação de emergência.

O bairro taquari é o mais prejudicado, pelo menos 300 famílias já foram removidas pela Defesa Civil. Os desabrigados são mantidos em alojamentos no Parque de Exposição Marechal Castelo Branco. Eles recebem alimentação e assistência a saúde.

Os gráficos apresentados pela Defesa Civil mostram que a cheia atual vem evoluindo rapidamente e ganhando as mesmas proporções da ocorrida em 1997.// a previsão é que o nível do rio continue subindo, aumentando o número de famílias desabrigadas.//

O governador em exercício, César Messias, disse que o estado já disponibilizou apoio ao município no sentido de garantir ajuda humanitária às famílias atingidas pela alagação.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Aquecimento pode aumentar casos de tempestades violentas, diz estudo


A imagem do satélite mostra o furacão Irene, em formato de redemoinho, apenas 28 minutos antes de a tormenta atingir Nova York, em agosto de 2011 (Foto: Nasa)A imagem do satélite mostra o furacão Irene, em
formato de redemoinho (Foto: Nasa)
Por causa do aquecimento global, a "tempestade do século" corre o risco de se tornar mais frequente, reduzindo sua ocorrência para décadas e até mesmo anos, segundo uma simulação feita na região de Nova York por cientistas americanos, divulgada nesta terça-feira (14).
Quando a tempestade tropical Irene varreu a costa leste dos Estados Unidos e do Caribe, em agosto de 2011, deixando dezenas de mortos e causando inundações maciças, muitos especialistas a qualificaram de "tempestade do século", um evento meteorológico tão violento e tão raro que só ocorre, em média, a cada cem anos.
Mas climatologistas do Instituto de Tecnologia de Massaschussetts (MIT, na sigla em inglês) e da Universidade de Princeton avaliaram que o aquecimento global vai aumentar fortemente a frequência de catástrofes naturais como esta, que poderão ocorrer a cada três ou vinte anos, segundo seus cálculos.
Projeções
Estes cientistas combinaram quatro modelos climáticos para fazer uma simulação informática de tempestades recentes (de 1981 a 2000) e suas projeções no futuro (de 2081 a 2100) em um raio de 200 km no entorno de Nova York, criando um total de 45.000 tempestades virtuais.
Aquela que corresponde atualmente à tempestade do século provoca uma elevação do nível das águas de dois metros, em média, em Nova York. Até 2100, um evento como estes ocorreria a cada três ou vinte anos, segundo os resultados, publicados na revista científica britânica "Nature Climate Change".
A cada 500 anos, em média, a região vive um episódio ainda mais intenso que provoca uma elevação de três metros no nível das águas. Até o fim do século XXI, esta frequência diminuiria para 25 a 240 anos, afirmaram.
Tanto em um caso quanto no outro, o mar inundaria facilmente os diques de Manhattan, que atualmente medem 1,5 metro, destacaram os estudiosos
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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Chuvas originadas pela La Niña podem diminuir, diz ONU

O fenômeno climático La Niña, que normalmente está relacionado com fortes chuvas e enchentes na região Ásia-Pacífico e na América do Sul e secas na África, parece ter atingido o seu pico. Segundo a WMO (Organização Meteorológica Mundial, espera-se que desapareça entre março e maio.

Um padrão entre fraco e moderado do La Niña tem resfriado a região tropical do Pacífico desde outubro, um evento consideravelmente mais fraco do que em 2010 e 2011, disse um comunicado.

"Modelos de previsões e interpretações de especialistas sugerem que o La Niña está próximo de sua força máxima, portanto, é provável que comece a diminuir lentamente nos próximos meses."

"Entretanto, além de maio, há incertezas sobre o que é esperado para o oceano Pacífico, com nenhuma preferência em particular para El Niño, La Niña ou condições neutras", afirmou a agência, referindo-se ao fenômeno oposto, que aquece o Pacífico.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Estudo inédito da WWF mostra que o Pantanal está ameaçado

Os jacarés descansam nos bancos de areia enquanto uma iguana se lança no mangue: no Pantanal, a natureza é generosa, mas este santuário de biodiversidade no coração da América do Sul está ameaçado pela agricultura intensiva e pelo desmatamento.
Ambientalistas do World Wildlife Fund (WWF) soaram o alarme por ocasião do Dia Mundial das Zonas Úmidas, celebrado todos os dias 2 de fevereiro desde 1997, para resgatar este santuário do Mato Grosso.
Os cientistas da ONG se apoiam em um estudo inédito publicado após três anos de pesquisas, realizado por cerca de 30 especialistas de quatro países (Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina), que compartilham a bacia do rio Paraguai, que nasce no Mato Grosso e percorre 2.600 km antes de desaguar no Rio Paraná, na Argentina.
Segundo o WWF, esta região que se estende por 1,2 milhão de km2 corre um grave risco ecológico.
O biólogo Glauco Kimura, coordenador do programa "Water for Life" ("Água para a vida") do WWF, é categórico: "o Pantanal está ameaçado. Isto pode parecer surpreendente, mas é a triste realidade. Nosso estudo demonstra que 14% da bacia do rio Paraguai deve ser protegida de maneira urgente".
Antes de percorrer de barco as curvas do rio Cuiabá, sobrevoado por algumas aves de rapina e por uma série de papagaios coloridos, Kimura e sua equipe se detêm na floresta da Chapada dos Guimarães.
A vista é excepcional. Mostra, de longe, o exuberante Pantanal, verdadeiro santuário ecológico. Mas é do alto, no Planalto (conhecido também como "Cerrado"), que vem o perigo.
"Comparo esta região a um prato", explica o ecologista. "O Planalto nas bordas e o Pantanal no fundo do prato. E o segundo sofre com os excessos do primeiro".
O desmatamento, a agricultura excessiva, o desenvolvimento urbano ou a multiplicação de represas hidroelétricas são alguns dos riscos para as águas que alimentam o Pantanal.
Percorrendo o Cerrado, são descobertos milhares de hectares de explorações agrícolas, sobretudo de soja. Em meio dos campos que se perdem de vista, um trator lança um líquido amarelo com um forte odor químico. São herbicidas.
Cerca de 15% da cobertura vegetal do Pantanal já foi destruída pelos cultivos de soja e pelos pastos para o gado, estima o WWF.
Isto alarma o canadense Pierre Girard, especialista em hidrologia do Centro de Pesquisas do Pantanal (independente), outro dos autores do estudo.
"A soja é cultivada onde nascem os rios que alimentam e formam posteriormente o Pantanal. Há riscos de erosão, mas também de contaminação do Pantanal", assegura.
Realizado igualmente em colaboração com a ONG The Nature Conservancy, o estudo do WWF insiste na necessidade para os países e as regiões envolvidas de unir seus esforços.
"Não há mais lugar para os cultivos abundantes como se existisse um estoque infinito de floresta nativa a destruir e de água doce a contaminar", afirma Kimura.
Para o biólogo, a proteção da bacia do rio Paraguai - onde apenas 11% do território é atualmente uma zona protegida - é vital para conservar a extraordinária riqueza da fauna e da flora, que possui 4.500 espécies diferentes.
"Portanto, é necessário proteger as fontes de água, criar mais zonas protegidas e melhorar as práticas agroalimentícias", assegura Kimura.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Nascimento de tartarugas no interior da Amazônia quase triplica em 2011

O nascimento de quelônios no interior da Amazônia quase triplicou em 2011, graças ao trabalho de prevenção que uniu biólogos e a população ribeirinha da região de Mamirauá (AM), na reserva de mesmo nome – uma área de 10 mil km², equivalente a sete vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
Ações para proteger ninhadas e conter a caça ilegal de exemplares de tartarugas-da-amazônica (Podocnemis expansa), tracajás (P. unifilis) e iaçás (P. sextuberculata), cuja carne e ovos são utilizados na alimentação humana, fez com que a quantidade de nascimentos aumentasse de 11.500, em 2010, para mais de 42 mil em 2011.
Um aumento de 265%, segundo o Instituto Mamirauá, responsável pelo trabalho de conservação das espécies vertebradas aquáticas (projeto Aquavert).
Tartarugas na Amazônia (Foto: Divulgação/Augusto Rodrigues)Tartarugas entram em rio da Amazônia próximo à reserva de Mamirauá (Foto: Divulgação/Augusto Rodrigues)
De acordo com a bióloga Cássia Santos Camillo, pesquisadora do instituto e coordenadora do projeto, um envolvimento maior de 3.500 moradores, distribuídos em 40 comunidades ribeirinhas, elevou a proteção dos ninhos de tartarugas.
A especialista afirma que o trabalho na região dos Rios Solimões e Japurá pode reverter o processo de extinção de espécies consideradas ameaçadas, como a tartaruga-da-amazônia.
“Apesar dela não estar na lista brasileira dos animais com risco de desaparecimento (elaborada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais, o Ibama), aqui na região ela é considerada ecologicamente extinta”, afirma Cássia.
Espécie quase dizimada

Segundo Cássia, pesquisa histórica feita por ambientalistas afirma que a população desta tartaruga foi quase dizimada na área desde 1850. Relatos feitos na região de Tefé, também no Amazonas, afirmavam que anualmente eram encontrados cerca de 48 milhões de ovos da espécie ameaçada. Hoje, este número não passa de 20 mil.


“Isto porque os ovos de tartaruga-da-amazônia eram recolhidos e utilizados para fabricar óleo para iluminação pública de cidades como Manaus e Santarém (PA)”, explica a bióloga.
Os ninhos desta espécie aumentaram de 75, em 2010, para 150 em 2011. Cada ninhada pode gerar até 120 filhotes. De acordo com a especialista, o período de reprodução dos quelônios se inicia durante a seca na Amazônia, que começa em julho.
“Todo ano a gente espera um aumento no número de ninhos, mas isso é consequência da quantidade de regiões que estão sob proteção. Esperamos aumentar, gradativamente, nossa área de cobertura com o apoio das comunidades, que começam a definir em março quais serão as praias que ficarão protegidas. O problema é que nem sempre há respeito dessas normas, com a persistência da caça”, afirma.
Tartarugas na Amazônia (Foto: Diogo Grabin/Divulgação)Filhote de tartaruga da espécie iaçá é analisada por biólogo no Amazonas. (Foto: Diogo Grabin/Divulgação) Fonte: globonatureza