sábado, 28 de fevereiro de 2009

Ibama de Cruzeiro do Sul apreende 315 quilos de carne de animais silvestres


Equipe de fiscais do Escritório do Ibama em Cruzeiro do Sul (AC) desmontou uma quadrilha que atuava com caça ilegal de animais silvestres no município de Ipixuna (AM), durante a Operação Águas do Juruá. Foram apreendidos 315 quilos de carnes de veado, anta, paca e outros animais, sendo uma parte fresca e outra salgada.

Pouco mais de 100 quilos estavam na residência do responsável pelo comercio ilegal do produto, em Ipixuna, e o restante no igarapé próximo da cidade, onde cinco integrantes da quadrilha caçavam. Nesse igarapé, a fiscalização ainda flagrou dois moradores de Ipixuna com armas e cinco animais silvestres (macaco, quati, jacu, soco, nambu).

Tudo foi apreendido. A Operação Águas do Juruá iniciou no dia 6 de fevereiro e executou fiscalizações nos municípios amazonenses de Guajará e Ipixuna e em barreiras fluviais. A operação encerra-se com um saldo de R$ 170 mil em multas aplicadas.

O fiscal do Ibama Lisarbson Messias informa que, além dos 315 quilos de carne de animais silvestres, a fiscalização apreendeu também 15 jabutis, dez iaças e sete filhotes de jacarés, todos ainda vivos, 60 quilos de tambaqui e pirarucu, sete espingardas e munições. A carne e o pescado, segundo Messias, foram doados à Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Ipixuna. As iaças e os jacarés foram soltos imediatamente, já os jabutis por viverem na terra serão levados para uma área mais afastada para a soltura.

Novas ações estão sendo programadas pelo Ibama de Cruzeiro do Sul para este período final de defeso (até 15 de Março, por exemplo, no Amazonas é proibido pescar aruanã, sardinha, pacu, pírapitinga, mapará e matrinxã e no Acre, além desses peixes, também está suspensa a pesca de dourada, piraíba, caparari e jaraqui...).


"Vamos intensificar a fiscalização agora para impedir que capturem o pescado proibido e, depois quando o defeso terminar, tragam os peixes para abastecer Cruzeiro do Sul", afirma o chefe do Escritório Regional de Cruzeiro do Sul, Márcio Lima .

A segunda etapa desta operação sede senvolve nos municípios acrianos de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, com encerramento previsto para 09 de Março, onde fiscais do órgão, acompanhados de homens do Exercito Brasileiro, Polícia Militar e Federal, com apoio de helicóptero e viaturas terrestres ntensificarão a fscalização nos Ramais rurais, Parque Nacional da Serra do Divisor, Reserva Extrativista do Alto Juruá e área de fronteira com o Perú, para combater a extração ilegal madeiras nobres e desmatamentos ilegais.

Márcio orienta as pessoas que pretendem fazer desmatamentos ou retiradas de madeiras a procurarem o Imac e retrarem suas autorizações, a fim de evitarem possiveis transtornos, pois os encontrados na ilegalidade serão autuados e multados. Além de poderem perder equipamentos e utensílios que estejam sendo utilizados nas práticas ilegais.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Mucuna preta substitui fogo no Acre


Uma planta parecida com um pé de feijão está aos poucos substituindo as queimadas no Acre. Em um projeto da ONG Pacha Mama Amazônia, a trepadeira mucuna preta é usada para eliminar a vegetação e adubar solos degradados.

Como a planta cresce muito rápido e recobre todo o chão, acaba sufocando as outras plantas. Depois de alguns meses, a própria mucuna preta morre, deixando o terreno limpo e fornecendo nutrientes por meio de suas folhas mortas. Assim como outros parentes do feijão, a mucuna fornece um importante nutriente para o solo: o nitrogênio. A planta também tem a vantagem de se adaptar com facilidade a solos pobres, comuns na Amazônia.

O projeto é financiado com as multas pagas por incêndios criminosos. Um centro de treinamento instalado em uma comunidade do Acre está se preparando para fornecer sementes da trepadeira para três assentamentos próximos a Porto Velho, em Rondônia. A ideia é diminuir o número de queimadas nesses locais.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Passeio de barco no Rio Acre


Empresários do setor de turismo da capital investem em uma nova modalidade de lazer na tentativa de conquistar o turista: trata-se do passeio de barco pelo Rio Acre. A iniciativa é do presidente da Adetur, Raimundo José Morais. O empresário oferece o serviço em sua agência de Viagens, a Morais Tur. O passeio acontece em uma embarcação conhecida na região como balieira. Ela possui dois pisos e a parte de cima é reservada para banho de sol e churrasco.


Os turistas saem do calçadão da Gameleira, aos domingo e seguem até o encontro do Rio Acre com o igarapé Riozinho do Rola. Além de muita diversão, ainda é possível contemplar as belezas da floresta Amazônica. Quem participa, garante que a brincadeira vale a pena.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Cuidado: o Aedes Aegypti está à solta


De acordo com a secretaria municipal de Saúde, só em Rio Branco são mais de 4 mil casos de dengue notificados, inclusive o desse repórter. Os sintomas da doença são terríveis. Dor de cabeça, dor nos olhos, febre, dores nas articulações e manchas pelo corpo. Além de ausência de apetite. O alento é saber que o poder público está tentando fazer a sua parte. Na madrugada de quinta-feira, por volta das duas horas da manhã, tive uma crise e fui procurar atendimento no Barral & Barral, na Estação Experimental. Fui muito bem atendido e em menos de trinta minutos já estava com o diagnostico positivo para dengue clássica. O médico, Dr. Antônio Sérgio Tempest, me passou uma medicação a base de soro e buscopam e me fez um pedido: “Repouso pelos próximos cinco dias e depois volte para ser avaliado de novo”, disse. Devido à enfermidade, desfalquei o time da TV Aldeia na transmissão do carnaval da prefeitura de Rio Branco e do Governo do Estado.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
* O Aedes Aegypti é um mosquito que transmite duas doenças perigosas: dengue e febre amarela urbana.
* Estes insetos são típicos de regiões urbanas de clima tropical e subtropical (com presença de calor e chuvas) Não conseguem viver em regiões frias.
* É de tamanho pequeno, possuindo, em média, 0,5 cm de comprimento.
Possui cor preta com manchas (riscos) brancos no dorso, pernas e cabeça.
* O ruído deste mosquito é muito baixo, sendo que o ser humano não consegue ouvir.
* O mosquito macho alimenta-se de frutas ou outros vegetais adocicados. Porém, a fêmea alimenta-se de sangue animal (principalmente humano). No momento que está retirando o sangue, a fêmea contaminada transmite o vírus da dengue para o ser humano. Na picada, ela aplica uma substância anestésica, fazendo com que não haja dor na picada.
* As fêmeas costumam picar o ser humano na parte do começo da manhã ou no final da tarde. Picam nas regiões dos pés, tornozelos e pernas. Isto ocorre, pois costumam voar a uma altura máxima de meio metro do solo.
* A fêmea deposita seus ovos em locais com água parada (limpa ou pouco poluída). Por isso, é importante não deixar objetos com água parada dentro de casa ou no quintal. Sem este ambiente favorável, o aedes aegypti não consegue se reproduzir.
* As larvas são brancas quando nascem, mas tornam-se negras depois de algumas horas.
* Pode ser encontrado em várias regiões da África e América do Sul, inclusive no Brasil. Em nosso país, tem transmitido a dengue a uma grande quantidade de pessoas. A dengue, se não tratada corretamente, pode levar o indivíduo a morte.

Cabide é ovacionado na arena


Quem esteve na última quarta-feira (18), no estádio arena da floresta, antes do início da partida entre Rio Branco e Santos, pela Copa do Brasil, presenciou uma cena por demais divertida. A recepção calorosa do torcedor acriano para com o vereador Cabide, do PTC. No meio da arquibancada e de pé, a torcida gritava: “Cabide...Cabide...Cabide”. Esse Acre é mesmo fabuloso!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Enchente do Rio Juruá deixa 60 famílias desabrigadas na região norte do Acre


As chuvas constantes no norte do Acre elevaram o nível do principal rio da região: o Juruá. De acordo com informações da Defesa Civil, os municípios de Marechal Taumaturgo e Porto Walter são os mais atingidos. Cerca de 60 famílias já deixaram as suas casas com destino a abrigos públicos ou de parentes. Em Cruzeiro do Sul, o Rio Juruá atingiu a cota de 11m04cm e também começa a preocupar as autoridades. Equipes do Corpo de Bombeiros foram enviados para essas localidades para fazer um levantamento da situação.

Desmatamento na Amazônia causou a extinção de 26 espécies, diz ONU

O macaco-aranha é um dos animais ameaçados

O desmatamento da Amazônia provocou a extinção de 26 espécies de animais e plantas até 2006, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). No mesmo período, outras 644 espécies entraram na lista de animais e plantas ameaçados de extinção.

Das 26 espécies extintas, dez estão na parte brasileira da floresta amazônica. Entre as espécies ameaçadas estão o macaco-aranha (Ateles belzebuth) e o urso-de-óculos (Tremarctos ornatus). O relatório GEO Amazonia, que está sendo divulgado em um encontro do Pnuma em Nairóbi, no Quênia, destaca que o desmatamento da Amazônia continua acontecendo em ritmo acelerado.

Em todos os tempos, a Floresta Amazônica sofreu desmatamento equivalente a 94% do território total da Venezuela, dado que havia sido antecipado no mês passado pelo jornal francês "Le Monde" e noticiado pela BBC Brasil. O relatório do Pnuma afirma que em cinco anos a Amazônia perdeu 17% da sua vegetação total nos nove países que possuem trechos da floresta tropical. A área total desmatada no período foi de 857.666 quilômetros quadrados.

Cenários pessimistas
O relatório afirma que três fatores vão influenciar na forma como a Amazônia vai se desenvolver no futuro: as políticas públicas, o funcionamento do mercado e o desenvolvimento de novas tecnologias. Baseado nesses três fatores, o relatório traça quatro cenários diferentes para o futuro da Amazônia no longo prazo, e nenhuma das hipóteses apresenta uma situação ideal. "Isso significa que os protagonistas amazônicos não conseguiram imaginar um futuro no qual as políticas públicas, o mercado, a ciência e a tecnologia se desenvolvam, simultaneamente, de uma maneira suficientemente positiva de forma a promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia", diz o documento.

Os quatro cenários traçados pelo Pnuma são: - Amazônia emergente: um cenário em que o governo e as forças do mercado geram benefícios à região, mas a ciência e a tecnologia não avançam o suficiente para melhorar o aproveitamento de recursos naturais.

- À beira do precipício: o governo agiria para combater o desmatamento, mas a demanda do mercado por recursos e a falta de tecnologia apropriada seriam mais fortes do que o esforço público.

- Luz e sombra: ação pública e investimentos em tecnologias colaborariam contra o desmatamento, mas as forças do mercado exigiriam cada vez mais recursos naturais.

- Inferno ex-verde: um cenário em que a floresta ficaria submetida às demandas do mercado, sem ação governamental ou avanço tecnológico favorável ao desenvolvimento sustentável.

Savanização
Segundo o relatório, fatores internos e externos em cada um dos países estão provocando o desmatamento. Entre os fatores internos está o crescimento da urbanização da região e a exploração de recursos naturais. O Pnuma destaca que em quatro dos países da região, mais de 50% da população amazônica é urbana. Externamente, o aquecimento global continua afetando o ciclo de chuvas e afetando o equilíbrio do ecossistema.

O relatório cita previsões feitas em outros estudos de que 60% da Amazônia pode se transformar em savana ainda neste século, devido ao aumento da temperatura média global - uma afirmação questionada por um novo estudo publicado na Grã-Bretanha na semana passada. O relatório também afirma que a articulação de grupos e instituições que atuam na Amazônia ainda está apenas no começo.

"Na maioria dos países da região, a Amazônia ainda não faz parte do 'espaço ativo' nacional, no entanto eles estão lentamente começando a articular a Amazônia no sistema político-administrativo, na sociedade e na economia nacional", diz o relatório do programa da ONU.

"O Brasil é o país que mais mostrou progresso nesta área. Por outro lado, o processo contínuo de descentralização, com diferentes níveis de progresso, visa a melhorar a governança ambiental por governos regionais e locais."

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Usina de Jirau é multada em R$ 1 milhão e obra é embargada pelo Ibama/RO


O início da construção da ensecadeira da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, rendeu uma multa de R$ 950 mil para a empresa Energia Sustentável do Brasil, responsável pela obra.


Segundo o Ibama/RO, em visita de rotina uma equipe do órgão constatou as obras para a construção de uma ensecadeira que ligaria a margem direita do rio Madeira a Ilha Pequena (a menor das duas ilhas do local), partindo da área desmatada e embargada anteriormente.


Uma nova equipe foi até a obra, pontuou as coordenadas, fotografou o local e orientou o engenheiro responsável a não fazer mais nenhuma intervenção, informando que aquela área seria embargada.Ontem, segundo o Ibama/RO, a empresa foi autuada por construir a ensecadeira sem autorização ambiental e por deixar de atender a condicionante da licença de instalação.


O diretor presidente da Energia Sustentável do Brasil, Vitor Paranho, assegurou que a obra da ensecadeira estava sendo construída com licenciamento ambiental emitido pelo Ibama de Brasília e atendia a todas as exigências ambientais, com transparência e ampla divulgação pela mídia estadual e nacional. “Essa autuação não tem fundamento, pois trabalhamos dentro da legalidade atendemos às exigências ambientais”, salientou.


Paranhos destacou ainda que a obra está parada desde sexta-feira (13), e com o cronograma de execução comprometido. “Vamos entrar com recurso contra essa notificação, e esperamos uma solução ágil para que o país, Rondônia e a população de Porto Velho não sejam prejudicadas”, frisou.


A contratação de mil funcionários prevista para fevereiro, para dar continuidade às obras, foi suspensa temporariamente. Em janeiro, a empresa foi autuado pelo Ibama/RO pela supressão de floresta nativa em área de preservação permanente, com uma multa de R$ 475 mil.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Aviões da aeronáutica medem desmatamento na Amazônia


O levantamento foi feito por profissionais da Aeronáutica utilizando aviões de reconhecimento do Sipam (foto), que também são usados em operações militares.

Nas comunidades sobre a Amazônia na rede social Orkut, o uso das forças armadas para proteger a floresta é o assunto mais discutido pelos internautas. A maior parte das pessoas defende que o governo brasileiro deveria usar o Exército, a Marinha e a Aeronáutica a serviço da preservação ambiental.“As Forças Armadas ajudariam muito a frear o desmatamento na Amazônia, até porque eles já fazem treinamentos lá”, defende o internauta Renato Monteiro em debate no Orkut. Já para Nei Duclós, somente usar o poderio militar não ajudaria o meio ambiente: “Forças Armadas não podem ser o foco da defesa. O que nos defenderia na Amazônia seriam políticas públicas focadas na população que existe marginalizada lá.”

A geração de mapas dos municípios utilizando pilotos e tecnologia da Aeronáutica atende aos anseios dos dois internautas. Além de servir para mostrar as áreas de floresta mais ameaçadas, os mapas também ajudarão os prefeitos a planejar ações para melhorar a infraestrutura dos municípios, como a construção de estradas.

Não foi tarefa das mais simples obter os dados dos municípios mais ameaçados. A área total mapeada foi de cerca de 800 mil quilômetros quadrados, o equivalente a duas vezes o Paraguai. “Nunca havíamos feito uma missão em alta definição em uma área tão extensa”, relata Wougran Soares Galvão, diretor de Produtos do Censipam, órgão que gerencia o Sipam.

Toda a região foi sobrevoada com aeronaves R-99B, fabricada pela Embraer e especializada em missões de reconhecimento e vigilância. Pilotos da Força Aérea Brasileira completaram 450 horas de voo para cobrir toda a região. “O custo do projeto, só calculando o gasto das aeronaves e coleta de dados, foi de R$ 3,7 milhões”, conta Galvão.

O sinal dos radares foi armazenado em fitas, que foram enviadas para um centro do Sipam em Manaus. Lá, um software desenvolvido pela Aeronáutica processou os dados, que foram transformados em mapas de alta resolução, que mostram em detalhes todas as características dos municípios, como estradas, plantações, rios e florestas.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Brasil economiza R$ 4 bilhões com o Horário de Verão


Em um período de forte retração econômica, o Brasil consegue sobressair conquistando novos patamares econômicos. Segundo afirmou o ministro de Minas e Energias, Edson Lobão, durante entrevista, que o Brasil economizou R$ 4 bilhões (ou 2 mil megawatts) durante o horário de verão, que termina neste domingo, dia 15 de Fevereiro.

O ministro disse ainda que os quatro meses com o horário de verão equivaleram a 65% de toda a energia consumida pelo Estado do Rio de Janeiro e 85% de Curitiba, o que, de acordo com ele, conduz a nação para uma segurança energética e, também, para a estabilidade de energia até 2013.

Outro aspecto relatado na entrevista foi em relação às medidas cabíveis que o Brasil tomou para a produção e transmissão de energia nos últimos anos, depois dos intensos apagões. Edson Lobão apontou a retomada da construção de Angra 3 e de mais linhas de transmissão cujo trabalho iniciou antes do término das obras das usinas no Rio Madeira, fato que, segundo ele, demonstra a atenção que a nação brasileira tem no momento com a questão.

Projeto "Nova Bonal" é modelo de assentamento para a Amazônia, diz Incra


Agroidústria de palmito é uma das bases da economia


No coração daquilo que já foi o maior e também o mais desorganizado projeto de reforma agrária do país, o PAD (Projeto de Assentamento Dirigido) Pedro Peixoto, está surgindo uma proposta de desenvolvimento sustentável que deverá materializar, em todas as formas, o conceito da chamada Florestania, a criação de uma cidade de economia baseada na floresta.

Trata-se do projeto “Nova Bonal”, como está sendo chamado o mais novo projeto de assentamento acriano, localizado no quilômetro 75 da BR-364, a rodovia que liga Rio Branco (AC) a Porto Velho (RO), numa parte das 400 mil hectares que compõem o PAD Peixoto, uma área duas vezes mais que o território da Bélgica. A área ainda é resquício dos projetos implementados na Amazônia com base na idéia de que, em relação à região, era preciso explorar para não entregar. Assim, a área de 12 mil hectares, desde o princípio da década de 70, foi a principal base de operações e exploração econômica de um consórcio internacional de capital privado da Bélgica, com a seringa, a extração da madeira, agricultura e pecuária.
Há menos um ano, com o desinteresse dos investidores estrangeiros de continuar na região, o Governo Federal, através do Incra, se apresentou como principal interessado na aquisição. O negócio foi feito com recursos públicos da ordem de R$ 10 milhões, pagos com TDA (Títulos da Dívida Agrária) e agora tudo que há no lugar em infra-estrutura, casas, açudes, gado e outros bens nos quais se incluem a terra e principalmente a floresta - está sendo transferido para as mãos de ex-empregados da empresa e outras famílias que devem ser assentadas no local.

A idéia é que, além de ser o cartão postal ou o projeto acabado do conceito do Governo da Floresta para exploração econômica na região Amazônica, a área sirva também de quebra de paradigmas em relação à reforma agrária no país e talvez o exemplo a ser seguido em se tratando de ocupação de terras na Amazônia. É que ali o Governo do Estado, em parceria com a superintendência regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), de cujos cofres saíram os recursos para a aquisição da área, além dos movimentos sociais e a própria comunidade estão materializando a utopia de uma comunidade de gestão coletiva – ou seja, onde ninguém é proprietário isolado de nada. Isso significa que não a demarcação de lotes, a organização social é baseada na célula familiar e que também não a desmatamento porque a floresta é totalmente destinada ao manejo de base comunitária.

“A idéia é de uma cooperativa. Cada um ganha pelo seu trabalho e por sua atividade. Desde o crédito, tudo é coletivo, as pessoas não têm dinheiro para aplicarem como quiserem, de forma isolada. O crédito é discutido, feito um caixa comum e a partir daí os investimentos acontecem”, disse Sérgio Lopes, assessor do Governo do Estado junto a Secretaria de Extrativismo e Produção Familiar (Seprof) e também, ele próprio - um dos idealizadores do projeto Reca, localizado já no território de Rondônia. Outro conceito novo: os coordenadores, além dos técnicos que vão orientar a produção, como é o caso do engenheiro agrônomo Carlos Eduardo, coordenador técnico do projeto, é também um dos assentados.

“A idéia é que cada um tenha sua atividade: que um vá para a exploração da seringa, outro vá para a exploração da Pupunha, outro parta para tirar leite da vaca, outro opere tratores e outro cuide da administração”, acrescentou Sérgio Lopes.

A princípio, os ocupantes da área são os moradores originários. São cerca de 50 famílias, todos ex-empregados da antiga Bonal, que agora passaram a trabalhar por conta própria. O projeto estabelece que, nos próximos meses, a partir de um aporte de recursos em torno de R$ 500 mil, que serão investidos inclusive na construção de casas e infra-estrutura, mais cem famílias sejam assentadas no local.

“As pessoas a ocuparem a área serão convidadas a partir de critérios rigorosos, avaliados por todos os gestores do projeto. Não haverá ninguém que não seja associado ou sindicalizado”, disse Francisco Ferreira, presidente da Associação de Moradores. “Quem vier para cá tem que vir com a certeza de que não vai poder desmatar e destruir. A gente mora num local que ama. Eu, por exemplo, moro nesta área há 17 anos e tenho amor por aquilo ali, a gente gosta de viver na floresta e tudo o que queremos é fazer ali um tipo de uma cidade onde todo mundo, apesar de viver na zona rural, tenha sua vida digna, tenha educação, saúde e lazer. Isso é importante para nós”, acrescentou.

A coordenação do projeto trabalha com a estimativa de que, dentro de cinco anos, cada uma das 150 famílias assentadas tenham uma renda mensal em torno de cinco salários mínimos. Essa meta é feita com base nos gráficos dos lucros da empresa que administrava a usina, onde já se produz o melhor palmito de pupunha do Acre, no último ano de operação privada com a exploração dos mais diversos produtos. “Os lucros foram estimados em 500 mil. Só que isso foi para a empresa e agora, o que for obtido, será para os trabalhadores”, disse Carlos Eduardo.

De acordo com o superintendente regional do Incra, Carlos Augusto, a Bonal foi a primeira área que o Incra adquiriu através de compra, com base no decreto 433, editado durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Da edição do decreto à aquisição da área e o início do programa, foi um processo rápido, de menos de um ano.

“O projeto Bonal já está criado, as famílias já estão assentadas pelo Incra e o que está acontecendo hoje já é o planejamento em andamento. O que está ali não é mais sonho, é realidade. Será o projeto referência do Incra uma espécie de mea culpa do Incra depois de 30 anos de assentamentos ruins e por isso faz agora um assentamento com essas características de respeito ao meio ambiente”, afirmou.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Ministério da Justiça diz que ONGs estrangeiras que atuam na Amazônia estão irregulares

Um balanço do cadastramento de organizações estrangeiras que trabalham no Brasil foi publicado nesta sexta-feira (13) pelo Ministério da Justiça (MJ). Das 170 entidades que atuam ou pretendem atuar no país, apenas 63 enviaram seus documentos para se cadastrar na Secretaria Nacional de Justiça (SNJ).
O cadastro é obrigatório para que elas possam atuar legalmente no território nacional, e o prazo para o registro terminou em 2 de fevereiro.Um dos objetivos do ministério com o cadastramento das organizações é obter maior controle sobre as entidades que atuam na Amazônia.
Uma análise prévia realizada pelo MJ indica, contudo, que nenhuma organização da região Norte se cadastrou. Segundo nota publicada pelo ministério, a ausência de mais de uma centena de organizações demonstra que muitas operavam de forma irregular, e deverão ter as portas fechadas. Uma relação das entidades que não apresentaram documentos será enviada à Polícia Federal para investigação.
Entidades nacionais
As organizações internacionais que atuam no Brasil mas são cadastradas como entidades nacionais – possuem documentos como CNPJ, por exemplo – não precisam apresentar seus documentos à SNJ. Isso ocorre porque elas já são fiscalizadas como qualquer outra ONG brasileira.
Segundo a assessoria de imprensa do Greenpeace, esse é o caso dessa organização. Com origem no Canadá, a ONG tem sede no Brasil e atua na Amazônia. Já que é instituído como uma entidade nacional, o Greenpeace não precisou se cadastrar. Para secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, o baixo número de entidades recadastradas poderia revelar que elas decidiram se registrar como entidades nacionais, o que facilitaria a fiscalização.
“O lado positivo da baixa adesão é que está havendo um processo de depuração das ONGs estrangeiras. Vamos identificar se elas migraram para serem organizações nacionais ou se assustaram com a transparência e encerraram as atividades”, afirmou Tuma Júnior em nota do MJ.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Reserva Chico Mendes, no Acre, mostra paz entre o homem e a floresta



Texto da reportagem exibida no Bom Dia Brasil


No pequeno estado do extremo oeste brasileiro, o personagem histórico mais lembrado não é o Barão do Rio Branco, que deu nome à capital e conquistou o território acreano para o Brasil. Nas ruas, e principalmente na vida das pessoas que moram na floresta do Acre, o nome inesquecível é o de Chico Mendes, símbolo de resistência e luta pela conservação da Amazônia.
“Chico Mendes foi um grande líder seringueiro que lutou em prol do seringueiro”, comenta um jovem. Assassinado em 1988, Chico Mendes conseguiu organizar os seringueiros para juntos enfrentarem as motosserras. Desde a morte de Chico Mendes, 20 anos atrás, muita coisa mudou em Xapuri, cidade onde ele morava. Os seringueiros agora vivem em reservas extrativistas criadas pelo governo federal e as pessoas da cidade já não têm medo de falar sobre os problemas que os afligiam. “Eles matavam ou expulsavam. Pistoleiro estava junto com eles”, Manoel Silva, representante da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre (Cooperacre).
Quem trabalha como seringueiro é antes de tudo um solitário. Percorre de cinco a dez quilômetros por dia, dentro da floresta. Dona Vicenzia, hoje dona de um restaurante em Xapuri, era um desses soldados e não esquece daquele tempo. “Víamos os vizinhos de mês em mês. Se por acaso adoecesse uma pessoa, para morrer mesmo, eu dava três tiros. Ele [o vizinho] corria e sabia que era necessidade”, lembra Dona Vicenzia. “Tinha doenças e ninguém cuidava, porque era muito distante de médico. A gente considera que a pessoa morreu à mingua, sem socorro”, lembra um morador da região. Ser seringueiro no Acre já faz parte do passado na vida de muita gente. Muitas pessoas trabalham na fábrica de preservativos masculinos de Xapuri, uma iniciativa do governo federal e estadual, para incentivar a volta do seringueiro à floresta. “Temos uma meta de alcançar 500 toneladas, o que requer 700 famílias produzindo”, avalia o coordenador de campo da empresa, João Pereira.
O gado, que tem aumentado na região, parece uma alternativa fácil para a sobrevivência dos seringueiros. Os que vivem nas Reservas Extrativistas têm concessão de 30 anos para viver ali, extrair os produtos da floresta e ter, no máximo, 30 cabeças de gado. “O que se está desmatando para criar gado é prejuízo para a floresta”, comenta um morador. “O desmatamento está associado à criminalidade. É o roubo de terras. É o desmatamento ilegal. E o trabalho escravo. O outro lado é a gente entender o valor que a floresta tem de perto. Se desenvolver o potencial de madeira na Amazônia, talvez a gente possa gerar meio milhão de novos empregos na Amazônia e R$ 6 bilhões por ano entrariam na cadeia econômica da região”, explica o supervisor do programa regional WWF-Brasil, Cláudio Maretti. Antigos seringueiros estão unidos em várias associações e cooperativas.
A Cooperacre compra toda a produção de castanha, borracha e copaíba “Nós estamos vendendo castanha para São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina. São 12 estados”, comenta Manoel Silva. Para manter a floresta, o seringueiro sabe que precisa acompanhar os ritmos da natureza. O látex só pode ser retirado durante a estiagem. Quando as chuvas começam, a atividade é coletar as castanhas.
A outra atividade possível é tirar o óleo da copaíba, uma preciosidade com poderes antiinflamatórios. O óleo só poderá ser retirado outra vez, da mesma árvore, depois de 3 anos. Na floresta, é o ciclo da natureza que impõe o ritmo da vida. Quando as flores amarelas da castanheira forram o chão da mata é sinal que os ouriços, carregados de castanhas, estão prontos para cair.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Avião cai no Amazonas e mata 16 pessoas

O Corpo de Bombeiros vai trabalhar toda a noite deste sábado e madrugada de domingo (8) na tentativa de retirar do rio Manacapuru, afluente do rio Amazonas, o avião que caiu na tarde deste sábado com 20 passageiros. Entre os quatro sobreviventes, está uma criança de 9 anos.
Mergulhadores, que localizaram a aeronave no rio, vão passar cabos de aço pelo avião para poder puxá-lo. De acordo com os bombeiros, 16 passageiros não conseguiram sair da aeronave quando ela afundou.
De acordo com a Manaus Aerotáxi, empresa proprietária do avião, a aeronave partiu do aeroporto de Coari mas, com o mau tempo, pediu autorização para o centro de controle aéreo de Manaus para retornar ao aeroporto de onde partiu. O centro autorizou a volta da aeronave, que desapareceu do sinal de comunicação.
Por volta das 14h (horário local), o avião, um Bandeirante PT-SEA, teria tentado pousar em uma pista abandonada na comunidade de Santo Antonio, em Manacapuru, que fica próxima ao rio, segundo o oficial de comunicação do Corpo de Bombeiros do município, capitão Helyanthus Borges. De acordo com a Aeronáutica, o avião caiu a 500 metros da pista.
Os quatro sobreviventes, segundo o capitão, estavam em assentos na cauda do Bandeirantes. Os demais ficaram presos na aeronave, que afundou no rio. No site da empresa, a aeronave aparece com capacidade para 16 passageiros ou 1.500 kg de carga.
De acordo com a assessoria da Manaus Aerotáxi, o Bandeirante é de uma nova frota da empresa e teria capacidade para transportar 20 pessoas.
Os sobreviventes foram identificados como Brenda Dias Morais, 21, Eric Evangelista da Costa Pessoa, 23, Yan da Costa Liberal, 9, e Ana Lúcia Reis Láurea, 43. Elas foram encaminhadas para o hospital Lázaro Reis, em Manacapuru.
Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) foi enviado ao local para auxiliar nas buscas. De acordo com o comando, as condições do tempo dificultam o trabalho de resgate. O Comando da Aeronáutica já iniciou as investigações para identificar a causa do acidente.

Estudo do Inpe aponta Rio Branco com grande incidência de raios solares


Um estudo recente, realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) descobriu que entre as capitais da região Norte Rio Branco é a que possui maior incidência de raios ultravioleta. Segundo o pesquisador da Universidade Federal do Acre (Ufac), Alejandro Fonseca, isso pode levar o Acre a um elevado índice de câncer de pele num futuro próximo. As pessoas com maior faixa de risco são aqueles que trabalham diretamente expostas aos raios solares em atividade agrícolas. O uso do protetor solar e a não exposição ao sol, em horários considerados críticos, das 11 horas às 15 horas, são algumas maneiras de prevenir o problema.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Fiscais do Ibama apreendem arraia gigante no aeroporto de Belém


Uma espécie de arraia-xingu – também conhecida como arraia-bola-branca – foi apreendida pelo Ibama esta semana no aeroporto de Belém. Ela seria exportada para a capital da Malásia, Kuala Lampur, e foi confiscada porque tinha um tamanho maior que o permitido por lei para a comercialização. Tamanho máximo permitido para a venda da arraia-xingu é de 30 cm de diâmetro. Como o animal tinha cinco centímetros a mais, foi apreendido pelo Ibama e a empresa exportadora foi multada em R$ 3.020. Comum dos rios da região Amazônica, o peixe é apreciado por aquaristas.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Fifa reafirma em Manaus: “não tem nenhuma sede definida”


Nesta quinta-feira, representantes da Fifa estiveram na cidade de Manaus. Eles inspecionaram a logística e a infra-estrutura da cidade candidata a sediar o mundial de 2014. O comitê da Fifa também conferiu o projeto que prevê a construção de um centro poliesportivo, com um estádio (foto) de estrutura semelhante ao Ninho do Pássaro, que recebeu os jogos Olímpicos na China.

Durante a visita, o membro do comitê executivo da Fifa e presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, confirmou que nenhuma cidade, até o momento, está confirmada como sede da Copa.

- O que estão escrevendo em sites e blogs não é verdade. Todas as 17 cidades têm chance de sediar o mundial. Tudo vai depender a viabilidade do projeto. A escolha é meramente técnica -, reafirmou.

De Manaus, os representantes da Fifa seguiram para Belém (PA).

Ricardo Teixeira: “a escolha da Fifa será eminentemente técnica”

Governador Binho Marques, Ricardo Teixeira, Raimundo Angelim e Jorge Viana durante coletiva no Palácio Rio Branco.
Rio Branco recebeu nesta quarta-feira (4) a visita da comissão da Fifa e do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Os representantes da Federação Internacional de Futebol foram de helicóptero até o estádio Arena da Floresta, onde realizaram uma inspeção técnica. Depois seguiram de carro até o centro da cidade. Fez parte da agenda visitas às duas principais bibliotecas da capital: Marina Silva e Pública. No Palácio Rio Branco, as autoridades falaram com a imprensa. Numa rápida coletiva, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foi perguntado por este repórter a respeito do projeto “Acre sede verde”, que alia o maior evento esportivo do planeta, a Copa do Mundo, à preservação do meio ambiente. O dirigente foi enfático:

- A questão ambiental defendida pelo Acre é um exemplo para o país. Mas eu devo afirmar que a escolha das doze cidades sedes é uma decisão eminentemente técnica por parte da Fifa -, concluiu Teixeira.

Já o governador Binho Marques se mostrou confiante de que Rio Branco será a sede da Amazônia na Copa de 2014.

- Temos o melhor projeto entre as 17 cidades. Isso me faz pensar que Rio Branco é sim uma forte candidata a sediar jogos da Copa do Mundo -, disse.

Após a visita de aproximadamente três horas, os representantes da Fifa seguiram para Manaus e depois Belém. A entidade máxima do futebol vai divulgar a relação das 12 cidades sedes da Copa de 2014 no dia 20 de março.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Projeto “Acre sede verde” vai custar R$ 400 milhões; Comitiva da Fifa chega nesta quarta-feira em Rio Branco


Nesta quarta-feira (4), desembarca em Rio Branco a comitiva da Fifa e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para avaliarem o projeto “Acre sede verde”. A capital acriana disputa com Manaus e Belém o direito de representar a Amazônia entre as 12 sedes da Copa do Mundo de 2014.

De acordo com o projetista do estádio Arena da Floresta(foto), Luiz Volpato, o projeto é inovador e ecologicamente correto do ponto de vista da sustentabilidade.

-O Arena da Floresta vai sobre uma ampliação de 14 mil para 42 mil lugares. Além disso, teremos uma cobertura toda com material extraído da própria floresta. Será o primeiro estádio com conceito ambiental do país -, disse Volpato.

O projeto também conta com apartamentos para dois mil apartamentos, que serão destinados à população após a Copa. Um ginásio poliesportivo e um centro de treinamento para as seleções. Todas essas obras vão custar R$ 400 milhões, com recursos do governo do Estado e da prefeitura de Rio Branco. Pouco para tanta obra se levarmos em consideração os 6 bilhões previstos para serem investidos pelo governo do Amazonas, caso Manaus seja a escolhida.

Os representantes da Fifa chegam de Cuiabá por volta das 15 horas. Uma parte segue de helicóptero para o estádio Arena da Floresta. Outro grupo da comitiva fará o percurso de carro pelas principais ruas e avenidas da cidade até o Palácio Rio Branco, onde acontece a cerimônia de apresentação do projeto. Duas horas e meia depois, a solenidade será encerrada com um pronunciamento do presidente da CBF, Ricardo Teixeira.



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Manaus leva ligeira vantagem para sediar Copa do Mundo de 2014

Nesta quarta-feira (4), a comitiva da Fifa desembarca na cidade de Rio Branco para vistoriar o projeto do Acre para tentar ser uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014. Os representantes da Fifa chegam por voltadas das 14h45. Eles passarão rapidamente por alguns pontos da cidade e terminam a visita no estádio Arena da Floresta. A comitiva passará no máximo 4 horas no Acre e depois segue para Manaus e Belém.
Como um conhecedor da área esportiva, devo adiantar aos leitores deste blog o resultado do relatório final da Fifa, que só será divulgado no dia 20 de março. Na Amazônia, a cidade escolhida será Manaus. Por uma série de fatores que vão desde a estrutura voltada para o turismo, hotelaria e também pelo investimento de 6 bilhões que será feito pelo governo do Amazonas na recuperação do estádio Vivaldo Lima.
Belém está fora da disputa pelo grande índice de violência e pelo projeto limitado. Rio Branco, a bela capital do Acre, será subsede. Pelo estádio padrão Fifa e pelo projeto inovador: “o Acre sede verde”. Para quem não se recorda, subsede é uma cidade escolhida pela Fifa para as seleções realizarem períodos de treinos e adaptação ao clima. Saquela aquela cidade da Suíça onde o Brasil ficou treinando um mês antes da Copa de 2006, na Alemanha.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Mapa do Greenpeace mostra Amazônia cedendo lugar a pastos


Um relatório divulgado pela ONG Greenpeace mostra que a maior parte das áreas devastadas no estado de Mato Grosso foi ocupada por pastos para a criação de gado. Utilizando imagens de satélite, técnicos da instituição elaboraram um mapa do estado mostrando como estão ocupadas as áreas em que o bioma amazônico foi destruído. A conclusão é que os bois têm avançado sobre a floresta.

Os dados foram divulgados no relatório “O Rastro da pecuária na Amazônia – Mato Grosso: o Estado da destruição”, lançado no Fórum Social Mundial, em Belém. Segundo o Greenpeace, a pecuária na Amazônia legal cresceu 140% entre os anos de 1990 e 2003, passando de 26,6 milhões para 64 milhões de cabeács de gado durante o período. Mato Grosso e Pará são os estados que lideram a criação de gado. Segundo o relatório, os dois estados juntos concentram 60% do rebanho bovino na Amazônia.