O desmatamento da Amazônia provocou a extinção de 26 espécies de animais e plantas até 2006, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). No mesmo período, outras 644 espécies entraram na lista de animais e plantas ameaçados de extinção.
Das 26 espécies extintas, dez estão na parte brasileira da floresta amazônica. Entre as espécies ameaçadas estão o macaco-aranha (Ateles belzebuth) e o urso-de-óculos (Tremarctos ornatus). O relatório GEO Amazonia, que está sendo divulgado em um encontro do Pnuma em Nairóbi, no Quênia, destaca que o desmatamento da Amazônia continua acontecendo em ritmo acelerado.
Em todos os tempos, a Floresta Amazônica sofreu desmatamento equivalente a 94% do território total da Venezuela, dado que havia sido antecipado no mês passado pelo jornal francês "Le Monde" e noticiado pela BBC Brasil. O relatório do Pnuma afirma que em cinco anos a Amazônia perdeu 17% da sua vegetação total nos nove países que possuem trechos da floresta tropical. A área total desmatada no período foi de 857.666 quilômetros quadrados.
Cenários pessimistas
O relatório afirma que três fatores vão influenciar na forma como a Amazônia vai se desenvolver no futuro: as políticas públicas, o funcionamento do mercado e o desenvolvimento de novas tecnologias. Baseado nesses três fatores, o relatório traça quatro cenários diferentes para o futuro da Amazônia no longo prazo, e nenhuma das hipóteses apresenta uma situação ideal. "Isso significa que os protagonistas amazônicos não conseguiram imaginar um futuro no qual as políticas públicas, o mercado, a ciência e a tecnologia se desenvolvam, simultaneamente, de uma maneira suficientemente positiva de forma a promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia", diz o documento.
O relatório afirma que três fatores vão influenciar na forma como a Amazônia vai se desenvolver no futuro: as políticas públicas, o funcionamento do mercado e o desenvolvimento de novas tecnologias. Baseado nesses três fatores, o relatório traça quatro cenários diferentes para o futuro da Amazônia no longo prazo, e nenhuma das hipóteses apresenta uma situação ideal. "Isso significa que os protagonistas amazônicos não conseguiram imaginar um futuro no qual as políticas públicas, o mercado, a ciência e a tecnologia se desenvolvam, simultaneamente, de uma maneira suficientemente positiva de forma a promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia", diz o documento.
Os quatro cenários traçados pelo Pnuma são: - Amazônia emergente: um cenário em que o governo e as forças do mercado geram benefícios à região, mas a ciência e a tecnologia não avançam o suficiente para melhorar o aproveitamento de recursos naturais.
- À beira do precipício: o governo agiria para combater o desmatamento, mas a demanda do mercado por recursos e a falta de tecnologia apropriada seriam mais fortes do que o esforço público.
- Luz e sombra: ação pública e investimentos em tecnologias colaborariam contra o desmatamento, mas as forças do mercado exigiriam cada vez mais recursos naturais.
- Inferno ex-verde: um cenário em que a floresta ficaria submetida às demandas do mercado, sem ação governamental ou avanço tecnológico favorável ao desenvolvimento sustentável.
Savanização
Segundo o relatório, fatores internos e externos em cada um dos países estão provocando o desmatamento. Entre os fatores internos está o crescimento da urbanização da região e a exploração de recursos naturais. O Pnuma destaca que em quatro dos países da região, mais de 50% da população amazônica é urbana. Externamente, o aquecimento global continua afetando o ciclo de chuvas e afetando o equilíbrio do ecossistema.
Segundo o relatório, fatores internos e externos em cada um dos países estão provocando o desmatamento. Entre os fatores internos está o crescimento da urbanização da região e a exploração de recursos naturais. O Pnuma destaca que em quatro dos países da região, mais de 50% da população amazônica é urbana. Externamente, o aquecimento global continua afetando o ciclo de chuvas e afetando o equilíbrio do ecossistema.
O relatório cita previsões feitas em outros estudos de que 60% da Amazônia pode se transformar em savana ainda neste século, devido ao aumento da temperatura média global - uma afirmação questionada por um novo estudo publicado na Grã-Bretanha na semana passada. O relatório também afirma que a articulação de grupos e instituições que atuam na Amazônia ainda está apenas no começo.
"Na maioria dos países da região, a Amazônia ainda não faz parte do 'espaço ativo' nacional, no entanto eles estão lentamente começando a articular a Amazônia no sistema político-administrativo, na sociedade e na economia nacional", diz o relatório do programa da ONU.
"O Brasil é o país que mais mostrou progresso nesta área. Por outro lado, o processo contínuo de descentralização, com diferentes níveis de progresso, visa a melhorar a governança ambiental por governos regionais e locais."
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