quinta-feira, 30 de junho de 2011

Aquífero de Rio Branco vira depósito de lixo




estrada-do-amapa-lixaoPor Adaílson Oliveira (TV Gazeta)


A Câmara de Vereadores de Rio Branco vai exigir que a Prefeitura de Rio Branco fiscalize melhor a área, onde está o maior estoque de água natural da região. O aqüífero começou a ser atingido por obras públicas e privadas, agora, na região do Amapá. As pessoas estão jogando lixo e restos de animais e todo o chorume está sendo levado para o lençol freático.

A área, que deveria ser uma das mais protegidas de Rio Branco, está vulnerável. O aqüífero tem uma grande quantidade de água de boa qualidade, o suficiente para abastecer Rio Branco por quase 200 anos.
O local usado como lixão fica a 100 metros da via Chico Mendes. De longe, o local já chama a atenção pela quantidade de urubus e o mau cheiro, resultando dos restos de animais e ossos jogados.

O lixão só não apresenta maior volume, porque existe um brejo onde os entulhos e restos de animais vão afundando na água.

O vereador Sargento Vieira levou a denúncia até a Câmara. Enviou um requerimento à Prefeitura para que faça a limpeza do local, e que monitore a região para saber quem está jogando lixo e animais mortos. E se precisar, aplique multas, como manda o código do município.

Outra denúncia apontada pelo vereador é a grande quantidade de construções públicas e privadas. O aquífero é abastecido com água da chuva, as obras fazem a impermeabilização do solo, evitando a passagem da água. Outro problema: Os esgotos que vão direto para o lençol freático que podem deixar completamente inviável o consumo da água.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Denúncia: Venda de sangue de índios da Amazônia chega ao Senado


cristovam25062011aBRASÍLIA – A venda do sangue de índios da Amazônia na internet pela empresa norte-americana Coriel Cell Repositories deverá ser investigada pelo Senado brasileiro. Pelo Twitter, o senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) afirmou  que levará o caso à Comissão de Direirtos Humanos do Senado. 

O sangue dos índios da Amazônia é bastante requisitado por pesquisadores porque já se descobriu que algumas etnias possuem maior resistência a certas doenças.

Fonte: Agência Amazônia

terça-feira, 28 de junho de 2011

Festival Internacional reunirá fotógrafos de natureza na Alemanha

Especialistas falarão sobre as melhores maneiras de capturar imagens de animais debaixo d'água, no ar, na selva e dos segredos para fotografar belas paisagens.

Foto realizada no Delta do Okavango, na África, por Sergey Gorshkov (Foto: Sergey Gorshkov/BBC)


Da BBC Brasil

Fotógrafos e visitantes de todo o mundo se reunirão nos dias 29 e 30 de outubro em Lünen, na Alemanha, para o 19º Festival Internacional de Fotografia da Natureza.

Além de palestras e seminários, serão divulgados durante o evento os resultados de dois prêmios de fotografia promovidos pela Gesellschaft Deutscher Tierfotografen, a Sociedade Alemã de Fotógrafos de Natureza: GDT European Wildlife Photographer 2011 e o Fritz Pölking Award 2011.

Em um dos seminários programados para o evento, o biólogo marinho Alexander Mustard falará sobre o avanço das tecnologias nas fotografias subaquáticas. O fotógrafo finlandês especializado em pássaros Markus Varesvuo dará uma palestra sobre a arte de fotografar aves na neve.

'Fotografar aves é muito divertido. Seja pela aparente infinita variedade de cores e desenhos na plumagem, suas variadas técnicas de sobrevivência, sua incansável procura por alimento e capacidade de caça, seja pela maneira como elas criam filhotes na natureza e em meio aos homens ou pelo fatos de que elas voam - algo que os distingue da maioria das outras criaturas - não há falta de inspiração', diz Varesvuo.

O russo Sergey Gorshkov vai apresentar sua visão do Delta do Okavango, na África.
'Cada dia na África traz algo novo. Nunca sabemos o que vai acontecer em um minuto. É impossível tirar só uma foto de uma paisagem porque ela muda o tempo todo, ela nova a cada dia. É impossível até haver imitação. E como cada fotógrafo vê o mundo de forma diferente, todos tiramos fotografias únicas', diz Gorshkov.


Os cientistas, o povo e o Código Florestal

por Márcio Santilli*


O relator da proposta de alteração do Código Florestal da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, afirma que procurou a comunidade científica, mas os dirigentes da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) afirmam que não foram convidados a opinar de forma qualificada pelos deputados.

1344 300x225 Os cientistas, o povo e o Código Florestal

As instituições científicas decidiram, então, formular um pronunciamento próprio a respeito das principais questões envolvidas no debate sobre a reforma do Código Florestal. Um grupo de trabalho de uns quinze pesquisadores de diversas áreas processou e resumiu centenas de trabalhos científicos realizados sobre esses temas nos últimos anos. O resultado foi publicado em livro e apresentado aos principais tomadores de decisão.

O trabalho dos cientistas é conclusivo em relação a pontos essenciais do debate. Por exemplo, ao afirmar categoricamente que o país já dispõe de tecnologia e de capital técnico para aumentar a nossa produção agropecuária e florestal de forma consistente e prolongada, sem a necessidade de avançar sobre áreas florestadas. Outro exemplo: já há tecnologia de mapeamento e controle remoto, via satélite, para se aferir a desigual presença de áreas úmidas ou com lençol freático próximo da superfície, em cada bacia hidrográfica, o que poderia ensejar um parâmetro diverso das faixas de proteção de florestas ripárias, com extensão fixa de 30 metros ou mais, que hoje são consagradas na letra da lei.

Em outros aspectos relevantes, como o do conhecimento aplicado à valorização da biodiversidade ou aos fluxos de captação e de emissão de carbono pelas florestas, o documento dos cientistas aponta grandes avanços em curso e a perspectiva de que dentro de pouco tempo disporemos também de tecnologia que permita computar objetivamente vários dos serviços ambientais promovidos pelas florestas e outras coberturas vegetais naturais. Por isso, os cientistas propuseram que os deputados cuidassem agora dos aspectos administrativos da questão florestal, como multas, expedição de licenças e cadastramento de propriedades, deixando para os próximos dois anos as decisões mais atinentes ao patrimônio florestal em si.

A pesquisa nacional de opinião pública realizada pelo Datafolha sobre o Código Florestal perguntou aos entrevistados: “Você acha que o Senado deve parar para ouvir os cientistas antes de votar o novo Código Florestal, ou você acha que o Senado deve votá-lo imediatamente, pois é mais urgente resolver o problema das multas” por desmatamento ilegal? Resposta: 77% dos brasileiros são pela audiência aos cientistas, 20% são pela urgência na aprovação e apenas 2% não sabem responder.

A pesquisa não faz referências específicas ao conteúdo do documento dos cientistas e nem se pode supor que os entrevistados o tenham lido. Mas outras perguntas e respostas, estas sempre contundentes na defesa das florestas, indicam que várias das preocupações da opinião pública estão consideradas no documento e nas suas conclusões.

O que há de comum nas alegações truncadas entre o deputado relator e os cientistas é que, de uma forma ou de outra, nunca os cientistas ficaram tão à margem de uma decisão sobre a legislação florestal. Justamente quando as instituições científicas brasileiras acumulam maior conhecimento. É uma evidência preocupante que, por si só, já enseja uma revisão profunda daquilo que a Câmara aprovou com ausência de informação científica.

De qualquer forma, não é nada neutra a posição dos brasileiros diante da posição dos cientistas, conforme aferiu a pesquisa. Três em cada quatro acham que a aflição dos ruralistas não pode se sobrepor ao conhecimento dos cientistas. Assim como não foi neutra a posição dos cientistas ao apresentarem razões de interesse público para a proteção das florestas situadas em propriedades rurais.

Fato é que o Senado está na posição de sacramentar a ignorância ou fazer a revisão da proposta aprovada na Câmara. Repõe o tratamento legal às florestas num patamar compatível com a sua crescente importância como ativo nacional, ou joga o abacaxi no colo da Dilma para fins de veto presidencial.

Leia mais sobre a pesquisa.
* Márcio Santilli é coordenador do ISA.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dados do turismo no Brasil

O turismo é uma das atividades econômicas que mais cresce no país

Encontro das águas no Amazonas


O turismo no Brasil é uma atividade econômica importante em várias regiões do país. Com 5 milhões de visitantes estrangeiros em 2008, o Brasil é o principal destino do mercado turístico internacional na América do Sul, e ocupa o segundo lugar na América Latina em termos de fluxo de turistas internacionais

Os gastos dos turistas estrangeiros em visita ao Brasil alcançaram 5,8 bilhões de dólares em 2008, 16,8% a mais do que em 2007 e o país abarcou 3,4% do fluxo turístico internacional no continente americano em 2008.  Em 2005, o turismo contribuiu com 3,2% das receitas nacionais advindas da exportação de bens e serviços, responsável pela criação de 7% dos empregos diretos e indiretos na economia brasileira. Em 2006, estima-se que 1,87 milhão de pessoas foram empregadas no setor, com 768 mil empregos formais (41%) e 1,1 milhão de ocupações informais (59%).

O turismo doméstico representa uma parcela fundamental do setor, contabilizando mais de 50 milhões de viagens anualmente, a receita direta gerada pelo turismo interno em 2010 foi de 33 bilhões de dólares – quase seis vezes mais do que é captado pelo país em relação ao turismo estrangeiro.

domingo, 26 de junho de 2011

Redução de gelo no Ártico causa migração de espécies para o Atlântico

 

Algumas espécies procedentes do Oceano Pacífico, entre elas uma alga microscópica e a baleia-cinzenta, migraram ao Atlântico por meio do Ártico devido à redução da camada de gelo que formou um corredor marinho pelas águas do norte, revela um estudo europeu publicado na revista científica 'Nature'.

Os autores do texto constataram a migração da espécie de plâncton 'Neodenticula seminae', considerada extinta no Atlântico Norte há 800 mil anos, o que representa uma alteração da cadeia alimentar marinha.

Embora esta alga microscópica seja fonte de alimento, sua detecção no Atlântico não foi bem recebida pelos cientistas responsáveis pelo projeto Clamer, uma parceria de 17 instituições marinhas de dez países europeus. Eles alertam que qualquer impacto na base da cadeia alimentar poderia, da mesma forma que um terremoto, modificar a atual vida marinha.

Essa descoberta representa "a primeira prova de uma migração por meio do Ártico em tempos modernos" relacionada ao plâncton, segundo os cientistas da Fundação para a Ciência Oceânica Alister Hardy, do Reino Unido.
 
Biodiversidade
Os especialistas advertem que uma mudança deste tipo pode transformar a biodiversidade e o funcionamento dos ecossistemas aquáticos do Ártico e do Atlântico Norte.

Além da 'Neodenticula seminae', o texto indica a presença da baleia-cinzenta no litoral da Espanha e de Israel, uma espécie extinta do Atlântico há três séculos, possivelmente devido ao excesso de caça.

Segundo a pesquisa, os cientistas acreditam que a redução da camada de gelo no Ártico permitiu que a baleia passasse do Pacífico ao Atlântico Norte e chegasse, em seguida, ao Mar Mediterrâneo.

"As migrações são um exemplo de como as condições produzidas pela mudança climática fazem com que as espécies se movimentem ou mudem de comportamento, levando a modificações em ecossistemas que hoje são claramente visíveis", afirmou o coordenador do projeto Clamer, Carlo Heip, diretor-geral do Real Instituto de Pesquisa Marinha da Holanda.

O estudo destaca que alguns crustáceos microscópicos denominados copépodes também estão usando o 'corredor' migratório e ameaçam a provisão de peixes difundidos na culinária internacional, como o bacalhau, o arenque e o carapau.

Segundo a pesquisa, os impactos da migração de copépodes são evidentes, já que a modificação na vida do plâncton está relacionada à queda das reservas de peixes e, consequentemente, de pássaros do Mar do Norte, que se alimentam deles.

A movimentação dos novos crustáceos faz com que as águas do Atlântico e do Mar do Norte se tornem mais temperadas. Em decorrência, uma variedade de copépode denominada "Calanus finmarchicus", rica e crucial fonte de óleo na região, acaba substituída pela chegada de outras espécies menores e menos nutritivas.

"Mas o maior impacto é claramente negativo, e o alcance da mudança é potencialmente tão grande que, em seu conjunto, constitui um forte sinal de advertência", adverte Carlo Heip.


Fonte: Da Agencia EFE

sábado, 25 de junho de 2011

Frente fria chega ao Acre neste domingo

Preparem os cobertores! Esta é a orientação do meteorologista acreano e professor universitário, Davi Friale. De acordo com o especialista do tempo, a partir deste domingo a temperatura deve cair com sensação térmica de 9 graus durante a noite.

De acordo com a previsão meteorológica, no domingo, todo o Acre será atingido por uma forte frente fria.

Em seguida, uma intensa frente de ar polar fará a temperatura despencar.

Segundo a previsão, na segunda e na terça-feira, os termômetros marcarão entre 10 e 13 graus antes do sol nascer.

Durante o dia, ficará abaixo de 22 graus, porém devido aos fortes ventos a sensação térmica será bem inferior, podendo despencar para 9 graus à noite e 17 graus de dia.

A intensidade dos ventos deve ultrapassar os 40 quilômetros por hora. O frio deverá durar a semana inteira, pois entre quarta e quinta-feira chegará outra frente fria de forte intensidade.

Segundo Friale, “será uma frente fria cobrindo a outra, lembrando que neste sábado, será o último dia quente de junho”.

Fonte: A Gazeta.net

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Mata Atlântica perdeu 312 km² de 2008 a 2010, diz Inpe



São Paulo - A Mata Atlântica perdeu 31.195 hectares com desflorestamento entre 2008 e 2010, de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Fundação SOS Mata Atlântica. A área desmatada soma 311,95 quilômetros quadrados, o equivalente quase ao tamanho de Belo Horizonte (330 quilômetros quadrados). Segundo o levantamento, esse resultado apresenta uma diminuição de 55% na taxa média anual de desmatamento, comparado com o período anterior analisado, de 2005 a 2008.

De acordo com Márcia Hirota, diretora de gestão do conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica e coordenadora do levantamento, a diminuição no ritmo do desmate pode ser explicado pelo avanço da legislação, com a lei L1.428, homologada em 2008, que define o conceito e a incidência de Mata Atlântica e regulamenta sua exploração. "A queda também pode ser atribuída ao trabalho dos órgãos de fiscalização e pela maior consciência da população", disse ela.

O Estado que mais sofreu com o desmatamento da Mata Atlântica foi Minas Gerais, que perdeu 12.467 hectares no período de 2008 a 2010, o equivalente a 39,9% do total. Em seguida estão a Bahia, com 7.725 hectares, Santa Catarina, com 3.701 hectares, e o Paraná, com 3.248 hectares.

Na avaliação de Márcia Hirota, a ação das motosserras nos Estados de Minas Gerais e Bahia pode ser explicada pela derrubada da mata para a produção de carvão, seguida pelo plantio de eucalipto. Além disso, a região afetada pelo desmatamento nesses Estados fica no limite com outros biomas, como o cerrado e a caatinga, o que flexibiliza a aplicação da lei de exploração.

No ranking dos municípios com maior índice de desmatamento estão Ponto dos Volantes, Jequitinhonha e Pedra Azul, todos em Minas Gerais. Em seguida aparece Andaraí, na Bahia. A cidade paulista com maior incidência de desmatamento foi Bertioga, na Baixada Santista, por conta da expansão imobiliária da Riviera de São Lourenço, segundo explicou Mário Mantovani, diretor de políticas públicas da SOS Mata Atlântica. 

Ele destacou a perda de 800 hectares de mangue no município de Ipojuca, em Pernambuco, em razão das obras do Porto de Suape, que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O levantamento sobre a Mata Atlântica, divulgado hoje na capital paulista, foi feito a partir da comparação de imagens de satélites do Inpe e pelo trabalho de campo dos pesquisadores, que avaliam as causas do desmatamento no local. A pesquisa não detecta o chamado "desmatamento formiga" (áreas menores que três hectares). "Isso nos leva a crer que a pesquisa subestima o desmatamento", disse Márcia.

O levantamento foi feito em 16 dos 17 Estados que possuem Mata Atlântica no Brasil. Eles estão situados na faixa leste do País, do Ceará ao Rio Grande do Sul. A pesquisa não fez o mapeamento no Piauí porque faltam critérios técnicos para definir a incidência dos biomas na região. Hoje, no Brasil, restam apenas 11,62% da cobertura original de Mata Atlântica.

Fonte: Agência Estado

quarta-feira, 22 de junho de 2011

FUNAI identifica índios isolados no sudoeste do AM

Um novo grupo de índios isolados – ou seja, sem contato com o “homem branco” - foi identificado pela Funai na Terra Indígena Vale do Javari, no sudoeste do Amazonas.

Em sobrevoo, foram avistadas três clareiras com quatro grandes malocas. As clareiras já haviam sido localizadas por satélite anteriormente, mas a existência do povo desconhecido só se confirmou na expedição, realizada em abril.

Estima-se que haja 200 pessoas vivendo no local, segundo comunicado da fundação responsável por zelar pelos indígenas no Brasil.

De acordo com a Funai, a roça que há no local, bem como as malocas, são novas - datam de, no máximo, um ano. O estado da palha usada na construção e a plantação de milho indicam isso. Além do milho, há banana e uma vegetação rasteira que parece ser amendoim, entre outras culturas. As observações preliminares da Funai indicam que o grupo pode pertencer à família linguística pano, que se estende pela Amazônia brasileira, peruana e boliviana.
 
Ameaças ambientais
A Terra Indígena Vale do Javari é considerada a maior concentração de grupos isolados no mundo, de acordo com a Funai. Entre as principais ameaças a esses grupos estão a pesca ilegal, a caça, a exploração madeireira, o garimpo, atividades agropastoris com grandes desmatamentos, ações missionárias e problemas fronteiriços, como o narcotráfico.

A Funai reconhece a existência de 14 grupos de isolados no Vale do Javari. Esse levantamento, contudo, está em reformulação, e o número pode aumentar. Atualmente há oito grupos de índios isolados identificados concretamente por sobrevoo ou por expedições terrestres.

Indígenas isolados cultivam banana e milho. (Foto: Funai/Divulgação) 
Indígenas isolados cultivam banana e milho. (Foto: Funai/Divulgação)

Entre 2006 e 2010, foram localizados mais de 90 indícios da ocupação territorial desses grupos, como roças e malocas. Por isso, acredita-se que haja uma população de aproximadamente 2 mil pessoas na Terra Indígena do Vale do Javari.
 
Sem contatoAo contrário do que ocorreu ao longo de toda a história brasileira, desde 1987 a Funai decidiu não fazer mais contato com tribos que ainda estavam isoladas.  Chegou-se à conclusão de que o contato sempre foi prejudicial e que se eles sabem onde está o "branco" e os outros índios e não os procuram, é porque não querem se aproximar. Desde então, muitas tribos passaram a viver, sem saber, dentro de reservas indígenas.
Índios isolados (Foto: Editoria de Arte/G1)
Fonte: Globo Natureza

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vida nos oceanos pode enfrentar extinção sem precedentes, afirma estudo


Um recife de corais, um dos exemplos de vida nos oceanos. (Foto: IPSO / via BBC)
Um recife de corais, um dos exemplos de
vida nos oceanos. (Foto: IPSO / via BBC)
Um novo estudo indica que os ecossistemas marinhos enfrentam perigos ainda maiores do que os estimados até agora pelos cientistas e que correm o risco de entrar em uma fase de extinção de espécies sem precedentes na história da humanidade.

O levantamento foi feito realizado por especialistas que integram o Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO, na sigla em inglês), uma entidade formada por cientistas e outros especialistas no assunto.

Eles concluíram que fatores como a pesca excessiva, a poluição e as mudanças climáticas estão agindo em conjunto de uma forma que não havia sido antecipada.

A pesquisa reuniu especialistas de diferentes disciplinas, incluindo ambientalistas com especialização em recifes de corais, toxicologistas e cientistas especializados em pesca.

"As conclusões são chocantes. Estamos vendo mudanças que estão acontecendo mais rápido do que estávamos esperando e de formas que não esperávamos que fossem acontecer por centenas de anos", disse Alex Rogers, diretor científico do IPSO e professor da Universidade de Oxford.
Plástico
Entre as mudanças que estão ocorrendo antes do esperado estão o derretimento da camada de gelo no Ártico, na Groenlândia e na Antártida, o aumento do nível dos oceanos e liberação de metano no leito do mar. O estudo observou também que existem efeitos em cadeia provocados pela ação de diferentes poluentes.
A pesquisa observou, por exemplo, que alguns poluentes permanecem nos oceanos por estarem presos a pequenas partículas de plástico que foram parar no leito do oceano. Com isso, há um aumento também do poluentes que são consumidos por peixes que vivem no fundo do mar.

Partículas de plástico são responsáveis também por transportar algas de parte a parte, contribuindo para a proliferação de algas tóxicas, o que também é provocado pelo influxo para os oceanos de nutrientes e poluentes provenientes de áreas agrícolas.

O estudo descreveu ainda como a acidificação do oceano, o aquecimento global e a poluição estando agindo de forma conjunta para aumentar as ameaças aos recifes de corais, tanto que 75% dos corais mundiais correm o risco de sofrer um severo declínio.
Ciclos
A vida na Terra já enfrentou cinco ''ciclos de extinção em massa'' causados por eventos como o impacto de asteróides e muitos cientistas que o impacto de diferentes ações exercidas pelo homem poderá contribuir para um sexto ciclo.

"Ainda contamos com boa parte da biodiversidade mundial, mas o ritmo atual da extinção é muito mais alto (do que no passado) e o que estamos enfrentando é, certamente, um evento de extinção global significativa", afirma o professor Alex Rogers.

O relatório observa ainda que eventos anteriores de extinção em massa tiveram ligação com tendências que estão ocorrendo atualmente, como distúrbios no ciclo de carbono, acidificação e baixa concentração de oxigênio na água.

Os níveis de CO2 que estão sendo absorvidos pelos oceanos já são bem mais altos que aqueles registrados durante a grande extinção de espécies marinhas que ocorreu há 55 milhões de anos, afirma a pesquisa.
Entre as medidas que o estudo aconselha sejam tomadas imediatamente estão o fim da pesca predatória, especialmente em alto mar, onde, atualmente há pouca regulamentação; mapear e depois reduzir a quantidade de poluentes, como plásticos, fertilizantes agrícolas e detritos humanos; e reduzir de forma acentuada os gases do efeito estufa.

As conclusões do relatório serão apresentadas na sede da ONU, em Nova York, nesta semana, durante um encontro de representantes governamentais sobre reformas na maneira de gerenciar os oceanos.

Fonte:  Da BBC

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Crime ambiental: Em Sena Madureira (AC) moradores matam sucuri de 4,5 metros

Moradores da rua Lua Nova, em Sena Madureira, no Acre, mataram a tiros e pauladas uma cobra sucuri que media 4,5m.

A justificativa para tamanha violência, segundo informações do repórter Aldejane Pinto, de uma rádio local, é que "cobra vinha comendo animais domésticos e ameaçando crianças de uma escola infantil próximo onde o animal vivia". 

Ainda segundo o relato do repórter, o ninho da sucuri era um poço que fica em um matagal, próximo a um ramal por onde passam dezenas de pessoas, inclusive durante a noite, período em que o animal procura comida.

De acordo com o ex-seringueiro, Chiquinho Avelino, morador das proximidades, nos últimos meses os animais vinham desaparecendo misteriosamente do quintal e ele chegou a armar arapuca pensando que fosse a aç ão de outro predador como o gavi ão , mas o perigo vinha das águas.

“Pensava que minhas galinhas e patos estavam sendo devorados por outros bichos, mas hoje descobri que eles foram comidos pela sucuri”, contou.

A sucuri foi morta na sexta-feira (17/6) à tarde. Segundo os moradores, ela pesava  57kg.

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Foto: Aldejane Pinto
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Fonte:  Senaemdestaque.net

domingo, 19 de junho de 2011

Desmatamento na Amazônia Legal cresceu 72% em maio, aponta Imazon

Levantamento divulgado esta semana pela organização ambiental brasileira Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) aponta que a Amazônia Legal perdeu 165 km² de florestas devido ao desmatamento em maio, número que é 72% superior ao registrado no mesmo mês de 2010, quando a floresta perdeu 96 km² por corte raso (destruição total da mata).

Gerados a partir de imagens de satélite, os dados apresentam ainda um crescimento de 24% no desmatamento entre agosto de 2010 e maio de 2011, no comparativo com agosto de 2009 e maio de 2010. De acordo com o Imazon, desapareceu da Amazônia, nos últimos dez meses, uma área superior ao tamanho do município do Rio de Janeiro.

Devido à cobertura de nuvens, que atrapalha os satélites, o instituto monitorou 47% da área florestal na Amazônia Legal em maio. A região central e norte do Pará, e os estados do Amapá e Roraima estiveram mais de 80% encobertos.

O índice está próximo aos 27% de crescimento na devastação registrados pelo sistema de detecção de desmatamentos em tempo real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), utilizado pelo governo federal como fonte oficial para combater os crimes ambientais no bioma.

Mapa produzido pelo Imazon mostra em vermelho os pontos de desmatamento detectados pelos técnicos do instituto.  (Foto: Divulgação) 
Mapa produzido pelo Imazon mostra em vermelho os pontos de desmatamento detectados pelos técnicos do instituto no mês de maio. (Foto: Divulgação)

Segundo Adalberto Veríssimo, pesquisador do Imazon, o acumulado de 24% é preocupante e poderá aumentar se não houver um controle. "Mas ainda não significa que a derrubada da vegetação vai voltar a níveis estratosféricos. Até 2004, existia um desmatamento anual de 24 mil km². Entretanto, o governo deve ficar em alerta porque os índices que apenas caíam anualmente, agora, voltaram a subir", disse Veríssimo.
 
              Municípios que mais desmataram a Amazônia Legal em maio de 2011 (Fonte: Imazon)
Altamira (PA) 22,2 km²
Porto Velho (RO) 13,4 km2²
Apuí (AM) 12,5 km²
Novo Progresso (PA) 11,6km²
 
Evolução
De acordo com o levantamento do Imazon, na avaliação dos últimos 10 meses o estado de Mato Grosso foi o que mais registrou desmatamento (saltou de 288 km² para 558 km², alta de 94%).

O Pará registrou decréscimo de 33% na devastação da floresta, mas ainda derrubou uma área equivalente a 19 vezes o tamanho da ilha de Fernando de Noronha (PE).

Segundo o pesquisador, em Rondônia, por exemplo, tem ocorrido derrubada da floresta por influência de obras federais como a construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira.

“Os municípios com grave situação de devastação da floresta no Pará também tem relação com a construção dos canteiros de obra da usina de Belo Monte, no rio Xingu. O município de Altamira, segundo o Imazon, foi responsável por desmatar 22 km² em maio deste ano”, afirmou Veríssimo.

De acordo com o pesquisador, o que tem acontecido também é uma derrubada da vegetação devido à especulação em volta do novo Código Florestal, que modifica as regras na legislação ambiental e rural do país. “É uma incerteza que tem gerado o desmatamento especulativo e não produtivo. Muita gente tem feito isso para garantir terra”, afirmou.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Workshop Trinacional

Programas do governo do Acre para reduzir os efeitos das mudanças climáticas ajudarão os governos regionais do Peru e da Bolívia

 



Durante o encerramento do Workshop Trinacional de Mudanças Climáticas e a Negociação do Clima Pós 2012, realizado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), nos dias 16 e 17 no auditório da União Educacional do Norte (Uninorte), em Rio Branco, o diretor presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Eufran Amaral, ministrou palestra sobre políticas e programas do governo do Acre para reduzir os efeitos do aquecimento global.
 
O Governo do Acre tem uma estratégia de mitigação e adaptação às mudanças climáticas através de uma base de conhecimento do território e das territorialidades, participação popular e de atuação sinérgica entre as políticas de desenvolvimento.

Entre os projetos e programas desenvolvidos pelo governo do Estado está o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), ordenamentos territoriais locais e os etnozoneamentos que fornecem subsídios para orientar as políticas públicas relacionadas ao planejamento, uso e ocupação do território, considerando as potencialidades e limitações do meio físico, biodiversidade e socioeconômico, tendo como eixo principal os princípios do desenvolvimento sustentável. São ferramentas essenciais para a definição de estratégias compartilhadas de gestão do território entre governo e sociedade.

Sancionada em novembro de 2010, a Lei do Sistema Estadual Sistema Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais (SISA), é outro importante instrumento de contribuição para o desenvolvimento sustentável.  A Lei estabelece a possibilidade de incentivos a serviços ambientais nas seguintes modalidades: carbono florestal nas vertentes de redução de emissões de gases do efeito estufa por desmatamento evitado (REDD) ou por reflorestamento (modelo consagrado no protocolo de Quioto), recursos hídricos, beleza cênica, regulação do clima, conservação dos solos e a valorização cultural e do conhecimento tradicional ecossistêmico. Além disso considera o sequestro, a conservação, a manutenção e o aumento do estoque e a diminuição do fluxo de carbono através de boas práticas.

Esta Lei é fruto de um conhecimento acumulado durante mais de 20 anos e de um trabalho conjunto das Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e a de Florestas, com apoio da Procuradoria-Geral do Estado do Acre, em conjunto com outras secretarias e autarquias em colaboração com instituições brasileiras e internacionais, a exemplo do WWF, IPAM, IUCN, Amigos da Terra, GTZ, Kfw, EDF, FGV, Forest Trends, The Woods Hole Researh Center, BioFílica, UFMG, Embrapa e os diversos setores da sociedade representados pelos Conselhos Estaduais (Meio Ambiente, Desenvolvimento Rural e Floresta), dentre outros parceiros que muito têm contribuído para a consolidação do modelo.   
 
O objetivo é criar uma economia com cada vez menos carbono, com mais inclusão social  e sustentável, uma economia verde. Este é um inovador sistema de incentivo a serviços ambientais baseado em princípios e objetivos internacionalmente construídos para o fortalecimento de um mercado para “floresta em pé” e para a preservação dos diversos serviços e produtos ecossistêmicos.

No final do workshop trinacional foi elaborado um documento único contendo todas as propostas apresentadas por representantes dos três países da região MAP (Madre de Dios - Peru, Acre-Brasil, Pando-Bolívia) que possivelmente serão incluídas aos programas regionais e nacionais de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) por meio de um acordo de cooperação técnica.  Além disso, foram definidas reuniões bilaterais entre Acre e Madre de Dios e Acre e Pando para discutir ações e projetos prioritários nas áreas de gestão territorial, mudanças climáticas e pagamento por serviços ambientais.


 

terça-feira, 14 de junho de 2011

Mudança climática reduzirá água disponível para agricultura


A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) advertiu  que a mudança climática terá graves consequências na disponibilidade de água destinada à produção de alimentos e na produtividade dos cultivos durante as próximas décadas.

Estas são algumas das conclusões do estudo "Mudança climática, água e segurança alimentar", elaborado pela FAO, segundo informou a agência em comunicado divulgado hoje em Roma.

O relatório indica que deve haver uma aceleração do ciclo hidrológico do planeta, já que a alta das temperaturas elevará a taxa de evaporação de água da terra e do mar.

A chuva, segundo o estudo, aumentará nos trópicos e em latitudes mais altas, mas diminuirá nas regiões que já são secas ou semi-áridas e no interior dos grandes continentes.

Assim, o aumento da frequência das secas poderia levar à necessidade de recorrer a um maior aproveitamento de água subterrânea para suprir a demanda da produção agrícola, enquanto a redução das geleiras afetará a quantidade de água de superfície disponível para a irrigação nas principais regiões produtoras.

Segundo a FAO, o aumento das temperaturas estenderá a temporada de crescimento dos cultivos nas regiões temperadas do norte mas, por outro lado, reduzirá sua duração na maioria dos outros lugares do planeta.

Isso, unido à maior taxa de evaporação, provocará uma queda do potencial de rendimento dos cultivos e da produtividade da água.

Com o objetivo de responder aos desafios apresentados pela mudança climática, a FAO também propõe algumas iniciativas como a "contabilidade da água", uma medição meticulosa da provisão, as transposições e as transações comerciais de água.

"A contabilidade de água na maior parte dos países em desenvolvimento é muito limitada e os processos de armazenamento ou não existem, ou são pouco desenvolvidos, ou são diferentes para cada caso", considera o relatório.

Por este motivo, o estudo acrescenta: "Uma prioridade será ajudar os países em desenvolvimento a adquirir boas práticas para contabilizar a água e desenvolver sistemas armazenamento que sejam robustos e flexíveis".

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Novo Código Florestal aumentaria em 47% o desmate até 2020, diz UNB


Caso o novo Código Florestal for adotado pelo governo brasileiro da maneira em que está, o desmatamento no país pode aumentar 47% até 2020. A informação foi apontada em um estudo elaborado por pesquisadores da Universidade de Brasília, em parceria com cientistas da Holanda e da Noruega.

O projeto chamado Lupes (Política de uso da terra e desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento, na tradução do inglês) se baseia no total desmatado no país em 2008. Estima-se que se a atual lei, que estipula regras para a preservação ambiental em propriedades rurais, vigorasse até 2020, seria derrubado no país 1,1 milhão de hectares de floresta (11 mil km²) a mais que em 2008.

Entretanto, caso a legislação aprovada na Câmara entre em vigor, o desmate poderá ser 1,7 milhão de hectares (17 mil km²) superior ao total registrado há três anos, ou seja, o Brasil perderia até 2020 uma área de florestas equivalente a três vezes o tamanho do Distrito Federal.

Para se chegar a este índice, os pesquisadores analisaram desde 2007 uma região entre o centro-norte do Mato Grosso e a porção Sul do Pará. Esta área, com extensão de 1.200 km² (equivalente ao tamanho da cidade do Rio de Janeiro) passa por expansão da fronteira agrícola em direção à Amazônia e é cortada pela BR-163, estrada federal que liga Cuiabá a Santarém.


“O objetivo era avaliar o impacto das políticas públicas sobre o uso da terra. Esta área pode proporcionar uma alta no desmate da Amazônia devido às melhorias na rodovia. Seria facilitado o acesso à mata fechada”, afirmou Saulo Rodrigues Filho, vice-diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UNB e coordenador da pesquisa.

Ainda segundo Rodrigues Filho, foram realizados cálculos matemáticos na pesquisa (que custou cerca de R$ 275 mil, bancados pela União Européia). Através desta estatística foi possível relacionar que o aumento do preço de commodities como a soja e a carne de boi se correlaciona de forma ‘perfeita’ com a taxa de desmatamento.

“Analisamos o impacto das políticas públicas de 1995 até 2010. Se a soja ou a carne bovina sofre uma alta no mercado internacional, o desmatamento aumenta na região da Amazônia Legal, porque haverá uma procura maior por essas culturas”, disse o pesquisador.

Impacto

Elaborado pelo deputado federal Aldo Rebelo (PC-do B/SP), a nova legislação foi aprovada no último dia 24, em votação realizada na Câmara, em Brasília. Criticado por ambientalistas e por membros do governo, alguns itens aprovados foram:
- Pequenas propriedades rurais de até quatro módulos fiscais, que podem variar de 20 a 400 hectares, ficam isentas de ter a reserva legal. Nas maiores, a reserva deve abranger entre 20 e 80% da propriedade, dependendo da região.
- Fica permitido incluir as áreas de preservação permanente na soma da reserva legal.
- Quem desmatou APP na margem de rio, que é de 30 metros, deve recompor apenas 15 metros.

De acordo com o professor da UNB, o aumento da devastação da Amazônia Legal na comparação entre agosto e abril de 2009/2010 e 2010 /2011 é uma demonstração de que a mudança no governo (eleição da presidente Dilma Rousseff) e na legislação sobre o uso do solo já causou uma aceleração neste processo.

Dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta um aumento de 27% no desmatamento entre os períodos (1457 km² entre 2009/2010 e 1848 km² entre 2010/2011).

“Essa flexibilização para os proprietários rurais, diminuição da reserva legal e redução das APPs (Áreas de Proteção Permanente) só vai diminuir a preservação. Era previsível que a revisão do código traduzisse em uma transgressão ambiental consentida”, afirmou Rodrigues Filho.

Código
O texto estabelece ainda que a União, estados e o Distrito Federal deverão criar programas de regularização ambiental para as propriedades rurais. Outro ponto polêmico foi a aprovação da emenda que garante a manutenção do plantio consolidado até julho de 2008 nas APPs de rios, encostas e topos de morro.

O governo não queria aprovar a emenda do jeito que estava e vai tentar derrubá-la (ou modificá-la) no Senado. A tramitação e análise do projeto com os senadores deve demorar mais seis meses.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

No Acre catadores de lixo serão beneficiados com programa de carrinhos elétricos

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A triste imagem de homens e mulheres carregando enormes sacos de lixo nas costas ou puxando carrinhos cujo peso é um autêntico desafio à sobrevivência, está com os dias contados em Rio Branco. Quem vive de catar lixo nas ruas da Capital naquelas condições insalubres e de muito esforço físico deverá ganhar um minicarro elétrico capaz de elevar a produção do catador de 300 para mil quilos por dia e melhorar a qualidade de vida de quem trabalha na área. Os pequenos carros também têm a vantagem de ajudar a abolir a utilização de bois e cavalos na atividade, sempre criticada por associações e outras sociedades protetoras dos animais. 

As articulações que visam a melhoria de renda dos catadores acreanos vem sendo feitas no Paraná e em Brasília pelo Secretário de Estado de Pequenos Negócios, José Carlos dos Reis, junto a Itaipu Binacional e ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A Secretaria de Pequenos Negócios vem estudando, desde o início do ano, a implantação de um forte programa de reciclagem de lixo em todo o Estado, como forma de aumentar a renda e a qualidade de vida dos catadores. Os carrinhos elétricos fazem parte de uma projeto desenvolvido pela usina Itaipu Binacional e lançada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva num programa piloto em Foz do Iguaçu e nos demais municípios que integram a bacia hidrográfica do lago de Itaipu.Leia reportagem completa no site

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Emissões de CO2 da China subiram mais de 10% em 2010, diz relatório

Estudo diz também que emissão global teve maior alta desde 1969.

Relatório divulgado nesta quarta-feira (8) em Londres apontou que as emissões de dióxido de carbono da China subiram 10,4% em 2010 em comparação com o ano anterior, enquanto as emissões globais tiveram a maior alta registrada nos últimos 40 anos.

O estudo, elaborado pela companhia petrolífera BP, afirma que 'todas as formas de energia tiveram crescimento forte no ano passado e o crescimento nos combustíveis fósseis sugere que as emissões globais de CO2 do consumo de energia tenham tido o crescimento mais acelerado desde 1969.

O aumento rápido acontece no momento em que discussões da ONU parecem ter pouca probabilidade de levar a um acordo sobre um pacto legalmente compulsório para frear emissões e combater as mudanças climáticas antes do término da vigência do Protocolo de Kyoto, em 2012. As emissões globais de dióxido de carbono são vistas como um dos principais responsáveis pela elevação das temperaturas mundiais.

O envio de gases de efeito estufa na atmosfera aumentou 5,8 % no ano passado (para 33,16 bilhões de toneladas). Deste total, a China foi responsável por 8,33 bilhões de toneladas. O relatório aponta que a melhora na economia após a recessão vivenciada pelos países entre 2008 e 2009 pode ter contribuído para a elevação.

china poluição (Foto: Goh Chai Hin/ AFP) 
Camada de poluição encobre cidade chinesa. País aumentou emissões em 2010, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (Foto: Goh Chai Hin/ AFP)
Recorde

A Agência Internacional de Energia (AIE) estimou no mês passado que as emissões globais de CO2 subiram 5,9% em 2010, para 30,6 bilhões de toneladas, movidas principalmente pelas economias emergentes dependentes do carvão.

O relatório apresentado em Londres mostrou  que a China foi responsável por um quarto das emissões mundiais. Os EUA foram o segundo maior emissor, com aumento de 4,1% de suas emissões, para 6,14 bilhões de toneladas.

As emissões chinesas vêm crescendo muito nos últimos 10 anos, na medida em que o país construiu muitas novas usinas de carvão para mover seu crescimento econômico. O país tornou-se o maior consumidor mundial de energia, com alta de 11,2% no consumo. Para fazer uma comparação, o crescimento global foi de 5,6%.

Fonte: Portal G1

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pré-história projeta cenário ruim sobre aquecimento atual



Milhões de anos atrás, grandes e súbitas emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera provocaram um aumento da temperatura global de quase cinco graus centígrados. A notícia ruim é que atualmente o ritmo de emissão de CO2 é pelo menos cinco vezes maior.

Há 56 milhões de anos aconteceu um episódio batizado pelos cientistas como Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno (PETM, na sigla em inglês).

As causas permanecem um mistério, mas os cientistas concordam que foi gerado por fortes emissões de CO2 --considerado um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa-- e que resultou em um brusco aquecimento do clima em tempos remotos.

Segundo especialistas, esse fenômeno que originou profundas mudanças ecológicas no planeta Terra e em suas formas de vida poderia acontecer novamente nas próximas décadas.

No passado, porém, foi necessária apenas uma "pequena fração" de CO2 gerado atualmente pela humanidade para se chegar a este resultado, afirma o estudo publicado na revista britânica "Nature Geoscience".

"Estamos injetando CO2 na atmosfera a um ritmo quase dez vezes mais elevado que a média durante o PETM. Isto significa que o sistema climático deve atualmente adaptar-se a perturbações muito mais intensas", resume um dos autores do estudo, Lee Kump, geólogo da Universidade da Pensilvânia (EUA).

De acordo com as projeções do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU, o aumento de temperatura até o fim do século 21 oscilaria de 1,8 grau a 4 graus na média, e pode alcançar 6,4 graus, segundo as estimativas de emissões de gases-estufa.

"A vida é tão sensível à rapidez das mudanças, que sofre com a amplitude destas mudanças. Em consequência, o consumo de energias fósseis está provavelmente alterando os ecossistemas de todo o planeta como poucas vezes aconteceu na história da Terra, e certamente como nunca ocorreu durante o PETM", destacou Kump à AFP. 

Fonte: FRANCE PRESSE

sábado, 4 de junho de 2011

Semana do meio ambiente: Eufran Amaral ministra palaestra sobre mudanças climáticas


Temperatura no Brasil pode subir entre 2 e 4 graus até 2050 devido ao aquecimento global



Durante a abertura da semana do meio ambiente realizada nesta sexta-feira (3) no Horto Florestal de Rio Branco, o presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) do governo do Estado, Eufran Amaral, proferiu palestra sobre aquecimento global e gestão de riscos ambientais para uma platéia composta por técnicos, gestores e representantes de ONGs.

O avanço das queimadas na Amazônia, desmatamento e o uso de combustíveis fósseis são os principais fatores responsáveis pela emissão de gases do efeito estufa, como o gás carbônico, lançados na atmosfera. Essa ação indiscriminada do homem na natureza contribui para as mudanças climáticas e ao mesmo tempo ameaça a vida no planeta. Isso já pode ser visto com a incidência de secas, enchentes, redução da oferta de alimentos e a diminuição de fontes de água ao redor do planeta.  

De acordo com dados do Banco Mundial, um bilhão de pessoas em todo o planeta já sofre devido à escassez de água.  Outro dado preocupante é que até 2050 se o ritmo das emissões continuarem a temperatura no Brasil deva subir entre 2 e 4 graus. Isso vai causar um desequilíbrio no meio ambiente afetando diversos biomas entre eles a Amazônia, que com o avanço das queimadas e o desmatamento pode vir a ter parte do seu território transformado numa savana.

Eufran Amaral destacou que esse cenário favorece o surgimento de fenômenos naturais cada vez mais frequêntes. “Podemos citar como exemplo a grande seca de 2005”, disse. “Naquela época alguns céticos diziam que era um evento isolado. No entanto, cinco anos depois, em 2010, uma seca ainda mais intensa foi registrada em nosso Estado”, comentou.

Para tentar diminuir esses efeitos do clima na região Amazônica, o governo do Acre vem trabalhando há 12 anos uma política de valorização do ativo florestal e ao mesmo tempo institui um comitê de gestão de riscos sob a coordenação da  Secretaria de Meio Ambiente do estado e conta com instituições municipais e federais como o Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC), Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Rio Branco, Defesa Civil, Companhia Ambiental e outras.    

O zoneamento ecológico econômico do Acre é uma ferramenta que vem contribuindo para a definição precisa de dados que possam nortear as políticas públicas relacionadas ao planejamento, uso e ocupação do território, considerando as potencialidades e limitações do meio físico, bioma, e socioeconômico, tendo como base a promoção do desenvolvimento sustentável.

“O sucesso dessa política ambiental desenvolvida pelo governo do Estado depende basicamente do envolvimento de toda a sociedade. Nos pequenos gestos, no planejamento das propriedades e nas mudanças de atitudes como o plantio de  árvores, no uso racional dos recursos naturais e na conservação do meio ambiente”, concluiu Eufran Amaral.