sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Cientistas acompanham urso em busca de gelo no mar durante 9 dias

Urso gelo 1 
Urso polar durante procura por gelo no mar de
Beaufort, no Alasca.(Foto: Wiki Commons / via BBC)

Um urso polar nadou continuamente por nove dias, cobrindo uma distância de 687 quilômetros em busca de gelo, segundo identificou uma pesquisa de zoólogos americanos. Os pesquisadores, que estudavam os ursos polares no entorno do mar de Beaufort, no norte do Alasca, afirmam que o feito pode ser um resultado do degelo provocado pelas mudanças climáticas.

Os ursos polares são conhecidos por nadar entre a terra e icebergs para caçar focas. Mas os pesquisadores dizem que o crescente degelo nos polos está levando os animais a nadar distâncias cada vez maiores, arriscando as suas próprias saúdes e as das futuras gerações.

No estudo, publicado na última edição da revista especializada "Polar Biology", os pesquisadores da agência geológica norte-americana (USGS, na sigla em inglês) revelam a primeira evidência concreta de ursos polares nadando longas distâncias.

"Esse urso específico nadou continuamente por 232 horas e 687 quilômetros, em águas com temperaturas entre 2 e 6 graus Celsius", afirma o zoólogo George M.Durner, um dos autores da pesquisa.

"Estamos impressionados com o fato de que um animal que passa a maior parte de seu tempo na superfície do mar congelado pudesse nadar constantemente por tanto tempo em águas tão frias. É realmente um feito incrível", diz.

Viagem seguida
Apesar de ursos polares já terem sido observados em mar aberto no passado, esta é a primeira vez que a viagem completa foi seguida.
Com a ajuda de um colar com GPS colocado na fêmea de urso, os pesquisadores foram capazes de acompanhar com precisão seus movimentos ao longo de dois meses, conforme o animal buscava locais para caça.

Os cientistas foram capazes de determinar quando o urso estava na água pelos dados do colar e por um registrador de temperaturas instalado debaixo da pele do animal.
O estudo mostra que a viagem épica teve um alto custo para o urso. "Este animal perdeu 22% de sua gordura corporal e seu filhote de um ano", relata Durner.

"Foi simplesmente mais custoso energeticamente para o filhote do que para o urso adulto nadar toda essa distância", afirma.

Fonte: BBC

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ibama concede licença para primeiros canteiros de Belo Monte

O Ibama concedeu nesta quarta-feira (26) a licença de instalação que permite a construção dos primeiros canteiros e acampamentos para as obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A autorização, informa o órgão ambiental federal, permite ainda que o consórcio Norte Energia realize outras atividades, como implantar estradas de acesso e áreas para estoque de solo e madeira, além de fazer terraplenagem. A licença vale para os sítios Belo Monte e Pimental.

Rio Xingu, no Pará, onde será construída hidrelétrica de Belo Monte 
Rio Xingu, no Pará, onde será construída hidrelétrica de Belo Monte (Foto: Mariana Oliveira / G1)

As atividades liberadas são para preparar a infraestrutura necessária para  obras principais, que ainda passam por uma análise específica. Para a construção da usina em si, e para sua entrada em funcionamento, serão necessárias outras licenças ambientais, informa o instituto.

O site do Sistema Informatizado de Licenciamento Ambiental Federal tem a reprodução de um documento em que o consórcio Norte Energia é autorizado a derrubar 238,1 hectares de vegetação (2,38 milhões de metros quadrados) para a instalação de um acampamento, um canteiro industrial e uma área de estoque de madeiras.
Atraso

O início das obras de Belo Monte está atrasado. A expectativa inicial do governo era de que a construção tivesse começado no segundo semestre de 2010. O consórcio Norte Energia, responsável pela obra, tinha preparado aporte de R$ 560 milhões para tocar as operações. Quando tiver  a licença para o canteiro de obras, o consórcio poderá dar início à mobilização de seus funcionários.

No último dia 12, o então presidente  do Ibama, Abelardo Bayma pediu para ser exonerado. O Ministério do Meio Ambiente informou que ele alegou motivos pessoais para sua saída e havia se comprometido com a ministra Izabella Teixeira a ficar no cargo até o dia 31 de dezembro do ano passado.

No entanto, antes de sua saída, Bayma vinha sofrendo pressões de outras áreas do governo por conta da concessão de licenças ambientais. O recém-empossado ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, criticou o atraso na emissão de licenças para usinas, especialmente a hidrelétrica de Belo Monte.

"Estávamos receosos de que houvesse um atraso maior, e isso implicaria em perder um ano na construção da Usina", disse Lobão no dia 7.

Fonte:  Do Globo Natureza

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Biblioteca da Floresta



A Biblioteca da Floresta é onde se pode encontrar arquivos históricos e livros sobre a colonização do Acre. De O Seringal e Terra Caída até pesquisas sobre o desenvolvimento sustentável da Amazônia e arquivos dos movimentos socioambientais.

O acesso ao acervo pode ser feito de diversas maneiras: leitura e pesquisa local, empréstimo domiciliar, palestras, debates e exposições. Os usuários também podem contar com o arquivo digital, artigos de colaboradores, exposições virtuais, audioteca e videoteca, disponibilizados no site. O prédio abriga exposições permanentes sobre os povos indígenas do Acre, o Zoneamento Ecológico-Econômico, coleção especial sobre as iniciativas lideradas por Chico Mendes, além de um espaço destinado a exposições temporárias.

Logo na entrada nos deparamos com uma sala inteiramente dedicada à Marina silva, ex-ministra do Meio Ambiente, admirada por militar em favor dos seringueiros e dos povos da floresta. Com justiça, o local que coloca à disposição da sociedade experiências práticas construídas pelos movimentos sociais, recebeu seu nome.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mesmo com cheia, ribeirinhos ainda sentem efeitos da seca na Amazônia


O nível dos rios na Amazônia voltou a subir desde o ano passado, mas ainda não foi suficiente para normalizar as atividades. Agricultores que vivem na beira de rios ainda sentem os efeitos da estiagem e o escoamento de produtos permanece comprometido.

Algumas regiões com o leito do rio quase seco ainda demandam canoa e caminhar sobre a água. Segundo o agricultor Antônio Lopes, o Canal do Curari, no Rio Solimões, já estaria cheio nesta época, como em outros anos. "A água está sempre mais alta e o barco já viaja", diz ele.

Lopes tem uma tonelada de feijão para colher, mas ainda não consegue escoar a produção. Já o agricultor Paulo Moisés conseguiu uma boa safra de milho verde, com mais de 6,5 mil espigas. As 52 sacas tiveram de ser transportadas por mais de dois quilômetros. "Foi carregado nas costa, sem jumento, sem nada”, contou.

A subida das águas também ocorre em Manaus. O Rio Negro sobe em média sete centímetros por dia, ritmo considerado normal. Mas a cota está abaixo da registrada no início do mês de janeiro em anos anteriores e ainda não chegou aos 20 metros.

De acordo com Marco Antonio Oliveira, superintendente do Serviço Geológico do Brasil no Amazonas, as chuvas estão contribuindo para os rios voltarem ao normal em janeiro. "Com a retomada das chuvas na bacia do Solimões, ela começa a represar o Rio Negro e ele volta a subir, deflagrando o processo de cheia na bacia do Negro. Como também tem chovido acima da média na bacia do Negro por conta do fenômeno La Niña, esta subida deve se acentuar nos próximos dias”, explicou Oliveira, segundo quem a previsão é de que os rios se normalizem em fevereiro.

Fonte: globonatureza

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

ONU confirma que 2010 foi o ano mais quente de que há registro

 GENEBRA, 20 Jan 2011 (AFP) -A Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU, informou nesta sexta-feira em Genebra que 2010 foi o ano mais quente desde que há registros, o que confirma uma tendência "significativa" de aquecimento do planeta a longo prazo.

A tendência também contribuiu para um derretimento ainda maior do gelo no Oceano Ártico, cujas geleiras caíram a níveis recorde em dezembro.

"Ano passado foi o mais quente registrado, junto com 2005 e 1998", afirma um comunicado da OMM, o que confirma as avaliações preliminares baseadas em um período de 10 meses e que foram apresentadas na reunião mundial sobre o clima de dezembro.

"Os dados de 2010 confirmam uma tendência significativa de aquecimento da Terra a longo prazo", afirmou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Mudança climática revela cadáveres escondidos na neve

O piloto de avião Rafael Benjamín Pabón foi encontrado sentado em seu assento, com o cinto de segurança afivelado e cara de quem estava dando uma cochilada. Seu cabelo preto, não muito curto, caía sobre seu ombro. Pabón estava congelado desde 1990.

Seu avião, um cargueiro, havia se chocado naquele ano contra o Huayana Potosí, uma montanha de mais de seis quilômetros de altitude na região de La Paz (Bolívia).
Reuters
Criança inca morta há 500 anos e encontrada congelada no alto de vulcão na Argentina é exibida em museu do país
Criança inca morta há 500 anos e encontrada congelada no alto de vulcão na Argentina é exibida em museu do país

O boliviano foi encontrado recentemente por um alpinista, que ficou tão chocado ao esbarrar em um cadáver que resolveu carregá-lo montanha abaixo. Sua mãe está viva e vai poder enterrá-lo.
Pabón, que tinha 27 anos ao morrer, entra para a lista de cadáveres revelados pelo aquecimento global, que proporciona degelos inéditos em vários lugares do mundo.

Um deles era o copiloto de Pabón, trazido de volta para fora da neve pelo verão de 1997 --o terceiro membro da tripulação, um mecânico chamado Walter Flores, ainda não foi encontrado.
Além da dupla, já foram encontradas desde três crianças incas nas montanhas da Argentina até soldados austríacos da Primeira Guerra Mundial que morreram lutando nos Alpes italianos.

Os soldados ao menos morreram lutando. Em 2005, foi encontrado o corpo de Leo Mustonen. Ele era piloto de 22 anos da Força Aérea americana e, em 1942, treinava para servir na Segunda Guerra.

Editoria de Arte/Folhapress

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ano de 2010 entra para a história como um dos mais quentes

O ano de 2010 foi, junto com o de 2005, o mais quente da Terra desde o início dos registros em 1880, e representou o 34º ano consecutivo com temperaturas acima da média registrada no século XX, segundo a Administração Nacional Atmosférica e Oceânica (NOAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

A temperatura de 2010 foi 0,96º C superior à média do século XX, ressaltaram nesta quinta-feira os cientistas do Centro Nacional de Dados Climáticos, em Asheville, na Carolina do Norte, em seu site.
Além disso, o NOOA revelou que 2010 foi o ano mais úmido, em termos de precipitação média global, desde que se mede esta variável, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pela imprensa local.


 Por sua vez, a temporada de furacões do ano passado no Pacífico, com sete tempestades e três furacões, representou o registro mais baixo desde que os cientistas começaram a utilizar satélites para suas observações em meados de 1960.

Em contraste, a temporada de furacões no Atlântico foi extremamente ativa, com 19 tempestades e 12 furacões, que situam 2010 em terceiro e segundo lugar, respectivamente.

O organismo estatal dos EUA indicou, além disso, que de meados de junho a meados de agosto se registrou "uma incomum corrente de ar que desceu rapidamente da Rússia Ocidental para o Paquistão".
Esta corrente, segundo a NOAA, contribuiu para a onda de calor sem precedentes de dois meses de duração na Rússia e para as devastadoras inundações no Paquistão no final de julho.

Fonte: UOL

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Cientistas revelam planos para salvar corais da extinção

Cientistas revelaram, na Grã-Bretanha, planos para preservar e proteger as mais importantes espécies de coral ao redor do mundo.
Os pesquisadores da Sociedade Zoológica de Londres identificaram dez espécies que correm maior risco de extinção, já que vêm sofrendo com o aumento das temperaturas dos oceanos devido à mudança climática, o aumento da acidez no mar, o excesso de pesca e a poluição.
O plano Edge, que prioriza espécies ameaçadas globalmente e mais diferenciadas em termos de evolução, decidiu que a melhor estratégia é tratar o problema regionalmente, ou seja, concentrar os esforços no 'triângulo dos corais' nas Filipinas, na região do Canal de Moçambique (porção do Oceano Índico situada entre a África Oriental e Madagascar) e no Caribe.

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Espécie Ctenella chagius, do Oceano Índico. (Foto: Charles Sheppard/ZLS )

'Os recifes de corais estão ameaçados de extinção funcional (quando a população não é mais viável) nos próximos 20 a 50 anos, devido principalmente à mudança climática', diz Catherine Head, coordenadora do projeto dos corais.
'Nessas regiões, vamos apoiar e treinar ambientalistas locais para realizar pesquisas e implementar medidas de preservação direcionadas.'
 Os recifes de corais são o ecossistema marinho mais rico do planeta. Conhecidos como florestas tropicais dos oceanos, eles existem há 400 milhões de anos e, apesar de ocuparem apenas 0,2% do leito oceânico, abrigam cerca de um terço de toda a vida marinha.

Fonte: globonatureza

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Lâmpadas incandescentes devem ser retiradas do mercado até 2016


As lâmpadas incandescentes comuns serão retiradas do mercado paulatinamente até 2016. Portaria interministerial de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio regulamentando a retirada foi publicada no Diário Oficial da União. A finalidade é que elas sejam substituídas por versões mais econômicas.
 De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a medida é fruto de um longo processo de negociação com setores da sociedade, por meio de consulta pública via internet e de audiência pública.

De 30 de junho de 2012 até 30 de junho de 2016 – a não ser que surja uma nova tecnologia que permita às lâmpadas incandescentes se tornarem mais eficientes – esse tipo de produto será banido do mercado, segundo técnicos do Ministério de Minas e Energia.1

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

SOS Mata Atlântica reprova 30% das amostras de água de 43 rios e lagos brasileiros

mostras de água de 43 rios coletadas e analisadas pela Fundação SOS Mata Atlântica em 12 Estados e no Distrito Federal indica que 70% deles estão em situação regular, 25%, ruim, e 5%, péssima. Nenhuma delas apresentou resultado positivo, segundo a entidade.

A análise fez parte do projeto “A Mata Atlântica é aqui – exposição itinerante do cidadão atuante”, realizado durante o ano passado. As avaliações tinham objetivo de checar a qualidade de rios, córregos, lagos e outros corpos d’água em todas as cidades por onde passou o projeto e, assim, alertar a população local.

Para realizar essa análise, a equipe contou com um kit de monitoramento desenvolvido pelo Programa Rede das Águas da própria ONG. O kit classifica a qualidade das águas em cinco níveis de pontuação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos).

Os níveis de pontuação são compostos pelo Índice de Qualidade da Água (IQA), padrão definido no Brasil por Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), obtido pela soma da pontuação de 14 parâmetros físico-químicos, biológicos e de percepção, avaliados com auxílio do kit. Cada um destes pode aumentar de um a três pontos, obtendo um mínimo de 14 e máximo de 42. Os parâmetros são: temperatura, turbidez, espumas, lixo, odor, peixes, larvas e vermes brancos ou vermelhos, coliformes totais, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, potencial hidrogeniônico, níveis de nitrato e de fosfato.

As análises que tiveram o melhor resultado foram as do Rio Doce, em Linhares (ES), e a da Lagoa Maracajá, localizada na cidade de Lagoa dos Gatos (PE), ambas com 34 pontos, classificadas no nível “regular”.

Os piores resultados vieram do Rio Verruga, em Vitória da Conquista (BA), com apenas 17 pontos; e a do Lago do Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro, com 19 pontos, ambas classificadas no nível “péssimo”.

Nenhum dos pontos de coleta de água destes 43 corpos d’água pode ser classificado com índices bons ou ótimos, o que aponta a grande necessidade de ações de mobilização da sociedade para melhoria da qualidade da água em todos os Estados.

Fonte: Do UOL Ciência e Saúde

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Cataratas do Iguaçu registram recorde de visitação em 2010

Em 2010, as visitas às Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no Paraná, registraram um recorde histórico: mais de 1.265.000 visitantes, segundo a administração do Parque Nacional do Iguaçu. O número é o maior desde 1981, quando a estatística começou a ser feita.


Visitas às Cataratas do Iguaçu bateram recorde em 2010 (Foto: Divulgação/Parque Nacional do Iguaçu)Até então, segundo o biólogo Jorge Pegoraro, administrador do parque há oito anos, o maior índice de visitantes havia sido registrado em 2008, com 1.154.000 pessoas. Em 2009, passaram pelas cataratas 1.070.000 turistas. O incremento de visitantes em 2010 representa, segundo Pegoraro, um aumento de quase 20% com relação a 2009.



“Em 2009 tivemos o problema da nova gripe, que fez com que muita gente não viajasse para evitar proximidade com as fronteiras. Já em 2010, o ano foi muito bom para o turismo em Foz do Iguaçu. Tivemos muitos feriados prolongados, que fizeram com que mais brasileiros viessem ao parque”, diz Pegoraro.

Trilhas para Cataratas devem passar por reforma

(Foto: Divulgação/Parque Nacional do Iguaçu)

A vazão das águas das cataratas também contribuiu, segundo o biólogo, para o aumento nas visitações. “Neste ano não tivemos seca, e a vazão esteve sempre entre normal e acima da média. Isso também atrai turistas. Neste momento nossa vazão está entre 1.200 e 1.500 metros cúbicos por segundo, o que é considerado normal para essa época do ano", afirma.

Dos turistas que visitam as Cataratas, cerca de 60% são estrangeiros e 40% são brasileiros. "Neste ano houve um incremento de brasileiros entre janeiro, julho e dezembro, que são meses de férias, mas a média anual permaneceu a mesma registrada em anos anteriores. É importante destacar que, dos visitantes estrangeiros, 50% vêm de países do Mercosul", diz Pegoraro.

Fonte: G1

Peixe com selo verde chega ao consumidor brasileiro

Camarão-rosa, cação, surubim. A preocupação com a sobrevivência dessas espécies e com o consumidor atento às questões ambientais já leva empresas a buscarem selos de pesca sustentável. O primeiro selo que chega ao Brasil é o Friend of the Sea, certificação italiana conferida a empresas que obedecem a critérios de pesca e aquicultura com menor impacto ambiental. A entidade já certificou 135 espécies e 120 empresas em 35 países.

Outra certificação que está chegando ao país é a MSC - sigla em inglês para Conselho de Manejo Marinho -, selo criado pela organização não-governamental (ONG) WWF em 1997. De acordo com Laurent Viguié, vice-presidente da Trace Register, empresa que desenvolveu um sistema de rastreabilidade para pescado, a MSC abrirá um escritório no País em janeiro de 2011. "Com 8,5 mil quilômetros de costa, é um bom negócio para o Brasil investir em certificações, até para garantir a pesca no futuro", diz.

Várias das espécies de peixes e de crustáceos consumidas pelos brasileiros estão ameaçadas pela sobrepesca. Segundo o Censo da Vida Marinha do Ministério do Meio Ambiente, das 1.209 espécies de peixes catalogadas na costa e nos rios, 32 estão sendo exploradas além de sua capacidade de regeneração. No caso dos crustáceos, a sobrepesca ameaça 10 de 27 espécies.
 
Varejo
As redes de varejo já começaram a enxergar os benefícios do pescado sustentável. O Walmart elaborou uma política específica para a compra de pescado, que inclui um acordo de cooperação com o Ministério da Pesca. "Parar de vender peixe por causa da sobrepesca não é solução, e sim o manejo do pescado e o investimento em sistemas de rastreabilidade", diz Cristiane Urioste, diretora de sustentabilidade da rede. Hoje a rede tem controle de 40% dos crustáceos que comercializa.

No Pão de Açúcar, a aposta será no desenvolvimento da cadeia de fornecedores da Amazônia. "Queremos construir uma cadeia constante, baseada no trabalho com os ribeirinhos", afirma Paulo Pompilio, diretor de relações institucionais da rede. Um dos desafios será fazer com que os preços não se tornem proibitivos. "Não pode ser um produto 'gourmet'. Se o pirarucu custar R$ 35 o quilo, as pessoas vão preferir o bacalhau", analisa. 

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo.