terça-feira, 30 de março de 2010

Veja dicas simples de como economizar energia em casa


Apagar as luzes ao deixar um ambiente é o primeiro conselho para quem quer economizar energia em casa, seja por uma preocupação ambiental ou para diminuir a conta no fim do mês. Mas há outras medidas simples que fazem você gastar mesmo sem perceber, como é o caso dos aparelhos deixados no stand by.


Veja abaixo algumas dicas simples para reduzir o gasto de energia:
Computador
O computador gasta uma quantidade considerável de energia elétrica. Se o aparelho tiver potência de 250 W e ficar ligado durante seis horas por dia, gastará cerca de 45 kWh/mês.

DICAS PARA ECONOMIZAR ENERGIA
A utilização de lâmpadas fluorescentes compactadas, no lugar das incandescentes, pode representar uma economia de até 80% de energia

Filtro de linha ajuda a poupar energia
O monitor tradicional é responsável pelo consumo de 60% a 80% da energia gasta pelo computador. Por isso, prefira a tela de cristal líquido, que economiza até 40% em relação ao total gasto pelo computador, apesar de mais cara.

Lâmpada fluorescente
A utilização de lâmpadas fluorescentes compactadas, no lugar das incandescentes, pode representar uma economia de até 80% de energia elétrica. Uma lâmpada fluorescente compacta de 15 watts corresponde a uma lâmpada normal de 60 watts. Em média, as fluorescentes duram dez mil horas, enquanto uma lâmpada normal de 60 watts, apenas mil horas.

Ao comprá-las, procure, nas embalagens, o selo Procel (indicativo de que a luz consome pouca energia).

As lâmpadas fluorescentes são mais caras que as comuns. Uma fluorescente de 20 watts, por exemplo, custa seis vezes mais do que sua similar incandescente. Contudo, a durabilidade das lâmpadas fluorescentes atinge entre 8 e 10 mil horas (sua vida útil é estimada em até 10 anos), enquanto as incandescentes duram em média 1.000 horas (ou 1 ano).

Vale lembrar que, apesar de economizar energia, as lâmpadas fluorescentes podem causar danos ao meio ambiente se descartadas no lixo comum, já que apresentam metais pesados como o mercúrio metálico.

Chuveiro elétrico
É o eletrodoméstico que mais gasta energia em uma casa. Se você usar um chuveiro com potência de 4.500 watts durante 30 horas por mês, gastará 135 kWh. Por isso, utilize um sistema de aquecimento solar, ao invés de do chuveiro elétrico.

A organização não-governamental (ONG) Sociedade do Sol oferece, em seu site (www.sociedadedosol.org.br), download com manual disponível para fazer o sistema de aquecimento em casa, com materiais simples e de baixo custo.

Ferro elétrico
Esse aparelho também é um dos grandes “inimigos” da economia de energia elétrica. Acumule a maior quantidade possível de roupas, para passá-las de uma só vez, porque o ferro consome mais energia no aquecimento inicial. Reserve as roupas leves (por exemplo, as feitas de nylon ou lingeries) para serem passadas logo que você desligar o ferro, pois este permanecerá quente por uns 10 minutos. Um ferro de 1.000 watts, usado durante 15 horas/mês, consome 15 kWh.

Geladeira
Segundo a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), a geladeira é o segundo equipamento que mais consome energia em uma residência, ficando atrás apenas do chuveiro. Ela contribui com 25 a 30% do valor de sua conta de luz. Veja algumas dicas para diminuir o gasto de energia deste eletrodoméstico:

• Para gastar menos energia com o uso da geladeira, descongele-a regularmente. A crosta de gelo aumenta o consumo energético.

• O termostato deve estar entre 2º e 6º. No inverno, deve ficar em 2º ou 1º. De qualquer forma, ajuste-o sempre de acordo com o manual de instruções do fabricante.

• Instale sua geladeira em local bem ventilado, sem encostá-la na parede ou em móveis.

• Deixe-a longe de raios solares e de fontes de calor, como fogões e estufas.

• Nunca utilize a parte traseira da geladeira para secar panos ou roupas.

• Procurar abrir a geladeira o menos possível. Guarde os alimentos de uma só vez. Se for preparar uma refeição, retire todos os ingredientes antes de começar a prepará-los.

• Nunca coloque alimentos quentes ou recipientes com líquidos destampados na geladeira, para não exigir um esforço, maior que o habitual, do motor.

• Quando for comprar uma geladeira nova, escolha um modelo de tamanho compatível com as necessidades de sua família.

• Verifique o consumo declarado pelo fabricante e também se a geladeira tem o selo de economia de energia Inmetro/Procel.

• Não se esqueça de manter as borrachas de vedação da porta em bom estado. Para testar a vedação da porta, coloque uma folha de papel entre esta e sua borracha. Deixe metade da folha para fora da geladeira. Feche a porta e tente puxar o papel. Se este sair facilmente, a vedação está comprometida, o que compromete a eficiência do aparelho. Uma geladeira com 200 W, se for utilizada pelo período de 300 horas/mês, gastará 60 kWh de energia.

Freezer
Se você quer economizar energia, evite usar o freezer. Se possível, coloque os alimentos no congelador da geladeira. Isto representa uma economia de 50 kWh por mês. Um freezer de 400 watts, usado por 300 horas/mês, gasta 120 kWh.

Máquina de lavar roupas
Acumule o maior número de peças de roupa para colocar na máquina de lavar. Use a capacidade máxima determinada pelo fabricante da lavadora. Utilize a quantidade adequada de sabão, para não repetir a operação de enxágüe. Se lavadora de roupas tiver 1.500 W, e ficar ligada durante 15 horas, gastará, em um mês, 22,5 kWh.

Secadora
Evite usar este eletrodoméstico que gasta energia desnecessariamente, já que a luz solar é suficiente para secar as roupas durante quase todo o ano. Uma secadora de 3500 watts é uma grande vilã da economia de energia elétrica: se for usada por 15 horas durante o mês, o consumo será de 52,5 kWh.

Micro-ondas
Se utilizado por 15 horas/mês, um forno de microondas padrão gastará 19,5 kWh. Por isso, quando possível, prefira o fogão a gás.

Televisor com monitor de tubo
Apague a luz quando for ver TV. Não durma com a TV ligada; use o desligamento automático. Uma televisão com monitor de tubo, de 20”, com potência de 90 W, se ligada durante 90 horas por mês, utilizará 8,1 kWh.

Se possível, use monitores de televisão LCD – Liquid Crystal Display –, pois consomem menos energia. A potência média de um televisor com esta tecnologia, de 20'', é de 55 W. Uma televisão com esta potência, se utilizada durante 90 horas mensais, gastará cerca de 4,9 kWh.

Ar-condicionado
Muitas vezes, o ventilador pode substituir o ar condicionado. Além disso, sistemas de ventilação natural (janelas, esfriamento pelo solo, entre outros) também podem dispensar o uso deste aparelho. O ar condicionado é um dos inimigos do combate ao consumo de energia elétrica. Quanto mais BTUs (Unidade Térmica Britânica, que mede a capacidade de resfriamento do aparelho) tem um ar-condicionado, mais energia ele consome. O ar-condicionado de 2.600 W (18000 Btu/h), se ligado durante 45 horas/mês, consome 117 kWh.

Secador de cabelo
Embora o tamanho dos secadores de cabelo seja pequeno, seu consumo de energia elétrica é bastante elevado. Se for usado durante 15 horas por mês, um secador com potência de 1.000 W gastará 15 kWh.

*Fonte: Página 3 Pedagogia&Comunicação, com consultoria de Nélio Bizzo, professor da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo)

Incêndios florestais: uma ameaça à Amazônia e ao equilíbrio do planeta


HENRIQUE JOSÉ BORGES DE ARAÚJO*

Além das agressões promovidas por atividades humanas decorrentes da ocupação econômica nas últimas três décadas e representadas, principalmente, por desmatamentos associados à especulação de terras, crescimento das cidades, abertura de estradas, expansão da pecuária bovina, exploração irregular de madeira, agricultura familiar e agricultura mecanizada, a Floresta Amazônica é duramente impactada pelas mudanças climáticas globais em curso.

Muitos especialistas mostram-se preocupados com a crescente diminuição das chuvas sobre a Floresta Amazônica observada nos últimos anos. A redução das chuvas é apontada como o resultado dos fenômenos mais frequentes e intensos de aquecimento superficial dos oceanos Pacífico Equatorial (corrente marítima El Niño) e Atlântico Norte, que acontecem devido ao aquecimento do planeta. Com menos chuvas é grande o risco dessa mata densa e exuberante, que se espalha por quase sete milhões de quilômetros quadrados na América do Sul, se transformar em uma vegetação mais baixa, rala e seca, com aparência que fará lembrar o Cerrado do Brasil Central.

Entre os principais fatores de desequilíbrio global do clima está a emissão de gases, especialmente o gás carbônico (CO2), causadores do efeito estufa. As queimadas e incêndios florestais ocorrentes na região Amazônica estão contribuindo expressivamente para esse desequilíbrio. Desse modo, foi criado um círculo vicioso em que a emissão de gases das queimadas amazônicas provoca aquecimento e seca (efeito estufa) e propicia condições ambientais ainda mais favoráveis às queimadas e incêndios. O efeito estufa causa nas florestas a paralisação do crescimento das árvores, diminuindo o sequestro de carbono e aumentando a quantidade de material orgânico morto que se transforma em combustível e fonte de emissão de CO2.

Dados atuais divulgados pelo IPCC (sigla em inglês do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), órgão da ONU com a atribuição de avaliar regularmente as mudanças climáticas globais, indicam que as emissões mundiais de carbono equivalente ao carbono de CO2 é da ordem de 7–8 bilhões de toneladas ao ano e as queimadas amazônicas são responsáveis por cerca de 5% desse total.

Em razão da alta umidade retida pelas árvores e ambiente, sobretudo no solo e ao redor deste (raízes, resíduos vegetais e líter), a Floresta Amazônica era considerada, até pouco tempo, protegida naturalmente contra queimadas e incêndios. Entretanto, após a grande seca de 2005, considerada a mais intensa já ocorrida e que foi atribuída às mudanças climáticas globais, verificou-se que esse ecossistema é vulnerável ao fogo. Naquele ano, as habituais queimadas, utilizadas tradicionalmente para abertura e limpeza de roçados ou manutenção de pastos, fugiram totalmente ao controle e atingiram grandes áreas de florestas primárias. A maior parte dos incêndios florestais ocorridos em 2005 na Amazônia foi do tipo rasteiro, proveniente de queimadas que invadiram florestas primárias ou florestas em sistemas de produção (manejadas).

As florestas exercem um papel fundamental para o equilíbrio do clima porque reduzem a velocidade das mudanças climáticas e, na proporção em que são removidas, a situação piora, pois diminui sua capacidade de guardar e sequestrar CO2, ao mesmo tempo em que, pela inevitável queima, é aumentada a emissão desse gás para a atmosfera. Hoje, caso as florestas no mundo diminuam a captura (ou sequestro) e também passem a emitir carbono para a atmosfera, os níveis de CO2 aumentarão mais rapidamente e a estabilização do clima exigirá transformações profundas nos atuais padrões de emissões de carbono, o que implica igualmente em mudanças nos padrões de consumo, a exemplo da substituição dos combustíveis fósseis (derivados do petróleo) por combustíveis recicláveis como o álcool de cana-de-açúcar.

O ecossistema florestal amazônico quando impactado por secas e pelo fogo pode ficar severamente comprometido. Isso acontece porque são poucas as espécies de árvores capazes de resistir ao estresse térmico e hídrico e aos danos provocados pelo fogo, especialmente na região foliar (copa) e na casca, que em geral é fina, e a queima compromete os tecidos vasculares condutores de seiva. A incidência de incêndios também afeta a capacidade de regeneração da floresta, destruindo plantas jovens em estágio de muda e danificando o banco de sementes das gerações futuras.

Pesquisas conduzidas pela Embrapa em uma floresta manejada atingida por incêndios em 2005, localizada no Projeto de Colonização Pedro Peixoto, no Estado do Acre, mostram que, apesar de haver uma grande quantidade de árvores em processo de restabelecimento à ação do fogo, especialmente quanto à reconstituição da folhagem, uma quantidade ainda maior de árvores não resistiu e morreu.

As pesquisas mostram ainda uma redução de 15% na diversidade de espécies de árvores na floresta incendiada. Embora ainda não conclusivas, as pesquisas da Embrapa indicam que, pelos padrões de danos causados, a floresta foi modificada para uma condição inferior em termos de retenção de carbono, biodiversidade, serviços ambientais, etc., tornando-a, entre outros efeitos danosos, mais suscetível a novos incêndios, os quais poderão ser determinantes para a sua inteira degeneração, talvez irreversível.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Polícia Civil faz maior apreensão de maconha da história do Acre

Apreensão aconteceu na Reserva Chico Mendes, em Xapuri.


Escrito por Pedro Paulo, Assessoria da Polícia Civil

Um plantio de maconha com mais de cinco mil pés foram destruídos por investigadores da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e aproximadamente 10 mil que haviam sido colhidos foram localizados no Seringal Macapá, Colocação Ananá, km 58 da estrada Transacreana, na área de Reserva Chico Mendes, zona rural do município de Xapuri.

Foram quatro dias de buscas na região que faz fronteira com a Bolívia. Policiais civis da DRE alcançaram uma plantação de maconha, em diversas fazes cultivo e mais de 80 kg da droga pronta para consumo. Três pessoas foram presas pelo crime: Natanael Lima de Oliveira, 27, e o irmão dele, Naleudo Lima de Oliveira, de 25 anos, além de um menor de 15 anos, enteado de Naleudo, que prestava serviço ao traficante Natanael, arrendatário das terras de Naleudo.

A prisão do entorpecente é resultado de um trabalho intenso da DRE, na repressão a produção e consumo de droga no Estado. A operação foi comandada pelo delegado Adriano Carrasco, com os investigadores Ari, Adriana, Laurence e Railson. A DRE contou ainda com o apoio do sargento Claudio Roberto e do soldado Cavalhase, ambos do corpo de bombeiros militar.

Para chegar ao local, os policiais seguiram de barco pelo rio acre, depois pelo Riozinho do Rola até alcançar o seringal Macapá, colocação Ananá, incluindo 9 horas de caminhada por trilha inóspitas na região da Reserva Chico Mendes. No local, os investigadores da narcóticos encontraram um casa, onde eram armazenados o estoque da maconha.

Logo nas proximidades do casebre, a polícia se deparou com um viveiro da erva Cannabis Sativa. Assim como outras plantas, a maconha possui dois gêneros: macho e fêmea. Em um mesmo pé pode ter ambas as estruturas sexuais. Cerca de 5 mil pés da planta foram arrancados e queimados pela polícia.

Os detidos foram indiciados por tráfico de entorpecente, crime disciplinado pelo art. 33 da Lei 11.343/2006. Pelo que foi possível apurar, o traficante cultivava a droga na área há cerca de um ano, até ser localizado e preso pelos investigadores da DRE.

Parte dos mais de 80 kg da droga, ainda não haviam passado pelo processo de prensagem, que era feito no tronco de Samaúma, depois pressionado por macaco hidráulico em um bandeja de madeira até se transformar em "tijolos", que eram vendidos na Capital, principalmente nas bocadas do bairro Calafate, segundo disse o delegado Adriano Carrasco.

"Foi uma investigação complexa, mais pelas condições de acesso. Tivemos que transpor diversas barreiras, inclusive nadar por córregos com ‘tromba d'água' e enxurrada", ressaltou o Adriano. Ele também prometeu intensificar as buscas na região da Rodovia Transacrena.

Ibama destrói 250 fornos de carvão ilegal em Marabá (PA)


Na maior operação já realizada pelo Ibama contra a produção, o transporte e o consumo ilegal de carvão, fiscais destruíram cerca de 250 fornos clandestinos em cidades do sudeste do Pará e apreenderam 27,7 toneladas de ferro gusa, fabricado com carvão irregular pela empresa Sidepar, em Marabá.

A chamada operação Corcel Negro começou no dia 22 de março, com ações que se espalham por todo o país.

De acordo com informações do Ibama no Pará, a destruição de 250 fornos de carvão ilegal ocorreu no dia 26, nos municípios de Tailândia, Moju, Goainésia e Jacundá. As carvoarias funcionavam próximas à rodovia PA-150 e, segundo o coordenador da operação no estado, Paulo Maués, trabalhadores estavam sem registro em carteira e alojamentos e equipamentos de segurança eram precários nas dez carvoarias fiscalizadas. As empresas foram multadas em R$ 1 mil por forno funcionando ilegalmente.

domingo, 28 de março de 2010

Chuva transborda igarapés da capital



A forte chuva que caiu neste sábado (27) em Rio Branco fez transbordar o igarapé São Francisco, que por sua vez represou outro igarapé, o Batista. Algumas casas erguidas próximas aos mananciais chegaram a ter seus quintais invadidos pelas águas.

A Defesa Civil do município disse que o transbordamento dos igarapés aconteceu devido à grande quantidade de chuva nas nascentes. As autoridades continuam o monitoramento do nível do Rio Acre, que voltou a subir rapidamente e já passa dos 11 metros.

sábado, 27 de março de 2010

Pessoas no mundo inteiro apagam as luzes por uma hora neste sábado



Neste sábado (27), entre 20h30 e 21h30 (horário local) , pessoas de todo o mundo apagarão voluntariamente suas luzes em um ato simbólico contra o aquecimento global. O primeiro lugar a aderir à chamada Hora do Planeta deve ser as Ilhas Chatham, na Nova Zelândia, às 3h45 de Brasília.

Pelo menos 812 cartões-postais de mais de 120 países ficarão no escuro, como a Torre Eiffel, em Paris, e o Portão de Brandenburgo, em Berlim. No Brasil, monumentos como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a Ponte Octavio Frias de Oliveira, em São Paulo, o Palácio de Cristal, em Curitiba, e o Arco da Praça Portugal, em Fortaleza, vão ficar apagados durante a Hora do Planeta.

A campanha, liderada pela Rede WWF (World Wide Fund for Nature), conta com o apoio de 64 cidades brasileiras - das quais 17 capitais - distribuídas em 19 Estados de norte a sul do país, além de mais de 1.500 empresas e 249 organizações. "Estamos felizes com os resultados já obtidos e esperançosos de que vamos conseguir ainda mais adesões", diz Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.

Diversas estações de conteúdo exibem um cronômetro regressivo para a Hora do Planeta de acordo com o horário de Brasília. Quando chegar o momento, o internauta será convidado a apagar as luzes e aderir ao movimento.

A Hora do Planeta acontece às 20h30, independentemente do local onde está o internauta. Para quem mora no Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima , o cronômetro está uma hora adiantado. Já para quem está em Fernando de Noronha, São Pedro e São Paulo, assim como para as Ilhas Martin Vaz e Trindade, o contador está uma hora atrasado. A expectativa é de que 2 milhões de pessoas participem do movimento.

Anos anteriores
A adesão estimada no Brasil deve superar a do ano passado, quando participaram 51.926 pessoas cadastradas e centenas de outras que não fizeram o cadastro, mas apagaram suas luzes durante uma hora.

No resto do mundo, a participação também aumentou. Esta edição conta com 33 novos países, entre eles Nepal, Mongólia, Arábia Saudita, Nigéria, Paraguai, Uruguai e Marrocos.

No Acre
Em Rio Branco o Palácio do Governo do Estado, a sede da Prefeitura da Capital e o Horto Floresta também vão aderir a campanha da hora do planeta. A população da cidade também pode participar de forma voluntária desligando as luzes de suas casas por uma hora (20h30 às 21h30).
DICAS PARA ECONOMIZAR ENERGIA
A utilização de lâmpadas fluorescentes compactadas, no lugar das incandescentes, pode representar uma economia de até 80% de energia

Filtro de linha ajuda a poupar energia
A Hora do Planeta foi realizada pela primeira vez em 2007, apenas em Sidney, na Austrália. Em 2008, 371 cidades aderiram. No ano passado, quando o Brasil participou pela primeira vez, o movimento superou todas as expectativas: milhões de pessoas em mais de 4 mil cidades de 88 países apagaram as luzes.

Causas
No Brasil, a WWF escolheu como temas da Hora do Planeta o combate ao desmatamento, a proteção e recuperação de áreas de preservação permanente, como as matas ciliares e as nascentes, e a obrigatoriedade do cumprimento das metas de redução de desmatamento e de emissões de gases de efeito estufa assumidas na Conferência de Copenhague em 2009 (COP-15 da UNFCCC).

O país é considerado o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. A maior parte da emissão (75%) é proveniente de queimadas e desmatamento.

Embora defenda a economia de energia e a maior eficiência na sua produção, transporte e consumo, o WWF-Brasil esclarece que a Hora do Planeta é apenas um gesto simbólico. "Como acontece por apenas uma hora, não há qualquer impacto previsto sobre a economia", afirma Hamú.

O site oficial da campanha para obter mais informações e se cadastrar é www.horadoplaneta.org.br.

Biopirataria

Pássaro da Amazônia é vendido por US$ 120 mil


O galo-da-serra (Rupicola) e o rouxinol do Rio Negro (Icterus chrysocephalus) são dois pássaros pouco conhecidos da maioria dos brasileiros. Mas no Japão, estas e outras espécies existentes na Amazônia são valiossímas. Considerado a Monalisa do tráfico, o rouxinol contrabandeado dos seringais da Amazônia é vendido pela bagatela de US$ 120 mil (R$ 261,2 mil) no lucrativo mercado internacional da biopirataria e do tráfico de animais.

Rouxinol do rio Negro é outra espécie cobiçada no mercado /NEOMORPHUS A revelação foi feita por José Leland Juvêncio Barroso, analista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no Amazonas , em depoimento à CPI da Biopirataria, em 2005. Além dos pássaros, segundo Leland, os biopiratas têm levado da Amazônia essências de plantas, microorganismos, peixes ornamentais, solo e até amostras de água dos rios amazônicos. Isso sem falar no sangue dos índios já à venda na rede mundial de computadores.

Para o professor Gonzalo Enriquez, da Universidade Federal do Pará (UFPA), o crescimento da biopirataria na Amazônia resulta da “inércia governamental que tornou o Brasil refém dos detentores das tecnologias de ponta, que buscam de forma arbitrária a transferência de recursos genéticos para suas indústrias, principalmente a farmacêutica”.

Veneno de cobra
Outro produto alvo dos biopiratas tem sido o veneno de serpentes capturadas na Amazônia. Segundo Marcelo Pavlenco, da Ong SOS Fauna, o grama do veneno da cobra coral (Micrurus frontalis) é negociado por US$ 31 mil (R$ 66.030), enquanto que o exemplar da cobra jararaca (Bothrops jararaca) sai por US$ 1 mil (R$ 2130).

Aranhas, sapos e besouros também estão incluídos nas listas dos traficantes. Segundo o professor Gonzalo Enriquez, besouros capturados aos longos dos rios da Amazônia são vendidos no exterior a preços que vão de US$ 450 (R$ 958,50) a US$ 8 mil (R$ 17.040).

O pesquisador aponta a ineficiência da fiscalização e as extensas fronteiras da Amazônia como causais principais do tráfico de insetos, essências e animais silvestres da região. Enriquez diz que só o tráfico de animais silvestres movimenta de US$ 10 bilhões (R$ 20, 1 bilhões) e US$ 20 bilhões (R$ 40,1 bilhões) no planeta e, no Brasil, US$ 1,5 bilhão (R$ 3,1 bilhões). Só do Brasil são cerca de 40 mil animais silvestres contrabandeado a cada ano.

Grande prejuízo
O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Ribeiro Capobianco, calcula que o prejuízo do Brasil pode variar de R$ 240 milhões a R$ 24 bilhões só no mercado de medicamentos. O movimenta aproximadamente US$ 800 bilhões (R$ 1,7 trilhão) anuais.

Capobianco disse à CPI da Biopirataria que o MMA adotou várias medidas para evitar essa sangria. As principais foram a regulação do acesso ao patrimônio genético e da repartição de benefícios; criação de nova legislação de acesso e repartição de benefícios; ação integrada de investigação e fiscalização, controle do registro de marcas, o treinamento de fiscais para o combate à biopirataria, e a proteção dos conhecimentos tradicionais.

Segundo ele, essas ações ajudam a reduzir pelo menos um tipo de biopirataria: a retirada ilegal de componentes da fauna e flora brasileiras. Capobianco ainda acrescentou que o governo está preocupado com o uso indevido, o patenteamento e o comércio ilegal desses recursos no exterior.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Panorama realiza Feira do Peixe



A Associação de Piscicultores do ramal do Panorama abre nesta sexta (26) a Feira do Peixe. A expectativa dos produtores é comercializar 20 toneladas de pescado da região em dois dias.

A população que for ao ramal do Panorama vai poder comprar o quilo do peixe a partir de R$ 5. Uma boa opção para a Semana Santa. A atividade é realizada em parceria com a prefeitura de Rio Branco.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Astronauta japonês registra foto da Amazônia a partir do espaço


A bordo da Estação Espacial Internacional, o astronalta japonês Soichi Noguchi enviou pelo Twitter, nesta quinta-feira (25), uma foto diferente. Ele clicou a Amazônia vista do espaço. Na legenda, um único comentário, sem identificar a região: "A grande Amazônia, no Brasil".

quarta-feira, 24 de março de 2010

Monumentos do mundo inteiro apagam suas luzes neste sábado

No Acre, o Palácio Rio Branco ficará as escuras por uma hora.


Neste sábado (27), às 20h30, cartões-postais do mundo todo apagarão suas luzes por uma hora em um ato simbólico contra o aquecimento global. Pelo menos 812 monumentos famosos, como a Torre Eiffel, em Paris, e o Portão de Brandenburgo, em Berlim, ficarão no escuro. Foi confirmada a participação de no mínimo 117 países e 2.383 cidades.

No Brasil, 145 monumentos e locais públicos serão apagados, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a Ponte Octavio Frias de Oliveira, em São Paulo, o Palácio de Cristal, em Curitiba, e o Arco da Praça Portugal, em Fortaleza.

No Acre o Plácio Rio Branco, um dos cartões postais da Amazônia, a sede da prefeitura de Rio Branco e o Horto Florestal também vão aderir a campanha.

A campanha tem o apoio de 42 cidades brasileiras - das quais 11 são capitais e representam todas as regiões - de dois governos estaduais - Acre e Minas Gerais -, de 1.328 empresas e 226 organizações.

O evento, que no país é comandado pelo WWF-Brasil, convida todas as pessoas a desligarem a luz de casa para fazer parte do ato. A campanha lançada este ano conta com apoio de empresas e de celebridades, como a atriz Cristiane Torloni e a apresentadora Preta Gil.

Como vai ser
As três cidades situadas mais ao norte no globo, Murmank (Russia), Hammerfest (Noruega) e NuuK (Groelândia), e as três mais ao sul, Hobart (Austrália), Ushuaia (Argentina) e Queenstown, na Nova Zelândia, também estão engajadas na Hora do Planeta 2010 e levarão o movimento literalmente de norte a sul da Terra. E vai ser inclusive na Nova Zelândia que o movimento global irá começar. Pelo fuso horário, as Ilhas Chatham serão o primeiro local a apagar suas luzes.

Realizada pela primeira vez em 2007, em Sidney, na Austrália, a Hora do Planeta 2010 superou todos os recordes de adesões dos anos anteriores. Esta edição conta com 33 novos países, entre eles Nepal, Mongólia, Arábia Saudita, Nigéria, Paraguai, Uruguai e Marrocos.

Efeito estufa
No Brasi, a WWF escolheu como temas da Hora do Planeta o combate ao desmatamento, a proteção e recuperação de áreas de preservação permanente, como as matas ciliares e as nascentes, e a obrigatoriedade do cumprimento das metas de redução de desmatamento e de emissões de gases de efeito estufa assumidas na Conferência de Copenhague em 2009 (COP-15 da UNFCCC).

O país é considerado o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. A principal fonte de emissão (75%) é proveniente de queimadas e desmatamento.

O site oficial da campanha para obter mais informações e se cadastrar é www.horadoplaneta.org.br.

terça-feira, 23 de março de 2010

A fome de Marina

*Por José Ribamar Bessa Freire*

Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: Lula é analfabeto. Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva, que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, porque ela tem cara de quem está com fome. Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana.

Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços eenxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por seremi letrados e subnutridos, estariam despreparados. Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos.Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão desilvas famélicos e desescolarizados. De um lado, reforçam a ideia burra e cartorial de que o saber só existe sefor sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para oexercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política.

A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos,dessa vez pisou na bola. Feio.Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êhêh êh êh êh!/ É pior do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel/ Deus docéu!/Como ela é maldosa!Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam. A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se tratade um preconceito da roqueira, que só vê desnutrição ali onde nós vemos umabeleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque,seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão emver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada.

Se for fome, é fome de quê? O mapa da fome? A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu suainfância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capirotoralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica quenasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre. Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros paracortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava.Três de seus irmãos não aguentaram e acabaram aumentando o alto índice demortalidade infantil.

Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha,frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dietaprescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminadopor mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose. A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas noseringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade.

Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeua ler e escrever. Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso deHistória da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregadadoméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando. Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nasComunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, nomovimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT noAcre e depois ajudou a construir o PT.Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco, quando devolveu o dinheirodas mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais vereadores afazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.

Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal.Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias. Reduziu, em trêsanos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1,5 mil empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.Tudo vira bosta.

Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que - na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, o ovo frito, o caviar e o cozido/ a buchada e o cabrito/ ocinzento e o colorido/a ditadura e o oprimido/ o prometido e não cumprido/e o programa do partido: tudo vira bosta. Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - Se Manca - dizendo a ela: Nem sou Lacan/ pra te botar no divã/ e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala a gente trata com desdém/ Semanca, neném/ Não vem se achando bacana/ você é babaca. Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice.

Numa de suas músicas - Você vem - ela faz auto crítica antecipada, confessando: Não entendo de política/ Juro que o Brasil não é mais chanchada/ Você veme faz piada. Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, umpedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: Desculpe o auê/Eu não queria magoar você. A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, ela tem cara de professora de matemática e mete medo. Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem,se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com aprofessora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira. Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos.

Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem? Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, suntuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraze de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, il péte de santé.

O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quemse alimenta bem Essa é a elite bem nutrida do Brasil Rita Lee não seenganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país.Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.

(*) Professor, coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ)epesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO) *

segunda-feira, 22 de março de 2010

Brasil tem 40 milhões de pessoas sem acesso à água potável

Amazônia concentra 80% da água doce.

Mais da metade da população mundial – cerca de 3 bilhões de pessoas – sofrerá escassez de água em 2025, estima a Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, onde há a maior concentração de água doce superficial do mundo, mais de 40 milhões de brasileiros não têm acesso aos sistemas de abastecimentos públicos. A falta de esgotos tratados afeta outros 100 milhões de brasileiros. É nesse trágico cenário que se comemora nesta segunda-feira, 22, o Dia Mundial da Água.

De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA) as principais bacias brasileiras apresentam problemas de poluição. Cidades da Amazônia, entre as quais Manaus, Belém, Rio Branco e Porto Velho se deparam com o lançamento de esgotos domésticos em seus corpos d’água. O outro fator que afeta a região são as mudanças climáticas globais. No ano de 2005, a Amazônia enfrentou uma seca sem precedentes, provocada por fenômenos climáticos. O Rio Negro, um dos maiores da região, secou em vários pontos.

E a cada dia os recursos hídricos estão cada vez mais vulneráveis e ameaçados. A conseqüência dessa situação é a redução de água tratada oferecida à população. No mundo, 2,6 bilhões de pessoas não contam com saneamento básico, e o resultado é a morte de 5 milhões de pessoas por ano devido às doenças ocasionadas pela má qualidade da água. As crianças são as mais atingidas. No planeta 4,2 mil morrem diariamente – três a cada minuto – devido à falta de saneamento. Na América Latina são 100 mortes por dia – ou seja, 36 mil por ano.

A falta de água de qualidade e esgotos traz consigo doenças, entre as quais a hepatite A, diarréia, dengue, cólera e esquistossomose. Em dez anos, o Brasil registrou mais de 700 mil internações decorrentes de doenças relacionadas à falta ou inadequação de saneamento. Para mudar esse quadro o País teria que investir R$ 260 bilhões, mas como o governo só investe, em média, R$ 4 bilhões por ano, seriam necessários mais de seis décadas para resolver o problema.

Água limpa para um mundo saudável
Para aumentar a consciência pública da importância da conservação dos recursos hídricos, a ONU institui o Dia Mundial da Água, comemorado no dia 22 de março. A cada ano a organização estabelece um tema para reflexão. O deste ano é “Água limpa para um mundo saudável”. Dessa forma, a ONU pretende chamar a atenção da população e dos governos para os problemas relacionados com os recursos hídricos.

Neste ano de 2010 a ONU volta suas atenções para os países em vias de desenvolvimento, os mais afetados pela falta de água potável. Na sua mensagem para o Dia Mundial da Água, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, faz uma ligação da preservação dos recursos hídricos com os objetivos das Nações Unidas.

De acordo com Ban Ki-moon, “a água é o elo que une todos os seres vivos do planeta e está ligada diretamente aos objetivos das Nações Unidas – melhorar a saúde materna das crianças, a esperança de vida, a emancipação das mulheres, o desenvolvimento sustentável, bem como a adaptação e a atenuação das mudanças climáticas”.

O secretário-geral da ONU ainda reconhece que os recursos hídricos estão cada vez mais escassos, e alerta que a situação tende a piorar. Atualmente, os pobres são os primeiros a sofrer coma poluição, a escassez de água e a falta de saneamento adequado, lembra Ban Ki-moon. Por essa razão, a ONU trabalha no sentido de reduzir para a metade, até 2015, a proporção da população sem acesso à água potável e a saneamento básico, assim como reduzir para dois terços a mortalidade infantil e a incidência de doenças, entre as quais a malária.

Até 2015, a ONU integra o tema dos recursos hídricos nos seus Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (Millennium Develompent Goals). A intenção do organismo é assegurar a sustentabilidade ambiental através da integração dos princípios de desenvolvimento sustentável nas políticas e nos programas de cada país, bem como inverter a tendência de perda de recursos ambientais e de biodiversidade.

Projeto repassa dinheiro da indústria de automóveis para a Amazônia


Um projeto que prevê o repasse de 1% do capital obtido por fabricantes de veículos e de pneus para investimentos em sustentabilidade na Amazônia Legal foi aprovado esta semana, na quarta-feira (17), pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, na Câmara dos Deputados, em Brasília.


O projeto de lei 6288/09, de autoria do deputado Marcio Junqueira (DEM-RR), estabelece que o dinheiro retirado dos lucros da indústria automobilística seja revertido em programas de exploração sustentável dos recursos naturais nos estados do Norte do Brasil e parte de Mato Grosso e Maranhão. A região corresponde a cerca de 61% do território brasileiro.


A verba deverá ser aplicada por meio do Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA), que hoje é mantido pela União e por doações de pessoas físicas e jurídicas. A proposta cria a primeira contribuição obrigatória ao fundo por parte do setor privado.

No texto apresentado à comissão, Junqueira defende que o "modelo atual de ocupação e exploração da Amazônia brasileira é ambientalmente insustentável". O deputado justifica a escolha de carros e pneus como fonte dos recursos porque, segundo ele, "constituem a principal fonte de poluição do ar das cidades."


Para ser aprovado, o projeto ainda precisa passar por duas comissões na Câmara antes de ir ao Plenário da Casa. Segundo Junqueira, as outras comissões devem avaliar o projeto até o fim de maio.

domingo, 21 de março de 2010

Parabéns, princesinha do Acre!


Nesta segunda-feira, dia 22, Xapuri completa 105 anos de fundação. Motivos para comemorar não faltam. A cidade de personalidades ilustres como Chico Mendes e Armando Nogueira ficou conhecida mundialmente pela luta histórica em defesa do meio ambiente.

Depois de anos de abandono por administrações desastrosas, o prefeito Bira Vasconcelos tenta reconstruir a cidade, que mais parece um canteiro de obras. Apesar do desenvolvimento, Xapuri não perde os ares de cidade típica do interior com casarões históricos e muita tranqüilidade. Por aqui, o tempo demora a passar.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Voo inaugurau Rio Branco-Cuzco-Lima acontece no mês que vem


Acontece no próximo dia primeiro de abril o voo inaugural Rio Branco-Cuzco-Lima da empresa Aerolínear Star Peru que vem para atuar em parceria com a Empresa de Transporte Regional Paulista (Trip) que há três meses realiza de segunda à sexta-feira seus voos de Rio Branco a Cuiabá, viabilizando com isso o acesso de turistas do Brasil para o Peru e do Peru para o Brasil, de forma mais rápida e barata que nas linhas tradicionais.


Essa boa notícia animou os mais de 40 empresários do ramo turismo que na tarde da última quarta-feira, reuniram com os secretários estadual do Turismo do Acre, Cassiano Marques, e municipal do Turismo de Cuiabá, Jaime Okamura, no hotel DeVille, onde apresentaram as vantagens dessa nova rota de viagem que já começa a ser vendida pelas agências de turismo do Acre, Mato Grosso e Peru oferecendo o que há de melhor em toda essa região.

Criadores paulistas produzem peixe para o mercado amazônico

Criadores de peixe de Mococa, em São Paulo, estão vendendo alevinos para abastecer mercados da região amazônica. O matrinchã, espécie mais comercializada, é nativo da região.

A espécie é nativa da bacia do Rio Amazonas, mas agora está também em águas paulistas. Há 15 anos, o matrinchã é criado em tanques em Mococa. Mais de dois milhões são produzidos por ano na empresa de piscicultura. A espécie pode alcançar 50 centímetros de cumprimento e dois quilos de peso. “É um peixe resistente e bom de carne. Isso trouxe interesse para a atividade”, falou o criador Martinho Colpani.

Criador
A tecnologia que permite a reprodução em grandes quantidades faz com que sobrem peixes pela região. Mas eles estão em falta em Estados como Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e o Amazonas.

Há três anos é assim. Desta vez, quarenta mil alevinos serão levados para Manaus. Eles precisam ter entre três e cinco centímetros. O trabalho começa com a coleta dos peixes. Do tanque seguem para a quarentena, onde ficam sem alimentação por 24 horas.

Depois de contados, são colocados em sacos plásticos com água e gelo. A mortandade é de apenas 1%. “A gente controla a temperatura da água na embalagem. Vai acondicionado dentro de caixas e papelão. O caminhão que transporta o peixe também é climatizado”, explicou o criador Thiago Colpani.

De Mococa a São Paulo são quatro horas de estrada. Depois disso, os peixes enfrentam mais quatro horas de voo em um avião cargueiro até chegar a Manaus. A jornada por estradas e aeroportos dura mais de dez horas. Já em terras amazonenses o carregamento de matrinchãs é recebido pelo criador Getúlio Miranda, que vai engordar os alevinos.

“Hoje, nós trazendo por esse valor chega mais barato do que o preço local”, calculou Miranda. Os peixes ficam prontos para o consumo em dez meses.

quinta-feira, 18 de março de 2010

A cidade do guaraná

Por Aline Ribeiro

Com o tórax definido pelo trabalho pesado e um bronzeado amazonense típico, Valdemar Clarindo dos Santos Filho, 36 anos, tem no rosto o sorriso de uma criança que ganhou o brinquedo dos sonhos. Passa das 4 horas da tarde e, sob o sol escaldante do verão do Norte, ele e a família navegam pelo rio num percurso que ainda deve durar nove horas. Mas sua epopeia de volta para casa promete ser mais luxuosa do que de costume. Isso porque Santos comprou uma lancha de R$ 17 mil para substituir seu barquinho de tábua sem cobertura e movido a rabeta, um motor de baixa potência.

Para um morador da cidade, é como trocar um Gol 1.0 por uma Ferrari. Dentro da nova embarcação, o assento duro de madeira deu lugar às redes para esticar o corpo. Se a fome bater, um fogão improvisado cozinha alguma coisa. Encostadas num canto do barco, ainda dentro das caixas, mais novidades para a casa: uma televisão de 21 polegadas, uma antena parabólica e um gerador a diesel. Para a pouco abastada população ribeirinha da região, são sinais legítimos de progresso.

O salto social repentino da família Santos está diretamente ligado ao aquecimento da economia de Maués, uma cidadezinha de 47 mil habitantes a 267 quilômetros de Manaus, tida como o mais tradicional polo produtor de guaraná do país. Lá, o fruto processado vira pó, bastão ou extrato. Nas prateleiras dos supermercados, é vendido para os consumidores em forma de bebidas energéticas, refrigerantes, cosméticos, barrinhas de cereais e até sorvete.

A oscilação brusca do preço do guaraná nos últimos anos vem transformando o modo de vida das populações ribeirinhas da região. Em 2006, a indústria de refrigerantes não pagava mais do que R$ 7 pelo quilo do guaraná. Com demanda menor do que a oferta, o produto estava desvalorizado. Mas a procura aumentou e a safra deste ano deve alcançar R$ 30 o quilo – um aumento de mais de 330% em três anos.

Cerca de 1,1 bilhão de pessoas não possuem banheiro, diz OMS

A defecação a céu aberto – descrita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “a prática sanitária mais arriscada de todas” – está em declínio em muitos países, Segundo um relatório lançado na segunda-feira pela OMS e Unicef.

Entretanto, cerca de 1,1 bilhão de pessoas ainda a praticam, afirmou o documento. Embora a porcentagem da população mundial que ainda adota essa prática tenha diminuído de 25% em 1990 para 17% em 2008, o constante crescimento populacional e o movimento migratório para áreas urbanas de favelas significam que o número absoluto cresceu em 36 milhões de pessoas.

Embora a África tenha o menor número de banheiros, o continente também é muito rural, então o problema é mais grave na Índia, Paquistão, Nepal e Afeganistão, onde o índice aproximado é de 44% das pessoas defecando a céu aberto.

Em muitas favelas, onde barracos se amontoam, sem água encanada entre eles e água potável sendo vendida em carrinhos, milhões de pessoas são obrigadas a se agachar ao longo de trilhos de trem, ou usar pedaços de terrenos desocupados (buracos cobertos e banheiros externos não são considerados como defecação a céu aberto, mas baldes e defecação na água são).

A questão tem atraído mais atenção com a designação dos Dias Mundiais do Banheiro, a abertura do Colégio Mundial de Banheiro, em Cingapura, em 2005, e o surgimento de organizações como a Sulabh International Social Service Organization, que constrói banheiros públicos pagos que funcionam com pouca água.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Estudo defende reservas como forma eficiente de evitar desmatamento

Reserva Chico Mendes em Xapuri (AC) é um exemplo a ser seguido.



Estudo divulgado nesta terça-feira (16) pela publicação “PLoS Biology” ressalta a importância das áreas protegidas para evitar a emissão de gases causadores do efeito estufa por desmatamento. Segundo o artigo, assinado por 13 pesquisadores de instituições dos EUA, Brasil e Europa, a criação e manutenção de áreas indígenas e outros tipos de reserva têm se mostrado uma forma relativamente barata e eficiente de amenizar a devastação.

O artigo aponta que, no Brasil, embora não elimine totalmente o desflorestamento, a criação de áreas protegidas faz com que o risco de desmatamento seja entre 7 e 11 vezes menor do que em terras sem proteção.

Resex Chico Mendes

Um exemplo citado é o da Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, que ainda hoje enfrenta problemas de desmatamento, mas que teria perdido 7% de sua cobertura florestal em cada uma das duas últimas décadas caso não fosse uma área protegida, segundo projeção dos cientistas.


O desmatamento e a degradação (eliminação parcial da mata) causam cerca de 15% das emissões totais de gases-estufa, relembra o estudo – é mais que todos os carros, caminhões, trens, navios e aviões do mundo juntos. Por isso é tão importante o controle da destruição da floresta.

Na Conferência do Clima da ONU, realizada em dezembro, em Copenhague, não se chegou a um acordo global de redução de emissões de carbono que fosse de cumprimento obrigatório por parte de todos os países. A discussão sobre Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd), no entanto, foi uma das poucas em que houve avanço. Atualmente é consensual que os países em desenvolvimento devem evitar a destruição da floresta tropical e que os ricos podem pagar por isso como forma de compensação pelas emissões causadas por suas economias industrializadas.

O artigo publicado nesta terça indica que o mecanismo de pagamento pela conservação da floresta é mais simples quando a proteção se dá por meio da criação de reservas, pois basta financiar os órgãos que cuidam de cada área. É mais complexo – embora não seja inviável - o pagamento a proprietários privados de forma pulverizada.

A criação e administração de uma rede de áreas de conservação em países em desenvolvimento custaria cerca de US$ 4 bilhões ao ano, o que representa entre 9 e 13% do capital que poderá ser levantado pelos mecanismos internacionais de Redd, afirmam os pesquisadores.


terça-feira, 16 de março de 2010

Amazônia tem novo pacto pelo desenvolvimento regional


O VII Fórum de Governadores da Amazônia, realizado na cidade de Porto Velho (RO), reuniu ministros do governo Lula, governadores e representantes dos nove estados que compõem a Amazônia legal para discutir diretrizes e assinar a "Carta de Porto Velho".

Durante o evento, os governadores debateram sobre os programas Terra Legal, Macrozoamento da Amazônia, Programa Minha Casa Minha Vida, Desenvolvimento Econômico Regional, interlocução de assuntos da Amazônia junto ao Governo Federal, liberação de recursos arrecadados pela Suframa, ICMS na geração, transmissão e distribuição de energia e sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na região amazônica.

No final, o Fórum foi considerado por todos os presentes como o marco de uma grande mudança no eixo do desenvolvimento regional.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Astronauta fotografa encontro dos rios Negro e Solimões, na Amazônia


Soichi Noguchi é astronauta da Jaxa, a equivalente japonesa da Nasa, e atualmente integra a tripulação da ISS, a estação espacial internacional. Noguchi é assíduo fotógrafo da paisagem terrestre. Nesta segunda-feira (15), ele postou a imagem acima, do encontro dos rios Negro e Solimões, perto de Manaus

domingo, 14 de março de 2010

Atacama


O deserto do Atacama, que atravessa o Chile e o Peru, é o mais árido do planeta. Rarícimas espécies conseguem sobreviver num lugar assim. Aqui foi disputada uma etapa do Rally Dakar, em janeiro desse ano.

sábado, 13 de março de 2010

Obras do Via Verde Park Shopping começam em abril de 2010


Renata Brasileiro

“A perspectiva é darmos início às obras de terraplanagem do shopping em abril e inaugurarmos ele em agosto de 2011”, garantiu o presidente da LGR (empresa responsável pelo empreendimento), Dorival Andrade, durante reunião com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), João Francisco Salomão.

Segundo Andrade, as obras do shopping foram adiadas por uma decisão estratégica da empresa de não fazer investimentos em 2009, devido a crise econômica internacional. Além disto, as emissões das licenças ambientais atrasaram o processo.

Mas, o cenário atual é outro, bastante diferente de 2009. Tanto a LGR como os empresários acreanos estão se preparando para iniciar as obras. O presidente da FIEAC reforçou a importância de empresas locais participarem do processo de construção do shopping.

“Temos que fortalecer o mercado local, nossas empresas têm know how para fazer este empreendimento. Além disso, a mão-de-obra tem que ser acreana, também”, defendeu Salomão.

O presidente da LGR garantiu que a intenção da empresa é utilizar o máximo possível de mão-de-obra e fornecedores locais.

Conheça a estrutura do Viva Verde Park Shopping
Serão 128 lojas, sendo três lojas âncoras, um supermercado, cinco salas de cinema Stadium, seis megalojas, 115 lojas-satélite, dois restaurantes e uma praça de alimentação com doze lanchonetes com espaço para 440 pessoas.

A rede de fast-food Giraffas já confirmou a vinda para o empreendimento. Os diretores do grupo LGR estão, atualmente, em fase de negociação com as lojas Riachuelo, C&A e Americanas.

O shopping terá uma área com mais de 29 mil metros quadrados construídos e um estacionamento com capacidade para 1.505 veículos. Por tudo isso o Via Verde Park Shopping será o maior empreendimento de capital 100% privado do Acre.


Localizado na confluência da Via Verde com a Estrada da Floresta e a BR 364, terá investimentos de R$ 65 milhões com expectativa anual de vendas superior a R$ 100 milhões, sendo pelo menos 20% revertidos em impostos. Pelo menos 3 mil empregos serão gerados direta e indiretamente com o empreendimento, desde a sua construção à operação do prédio, com as lojas em funcionamento.
Shopping em números
3 Lojas âncora
1Supermercado
5 Salas de cinema
6 Megalojas
115 Lojas-satélites
2 Restaurantes
12 Lojas de alimentação em uma praça com capacidade para 440 pessoas
1.505 Vagas no estacionamento


Andes Chileno


Durante a expedição que fiz ao Chile, na semana passada, pude acompanhar de perto a beleza das Cordilheiras dos Andes. Numa altitude acima de 5 mil metros é necessário muito preparo físico para resistir ao ar rarefeito e ao frio de cinco graus. Em julho, a temperatura baixa a 15 graus negativos.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Estrada do Pacífico será inaugurada em julho


O secretário de Turismo do Acre, Cassiano Marques, confimou que a inauguração da Estrada Interoceânica, que liga Rio Branco ao Pacífico, deve acontecer em meados do mês de julho.

A cerimônia deve contar com a presença dos presidentes do Peru, Alan Garcia, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. A carreteira do Pacífico é estratégica para o desenvolvimento da região nos setores de comércio, exportação e turismo.  

quinta-feira, 11 de março de 2010

Cientistas descobrem novas espécies de anfíbios e répteis no Equador

Um grupo de cientistas americanos e equatorianos descobriu dezenas de novas espécies de animais na costa oeste do Equador.

Entre as novas espécies estão as cobras "sugadora de caracóis" e "sugadora de lesmas". Um exemplar similar à primeira só é encontrado no Peru, enquanto que uma espécie parecida com a segunda só foi vista no Panamá, bem mais ao norte.

Nas várias expedições que realizou na região desde 2007, o grupo registrou 6 mil espécies na floresta tropical da região e tirou 25 mil fotos.

O líder da pesquisa, Paul Hamilton, da organização Reptile & Amphibian Ecology International, explicou que o objetivo da expedição era identificar novas espécies e criar recomendações de como preservá-las.

A expedição também descobriu 30 novas espécies de anfíbios anuros de florestas tropicais. Esses anfíbios se diferem por não jogarem seus ovos na água, onde os girinos nasceriam e se desenvolveriam. As espécies descobertas depositam seus ovos em árvores.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Amazônia vira rota do tráfico de seres humanos

As cidades de Portel, Breves, Belém, Ilha de Marajó, no Pará, Oiapoque no Amapá e países entre os quais a Guiana Francesa e o Suriname, servem de rotas de intensas para o tráfico internacional de seres humanos e a exploração sexual de crianças e de adolescentes brasileiras. Atualmente, a exploração sexual é uma das principais atividades e vias de acesso para o tráfico de seres humanos. A denuncia foi reforçada esta semana pelo bispo da Ilha do Marajó, d. José Luis Azcona.

Há três anos, d. Azcona denuncia máfias do tráfico de seres humanos e as redes de abuso sexual de menores em municípios da Amazônia. Devido às suas denúncias, o Congresso instalou em 2008 uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou as rotas de tráfico e as redes de comércio sexual na região amazônica.

O bispo disse que tomou conhecimento de um dos primeiros casos concretos de tráfico em novembro de 2007, quando uma adolescente de 16 anos, da cidade de Portel (PA), foi presa pela Polícia Federal (PF) no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) antes de embarcar para Madri, na Espanha. Na ocasião ela relatou à PF que dias depois um grupo de meninas seguiria o mesmo destino. A rota identificada saía de Portel, seguia por Breves (PA), Belém (PA), Guarulhos e daí para o exterior.

Por causa das denúncias, ele e outros dois bispos, dom Flávio Giovenale, da Diocese de Abaetetuba, e dom Erwin Krautler, da Prelazia do Xingu, foram ameaçados de morte. "Somos três bispos ameaçados de morte por termos denunciado. Pelo que se consta, há por detrás um grupo forte e influente e, por isso, as autoridades não fazem investigação", desabafou Azcona.

Falta de fiscalização
Segundo o bispo, esses crimes ocorrem na Amazônia e em outras regiões brasileiras devido à ausência de embarcações da Marinha na costa brasileira deixa o Brasil desprotegido e vulnerável às atividades das redes internacionais do crime organizado. "É uma problema de segurança nacional. Desde o Amapá até o Pará não se vê nenhum barco da Marinha fazendo fiscalização e apreensão. É uma área aberta para o mundo e de fácil presença de traficantes", criticou. "Do Amapá para a Guiana Francesa a Marinha não se faz presente nunca", reforçou.

De acordo com o religioso a situação da cidade de Breves é muito semelhante à de Portel, onde é comum encontrar crianças e adolescentes circulando entre as embarcações. Os barcos são locais onde acontecem abuso e exploração sexual e também são meios de transporte das vítimas do tráfico de pessoas.

"Em Breves, toda a orla é indicada por moradores como local de concentração de adolescentes exploradas sexualmente. É algo notório, é uma realidade pública, qualquer um pode ir lá comprovar, a área é escura, sem policiamento e com cenário incentivador de situações de abuso e exploração", relatou.

A ilha do Marajó, por estar em região fronteiriça e próxima da Guiana Francesa, apresenta uma situação de fragilização social. "Marajó está se convertendo num lugar de perversão, de criminalidade precisamente pela ausência do Estado. O Brasil tem que olhar para toda essa Região da desembocadura do Amazonas".

Rotas do tráfico humano saem de Marajó em direção à Guiana Francesa e ao Suriname. Ele enfatizou que o arquipélago está abandonado pelas autoridades e a impunidade impera no local.

O bispo Azcona atua no enfrentamento ao tráfico de seres humanos e combate à exploração sexual com ações, principalmente, no município de Breves.

terça-feira, 9 de março de 2010

Gado na Amazônia é vigiado por satélite


BRASÍLIA – Até o final do ano, 110 mil propriedades do Pará serão acompanhadas pelo Programa Boi Guardião. A iniciativa monitora por satélite fazendas de criação de gado na Amazônia, com o objetivo de verificar se houve desmatamento. Em caso de danos ao ambiente, os produtores passam a sofrer limitações no comércio dos animais para os frigoríficos.

Analistas comparam imagens de satélite a novos retratos, feitos a cada seis meses, para ver se as áreas ocupadas pela pecuária permanecem as mesmas. Técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) cadastram as propriedades, munidos de GPS. O acompanhamento e a análise dos dados são feitos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O coordenador do Laboratório de Tratamento de Imagens de Satélite (Latis), Divino Figueiredo, acredita que a visualização precisa, permitirá o controle seguro do desmatamento.

Cerca de 15 mil propriedades incluídas no projeto piloto estão sob monitoração desde o ano passado e foi iniciado o georreferenciamento (registro da localização geográfica) de mais de 80 mil fazendas.

Controle
A propriedade que derrubar árvores ilegalmente será identificada e poderá perder o direito à Guia de Trânsito Animal (GTA), fundamental para o transporte dos animais. “Sem esse documento, o pecuarista não pode movimentar os animais para outras fazendas ou para frigoríficos”, adverte o coordenador de Trânsito e Quarentena Animal do Ministério da Agricultura, Luiz Felipe Carvalho.

No futuro, com a introdução desse modelo on-line em todo o País, as informações sobre origem e destino do gado poderão ser consultadas em tempo real. Além disso, o sistema permitirá a atualização mais ágil do Cadastro Nacional de Explorações Pecuárias, que registra as propriedades brasileiras.

Os municípios Água Azul do Norte, Eldorado dos Carajás, Marabá, Ourilândia do Norte, São Félix do Xingu e Tucumã no sudeste do Pará Integram o projeto piloto. Ao longo de 2010, o sistema incluirá mais 38 municípios do centro-sul do Pará, também classificados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livres de febre aftosa. Na terceira etapa, que começa no final deste ano, o monitoramento alcançará 67 municípios do nordeste do estado, o Baixo Amazonas e a região da Ilha do Marajó, com 32 cidades, além da totalidade de Rondônia e Mato Grosso. A medida estará plenamente implantada até o final do primeiro semestre de 2011.

O programa foi lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com parceria do governo do Pará, Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os frigoríficos.