sábado, 4 de junho de 2011

Semana do meio ambiente: Eufran Amaral ministra palaestra sobre mudanças climáticas


Temperatura no Brasil pode subir entre 2 e 4 graus até 2050 devido ao aquecimento global



Durante a abertura da semana do meio ambiente realizada nesta sexta-feira (3) no Horto Florestal de Rio Branco, o presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) do governo do Estado, Eufran Amaral, proferiu palestra sobre aquecimento global e gestão de riscos ambientais para uma platéia composta por técnicos, gestores e representantes de ONGs.

O avanço das queimadas na Amazônia, desmatamento e o uso de combustíveis fósseis são os principais fatores responsáveis pela emissão de gases do efeito estufa, como o gás carbônico, lançados na atmosfera. Essa ação indiscriminada do homem na natureza contribui para as mudanças climáticas e ao mesmo tempo ameaça a vida no planeta. Isso já pode ser visto com a incidência de secas, enchentes, redução da oferta de alimentos e a diminuição de fontes de água ao redor do planeta.  

De acordo com dados do Banco Mundial, um bilhão de pessoas em todo o planeta já sofre devido à escassez de água.  Outro dado preocupante é que até 2050 se o ritmo das emissões continuarem a temperatura no Brasil deva subir entre 2 e 4 graus. Isso vai causar um desequilíbrio no meio ambiente afetando diversos biomas entre eles a Amazônia, que com o avanço das queimadas e o desmatamento pode vir a ter parte do seu território transformado numa savana.

Eufran Amaral destacou que esse cenário favorece o surgimento de fenômenos naturais cada vez mais frequêntes. “Podemos citar como exemplo a grande seca de 2005”, disse. “Naquela época alguns céticos diziam que era um evento isolado. No entanto, cinco anos depois, em 2010, uma seca ainda mais intensa foi registrada em nosso Estado”, comentou.

Para tentar diminuir esses efeitos do clima na região Amazônica, o governo do Acre vem trabalhando há 12 anos uma política de valorização do ativo florestal e ao mesmo tempo institui um comitê de gestão de riscos sob a coordenação da  Secretaria de Meio Ambiente do estado e conta com instituições municipais e federais como o Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC), Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Rio Branco, Defesa Civil, Companhia Ambiental e outras.    

O zoneamento ecológico econômico do Acre é uma ferramenta que vem contribuindo para a definição precisa de dados que possam nortear as políticas públicas relacionadas ao planejamento, uso e ocupação do território, considerando as potencialidades e limitações do meio físico, bioma, e socioeconômico, tendo como base a promoção do desenvolvimento sustentável.

“O sucesso dessa política ambiental desenvolvida pelo governo do Estado depende basicamente do envolvimento de toda a sociedade. Nos pequenos gestos, no planejamento das propriedades e nas mudanças de atitudes como o plantio de  árvores, no uso racional dos recursos naturais e na conservação do meio ambiente”, concluiu Eufran Amaral. 

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