segunda-feira, 28 de julho de 2008

Férias em Cruzeiro do Sul

Depois de três semanas de férias pelo Juruá estou de volta ao batente. Nesta publicação, um pouco da beleza de uma das mais belas regiões do Acre com forte vocação turística.
Família no cartão postal de Cruzeiro do Sul
Eu e minha filha Sarah Jullian com um filhote de Jaguatirica em Mâncio Lima
Balneário Antártica em Cruzeiro do Sul
Cenário marcante para um registro
Viagem pela BR-364 no Corsa Sedan (ao lado), que aventura inesquecível!
Bicho preguiça encontrado na estrada (a fauna pede socorro)
Passagem pela linda Feijó e o arco do açaí
A beleza do Parque Nacional da Serra do Divisor em Cruzeiro do Sul
Um banho gelado nas águas do Igarapé Preto

terça-feira, 15 de julho de 2008

Desmatamento na Amazônia em maio é do tamanho da cidade do Rio de Janeiro


A Amazônia sofreu um desmatamento de 1.096 km2 em maio deste ano, uma área equivalente à da cidade do Rio de Janeiro. O dado, divulgado nesta terça-feira (15) pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mostra uma pequena queda em relação a abril, quando foi registrado um desmate de 1.123 km2. Ou seja, em dois meses, a região perdeu o equivalente a duas cidades do Rio de Janeiro.
Em relação a maio do ano passado também houve queda no desmatamento, quando foi registrado 1.222 km2 de área desmatada.
Os dados de maio deveriam ter sido divulgados em junho. Mas a Casa Civil reteve a divulgação para evitar uso político das informações.
A oportunidade de observação do sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), que faz essa medição, foi maior em maio. Durante o mês, 46% da Amazônia Legal esteve coberta por nuvens, contra um índice de 53% em abril e 54% em maio do ano passado.
Mato Grosso se manteve como o Estado que mais desmatou, com 646 km2, seguido pelo Pará, com 262 km2.

Rota turística Amazônia - Pacífico é tema de encontro em Lima/Peru


Com o objetivo de promover a articulação promocional da Rota Internacional Amazônia - Andes - Pacífico como produto turístico integrado do Brasil e Peru, representantes dos dois países voltaram a se reunir durante três dias em Lima, capital peruana. Desde abril deste ano, quando foi realizada a viagem inaugural do trecho, e com a assinatura do Protocolo de Intenções firmado entre as instituições governamentais e privadas, os países vêm somando esforços para definir estratégias de promoção e viabilidade comercial e econômica da Rota Turística. O encontro foi realizado no período de 3 a 5 de julho.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Governo inaugura estação de melhoramento genético animal


O Governo do Acre inaugura nesta sexta-feira, 11, às 9h, a Estação de Melhoramento e Difusão de Genética Animal (Emdga), na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Construída com apoio do Governo Federal, a unidade custou mais de R$1,1 milhão. Esse programa é resultado de parceria entre as Secretarias de Agropecuária (Seap), Planejamento (Seplan) e Embrapa, com apoio tecnológico do Centro Nacional de Recursos Genéticos (Cenargen/Embrapa/DF). A unidade conta com recursos do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre (contrato BID 1399/OC-BR).
Está localizada nas dependências da Embrapa, e é composta de escritório, laboratório, curral, tronco, brete pastagem e alojamento. A equipe técnica é formada por médicos veterinários, agrônomos, biólogos, técnicos administrativos e de laboratório, secretária, gerente operacional, além de pessoal de campo, os tratadores.
A Estação conta com equipamentos de última geração para realização reprodução em animais silvestres, bovinos de leite e corte com grande potencial genético e valor econômico. Irá atender cerca de 400 produtores até 2010, propiciando ao rebanho bovino leiteiro do Acre animais de alto padrão genético e custo acessível.
Ao melhorar a genética animal, a unidade propiciará o aumento da renda das famílias rurais envolvidas com a cadeia do leite e da carne bovina, por meio da elevação do potencial genético do rebanho, bem como promover o uso e conservação de espécies silvestres, empregando a biotecnologia da reprodução.
De acordo com a Seap, os produtores serão selecionados desde que aceitem cumprir o contrato de parceria com a Emdga, segundo critérios previamente estabelecidos e também esteja vinculado a alguma associação ou grupo organizado. Serão priorizados os produtores de leite que estejam em atividade e que cumpram os requisitos do projeto.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Fábrica de preservativos recebe licença da Anvisa e R$ 6,7 milhões de Ministério


Indústria começa produção de 100 milhões de unidades ao ano

A Natex, a fábrica de preservativos de Xapuri, já tem licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para funcionamento regular. Uma nova inspeção sanitária, prevista para os próximos dias, consolidará a regularidade da indústria. A Natex é a primeira no mundo a produzir camisinhas com borracha de seringal nativo.
Com o licenciamento, a Natex recebeu R$ 6,7 milhões referentes à primeira parcela do convênio firmado entre o Governo do Estado e o Ministério da Saúde para produção dos lotes iniciais de preservativos destinados aos programas de prevenção de DST/Aids.
Com 2,6 mil metros quadrados de área construída, a unidade tem capacidade de produção de 100 milhões de unidades ao ano. Atualmente, gera 150 empregos diretos e envolve cerca de 500 moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Os segredos que cercam os geoglifos encontrados no Acre

Anos após a descoberta pesquisadores ainda tentam desvendar o que estaria por trás das mensagens



Vistas do alto, as formas geométricas localizadas na fazenda Colorado e no sítio do seu Jacó, na estrada que leva a Boca do Acre (AM), não parecem feitas por seres humanos. Escavadas no solo, aparentemente em baixo relevo, elas formam quadrados - alguns incompletos - e quadrados com círculos internos. Olhadas do chão, essas figuras se assemelham a trincheiras.Seu Jacó Sá, de 84 anos, estava convicto de que as valas de mais de dois metros de profundidade que encontrou na sua propriedade se tratavam de trincheiras da Revolução Acreana, o movimento armado contra os bolivianos que em 1903 anexou o Acre ao Brasil. Mas segundo o arqueólogo do Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural-FEM, Marcos Vinicius Neves, as formas foram feitas por índios que viveram na região entre 800 e 2.500 anos atrás.Ele e o paleontólogo Alceu Ranzi, da Ufac, tomaram as coordenadas de seis geoglifos usando um aparelho chamado GPS, que permite localizar no mapa a posição exata de cada um deles. Restos de cerâmica achados num dos três sítios arqueológicos da fazenda Colorado, também foram coletados para análise.As formas medem de 113 a 200 metros de diâmetro, e têm entre 30 centímetros a 4,5 metros de profundidade, incluindo-se o muro externo feito pela terra retirada das valetas. Essas formas foram encontradas em três locais diferentes e sua ocorrência está restrita ao Acre. As primeiras descobertas ocorreram em 1977, durante a realização do Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas na Bacia Amazônica (Pro-napaba). E isso só foi possível porque a área em que elas se encontram foi desmatada.A datação feita pela Universidade Federal Fluminense de vestígios de cerâmicas encontradas no sítio Los Angeles, na fazenda Vaca Branca, no município de Xapuri (AC), revelou que no local viveu uma tribo indígena entre 800 e 2,5 mil anos atrás. Por trás das descobertas há muitas hipóteses, e uma delas é que esses índios tenham emigrado para o Acre da região boliviana de Llanos de Mojos. "O professor Ondemar Dias, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, comparou essa peça com a cerâmica dos nativos de Llanos de Mojos e encontrou muitas semelhanças entre elas", explica Marcos Vinicius.Todas as informações disponíveis até agora, porém, não são suficientes para determinar a função dos geoglifos. Eles podem ter sido construídos para defender os habitantes das tribos rivais. Ou para acumular todo o húmus usado na agricultura. Ou eram representações míticas com as quais os índios acreditavam se comunicar com os deuses.Seja qual for a utilidade que os geoglifos tiveram, impressionam a perfeição das formas e a quantidade de pessoas que se mobilizaram para desmatar a floresta e escavar a terra. "Se hoje um trator levaria tempo considerável para fazer esse trabalho, imagine-se naquela época que sequer havia instrumentos de metal", diz Alceu Ranzi. "Talvez essas obras tenham levado muitos anos para ficar prontas", arrisca Marcos. A inexistência de respostas definitivas para o enigma dos geoglifos não suscita nos pesquisadores, porém, conclusões fantásticas. Eles se recusam, por exemplo, a falar de extraterrestres como fez o cientista alemão Von Daniken em seu livro A resposta dos Deuses. Na obra, Daniken afirma que as "Linhas de Nazca", importante legado das antigas culturas pré-incas peruanas, se tratavam de sinais e pistas de aterrissagem para naves extraterrestres.Ranzi tem se encarregado de divulgar o máximo possível os geoglifos. Por conta desse esforço, a revista Isto É dedicou três páginas ao assunto, e as fotos e informações foram colocadas na Internet.Na semana de fechamento de outraspalavras, um pesquisador norte-americano tinha agendado sua vinda ao Acre atraído pela reportagem de Isto É. Marcos e Ranzi acreditam na possibilidade dos sítios se tornarem uma atração turística, a exemplo do que aconteceu com as Linhas de Nazca. E a divulgação desses achados, segundo eles, seria fundamental para que isso acontecesse.Mas, por enquanto, ambos torcem para que os geoglifos chamem a atenção de cientistas no mundo todo. Pois só com muita pesquisa e tecnologia será possível saber exatamente por quem e para quê eles foram construídos.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Desmatamento na Amazônia registra queda

O desmatamento caiu na Amazônia em maio, mas a tendência de alta neste ano ainda se mantém com a chegada do verão. Pior: em 2008, 61% da devastação se concentrou justamente nos 36 municípios que foram alvo prioritário de ações do governo e onde toda e qualquer derrubada foi proibida. Os dados são do SAD, Sistema de Monitoramento da Floresta por satélite do Imazon.
Em maio deste ano, o SAD detectou 294 km2 desmatados em sete Estados da Amazônia. Isso representa uma queda de 26% em relação ao mesmo mês de 2007.
A queda causou uma ligeira desaceleração na tendência de alta na taxa de desmatamento acumulada em 2007/2008. Em vez do aumento de 10% calculado pelo Imazon no acumulado de agosto a abril, a alta de agosto a maio é de 7%. Isso representa 4.142 km2 de floresta abatidos --mais de 2,5 vezes a área da cidade de São Paulo.
Mato Grosso concentra 48% de todo o desmate visto pelo SAD entre 2007 e 2008, embora tenha tido queda de 16% na taxa de derrubada em comparação com o período de 2006 a 2007. Ainda de acordo com o Sistema de Monitoramento da Floresta por satélite do Imazon, o Acre foi o Estado que apresentou a menor taxa de desmatamento no período. O superintendente regional do Ibama no Acre, Anselmo Forneck, disse que isso é resultado da parceria entre o órgao e o governo do Acre nas ações de fiscalização na região de fronteira entre os Estados e Rondônia e Amazonas. "Principalmente na região da Ponta do Abuna", concluiu.