quinta-feira, 13 de junho de 2013

Equador avalia impacto de derrame de petróleo que pode atingir o Brasil

Da France Presse
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Imagem aérea de 1º de junho divulgada pela Petroecuador mostra mancha de petróleo no Rio Napo após um gasoduto ter se rompido no dia 31 de maio (Foto: Petroecuador/AFP)Imagem aérea de 1º de junho divulgada pela Petroecuador mostra grande mancha de petróleo no Rio Napo após um gasoduto ter se rompido no dia 31 de maio (Foto: Petroecuador/AFP)
Autoridades equatorianas avaliam desde terça-feira (11), por via aérea, o impacto de um vazamento de 11.480 barris de petróleo na selva amazônica, que teria atingido o Brasil e o Peru pelos rios, informou a empresa pública Petroecuador.
Membros de uma comissão internacional partiram a bordo de dois helicópteros militares do povoado amazônico de El Coca, no leste do país, para observar "a magnitude da mancha de petróleo" que poderia causar danos nas fronteiras com o Brasil e o Peru, destacou a empresa em comunicado.
"O sobrevoo das aeronaves será realizado até a região limítrofe (amazônica) com Peru e Brasil e vai durar até a próxima quinta-feira", acrescentou.
A Petroecuador destacou que os helicópteros obtiveram a permissão do Peru para cruzar sua fronteira e, inclusive, aterrissar e reabastecer no aeroporto da cidade de Iquitos.
O americano Elmer Americ, técnico da empresa Oil Spill Response, informou que o setor mais afetado até agora é a região sul do Rio Coca, na província de Orellana, no leste do país, e que se conecta com o Rio Napo, que avança para o Peru e é afluente do Rio Amazonas.
A delegação inclui membros do Ministério do Meio Ambiente, da Petroecuador, da Promotoria, da Secretaria de Gestão de Riscos (Defesa Civil) e o especialista da Oil Spill Response.
Em 31 de maio, um desmoronamento desecadeado pelo vulcão ativo Reventador provocou a ruptura do oleoduto estatal Transecuatoriano, deixando a população sem água potável. O petróleo caiu em uma ribanceira, que o levou até o Rio Coca e de lá ao Napo, e continua seu trajeto para a fronteira com o Peru, segundo a Petroecuador.
No sábado (8), o presidente do Equador, Rafael Correa, pediu "desculpas ao Peru pelos problemas causados".
O ministro de Recursos Naturais Não Renováveis, Pedro Merizalde, disse que 90% dos 11.480 barris derramados foram parar no Rio Coca. Ele acrescentou que a Marinha peruana presta ajuda ao Equador com embarcações na Amazônia para "recuperar (o petróleo) e limpar as margens do rio".
O Equador, que é o menor membro da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), explorou 504 mil barris por dia em 2012, dos quais exportou 70% para receber cerca de US$ 12,715 bilhões (R$ 27,2 bilhões), segundo o Banco Central do país.

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