A cobertura de gelo que flutua no Oceano Ártico podeainda não ter atingido seu menor índice em 2011, mas é o segundo mais baixo já registrado desde que satélites iniciaram a medição desta região, em 1979.
As informações são do Centro Nacional de Dados sobre Gelo e Neve (NSIDC, na sigla em inglês), ligado à Universidade do Colorado-Bolder, nos Estados Unidos, e foram divulgadas nesta sexta-feira, dia 16.
A confirmação ocorre após cientistas apontarem a data de 8 de setembro como o dia em que a plataforma de gelo marinho atingiu seu recorde mínimo neste ano, 4,33 milhões de quilômetros quadrados. Apesar do índice ter ficado abaixo ao de 2007, quando a região ficou com 4,27 milhões de quilômetros quadrados de gelo, existe uma preocupação quanto à redução, que está abaixo da média entre 1979 e 2000.
Imagem divulgada mostra como está a plataforma glacial no Ártico hoje. As linhas cinzas fazem um comparativo entre a situação atual e as médias do derretimento do gelo registradas entre 1979 e 2000 (Foto: NSIDC) |
Aquecimento global
A maioria dos cientistas acredita que o encolhimento do gelo do Ártico está ligado ao aquecimento global, causado pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa produzidos pelo homem. “Se em um verão vemos a extensão do gelo diminuir em setembro, no ano seguinte essa situação pode ocorrer novamente”, disse Mark Serreze, diretor do NSIDC. “A cobertura do Ártico está tão fina em comparação com o derretimento de 30 anos atrás, que não se pode bater na placa”, complementa.
A maioria dos cientistas acredita que o encolhimento do gelo do Ártico está ligado ao aquecimento global, causado pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa produzidos pelo homem. “Se em um verão vemos a extensão do gelo diminuir em setembro, no ano seguinte essa situação pode ocorrer novamente”, disse Mark Serreze, diretor do NSIDC. “A cobertura do Ártico está tão fina em comparação com o derretimento de 30 anos atrás, que não se pode bater na placa”, complementa.
Serreze disse que em 2007, ano recorde do derretimento de gelo no polo Norte, houve condições meteorológicas que culminaram neste fenômeno. “É interessante que neste ano, não vimos tal padrão climático”, disse.
É possível que a quantidade de gelo nesta região diminua ainda mais em 2011, devido à mudança dos ventos no fim do verão. Essas informações só serão confirmadas em outubro, quando uma nova análise será emitida pelo centro de pesquisas, junto à comparação com o derretimento de anos anteriores.
Impacto ambiental x Interesse comercial
Períodos de insolação elevados durante o mês de julho já eram tidos pelos cientistas como prováveis causas para a redução do gelo no futuro. Há quem defenda que o gelo marítimo no Ártico possa desaparecer por completo daqui a 30 anos, com graves consequências para a Terra, apesar de abrir a oportunidade de exploração de petróleo na área desocupada pelo gelo.
Períodos de insolação elevados durante o mês de julho já eram tidos pelos cientistas como prováveis causas para a redução do gelo no futuro. Há quem defenda que o gelo marítimo no Ártico possa desaparecer por completo daqui a 30 anos, com graves consequências para a Terra, apesar de abrir a oportunidade de exploração de petróleo na área desocupada pelo gelo.
A navegação foi possível pelas rotas Noroeste e Nordeste durante o ano de 2011 por conta da ausência de gelo - a última pode virar rota comercial já que permite a conexão entre os oceanos Pacífico e Atlântico. O degelo já havia deixado as passagens livres duas vezes desde 2008.
A temperatura no Ártico subiu duas vezes mais rápido que a média global nos últimos 50 anos. O ano de 2010 empatou com 2005 como o ano mais quente da história, desde que institutos começaram a fazer medições. Ainda que a agência norte-americana ainda reconheça o ano de 2005 como recordista, as Nações Unidas atestaram o empate.
Fonte: globoamazonia
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