quarta-feira, 2 de julho de 2014

Erosão do Rio Acre pode deixar dois bairros de Brasileia para a Bolívia



Brasileia distante 240 quilômetros da capital Rio Branco, possui 20 mil habitantes e está situada na fronteira do Brasil com a Bolívia. O Rio Acre é a única divisa entre os dois territórios. E é exatamente ele que ameaça a tranqüilidade de cerca de 500 famílias, que moram nos bairros Samaúma e Leonardo Barbosa. A erosão, comum nos rios da região, pode fazer com que uma área de 200 hectares passe para o território boliviano.



Seu João de Oliveira (foto) é morador antigo do bairro Leonardo Barbosa. O comerciante está preocupado com o avanço da erosão, que já levou parte do seu imóvel.

Preocupação semelhante tem a aposentada Iraci Souza. Assim como seu João, ela não se acostuma com a idéia de ter que viver em solo boliviano.

Um buraco de quase cinco metros de diâmetro é apontado como o causador da erosão. O responsável por esses estudos é o engenheiro civil, Oscar Soria (foto).


 
O boliviano tem mestrado em fluviomorfologia, que é o estudo do comportamento do rio. Segundo ele, se nada for feito em menos de dez anos o processo será irreversível. Ele também apresenta a utilização de matéria prima extraída da floresta (bambu e canarana) como solução para conter o problema.

A prefeita de Brasiléia, Leila Galvão, estava viajando para Rio Branco e ninguém na prefeitura quis comentar o assunto. Enquanto a solução não chega, os moradores buscam suas próprias alternativas plantando mudas de espécies frutíferas para tentar conter o fenômeno. 

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