domingo, 31 de janeiro de 2010

Fiscalização encontra comboio de madeira ilegal em estrada de RO


Agentes que saíram para uma fiscalização ao longo da rodovia BR-425, em Rondônia, encontraram um comboio de caminhões com madeira ilegal, segundo informações do Ibama local.

Foram detidos dez veículos de uma só vez. Nove deles tinham documentação relativa às toras que transportavam, porém oito apresentavam inconsistência entre os papéis e a carga. Um dos caminhões estava regular e outro não tinha documento algum para justificar o transporte. A ação ocorreu no dia 22 de janeiro.

Após a análise das madeiras, as divergências entre os documentos (guias florestais) e a carga se confirmou. Em algumas das guias estava discriminado o tranporte da espécie Dillenia indica, que sequer faz parte da fauna nativa brasileira. Constatou-se depois que se tratava do gênero Iryanthera sp, conhecido popularmente como ucuúba. Tanto as madeiras quanto os veículos envolvidos foram apreendidos. Ao todo, o comboio levava 160 metros cúbicos de madeira amazônica.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Navio patrulha


Está ancorado às margens do Rio Acre, no bairro Cadeia Velha, o NPaFLU “Roraima”. O navio da Marinha do Brasil chegou neste sábado à tarde, vindo de Manaus, com cerca de 60 tripulantes e fica em Rio Branco até a próxima terça-feira.

Não foi possível a navegação até o porto do Mercado Velho devido à rede de energia elétrica ter sido instalada muito próxima ao leito do Rio Acre, impossibilitando o acesso do navio à região central.

A principal função da embarcação é patrulhar os rios da região Amazônica. Também faz parte do trabalho da Marinha o atendimento médico-odontológico à população Ribeirinha.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Emissões de gases do efeito estufa devem ser contidas em um prazo máximo de 40 anos, diz estudo

Os dirigentes governamentais deverão fazer todo o possível para reduzir as emissões de gases de efeito estufa durante os próximos 40 anos para evitar que cheguemos a um ponto sem retorno a longo prazo, segundo um estudo publicado por cientistas norte-americanos e europeus na revista "PNAS".

Os pesquisadores examinaram, com a ajuda de um modelo informatizado, como os diferentes níveis de emissões de gases de efeito estufa em 2050 poderão impedir que se alcance o objetivo de limitar a alta da temperatura terrestre a 2ºC ou 3ºC acima da média da era pré-industrial.

Na cúpula da ONU de Copenhague, realizada em dezembro, os países concluíram um acordo de teor mínimo a respeito e destacaram a necessidade de limitar o aumento da temperatura do planeta em dois graus, mas os meios para conseguir isso ficaram vagos.

O estudo define os limites críticos que, se superados em 2050, impedirão que se alcance os objetivos de variação máxima de temperatura no final do século com as tecnologias energéticas atuais.

Entre os cenários contemplados pelos especialistas, o da continuidade sem uma verdadeira política climática mostra que seria necessário reduzir as emissões de gases-estufa em cerca de 20% em relação ao nível de 2000 para conter em 2ºC a alta da temperatura do planeta até o final do século.

Segundo um segundo cenário no qual a demanda de energia e de terras de cultivo aumentaria mais rapidamente, seria necessária uma redução das emissões em 50%.

Os autores do informe concluem que tal redução seria quase impossível com as fontes de energia conhecidas.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ponte sobre o Rio Purus



Uma das obras mais importantes da BR-364, a ponte sobre o Rio Purus está em fase adiantada. São 407 metros de comprimento com previsão de inauguração para dezembro de 2010. A obra é executada pela construtora Cidade ao custo de R$ 37,5 milhões.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Asfalto se rompe e tráfego de veículos é interrompido entre a capital e Sena Madureira


A grande quantidade de chuvas na região provocou o transbordamento do igarapé Mapinguari, no km 45 da BR-364, e o conseqüente rompimento de um bueiro fazendo com que o asfalto cedesse. Cerca de 500 veículos deixaram de trafegar pela rodovia desde as 13 horas de ontem. Enormes filas se formaram nos dois sentidos da pista.

Já no início da manhã desta quarta-feira (27), o Deracre iniciou o trabalho de recuperação do trecho. Homens e máquinas realizam a substituição do bueiro e o aterro da pista. De acordo com o diretor presidente do Deracre, Marcos Alexandre, a previsão é que até o fim do dia o trecho possa ser liberado.

Satélite é arma contra o desmatamento

Para monitorar o desmatamento da Amazônia, o Brasil começou a usar as imagens de um satélite japonês que permite enxergar através das nuvens. Até então a cobertura de nuvens sempre foi um problema, já que a região da maior floresta tropical do mundo comumente está nublada. Na época de chuvas, certas áreas ficavam sem poder ser monitoradas durante mais da metade do ano.

O satélite japonês Alos, que fica a cerca de 700 km de altitude, emite sinais de micro-ondas que são refletidas no solo e voltam para o espaço. O sinal captado pelo aparelho é então enviado para uma base nos arredores de Tóquio, onde as informações são processadas em supercomputadores.

Oito agentes de fiscalização brasileiros estão no Japão recebendo treinamento para usar as imagens do Alos. Novas áreas de desmatamento que surgiram no final do ano passado já foram detectadas e enviadas para o Brasil. As imagens japonesas, além de indicarem os pontos de devastação e a melhor maneira de a fiscalização chegar até eles, servirão como prova contra desmatadores ilegais nos tribunais.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Por que Chandless ?



O Parque Estadual Chandless ocupa uma área de 695 mil hectares entre os municípios de Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira. O nome é uma homenagem ao pesquisador inglês Willian Chandless, que descobriu o rio durante uma expedição em 1865.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Construção da sede e apoio do helicóptero nas ações de segurança



Uma empresa contratada pelo governo do Estado trabalha na construção de uma sede no Parque Estadual Chandless. O local servirá como base para a realização de diversas pesquisas sobre as plantas e animais existentes na reserva. O custo da obra é de R$ 449 mil e o prazo de execução é de 90 dias.

O helicóptero Harpia 01 (Gavião Real) do governo, esteve no local fazendo a troca de comando dos homens da Companhia Ambiental. Eles garantem a segurança dos 695 mil hectares do Parque Estadual Chandless.

Bem que eu e o gestor do parque, Jesus Rodrigues, tentamos realizar um sobrevôo rápido e fazermos algumas imagens aéreas da reserva, mas o comandante da aeronave não permitiu.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Love na floresta



No Parque Estadual Chandless, na fronteira do Brasil com o Peru, vivem espécies raras da fauna amazônica como o sapo Kampô (Phyllomedusa bicolor ). Muito comum no Vale do Juruá, no Acre, é o maior sapo verde do Brasil.

Usado pelos índios, como remédio para curar várias doenças e como vacina para tirar o panema (azar). Através da secreção do sapo, já foram produzidas, no exterior, duas substâncias (dermorfina e deltorfina) que se transformaram em fármacos capazes de combater o derrame cerebral, o Mal de Parkinson e alguns tipos de câncer.

Em laboratório, os peptídeos dessas moléculas da vacina do Kampô também já demonstraram ser capazes de frear o avanço no organismo humano do vírus HIV, causador da Aids.

O sapo já foi patenteado por vários laboratórios tanto nos Estados Unidos quanto na Europa e no Japão.

No click do biólogo Jesus Rodrigues (especialista em anfíbios) o momento de intimidade do sapo Kampô, que se utiliza do canto durante a noite para atrair a fêmea e se dar bem.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Cobija: Shopping dos acreanos


Estive neste sábado (23) em Cobija (Bolívia) com a família para passear e comprar alguns produtos importados. E fiz uma constatação: a capital do Departamento de Pando é mesmo o principal destino dos acreanos quando o assunto é comprar. Apesar do dólar estar cotado a R$ 1.80.

Nas poucas horas que passei por lá vi do promotor de justiça ao piloto do helicóptero do governo, todos com as sacolas cheias. Bom para o turismo interno, que ajuda a aquecer a economia na região de fronteira.

Na volta, dei uma passada rápida em Xapuri e pude constatar que o prefeito Bira, em parceria com o governo do Estado, vem mudando a cara da terra natal de Chico Mendes.

Chandless: A última fronteira



O Parque Estadual Chandless ocupa uma área de 695 mil hectares entre os municípios de Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira. O nome é uma homenagem ao pesquisador Inglês Willian Chandless, que descobriu o rio durante uma expedição em 1865.

São dois dias de viagem pelos rios Iaco, Purus e Chandless numa voadeira com motor de 40 hp. A gestão do parque é da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), com recursos do programa ARPA – Áreas Protegidas da Amazônia. Os biólogos Jesus Rodrigues e Géssyka Carvalho são os responsáveis pela gestão do parque, criado em 2004, por força de um decreto assinado pelo ex-governador Jorge Viana na modalidade de proteção integral.

Atualmente é construída uma sede na unidade que servirá de base para os pesquisadores realizarem estudos mais aprofundados sobre os animais e plantas existentes na região. Um santuário ecológico no coração da Amazônia. A reportagem completa você acompanha na próxima semana nos telejornais da TV ALDEIA.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Santuário ecológico

Durante uma semana dias vi de perto as riquezas do Parque Estadual Chandless. A diversidade da fauna e das plantas, além do modo de vida dos poucos moradores que ousam viver num lugar tão isolado, onde só é possível chegar de barco ou avião.

Nos próximos dias vamos contar aqui neste blog, o esforço do governo do Estado (SEMA) para garantir infraestrutura, os bastidores da expedição e as curiosidades de um dos lugares mais lindos e preservados do planeta.

Como aperitivo fica essa foto do entardecer no Rio Chandless.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Rumo ao Chandless


A partir desta quinta-feira (14) eu e o cinegrafista Ruizemar Leite (TV Aldeia) iniciamos uma expedição de 12 dias rumo a Reserva Estadual Chandless. Estaremos acompanhados de técnicos da Secretaria de Meio Ambiente, coordenado pelo gestor da área, o biólogo Jesus Rodrigues. A missão é documentar o dia-a-dia da comunidade, biodiversidade e o trabalho da equipe de governo para garantir a segurança na segunda maior área de preservação integral do estado do Acre.

Criada em 2004, por decreto assinado pelo ex-governador Jorge Viana, a Reserva Estadual Chandless cobre 695 mil hectares e serve de abrigo para 13 espécies ameaçadas de extinção. Mais de 63 espécies de anfíbios e 40 espécies de répteis.

Existe ainda uma estimativa de que o parque abriga mais de 70 espécies de morcegos. E a botânica soma até agora 264 espécies de 71 famílias de plantas diferentes.

Todos os detalhes da expedição serão exibidos nos telejornais da TV Aldeia e os bastidores aqui neste espaço. Durante a viagem ficarei sem internet e, portanto, impossibilitado de atualizar o blog.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Pesca excessiva ameaça maior peixe da Amazônia, diz pesquisa

A captura descontrolada pode fazer com que o maior peixe da Amazônia – e um dos maiores peixes de água doce do mundo – desapareça do mapa. Em pesquisa divulgada no “Journal of Applied Ichthyology”, cientistas afirmam que a maior parte da carne de pirarucu comercializada na Amazônia tem origem ilegal, e é difícil controlar a pesca predatória da espécie.

O estudo foi realizado por Donald Stewart, da Universidade do Estado de Nova York, e por Leandro Castello, do Woods Hole Research Centre e do Instituto Mamirauá, que atua em reservas no Amazonas.

O pirarucu pode medir até três metros de comprimento e pesar 200 quilos. Também conhecido como “bacalhau da Amazônia”, ele é um dos peixes mais apreciados na região Norte, pois sua carne é saborosa e tem poucos espinhos.

Apesar do tamanho, o peixe é fácil de ser capturado. Seu sistema respiratório o obriga a subir para a superfície para obter oxigênio em intervalos que variam entre 5 e 15 minutos. É nessa hora que os pescadores o capturam com arpões – técnica usada desde o século XIX, segundo os pesquisadores. A pesca com rede também é bastante utilizada.

Há várias regras para limitar a pesca do pirarucu, como tamanho mínimo para a captura e a proibição da pesca em alguns lugares, como o Tocantins. “Mas a pesca ilegal do pirarucu é tão difundida que a maioria dos peixes é provavelmente capturada e vendida ilegalmente”, dizem os pesquisadores em artigo científico.

Outra ameaça para o peixe é que hoje o pirarucu é considerado uma espécie única (Arapaima gigas), mas os cientistas afirmam que pode haver até quatro espécies. Caso isso se confirme, há a possibilidade de algumas dessas variações do peixe já estarem ameaçada e ninguém estar sabendo, já que não há pesquisas sobre a população dos diferentes tipos de pirarucu.

Pesca sustentável
Estudos mostram que na reserva de Mamirauá, no Amazonas, e no lago Santo Antônio em Manoel Urbano, no Acre, onde a pesca é controlada, o lucro dos ribeirinhos com o pirarucu praticamente dobrou, enquanto a população de peixes aumentou – ao contrário do que ocorre onde a captura é feita da forma tradicional.

Segundo os cientistas, enquanto em 1999 havia apenas quatro comunidades ribeirinhas que pescavam o pirarucu de forma controlada, hoje já são mais de cem lugares onde a técnica foi empregada. Uma boa notícia para o gigante.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Lixo urbano

Reportagem mostra a poluição nas praias e mares do Brasil


O Repórter André Junqueira foi o responsável pela reportagem especial neste domingo (10) no programa Fantástico, da Globo, sobre lixo nos oceanos. Que mostrou o resultado de tanta poluição produzida pelo homem e a contaminação de praias e mares. As areias famosas de Copacabana e algumas praias de Santa Catarina ficam mais poluídas a cada verão.

O problema não atinge somente o homem que mergulha há anos numa autodestruição sem precedentes, mas principalmente altera de forma irracional a vida na natureza. Milhares de animais marinhos morrem todos os anos vitimas do lixo jogador ao mar.

Segundo a reportagem, o plástico e a fibra, encontrada principalmente nas redes de pesca, são os maiores “predadores”. Ao ingerir esse material, simplesmente o sistema digestivo desses animais é paralisado e a morte inevitável.

Por ano toneladas de lixo são lançadas nos mares e oceanos do planeta. Formando verdadeiras armadilhas. Os rios da nossa Amazônia também não estão livres desse flagelo. As cidades do Norte, em sua maioria, não priorizam os investimentos em saneamento básico.

Sem a consciência ambiental do homem aliada a inércia dos governos, o cenário apocalíptico parece irreversível e inevitável.

A espécie humana, incrédula e mais consumista do que nunca, parece não perceber que o efeito estufa é real. E não vê que o planeta está à beira de um colapso.
Para assistir ao vídeo da reportagem acesse o portal www.G1.com .

domingo, 10 de janeiro de 2010

Ártico libera metano mais rapidamente, diz estudo

Cientistas da universidade do Alasca, em Fairbanks, nos Estados Unidos, afirmaram ter descoberto o que parece ser um aumento dramático na liberação de gás metano do fundo do Oceano Ártico.

O metano é um dos gases que provocam o efeito estufa e é 20 vezes mais potente que o CO2 em seu efeito de aprisionar o calor na atmosfera.

O resultado foi obtido através da medição de fluxos de gases no norte da Rússia.

"A liberação de metano da Plataforma Oriental da Sibéria parece continuar a estar mais acentuada do que deveria", afirmou o cientista Igor Semitelov, que liderou o grupo de pesquisadores.

O professor Semiletov vem estudando a liberação de metano da região há décadas e deve publicar suas novas conclusões em breve.

Depósito de gases
A plataforma siberiana atua como um enorme depósito de gases como o carbônico e o metano, muitas vezes armazenados como hidratos gasosos, mas está cada vez mais exposta ao aquecimento.

Agora, ela estaria liberando uma quantidade maior de metano no mar e na atmosfera do que anteriormente.

Até recentemente, esta região de permafrost (solo de rochas e gelo) era considerada estável, mas agora cientistas acreditam que a liberação de um gás do efeito estufa tão poderoso pode acelerar o aquecimento global.

Maiores concentrações de metano na atmosfera estão contribuindo para a elevação das temperaturas na Terra. Elas, por sua vez, devem levar a um maior derretimento do permafrost que, dessa forma, liberaria ainda mais metano na atmosfera, realimentando o ciclo.

Os cientistas dizem que na pior das hipóteses, essa retroalimentação pode chegar a um ponto tal, em que bilhões de toneladas de metano seriam despejadas na atmosfera repentinamente, coisa que já aconteceu pelo menos uma vez na história do planeta.

Alguns postulam que liberações repentinas, associadas a picos nas temperaturas globais, podem ter sido fatores importantes na extinção em massa de espécies.

Aquecimento
Estudos da agência americana para oceanos e atmosfera (Noaa, na sigla em inglês) indicam que a temperatura da região na primavera no período de 2000 a 2007 ficou em média 4 graus centígrados acima da registrada de 1970 a 1999.

Segundo os pesquisadores da Universidade do Alasca, essa é o maior aumento de temperatura registrado em qualquer região do planeta.

O derretimento de permafrost das últimas décadas liberou parte da grande reserva de gases produzida pela matéria orgânica de animais e plantas mortas. O hidrato de metano fica abaixo dessa camada.

Acreditava-se, entretanto, que grande parte deste gás fosse absorvida pelo mar, antes de chegar à atmosfera.

Os resultados compilados pelo professor Semiletov a pedido da organização ambientalistas WWF, indicam que o metano liberado do fundo do mar está atingindo a atmosfera sem se dissolver no oceano.

Por isso, segundo os especialistas, a concentração do gás na atmosfera da região é cem vezes maior do que o normal, chegando a ser até mil vezes maior em alguns casos.

'Sem alarme'
Mesmo assim, os especialistas dizem que não há motivos para alarme e destacam que são necessários mais estudos para determinar as causas exatas para a liberação do metano.

"É importante entender a velocidade e a forma como o gás está sendo liberado", afirmou o cientista .

Algumas estimativas indicam que até 1,6 trilhão de toneladas de carbono - praticamente o dobro do que se encontra na atmosfera - estejam presas sob o permafrost.

Cientistas temem que a liberação dos gases poderiam ter efeitos catastróficos no planeta.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Animais silvestres se 'perdem' na zona urbana de Belém

Cercada de rios e florestas, a capital paraense comumente recebe a visita de animais silvestres dos arredores, muitos dos quais acabam sendo capturados ou viram vítimas de maus-tratos. Parte deles acaba indo parar no parque zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, fundado em 1895, um dos mais antigos do país.


O veterinário Messias Costa, que trabalha na instituição, destaca que muitos moradores ainda levam animais que encontram pela cidade ao museu, apesar de já não estar autorizado a recebê-los – este serviço fica a cargo do Ibama local. “Relutamos em receber, exceto nos finais de semana e feriados, quando o Ibama não funciona”, explica.

“Belém é uma cidade rodeada por água por quase todos os lados e tem canais que a cortam”, explica Costa. “Não é incomum sucuris terem acesso a áreas urbanas ou aves da floresta em volta visitarem a cidade”. Ele aponta que nas áreas de desmatamento próximas da capital também não é raro encontrar mamíferos como preguiças e tamanduás.

O Museu Goeldi atualmente recebe cerca de dez animais trazidos por moradores a cada mês, muito menos do que recebia no passado, quando esta atribuição ainda não era do Ibama.

Ao todo, metade dos bichos recebidos são aves, muitas delas aquáticas, como as garças. “Elas chegam apedrejadas ou com tiros”, explica o veterinário. A maioria não sobrevive. Outros 40% dos animais que chegam ao Goeldi são répteis, principalmente sucuris, que entram na cidade pelos canais. As cobras igualmente são alvo de vandalismo, destaca o veterinário. “A cobra ainda carrega o estigma de ser um animal mau, quando tem um papel ecológico muito interessante”, comenta. Também chegam quelônios, como a tartaruga-da-Amazônia. Os 10% restantes, segundo calcula Costa, são de mamíferos.

O veterinário destaca que são comuns os problemas relacionados aos animais criados em cativeiro de forma inadequada. Uma onça que come só carne, por exemplo, não tem alimentação balanceada e acaba com raquitismo. “Na natureza ela come as presas inteiras, tem o cálcio dos ossos, as vitaminas do sangue”, explica.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Em cativeiro, peixe-boi de 36 anos dá à luz a filhote em Manaus

A peixe-boi Boo, de 36 anos, deu à luz um filhote nos tanques do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) nesta quinta-feira (8). De acordo com o veterinário Anselmo d’Affonseca, que cuida desse animais no instituto, esse já é o quarto filhote dela e o sexto que nasce no laboratório do Inpa. Ele espera que, quando crescer, o filhote possa viver livre nos lagos da Amazônia.

De acordo com d’Affonseca, o primeiro nascimento em cativeiro da espécie ocorreu em 1998. Para que isso ocorra, é necessária uma estrutura grande, permitindo que machos e fêmeas possam conviver juntos.

A gestação de um peixe-boi pode durar até 13 meses. Segundo o veterinário, não é possível saber quantos meses o pequeno filhote ficou na barriga da mãe, já que não se têm a data em que o bicho foi concebido. Também não se sabe quem é o pai, que será identificado por um teste de DNA.

Dos tanques para os lagos
A esperança de Anselmo é que o filhote, quando crescer, possa conhecer as águas abertas dos lagos amazônicos. Antes disso, terá que mamar dois anos e não poderá ser solto antes dos seis, quando já será quase adulto.

O veterinário conta que, em teoria, os filhotes nascidos em cativeiro têm mais chances de sobreviver na natureza do que os que nasceram nos lagos mas foram separados da mãe – cerca de 90% dos casos que chegam ao Inpa. Isso ocorre porque, com a mãe ao lado, os mamíferos não se acostumam com o ser humano, e ficam mais espertos, desconfiados.

Já houve quatro tentativas de reintroduzir os animais à natureza, mas todas fracassaram. Um morreu, outro perdeu o rádio que o localizava e dois foram resgatados, sendo que um deles não conseguiu sobreviver. “Nenhum deles havia nascido em cativeiro. Ainda assim, eram os mais ariscos [do Inpa]”, conta Anselmo. “A reintrodução de qualquer espécie é complicadíssima. Por isso, temos que conservar populações na natureza.”

Mais consciência
Boo foi o segundo peixe-boi a ser adotado pelo do Inpa. Chegou em 1974, ainda bebezinho. Naquela época, era comum que as pessoas comprassem peixes-boi e entregassem ao instituto. Contudo, segundo Anselmo, havia muitos casos em que o bicho era adquirido para ser criado em casa, mas as pessoas descobriam que a tarefa era impossível. “Quando o animal estava para morrer, doavam para a gente”.

Hoje a história já é diferente, conta o veterinário. “O Ibama tem estrutura para resgatar os animais e as pessoas veem muito esse problema na mídia e têm medo de ser denunciadas. Às vezes a própria comunidade denuncia o criador ilegal.”

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Bateria de celular funciona à base de Coca-Cola

Que tal um celular que funciona com Coca-Cola? Pensando em como eliminar os produtos utilizados atualmente na fabricação de baterias, que contaminam o solo se descartados de maneira incorreta, a designer chinesa radicada em Londres Daizi Zheng adaptou uma biobateria para funcionar à base da bebida.

Telefone celular é uma mão na roda, sem dúvida, mas é de conhecimento geral que as baterias não são exatamente uma benção para a natureza. Os chamados metais pesados, como lítio e cádmio, representam um perigo para a saúde humana se não tratados da forma correta. Achar baterias de telefone celular ecologicamente corretas, portanto, é uma boa pedida.

Baterias que funcionam a partir da energia elétrica gerada da quebra de moléculas de carboidratos (açúcar, basicamente), fazem parte de uma tecnologia conhecia há algumas décadas. Enzimas atuam como catalisadoras, gerando apenas água e oxigênio como resíduo, bastando para isso um líquido açucarado ou, no caso, Coca-Cola.

A vantagem em relação às baterias tradicionais é que as biobaterias têm o potencial de carga até quatro vezes maior, além de ser biodegradáveis, de acordo com a designer, que trabalhou em parceria com a gigante do ramo Nokia. A ideia, porém, ainda não é comercialmente viável e talvez nem venha a ser. Convenhamos: gastar uma lata de Coca para carregar um celular certamente não é vantajoso. Mas a evolução da tecnologia mostra que temos alternativas mais favoráveis ao meio ambiente que as baterias tradicionais.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Conheça o povo Ashaninka que vive no Acre



Em Marechal Thaumaturgo, no Acre, está a aldeia dos índios Ashaninkas. Ao longo dos anos, eles conseguiram preservar sua identidade cultural, onde os mais velhos contam histórias para os mais novos.

Eles também são responsáveis pela preservação da floresta na fronteira do Brasil com o Peru, onde a atuação de madeireiros põe em risco a preservação da Amazônia e a tradição do povo Ashaninkas.

Devido as suas vestimentas e habilidade para o artesanato, os Ashaninkas se destacam das demais etnias da região. São povos guerreiros que mantém na sua cultura o respeito de índios e brancos.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Fósseis de animais gigantes são encontrados em rodovia no AC

Animais gigantes que viveram no Brasil há milhões de anos estão sendo encontrados no Acre durante escavações para a reforma de uma rodovia. Os achados mais recentes dos pesquisadores ainda estão em fase de identificação, mas uma das peças já reconhecidas mostra um jacaré de mais de 10 metros de comprimento, o Mourasuchus, que vivia na pré-história.

Pesquisas indicam que há oito milhões de anos, não havia ali floresta, mas um enorme pantanal. Os dinossauros já haviam desaparecido havia muito tempo e a Amazônia era habitada por grandes mamíferos, como o mastodonte, um parente do elefante.

Pesquisas indicam que há oito milhões de anos, não havia ali floresta, mas um enorme pantanal. Os dinossauros já haviam desaparecido havia muito tempo e a Amazônia era habitada por grandes mamíferos, como o mastodonte, um parente do elefante.

Ossos desses animais são guardados em um acervo no Acre, que tem a maior e melhor coleção de partes de animais pré-históricos da Amazônia. São mais de 5 mil peças, sendo que 800 foram encontradas durante as obras da BR-364, que liga a capital, Rio Branco, à cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre.

Uma das peças do acervo acreano é a o osso da perna de um toxodonte, antepassado dos atuais hipopótamos africanos. O mais temido predador desse período era um réptil, o purussauros. De ponta a ponta, o bicho media mais de 12 metros.

“Existem registros de purussauros na Colômbia, na Venezuela, no Equador, mas o maior de todos é tipicamente encontrado na nossa região.”, afirma o paleontólogo Jonas Filho.

Outra peça interessante é a carapaça da tartaruga mata-matá, que mede 2,46 metros – pelo menos quatro vezes maior do que uma tartaruga adulta que vive hoje na região.

Os pesquisadores acreditam que esses gigantes desapareceram depois de uma grande seca provocada pelo surgimento da Cordilheira dos Andes. Foi nessa época que começaram a surgir muitos dos animais que hoje povoam a floresta amazônica.

“Essa é uma extinção que a própria natureza se encarregou de repor. Em uma extinção provocada, pode não haver tempo suficiente para que a gente possa recuperar um ambiente já degradado”, afirma Jonas.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Cuzco: rota do turismo internacional



Cuzco é a segunda cidade mais importante do peru e possui 500 mil habitantes. Sua principal atividade econômica é o turismo, que por ano recebe mais de um milhão de turistas de todo o mundo. Na América Latina, a cidade só perde em número de visitantes para Rio de Janeiro e Buenos Ayres.

Sua gente simples e de miscigenação variada enriquece ainda mais a cultura de seu povo. Entre suas principais atrações turísticas destaque para as ruínas históricas de Machupicchu, que fica a quatro horas de trem saindo do centro de Cuzco. Cada viagem não sai por menos de 120 dólares.

Os restaurantes são sofisticados e possuem uma culinária bastante diversificada. O alto das Cordilheiras também são pontos de visitação, assim como o mirante, o centro arqueológico e o Coliseum Salsayhuama, palco das batalhas medievais do início do século passado.

Tudo é complementado pela arquitetura moderna da cidade, que contrasta com a tradição da catedral e a imponência da praça das armas. “O cenário é voltado para uma exploração turística e comercial”, afirma Fabíola Pinheiro, empresária do ramo de hotelaria durante visita á cidade dos Incas.

Negócios que podem ser intensificados com a implantação de uma linha aérea, Rio Branco a Cuzco, conversas nesse sentido já estão bem adiantadas entre os dois governos. “Não podemos ficar dependendo apenas da conclusão da estrada transoceânica, a intenção é criar o mais rápido possível uma rota aérea”, ressaltou o secretário de Turismo do Acre, Cassiano Marques.

Dentro dessa perspectiva, a proposta do governo do Acre com a abertura da rota turística Caminhos do Pacífico é tentar trazer para a região Amazônica 10% dos cerca de um milhão de turistas que visitam Cuzco.

“Isso representa 10 mil pessoas de várias partes do mundo que viriam ao Acre conhecer de perto a história de Chico Mendes e a Revolução Acreana. Vários empregos serão gerados promovendo o aquecimento da economia local”, concluiu Cassiano Marques.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Desenvolvimento regional

Estrada do Pacífico abre oportunidade para grandes negócios


A viagem esconde belezas selvagens, montanhas e nascentes de alguns dos maiores rios do mundo como o Amazonas, que nasce no Peru. A estrada é construída em meio a uma paisagem natural que enche os olhos dos visitantes.

Prevista para ser inaugurada no segundo semestre de 2010, a estrada Interoceânica, ou rodovia do Pacífico, liga o Acre aos portos peruanos trazendo esperança de desenvolvimento e crescimento econômico para a região.

Atualmente mais de 80% dos 1.200 km da rodovia, que separa Rio Branco de Cuzco, está pavimentado. Do lado acreano já está tudo concluído. A obra construída a quase 5 mil metros de altitude, na Cordilheira dos Andes, é executada por um consórcio de empresas brasileiras e peruanas, a Conirsa, do qual a Odebrecht detém 70%.

O investimento está orçado em cerca de 700 milhões de dólares. Recurso captado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De olho na nova rota turística e comercial, o governo do Acre vem mantendo diversos encontros com autoridades peruanas para tentar fechar parcerias.

“Temos de potencializar a nossa vocação de Estado exportador. Produtos como carne e frango, além de gêneros alimentícios são itens de primeira necessidade para o Peru”, disse o secretário de Agricultura do Estado, Mauro Ribeiro.

“O intercâmbio comercial com produtos que interessam ao empresariado local também é outra boa oportunidade”, completou.

Isso sem falar no setor de turismo que começa a registrar um grande número de pacotes tendo como destino as cidades de Lima e Cuzco, no Peru. Mas esse é um assunto para outra postagem.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Feliz 2010!



A todos os leitores desse blog um ano novo cheio de paz, realizações e Deus no coração. Que em 2010 cada pessoa assuma o compromisso de fazer a sua parte para tentar salvar o que resta do nosso planeta.

Sei, você pode falar: "se nem as autoridades estão preocupadas com o meio ambiente (exemplo: COP 15) por que eu devo preservar o planeta?". Faça isso não por eles, não apenas por você, mas pelas próximas gerações.