Há seis meses, a SOS Amazônia retomou com o apoio dos moradores da Rua Pará, localizados próximo à SOS, campanha para entrega voluntária de embalagens plásticas e de latinhas de alumínio.
Na sexta-feira, 5, os moradores participaram de uma reunião no auditório da Associação para avaliar os resultados e reafirmar a continuidade da ação. Com, aproximadamente, meia tonelada de resíduos coletados, os voluntários estão, mais do que nunca, dispostos a continuar diminuindo a pressão do homem sobre o meio ambiente.
Além de muitos deles trazerem os resíduos para a sede da SOS Amazônia, a estagiária da SOS, Paloma Ramos, estudante do 4º período de Ciências Sociais, passa uma vez por semana nas casas para pegar os materiais recicláveis e aproveita para renovar o incentivo à separação e entrega voluntária.
“À medida que o número de colaboradores e a quantidade de resíduos aumentarem, vamos investir numa bicicleta adaptada, para fazer a coleta daqueles vizinhos que não puderem levar. Vamos evitar ao máximo em usar meios que poluem o meio ambiente. Por isso a bicicleta vai ser modelo para a nossa ação”, observa o diretor geral da SOS Amazônia, Miguel Scarcello.
Scarcello explica ainda que a ideia surgiu de forma local, mas com um propósito bem maior. “Nós queremos associar este trabalho à proteção de quelônios do Juruá. O primeiro passo foi dado. Contar com essas pessoas, sem dúvida, é fundamental, elas são a nossa referência, um exemplo de que essa iniciativa é viável e pode contar com a contribuição das pessoas. Por isso, agradecemos muito pela colaboração”, destaca.
Campanha SOS Reciclagem
Para intensificar a iniciativa, em breve vai ser lançada a campanha SOS Reciclagem. Os objetivos da campanha são: promover a consciência ambiental para diminuir os resíduos sólidos e conservar a biodiversidade da região do Juruá, por meio da ampliação e fortalecimento das atividades de proteção e monitoramento da desova de quelônios (tracajás, tartarugas e iaçás).
Entenda as atividades proteção dos quelônios
Sob a coordenação técnica da SOS Amazônia, as atividades de proteção dos quelônios acontecem desde 2003. Voluntariamente, cerca de 20 famílias de produtores ribeirinhos, protegem por ano, desovas em mais de 250 covas, em 40 praias ao longo do rio Juruá, nos municípios de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo. As famílias, anualmente, precisam de materiais e utensílios para a proteção, necessitam de assistência técnica e apoio na divulgação das praias protegidas. No entanto, sofrem ameaças de pessoas que colocam em risco todo o trabalho, roubando ovos e destruindo ninhos. Tendo em vista a inconstância de patrocinadores, é necessário a geração de renda para a sustentabilidade das atividades dos protetores.
Como gerar renda
A proposta é comercializar os materiais recicláveis (entregues na SOS ou coletados nas casas pela SOS) e destinar o recurso aos trabalhos de proteção dos quelônios.
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