O custo financeiro das catástrofes naturais nos últimos 30 anos
alcançou o montante de US$ 3,5 trilhões, sendo que apenas no ano passado
os gastos foram de US$ 380 bilhões, segundo relatório publicado nesta
semana pelo Banco Mundial, durante encontro realizado no Japão.
Em 2011, o mundo sofreu com tragédias naturais como o terremoto e
tsunami no Japão, uma série de tornados que atingiu estados dos Estados
Unidos, além das chuvas que mataram centenas de pessoas na Região
Serrana do Rio de Janeiro.
De acordo com o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, é necessário
criar uma "cultura de prevenção". Em comunicado divulgado pela
instituição em conjunto com o governo japonês, Kim afirma ainda que
apesar de "nenhum país ter como evitar o risco de uma catástrofe
natural, todos podem reduzir sua vulnerabilidade".
"A prevenção pode ser muito menos custosa que a resposta a uma
catástrofe natural", acrescentou Jim em Tóquio, onde esta semana se
realiza a assembleia anual do Banco Mundial e do Fundo Monetário
Internacional.
Nos últimos dez anos, o Banco Mundial financiou atividades relacionadas
com catástrofes naturais que permitiram salvar vidas em 92 países
distintos por um valor próximo dos US$ 18 bilhões. Todos os governos têm
interesse em integrar a gestão de riscos naturais em seu planejamento e
em seus programas de investimento, segundo os autores do comunicado
conjunto.
Chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro mataram centenas de pessoas devido aos deslizamentos de terra (Foto: TV Globo)
Ásia concentra países mais vulneráveis
Os países mais vulneráveis a catástrofes naturais ficam na Ásia,
segundo um ranking feito por cientistas da Maplecroft, uma empresa
britânica de análise de riscos.
Eles avaliaram 197 países, que classificaram em função do impacto dos desastres naturais na sua economia. A ideia é avaliar como um terremoto ou uma inundação afetam a população do país.
Eles avaliaram 197 países, que classificaram em função do impacto dos desastres naturais na sua economia. A ideia é avaliar como um terremoto ou uma inundação afetam a população do país.
O estudo expõe a limitada preparação e a pequena capacidade de reação
dos países asiáticos. Bangladesh aparece como o país mais vulnerável,
seguido das Filipinas, da República Dominicana e de Mianmar, que são
todos "de risco extremo".
A lista dos mais vulneráveis inclui Índia, Vietnã e Laos, todos na
Ásia. Em seguida, no ranking, estão Haiti e Nicarágua, situados na
América Central.O "atlas" dos riscos que podem surgir de acidentes naturais mostra que, à medida em que a infraestrutura de um país é ruim e seu governo é frágil, maior será o impacto de uma catástrofe ambiental.
A empresa indica que os danos econômicos mundiais provocados por catástrofes naturais alcançaram em 2011 um recorde calculado em US$ 380 bilhões, devido especialmente ao terremoto seguido de tsunami ocorrido no Japão, que representou 55% da conta.
*Com informações da France Presse
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