O Ministério do Meio Ambiente e representantes de setores da sociedade
civil anunciaram nesta segunda-feira, dia 29, os resultados do último ano
(período 2011/12) da chamada moratória da soja, um acordo de empresas de
agronegócios para evitar o desmatamento da Amazônia para a produção
dessa commodity.
O monitoramento das áreas desmatadas nos estados de MT, PA e RO apontou
um aumento de 57% das plantações de soja em áreas desmatadas depois de
outubro de 2006. Na safra passada (2010/2011), haviam sido detectados
11.698 hectares (116,6 km²) plantados, contra 18.410 hectares (184,1
km²) deste ano. O aumento entre o dado deste ano e o do anterior, no
entanto, foi menor que entre 2009/2010 e 2010/2011, quando chegou a 85%.
Durante o anúncio de hoje, a moratória foi renovada por mais um
ano. Pelo acordo, as empresas de agronegócio se comprometem a não
comprar a soja que tenha origem em áreas que tiveram a floresta reitrada
após 2006.
Carlo Lovatelli, Presidente da Associação Brasileira das Indústrias do
óleos vegetais (Abiove) afirma que, apesar do aumento, a soja não está
entre os principais causadores do desmatamento na Amazônia, mas é um
fator que merece sempre atenção. "Ela não é o principal motivo do
desmatamento, mesmo assim, nos incomodamos com o aumento," afirmou.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que a moratória
demonstrou que é possível aumentar a produção de soja, sem degradar a
floresta. "Em cinco anos, tivemos a menor taxa de desmatamento da
Amazônia e a maior produção de soja. O que precisamos agora é eliminar
dessa base aqueles que não querem cumprir a lei", disse.
A ministra também frisou a importância da criação do Cadastro Ambiental
Rural, que permirá conhecer quantos e quais são as propriedades rurais
no Brasil. "Com ele poderemos ter o controle de todas as propriedades,
levando ao aperfeiçoamento da gestão da informação de produção de
alimentos no Brasi," afirmou.
Fonte: Portal G1
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