quarta-feira, 17 de abril de 2013

Xapuri-AC: Conheça a rota turística "Caminhos de Chico Mendes"



Você vivenciará o modo de vida dos seringueiros, trabalhadores que fazem do extrativismo a melhor forma de preservação do meio ambiente.

1 City tour em Rio Branco
Começamos o dia com a visita ao corredor cultural - Praça Chico Mendes, Praça Eurico Dutra, Palácio Rio Branco, Praça dos Seringueiros, Memorial dos Autonomistas, Biblioteca Pública, Praça da Revolução e Museu da Borracha, que reúne um acervo de peças de arqueologia, paleontologia, coleção de manuscritos e impressos da história do Acre.
Logo após, faremos um passeio ao longo do Parque da Maternidade, um complexo de praças, áreas de lazer, quadras, playgrounds, quiosques de alimentação e muito verde. E aproveite para conhecer a Biblioteca da Floresta, Casa do Artesão, Casa dos Povos da Floresta, Casa do Artesão, Casa Povos da Floresta e no final tomar um delicioso tacacá.
2 Saída para Xapuri
Já no percurso, conheceremos a fábrica de preservativos de Xapuri, que utiliza o látex produzido nos seringais nativos da região. Ao chegarmos à Xapuri, faremos visitas a Casa de Chico Mendes, Fundação Chico Mendes, Museu de Xapuri, e seguiremos para o Seringal Cachoeira. Após o delicioso almoço, um merecido descanso nos confortáveis chalés da Pousada como preparação para praticar o Circuito de Aventura Chico Mendes o maior circuito de arvorismo da Amazônia, percorrer a Trilha do Centro com direito a banho na fonte de água cristalina coberta pela floresta. Após o jantar, nada melhor que escutar bons e velhos contos e “causos” acreanos.
3 As trilhas
Logo pela manhã, sairemos rumo a Trilha da Seringa, em que você vivenciará o dia-dia de um seringal da 1º metade do século XX, a partir dos seus contos e histórias. Depois do almoço, partimos para o passeio na Trilha da Coroa, em uma imersão no conhecimento das árvores símbolos do Estado do Acre: a seringueira e a castanheira.
4 O parque
Voltaremos para Rio Branco, ao encontro do parque Chico Mendes, que possui floresta primária, fauna diversificada, zoológico, réplicas de maloca indígena, colocação de seringueiro, estrada de seringa, e o memorial Chico Mendes.
Conheça os caminhos fascinantes da Amazônia!
Chico Mendes vive! O líder dos seringueiros, mundialmente conhecido por sua luta em defesa da preservação da Amazônia, permanece vivo no imaginário acreano e dá nome à rota que vamos tentar descrever aqui.
Tentar, porque a Rota Caminhos de Chico Mendes é simplesmente indescritível! Você vivenciará o modo de vida dos seringueiros, trabalhadores que fazem do extrativismo a melhor forma de preservação do meio ambiente.
No Seringal Cachoeira (Xapuri), berço de um movimento popular que falava sozinho sobre sustentabilidade há 30 anos, você poderá desfrutar uma natureza preservada e exuberante, ao lado dos familiares de Chico Mendes.
A pousada do seringal merece destaque, ela tem o conforto necessário para que você possa respirar histórias, se deliciar com a culinária dos povos da floresta, fazer caminhadas na mata, pescarias noturnas, trilhas ecológicas, passeios de bicicleta pelos varadouros e muito mais.
Mas antes de chegarmos à Xapuri, nossa viagem passa pela capital do Acre, Rio Branco. Conhecida pela receptividade acolhedora, por sua limpeza e belos museus, destaca-se o Palácio Rio Branco, inspirado na arquitetura grega, tem exposições que retratam a rica história do povo que escolheu ser brasileiro. Rio Branco conta com hotéis de qualidade, várias opções de lazer, e estrutura de uma capital em pleno desenvolvimento.
Fonte: Acreturismo.com

terça-feira, 16 de abril de 2013

O Turismo místico nos Geoglifos





O conhecimento a respeito de civilizações antigas e as suas heranças arquitetônicas, assim como artefatos que contam a sua história, transpõem o meio acadêmico e científico, construindo uma “modalidade” de turismo na qual o cidadão comum também pode ter acesso à estes feitos.
Os Geoglifos se tornaram hoje na comunidade científica, uma das maiores descobertas dos últimos tempos, por se tratar de uma civilização ainda sem um estudo formado, quais suas origens e de forma viveram.
Sabe-se, que as “construções” ou desenhos geométricos, possuem características singulares nunca antes vistas e datam de aproximadamente 2000 anos atrás.
A vinda de curiosos, cientistas e até mesmo entusiastas do turismo arqueológico e místico, movimenta esta cadeia produtiva, aquecendo o comércio ligado à ele, como hotelaria, gastronomia, entretenimento, transportes e os demais, relacionados diretas ou indiretamente com o turismo.
Atualmente, existem mais de 300 geoglifos catalogados na região do Alto Acre e divisa com o Amazonas e Rondônia, e podem ser visitados através de sobrevoos de avião e Balão de ar-quente.
Em breve, os visitantes poderão também observar dois dos principais Geoglifos, através de uma torre construída na propriedade do senhor Jacó Sá.



Fonte: www.acreturismo.com

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Cientistas alertam para desequilíbrio de nitrogênio na América Latina


Estudo publicado na revista “Science” e que reúne pesquisadores do Brasil, Bolívia, Argentina, Venezuela e México defende a adoção de soluções sustentáveis para reduzir o impacto humano no ciclo do nitrogênio na atmosfera, no solo e nos rios da América Latina.

Mesmo sem apresentarem dados que mostrem as quantidades desse elemento que são lançadas no ar ou nos corpos d’água, os cientistas alertam para o “desafio do nitrogênio” na agricultura, no desenvolvimento das grandes cidades e na preservação da biodiversidade latino-americana.

O artigo cita que o nitrogênio, associado ao oxigênio, torna-se um poderoso causador do efeito estufa, o óxido nitroso (N2O). Liberado por emissões industriais, queimadas e desmatamento de florestas tropicais, além de fertilizantes utilizados de forma acentuada na agricultura, o elemento também prejudica rios quando há lançamento de esgoto sem tratamento.
Supercontinente da biodiversidade
Segundo Luiz Antônio Martinelli, professor titular do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (USP), há uma “cruzada” na América Latina para tentar reduzir os níveis de nitrogênio na atividade agrícola, uma das principais fontes de riqueza da região, principalmente para o Brasil.

“A América do Sul é conhecida como o supercontinente na questão da biodiversidade. O desafio é produzir e preservar ao mesmo tempo (...) sabendo que, concomitantemente, temos uma urbanização desenfreada, com falta de saneamento básico, e desmatamento em excesso, que lança muito nitrogênio na atmosfera”, disse.
O nitrogênio presente na atmosfera, resultado da queima de combustíveis fósseis, também prejudica florestas tropicais, até então isoladas deste problema
Ele afirma que os pesquisadores querem chamar a atenção para a agricultura sustentável, que visa a produção com menos impacto. “Temos áreas suficientes para plantar na América Latina (150 mil km², segundo o estudo), o que permite parar o desmatamento”, explica.

Martinelli disse ainda que o nitrogênio presente em fertilizantes pode deixar de ser um colaborador da agricultura e passar a ser vilão se for aplicado de forma excessiva e ineficiente.

Fertilizantes com nitrogênio ajudam no desenvolvimento da lavoura, mas em grandes quantidades impactam negativamente o solo e geram emissões para a atmosfera. Fixado no solo, ele altera o ecossistema e, em longo prazo, aumenta a quantidade de óxido nitroso na atmosfera.

“Podemos usar mais nitrogênio nas nossas lavouras, assim como já acontece nos Estados Unidos e na Europa. Mas a aplicação deve ocorrer na hora certa e na medida certa. Por exemplo, consegue-se uma boa produtividade com a cana de açúcar sem a aplicação excessiva de fertilizantes com nitrogênio. O produtor tem que conhecer as melhores técnicas possíveis para aplicá-las na lavoura”.
Imagem feita por astronauta que está na Estação Espacial Internacional mostra focos de queimada na Amazônia nas margens do Rio Xingu, no Mato Grosso (Foto: Nasa)Imagem feita por astronauta que está na Estação Espacial Internacional mostra focos de queimada na Amazônia nas margens do Rio Xingu, no Mato Grosso. Nitrogênio orgânico, liberado durante incêndio, pode reagir com o oxigênio e formar gás de efeito estufa (Foto: Nasa)
Desmatamento e queimadas
Segundo Karla Longo, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a maioria do nitrogênio presente na atmosfera vem de emissões industriais. Uma parcela considerável também é proveniente do desmatamento e queima de florestas tropicais, como a Amazônia.
Essas emissões ainda não são quantificadas devido à ausência de um monitoramento que englobe todos os países da América Latina. Contudo, é de conhecimento dos pesquisadores que o gás resultante da queima das florestas é transportado pela fumaça para regiões distantes, como a Bacia do Rio Prata, que abrange cinco países e pode acarretar na degradação do solo, mudança na composição das espécies de plantas ou na eutrofização de corpos d'água, que é a formação excessiva de algas e a redução dos níveis de oxigênio, com a consequente morte de seres vivos que ali vivem (como os peixes).
“Existem algumas estimativas [de quanto de nitrogênio é gerado], mas o grau de incerteza é muito alto. O nitrogênio orgânico (resultado das queimadas) não é computado nesses dados, mas pode ser danoso, causando processos como a eutrofização. A motivação [deste estudo] é apresentar o problema e também promover um esforço bastante grande para implementar uma rede de monitoramento contínuo”, explica a pesquisadora.
Saneamento: um desafio atual
O estudo aponta também que o ambiente aquático da América Latina corre risco de contaminação devido ao nitrogênio resultante da falta de saneamento básico nos países.
Lançar esgoto natural em rios permite que dejetos provoquem a eutrofização. Segundo Martinelli, apenas 14% do esgoto produzido na AL é tratado. No Brasil, o tratamento de esgoto alcança 37,8%, segundo dados do Ministério das Cidades. 
Esgoto a céu aberto incomoda moradores de bairro em Piracicaba (Foto: Reprodução EPTV)Esgoto a céu aberto em Piracicaba, no interior de São Paulo. Ausência de saneamento básico afeta rios da América Latina (Foto: Reprodução EPTV)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Aquecimento global deixará voos mais turbulentos, revela estudo


Os voos de avião vão ficar mais turbulentos porque o aquecimento global desestabiliza as correntes aéreas usadas por aviões comerciais, alertaram climatologistas no primeiro estudo realizado para medir o impacto projetado das mudanças climáticas nas viagens aéreas.
Segundo os cientistas, as turbulências atmosféricas já provocam ferimentos em centenas de passageiros todos os anos, alguns fatais, e causaram danos em aeronaves que custam à indústria um valor estimado em US$ 150 milhões (cerca de R$ 297 milhões).
"As mudanças climáticas não só estão esquentando a superfície da Terra, como também estão mudando os ventos atmosféricos a 10 quilômetros de altitude, onde os aviões voam", afirmou o coautor do estudo, Paul Williams, do Centro Nacional de Ciência Atmosférica da Universidade de Reading, no Sul da Inglaterra.
"Isto está deixando a atmosfera mais vulnerável à instabilidade que cria a turbulência de céu limpo", explicou por e-mail à AFP. "Nosso estudo sugere que vamos ver o aviso de 'apertem os cintos' ligado com mais frequência nas próximas décadas."
A turbulência é causada principalmente pelo fluxo de ar vertical: correntes ascendentes e descendentes perto de nuvens ou tempestades elétricas.
A turbulência de céu limpo, que não é visível a olho nu e não pode ser detectada por satélite ou radar tradicional, é relacionada a correntes de jato atmosféricas, que têm uma tendência a ganhar força com as mudanças climáticas.
Os autores do estudo usaram simulações de computador da corrente de jato do Atlântico Norte, um forte vento da alta atmosfera impulsionado por diferenças de temperatura resultantes da colisão entre o ar do Ártico e o tropical.
Essa corrente de jato afeta o corredor de tráfego aéreo entre a Europa e a América do Norte, um dos mais intensos com cerca de 300 voos por dia na direção leste e outros 300 rumo a oeste.
Os cientistas descobriram que a duplicação das concentrações de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, com base em níveis pré-industriais prevista no prazo de 40 anos, tornariam as turbulências entre 10% a 40% mais violentas em altitudes típicas de cruzeiro.
"Uma turbulência forte o suficiente para dificultar caminhar e desalojar objetos soltos pode se tornar duas vezes mais comum no espaço aéreo transatlântico em meados deste século", disse Williams.
"Assim como tornar os voos mais instáveis e menos confortáveis, ela também pode aumentar o risco de lesões para passageiros e tripulação", especialmente no inverno, quando se acredita que a turbulência de ar limpo no Hemisfério Norte seja mais intensa.
Williams explicou que o CO2 causa um aquecimento não uniforme, o que aumenta os ventos da corrente de jato. "Uma corrente de jato mais forte significa que a atmosfera fica menos estável, o que cria mais turbulência", explicou.
Segundo o estudo, publicado na revista Nature Climate Change, os aviões já
perdem 1% de seu tempo de voo cruzeiro em fortes turbulências de céu limpo.
Pessoas que viajam com frequência têm reportado um aumento da instabilidade em voos, mas este é o primeiro estudo a medir realmente o impacto das mudanças climáticas nas turbulências, disseram os autores.
"As rotas aéreas precisam se tornar mais intrincadas para evitar trechos de turbulência que estão mais fortes e mais frequentes, em que os tempos de viagem serão mais longos e o consumo de combustível e as emissões aumentarão", escreveram.
"Em primeiro lugar, a aviação é em parte responsável por mudar o clima", comentou Williams. "É irônico que o clima pareça pronto para se vingar ao criar uma atmosfera mais turbulenta para voar", emendou.
Fonte: UOL

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Cientistas preveem que 2013 terá muitos furacões




Imagem do satélite NOAA nesta quinta (29) mostra o furacão Ophelia a nordeste das ilhas do Caribe (Foto: AP/Weather Underground)Imagem de satélite de furacão se formando no Caribe em setembro de 2012 (Foto: AP/Weather Underground)












A temporada de furacões de 2013 no Atlântico será "acima da média", com 18 tempestades tropicais, das quais nove se tornarão furacões, previram meteorologistas da Universidade do Estado do Colorado, nos EUA, nesta quarta-feira (10).
Quatro dos furacões serão grandes, com ventos sustentados de pelo menos 178 km/h, disse a principal equipe de pesquisa de tempestades nos EUA.
A média de uma temporada é de cerca de 12 tempestades tropicais, seis furacões e dois grandes furacões no Atlântico, Caribe e Golfo do México, de acordo com a universidade. A temporada de furacões na região vai de 1º de junho a 30 de novembro.
A previsão para um 2013 mais agitado foi feita com base em dois fatores, segundo os pesquisadores. Furacões prosperam em água morna, e o oceano Atlântico tem se aquecido nos últimos meses.
Há também pouca expectativa de um efeito El Niño no verão e outono. O El Niño é um aquecimento das águas superficiais do Pacífico, que ocorre a cada 4 a 12 anos e tem muitas consequências em todo mundo. O fenômeno meteorológico corta os ventos de forma a dificultar que as tempestades se transformem em furacões na bacia Atlântico-Caribe.
Os pesquisadores disseram que há uma chance de 72% de que um grande furacão atinja a costa dos EUA este ano, em comparação com uma média histórica de 52%.
A temporada de furacões de 2012 gerou 19 tempestades tropicais e 10 furacões, incluindo o Sandy, que atingiu o nordeste dos Estados Unidos em outubro, após passar pelo Caribe.
O Sandy matou mais de 200 pessoas e causou mais de US$ 71 bilhões (R$ 140,5 bilhões) em danos nos estados de Nova York e Nova Jersey

Fonte: Da Reuters

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Estudo diz que demanda por carne e soja eleva pressão sobre Amazônia

O aumento da demanda externa por carne bovina e soja vai induzir o Brasil a desmatar mais a floresta amazônica, revertendo o sucesso recente na diminuição das perdas florestais, mostrou um estudo feito por especialistas do Centro de Pesquisas Internacionais sobre Clima e Meio Ambiente, divulgado nesta semana na revista "Environmental Research Letters".

Cerca de 30% do desmatamento no Brasil na primeira década deste século ocorreram porque agricultores e pecuaristas procuraram terras para expandir a produção de carne e soja para exportação, contra cerca de 20% na década de 1990, disse o relatório. "O comércio está emergindo como o principal motor do desmatamento no Brasil", diz o estudo.

"Isso pode contribuir indiretamente para a perda das florestas que os países industrializados estão tentando proteger por meio de acordos internacionais", aponta o documento.
As exportações de carne bovina e soja responderam por 2,7 bilhões de toneladas de emissões de carbono causadas pelo desmatamento no Brasil na década de 2010, disse o relatório. Isso excede as emissões de gases de efeito estufa de uma nação como o Egito, no mesmo período.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados na última semana mostraram um aumento de 26,6% no desmatamento entre agosto de 2012 e fevereiro deste ano, para 1.695 km², em relação ao mesmo período anterior, segundo o ministério. As informações incluem a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta. A chamada Amazônia Legal cobre 5,2 milhões de km².

A crescente demanda externa e a ânsia do governo brasileiro por crescimento econômico significam que uma queda contínua na taxa de desmatamento era improvável sem novas medidas para proteger as florestas, disse o relatório.

Imagem aérea mostra desmatamento na Amazônia. Perda da cobertura vegetal no bioma pode acarretar na extinção de diversas espécies de animais. (Foto: Divulgação/Toby Gardner/Science)Imagem aérea mostra desmatamento na Amazônia (Foto: Divulgação/Toby Gardner/Science)
Emissões globais

Mundialmente, o desmatamento representa até um quinto das emissões de gases do efeito estufa de origem humana, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas. As árvores absorvem dióxido de carbono enquanto crescem e o liberam quando são queimadas ou apodrecem.

Segundo as regras de mudança climática da ONU, as emissões de gases do efeito estufa são consideradas aquelas dentro das fronteiras nacionais. Sugestões de transferir a responsabilidade aos consumidores, neste caso os compradores externos da carne bovina brasileira, são muitas vezes desprezadas como sendo muito complicadas.

"Tem sido um pesadelo no setor florestal", disse o pesquisador de florestas do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, Duncan Macqueen, em Edimburgo. "Os consumidores se perguntam 'por que devemos sofrer o custo da reforma do sistema?'", disse.

Alguns projetos procuram certificar a produção florestal como vindo de uma fonte que não envolve extração ilegal de madeira. Mas têm inconvenientes, já que os custos das auditorias podem ser muito elevados para os pequenos produtores, afirmou.

O estudo do centro sugeriu uma melhor rotulagem ou informações sobre importações para ajudar os consumidores. Além disso, a pesquisa não tentou comparar o impacto ambiental da produção de carne bovina ou de soja no Brasil com a de outras nações para ver onde a produção foi menos prejudicial. "Análises similares ainda têm de ser feitas", afirmou o autor Jonas Karstensen.

Fonte:Da Reuters

quarta-feira, 27 de março de 2013

Cheia do rio Acre já atinge mais de 200 famílias



O rio Acre continua subindo. A medição realizada às 12 horas desta quarta-feira, 27, pela Defesa Civil o nível estava 15.23m de profundidade, cerca de 210 famílias em Rio Branco tiveram de deixar suas residências e estão abrigadas em alojamentos no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco. Governo do Estado e Prefeitura de Rio Branco garantem a alimentação, saúde e assistência social. 

Pelo menos seis bairros da parte baixa da capital Rio Branco foram tomados pelas águas. Entre eles Seis de Agosto, Taquari, Baixada da Habitasa, Base, Ayrton Sena e Cidade Nova. Como a previsão é mais chuva para os próximos dias, o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, Coronel George, acredita que o rio Acre mantenha a tendência de cheia."Os afluentes estão com os níveis acima do normal e isso contribui para a elevação do nível do rio Acre", disse.

terça-feira, 5 de março de 2013

Cerca de 3 mil grandes macacos são vítimas de caça a cada ano, diz ONU

Cerca de 3 mil grandes macacos morrem ou são capturados a cada ano devido ao comércio ilegal, segundo um relatório da ONU publicado nesta terça-feira (5).
Entre 2005 e 2011 estima-se que mais de 20 mil exemplares de grandes macacos foram vítimas da caça ilegal, segundo o estudo elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que supervisiona um programa específico de conservação conhecido como Grasp.
"Este comércio está florescendo, e é extremamente perigoso para a sobrevivência no longo prazo dos grandes macacos", disse o coordenador do Grasp, Doug Cress, que descreveu este negócio ilegal como "sofisticado, engenhoso, bem financiado e bem armado".
"Nesse ritmo, os macacos desaparecerão muito rápido", disse Cress.
Uma fêmea de gorila-da-montanha com seu filhote. População de primatas desta espécie aumentou, aponta censo (Foto: Divulgação/Martin Harvey/WWF)Fêmea de gorila-da-montanha com seu filhote. (Foto: Divulgação/Martin Harvey/WWF)
Além disso, advertiu, a captura de um só chimpanzé envolve, às vezes, matar outros dez.
"Não pode se meter na selva e pegar só um. Tem que brigar. Tem que matar os outros chimpanzés do grupo", disse Cress à imprensa, durante a conferência da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Ameaçadas (Cites) sobre espécies em perigo realizada em Bangcoc.
O comércio internacional de chimpanzés, bonobos e gorilas, as três espécies de grandes símios africanos, assim como de orangotangos, a única espécie asiática, está proibido em virtude da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES), cujos países membros estão reunidos nesta semana na capital tailandesa.
Segundo o relatório, muitos destes macacos são vendidos como animais domésticos a compradores ricos, que os veem como um símbolo de poder, ou são adquiridos por zoológicos de reputação duvidosa e explorados pela indústria do turismo ou do entretenimento.
Fonte: AFP

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Interpol lança campanha global contra a pesca ilegal

A Interpol lançou nesta terça-feira (26) uma operação contra a pesca ilegal, um negócio que arrecada até US$ 23 bilhões (R$ 45,6 bilhões) por ano, na estimativa da agência. Ainda de acordo com a polícia internacional, o crime geralmente é cometido por pescadores que atuam longe de seus países de origem, o que aumenta a necessidade da colaboração entre os países.

“Estoques mundiais de peixe estão diminuindo rapidamente, e muitas espécies valiosas já estão próximas da extinção”, afirmou a Interpol em nota divulgada nesta terça. “A última década viu um aumento nas redes criminosas organizadas e transnacionais envolvidas em crimes de pesca”, completou o texto.

Navio da guarda costeira do Japão persegue barco de pesca ilegal na costa do país, em imagem do início de fevereiro (Foto: Reuters/11th Regional Coast Guard Headquarters-Japan Coast Guard/Divulgação) 
Navio da guarda costeira do Japão persegue barco de pesca ilegal na costa do país, em imagem do início de fevereiro (Foto: Reuters/11th Regional Coast Guard Headquarters-Japan Coast Guard/Divulgação)
 
A organização ambiental The Pew Charitable Trusts calcula que até um quinto de toda a pesca feita no mundo seja ilegal. Além disso, ela aponta que as novas tecnologias aumentam a capacidade dos barcos ilegais, tanto para permanecer mais tempo no mar quanto para pescar mais fundo. Outros pontos ressaltados pelos ecologistas são a poluição dos oceanos e o aquecimento global, que também ameaçam as populações de peixes.

Postos de venda
Para David Higgins, chefe do Programa de Crimes Ambientais da Interpol, a operação que vai do Pacífico Sul até o Oceano Ártico precisa ter atenção não só com quem pesca, mas também com quem revende o produto ilegal. “O supermercado consegue comprovar de onde vem o peixe?”, questionou.

Um estudo divulgado na semana passada pelo grupo de conservação marinha Oceania feito com mais de 1,2 mil produtos em 700 pontos de venda nos EUA mostrou que a identificação dos peixes nos rótulos estava errada em um terço dos casos.

Para a Interpol, a ação pode, inclusive, prevenir que aconteça com peixes e frutos do mar um escândalo de falsificação semelhante ao da carne de cavalo, recentemente encontrada em produtos industrializados que diziam conter carne bovina na Europa.

Com informações da Reuters

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Cientistas apontam turismo como ameaça à biodiversidade na Antártica

Cientistas que estudam a fauna e flora existentes na Antártica afirmam que a ida de turistas para o continente já é considerada uma ameaça à biodiversidade local.

O risco de transportar vegetação exótica para o solo antártico ou ainda de transmitir doenças para espécies de aves e mamíferos se tornou foco de estudo de pesquisadores brasileiros.

Uma expedição da Marinha que integra a 31ª edição da Operação Antártica (Operantar), se concentra neste ano na remoção dos destroços da Estação Antártica Comandante Ferraz, destruída por um incêndio em fevereiro de 2012 que matou duas pessoas.

O continente é lar de aves, como pinguins e skuas, além de mamíferos como focas e leões-marinhos. Apesar de distante, há roteiros turísticos que atraem milhares de visitantes todos os anos para a região, que chegam de aeronave ou em cruzeiros, saindo principalmente de Punta Arenas, no Chile.

De acordo com a Associação Internacional das Operadoras de Turismo da Antártica (IAATO, na sigla em inglês), nas quatro últimas temporadas abertas a visitantes (durante o verão no Hemisfério Sul), mais de 135 mil pessoas seguiram para a região. A estimativa do órgão para a temporada 2012-2013 é que mais 34.950 pessoas de diversas partes do planeta sigam para lá em busca dos atrativos antárticos.
Exemplar de pinguim-papua é visto na Baía do Almirantado, região onde está abrigada a Estação Antártica Comandante Ferraz (Foto: Eduardo Carvalho/G1)Exemplar de pinguim-papua é visto na Baía do Almirantado, região onde está abrigada a Estação Antártica Comandante Ferraz (Foto: Eduardo Carvalho/G1)
 
Pinguins com vírus da gripe
No entanto, para os cientistas, quanto mais pessoas na região, maior o risco para a fauna e a flora que conseguem viver em temperaturas abaixo de zero. “O que mais me assusta é o chamado ecoturismo. O pessoal vai às pinguineiras (local que abriga colônias de pinguins) e caminha por lá sem cuidados. Ali é um ambiente frágil e qualquer coisa que seja introduzida é arriscado”, disse Edison Luiz Durigon, professor do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.

Ele é responsável pela pesquisa que encontrou o vírus da gripe em pinguins e aves migratórias nativas da Antártica. Entre 2007 e 2008, foi constatado que seis pinguins que vivem em uma colônia que tem uma população de 6 mil aves tinham incubados o vírus Influenza. Esses exemplares foram encontrados em uma pinguineira próxima ao refúgio Copacabana, que pertence aos Estados Unidos e está próximo da estação brasileira.

Mais distante dali, na Ilha Elefante, onde o Brasil mantém um refúgio utilizado por pesquisadores, o Influenza também foi detectado em um exemplar de petrel, ave migratória encontrada em grande quantidade na borda do Polo Sul. De acordo com o especialista, é provável que a gripe tenha sido transmitida devido ao contágio por humanos.

Exemplar de Skua, ave que é chamada de urubu da Antártica e faz parte da biodiversidade do continente gelado (Foto: Eduardo Carvalho/G1)Exemplar de skua, ave que é chamada de urubu da Antártica e faz parte da biodiversidade do continente gelado (Foto: Eduardo Carvalho/G1)
 
“Há bastante tempo que o homem vem degradando a região. O fato de achar o Influenza por lá não foi grande novidade. No entanto, todos os animais são suscetíveis ao vírus. Se você levar a doença, é possível causar uma infecção geral na colônia. Mesmo que não cause a morte, o vírus permanece naquela área para sempre”, explica o pesquisador.

A cepa da doença deverá ser descrita em março com a ajuda da Universidade de Memphis, nos Estados Unidos, graças ao sequenciamento genético de amostras de sangue
.
Durigon afirma ainda que uma solução para evitar o risco de epidemia é obrigar os visitantes a tomar vacina contra a gripe antes de embarcar em navios ou aeronaves em direção à Antártica. “Funcionaria como já acontece com quem vai viajar para a Amazônia, por exemplo, e é obrigado a tomar vacina contra a febre amarela. Os indivíduos teriam que mostrar a carteira de vacinação”, disse Durigon.
 
Vegetação exótica
Outro grupo de pesquisadores do Rio Grande do Sul, liderados por Jair Putzke, da Universidade Federal de Santa Cruz do Sul, aponta para o risco de turistas levarem para a Antártica nos calçados sementes e resquícios de vegetação de diferentes partes do mundo.

Ele afirma que na Península Antártica já é possível encontrar espécies consideradas exóticas, ou seja, que são de fora da região, que ameaçam os poucos vegetais que conseguem sobreviver ao frio extremo.
A região é a que mais sofre as consequências das mudanças climáticas. Segundo pesquisas científicas, ali há registro de aumento de 3º C nos últimos 55 anos.

No restante da costa da Antártica, o crescimento máximo registrado foi de 2º C. Por conta disso, há observações de retrações de geleiras e de migração de aves e plantas para o sul da península antártica, de acordo com pesquisadores brasileros.

Fonte: Globo Natureza

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Estudo revela diminuição da água nos rios Tigre e Eufrates

Satélites americanos detectaram uma grande diminuição das reservas de água nos rios Tigre e Eufrates em um período de sete anos, a partir de 2003, segundo um novo estudo.

Os leitos desses rios, cujas águas irrigam parte do Iraque, do Irã, da Turquia e da Síria, perderam o equivalente a um Mar Morto.

"É uma quantidade de água suficiente para satisfazer as necessidades de milhares de pessoas na região a cada ano, dependendo das regras de uso regional e a disponibilidade", afirmou Jay Famiglietti, diretor da investigação.

O estudo publicado na revista Water Resources Research, foi realizado por cientistas da Universidade da Califórnia, do Centro de Voos Espaciais Goddard, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), e do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas.

Ele se baseia nos dados recolhidos durante um período de sete anos pelos satélites GRACE, da Nasa, que vigiam as mudanças globais nas reservas de água.

De acordo com as variações nas reservas de água em uma determinada região, os satélites medem a gravidade das transformações e seus impactos.

"Os dados dos [satélites] GRACE mostram um índice alarmante de queda no armazenamento total de água no Tigre e Eufrates, que atualmente possuem a segunda taxa de perda mais rápida de águas subterrâneas da Terra, depois da Índia", indicou Famiglietti.

Parte desta diminuição foi atribuída à seca de 2007 e os acumulos de neve, e ainda pela perda de água da superfície dos lagos.

Mas 60% da diminuição da água foi resultado do bombeamento de água subterrânea. Neste sentido, Famiglietti destacou o Iraque, que perfurou mil novos poços em resposta à seca de 2007.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Amazônia terá torre científica de 320 metros

Uma torre de 320 metros de altura para pesquisas científicas deve ser instalada na Amazônia em dezembro deste ano pelo coordenador brasileiro do projeto, Antonio Ocimar Manzi, pesquisador do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).

Batizado de Observatório Amazônico com Torre Alta (ATTO, na sigla em inglês), o projeto é uma cooperação entre os governos do Brasil e da Alemanha, e terá investimento inicial de R$ 22 milhões, diz o dirigente. Dessa verba, R$ 10 milhões virão do Ministério da Ciência e Tecnologia brasileiro, R$ 10 milhões do governo alemão e R$ 2 milhões do governo do estado do Amazonas.

Torre usada para pesquisas científicas na Amazônia; nova estrutura terá 320 metros, maior do que a Torre Eiffel, na França (Foto: Divulgação/ATTO)Torre usada para pesquisas científicas na Amazônia; nova estrutura de ser parecida e vai ter 320 metros de altura, maior do que a Torre Eiffel, na França (Foto: Divulgação/ATTO)

"É um projeto de longo prazo para o monitoramento da Amazônia", ressalta Manzi. A logística de preparação do programa é complexa, e o prazo será mantido se não ocorrerem atrasos, diz o professor de física atmosférica da USP, Paulo Artaxo, que também participa do ATTO.
 
Torre Eiffel
A estrutura vai ser ligeiramente mais alta que a Torre Eiffel, símbolo de Paris, na França, diz o professor da USP. Ele ressalta, no entanto, que as duas torres têm finalidades muito distintas. A que vai ser montada na Amazônia ajudará a estudar a composição química da atmosfera sobre a floresta, principalmente sobre os níveis de CO2, além de elementos como nitrogênio e fósforo, ressalta Manzi.

Algumas linhas de pesquisa vão envolver também a formação de nuvens e o regime de chuvas na Amazônia; a troca de matéria e energia entre a biosfera e a atmosfera na área da floresta; estudos sobre ecologia, como a vegetação da mata, os nutrientes e composição do solo, entre outros temas.

Além da torre de 320 metros, serão construídas quatro torres auxiliares, em formato de cruz, a cerca de 100 metros de distância da estrutura principal. Elas terão 80 metros de altura, de acordo com Artaxo.
 
Quanto mais alto, melhor
Já existem outras torres de pesquisa construídas na Amazônia, com tamanhos menores - de 65 a 85 metros de altura, aproximadamente. Uma delas tem 82 metros e está gerando dados científicos desde janeiro do ano passado, segundo o coordenador do ATTO. "Quanto mais alto medirmos, mais a gente vai saber o que o vento está trazendo. Virão contribuições [em termos de dados sobre a atmosfera, por exemplo] de distâncias maiores", diz Manzi.

Torre de 82 metros na Amazônia que está gerando dados científicos desde janeiro de 2012, segundo Manzi (Foto: Divulgação/ATTO) 
Torre de 82 metros na Amazônia que está gerando
dados científicos desde janeiro de 2012, segundo
Manzi (Foto: Divulgação/ATTO)
 
Artaxo pondera que o "footprint" da torre de 320 metros, isto é, a capacidade de medir dados originários de longas distâncias, vai ser de cerca de 1.000 km, dependendo da velocidade do vento.
 
Pelo menos 30 anos
As torres do ATTO estão sendo instaladas em uma área da floresta amazônica a 150 km a nordeste de Manaus, seguindo uma linha reta, diz o coordenador do programa. "Este é um projeto de pelo menos 30 anos de duração", afirma ele.

Na avaliação de Manzi, a torre é uma das maiores do mundo entre as construídas especificamente para fins científicos.

Um programa similar ao ATTO, com objetivo de fazer monitoramento meteorológico, está sendo realizado na Sibéria já há alguns anos - uma torre de 300 metros de altura foi instalada na região do pequeno povoado de Zotino, que fica a cerca de 3 mil km da capital da Rússia, Moscou, também em parceria com a Alemanha.

Mas o projeto brasileiro, do ponto de vista científico, "vai ser mais completo", diz Manzi. Ele considera que o ATTO vai se tornar referência mundial em pesquisas sobre florestas tropicais, já que não há programa igual sendo executado neste tipo de ecossistema.
Torre de monitoramento meteorológico instalada na Sibéria (Foto: Divulgação/ATTO)Torre de monitoramento meteorológico instalada na Sibéria (Foto: Divulgação/ATTO)
Fonte: g1.globo.com/natureza