quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Agricultores familiares de Xapuri apresentam boas experiências como alternativas de (REDD+)

Instituto de Mudanças Climáticas prepara workshop que vai reunir técnicos de vários países para discutir projetos de redução de emissões por desmatamento e degradação ambiental


 
O governo do Acre vem trabalha em parceria com os produtores familiares projetos de redução de emissões por desmatamento e degradação (REDD+) obedecendo à vocação e o potencial produtivo de cada região.
Seu José Soares Dantas, 46 anos, mora no ramal do Miranda, lote 24, no Pólo Agroflorestal Xapuri II. Inserido no Programa de Aquisição e Alimentos (PPA) do Governo Federal e contando com assistência técnica por parte da Secretaria de Agricultura e Produção Familiar (Seaprof) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o agricultor familiar cultiva numa área de 5 hectares diversas espécies frutíferas e não frutíferas, o chamado Sistemas Agroflorestais. Aliado a isso, seu José investe em hortaliças, criação de pequenos animais, culturas como banana e mandioca para a produção da farinha.
O agricultor também fala com entusiasmo da boa experiência com o cultivo da mucuna-preta, uma planta forrageira que recupera áreas degradadas. “Fiz um plantio experimental com a mucuna e fiquei impressionado com o resultado”, conta seu José Soares. “A planta recuperou o solo, adubou e hoje eu consigo fazer até três colheitas ao ano numa mesma área, sem a necessidade do uso do fogo”, disse.
O ramal é dotado de boa infraestrutura com asfalto e energia elétrica do programa Luz para Todos. Por ser uma unidade de referência, a área recebeu na última segunda-feira, dia 22, a visita de técnicos do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Unidade de Central de Geoprocessamento (UCEGEO) e da Secretaria de Agricultura e Produção Familiar para um levantamento prévio. O objetivo é identificar o potencial da região para uma possível visita de técnicos que virão do Equador, Nepal, Costa Rica, Peru, México entre outros países, para participarem de um workshop sobre mudanças climáticas e conhecerem experiências bem sucedidas do Acre na área de REDD+.

Outra experiência bem sucedida que deve ser visitada durante o dia de campo será a Indústria Natex de preservativos masculinos. A fábrica utiliza como matéria prima o látex extraído dos seringais nativos da Reserva Extrativista Chico Mendes, beneficiando cerca de 700 famílias de extrativistas. Além de consolidar o programa de desenvolvimento sustentável do governo do Acre, o projeto é estratégico na geração de emprego e renda para cerca de 700 famílias de extrativistas da região.
O workshop está previsto para acontecer de 3 a 7 de outubro em Rio Branco e será organizado pelo Instituto de Mudanças Climáticas em parceria com a Ong CARE Brasil.


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Nova frente fria se aproxima do Acre

 
De acordo com o Portal Clima Tempo, a previsão é de chuva para o Acre nesta quarta-feira (31), seguido de uma frente fria. Na quinta-feira (1) em Rio Branco os termômetros devem registrar mínima de 17 graus. Mas a friagem fora de época permanece por pouco tempo no Estado, devendo se dissipar no sábado, quando o calor retorna e a temperatura máxima deve chegar a 37 graus.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mudanças climáticas afetam saúde mental, afirma estudo australiano


 
Estresse nos adultos, angústia nas crianças: as mudanças climáticas também podem afetar a saúde mental das pessoas, alerta um estudo publicado nesta segunda-feira (29) por um instituto de pesquisas australiano, para o qual este tema ainda é muito pouco estudado.

"Os danos causados pelas mudanças climáticas não são só físicos. O passado recente mostra que os eventos climáticos extremos trazem também sérios riscos para a saúde pública, inclusive a saúde mental e o bem-estar das comunidades", destacou este estudo, realizado pelo Instituto do Clima, uma entidade australiana.

Ao comparar fenômenos climáticos, como secas e inundações observados nos últimos anos em algumas regiões da Austrália, o estudo constata que "a comoção e o sofrimento provocados por um evento extremo pode persistir durante anos".

Uma parte significativa das comunidades atingidas por episódios como estes - uma pessoa em cada cinco - vai sofrer os efeitos do estresse, de danos emocionais e desespero, estimou o Instituto do Clima.

Segundo o organismo, o abuso de álcool pode ocorrer após eventos climáticos extremos e alguns estudos estabelecem inclusive um vínculo entre ondas de calor, secas e taxas de suicídio mais elevadas.
 
Crianças são mais vulneráveis
As crianças parecem particularmente vulneráveis à ansiedade e à insegurança geradas pela incapacidade dos adultos de lutar contra o desequilíbrio climático.

Embora haja vários estudos sobre os efeitos das mudanças climáticas em termos econômicos, existe uma lacuna sobre as "consequências das mudanças climáticas para o bem-estar e a saúde humana", constatou Tony McMichael, professor de saúde pública da Universidade Nacional Australiana.

"Este é um ponto cego sério, limita nossa visão de futuros possíveis e da necessidade de uma ação eficaz e urgente", acrescentou, ao introduzir este estudo que, segundo ele, "vai nos ajudar a compreender a 'face humana' das mudanças climáticas".

domingo, 28 de agosto de 2011


Sucuri de seis metros e 120 quilos é encontrada por fazendeiro


Foram necessários oito homens para carregar o animal até a gaiola. (Foto: Roteiro Notícia/Célio Ribeiro)
Foram necessários oito homens para carregar o animal até a gaiola. (Foto: Roteiro Notícia/Célio Ribeiro)
Uma cobra sucuri de seis metros foi capturada em uma fazenda localizada próxima ao município de Guarantã do Norte, a 721 quilômetros de Cuiabá. O proprietário contou que o animal pesa 120 quilos e já estava na fazenda há alguns dias se alimentando, inclusive, de outros bichos como novilha e galinhas.
O dono da fazenda acionou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do município, para capturar a cobra após alguns animais terem sido devorados. De acordo com o Ibama, a primeira tentativa de captura foi feita na quarta-feira (24), porém, pelo tamanho e peso do animal não foi possível conseguir dominá-lo.

Ainda conforme a diretoria da instituição foram necessários oito homens para a busca do animal, que se escondia em um córrego e nas pastagens. Após a captura, a cobra foi colocada em uma gaiola e passou por avaliação de biólogos. O Ibama confirmou também que o animal foi solto neste domingo (28) na Serra do Cachimbo, região Norte de Mato Grosso.

 Ibama confirmou também que o animal foi solto nesta sexta-feira (26) na Serra do Cachimbo, região Norte de Mato Grosso. (Foto: Roteiro Notícia/Célio Ribeiro)
Ibama confirmou que o animal foi solto nesta sexta-feira (26) na Serra do Cachimbo, região Norte de Mato Grosso. (Foto: Roteiro Notícia/Célio Ribeiro)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Queimadas ameaçam Parque das Emas, em GO

 


De janeiro até agora os bombeiros registraram mais de 1,6 mil focos de incêndios. Esse é um período considerado crítico, em agosto venta muito e a vegetação seca se torna combustível para as queimadas.A maioria dos incêndios no cerrado começa nas lavouras, principalmente nas palhadas de milho.

No Parque Nacional das Emas, no sudoeste de Goiás, um trabalho de prevenção é realizado contra as queimadas. No meio da mata são formadas trilhas sem vegetação, faixas que têm entre 40 e 100 metros de largura. Os aceiros funcionam como uma barreira de proteção que evita que o fogo se espalhe pelo parque.

Até o final do mês, os brigadistas precisam construir 350 quilômetros de aceiros. Este ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, o número de focos de incêndio caiu 60% em Goiás.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Controle suas finanças pessoais sustentavelmente


Sustentáveis no cotidiano das agências bancárias podem fazer uma grande diferença. As visitas aos bancos são uma das maiores fontes de lixo mundiais, principalmente de papel.

Usar menos papel significa economia de recursos, como energia, água, árvores e produtos químicos empregados na sua produção. Apesar da reciclagem, há um gasto de energia também para reprocessá-lo.

Veja como você pode ajudar a diminuir o impacto ambiental das suas finanças:
- Evite pegar os recibos do caixa eletrônico (lembre-se que saldos e extratos podem ser visualizados diretamente na tela do caixa eletrônico, sem necessidade de impressão);

- Susbtitua as faturas em papel pela fatura online (os bancos também são estimulados a utilizar boletos eletrônicos, motivados pela possibilidade do controle de fluxo de cobranças emitidas, garantia de entrega bem como a economia de postagem e impressão);

- Opte por receber seu salário por depósito automático;
- Use cartões de débito em vez de cheques;
- Faça a sua administração financeira eletronicamente, sem utilizar papéis.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Floresta nativa


Registrei essa imagem durante uma visita de campo que fiz na semana passada a um pólo agroflorestal, no município de Xapuri, com técnicos do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) e Secretaria de Agricultura e Produção Familiar (Seaprof). Na foto, uma castanheira centenária. Árvore símbolo da Amazônia. A beleza da imagem fala por si.

sábado, 20 de agosto de 2011

Fim de semana com temporais e queda nas temperaturas no Acre; Frio deve ser o mais forte do ano

De acordo com o Sipam, a umidade que já vinha aumentando nos últimos dias no Acre ganha fôlego com a aproximação de uma frente fria e o fim de semana promete chuva e queda nas temperaturas. Segundo os meteorologistas do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a presença de uma massa de ar polar no sul do país irá aumentar a instabilidade no estado entre neste sábado (20).

“O sistema organizará nuvens convectivas com potencial para provocar temporais localizados em todo o Acre. Há grandes possibilidades de que ocorram fortes pancadas de chuva, acompanhadas de rajadas de vento de mais de 30 km/h em todas as regiões acrianas”, revela o meteorologista Luiz Alves.

Após a chuva, os termômetros caem bruscamente, iniciando um evento de friagem que poderá ser o mais forte do ano. As temperaturas ficarão baixas e o vento soprará de forma constante, mas com intensidade moderada, durante todo o domingo e a próxima segunda-feira.

Mínima chegará a 10ºCA queda brusca na temperatura fará com que a máxima baixe cerca de 10 ºC em Rio Branco de sexta para sábado e ainda descerá mais no domingo. Segundo a previsão meteorológica, o dia mais ameno deste evento será o domingo, que terá o céu fechado, aumentando a sensação de frio.As temperaturas mais baixas serão 10 ºC em Brasiléia, 11 ºC em Sena Madureira, 12 ºC em Rio Branco e Acrelândia, 13 ºC em Tarauacá e 14 ºC em Cruzeiro do Sul. A partir de terça-feira (22), os termômetros deverão voltar a subir.


Fonte: Assessoria do SIPAM

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Ponte sobre o Rio Juruá é inaugurada



Foi inaugurada neste domingo, dia14, pelo governador Tião Viana a ponte sobre o Rio Juruá. Com 560 metros de comprimento a ponte da união é a maior da BR-364. A obra vai dar agilidade ao tráfego de veículos. Além de simbolizar a integração entre os Vales do Juruá, Purus e Acre a obra deve se consolidar como cartão postal da cidade de Cruzeiro do Sul.

sábado, 13 de agosto de 2011

Funai divulga imagens de área de índios isolados no Acre

A Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou neste sábado (11) fotos do local onde moram os índios não contactados que se temia terem sofrido algum tipo de violência da parte de um grupo armado que estaria circulando pela Terra Indígena Isolados do Envira, no oeste do Acre, de acordo com informações de servidores do órgão federal. As imagens foram feitas na terça-feira.

"O bom estado das moradias e plantações indica que é baixa a possibilidade de que tenha havido contato com o grupo armado vindo do Peru, que esteve monitorado pela equipe da Frente de Proteção Etnoambiental Envira, da Funai", afirma o órgão em nota.

A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, já havia adiantado que os isolados aparentemente não haviam sofrido violência.

“Sobrevoamos a base da Funai. Verificamos que ela está intacta e não tem qualquer avaria. Sobrevoamos mais dez minutos para frente e avistamos roças e malocas novas. Estavam todas intactas. Isso nos leva a supor que esses índios estavam bem”, informou a secretária.
Isolados 1 (Foto: Mario Vilela - Funai/Divulgação) 
Em sobrevoo, roça e  maloca intacta foram avistados. (Foto: Mario Vilela - Funai/Divulgação)

Ainda assim, de acordo com Miki, dez homens da Força Nacional de Segurança serão mandados à base até sexta-feira para apoiar os servidores da Funai que estão no local até a chegada do Exército, que deve enviar tropas para lá até o fim de agosto.

Um traficante de drogas português foi preso na floresta na última semana. “Vamos para lá para amenizar os ânimos. Os servidores temem represálias, o que é normal”, diz a secretária. O português estaria com dois peruanos, que não foram capturados.

Isolados 2 (Foto: Mario Vilela - Funai/Divulgação) 
Plantação dos índios isolados em meio à selva.  (Foto: Mario Vilela - Funai/Divulgação)

Invasão
Há cerca de uma semana, a Base Xinane da Funai, na Terra Indígena Isolados do Envira, virou foco de atenção porque servidores do órgão federal de proteção aos índios alertaram que haveria um grupo armado de peruanos circulando nas imediações. No momento, a equipe da Funai na base está sendo protegida por seis soldados do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Acre.

Na última semana, os servidores da Funai, entre eles o coordenador de Índios Isolados e de Recente Contato da fundação, Carlos Travassos, denunciaram que um grupo armado vindo do Peru estaria rondando a região onde habitam os indígenas isolados, no Rio Envira.
Isolados 3 (Foto: Mario Vilela - Funai/Divulgação) 
Grupo vive a cerca de 30 km da fronteira do Acre com o Peur. (Foto: Mario Vilela - Funai/Divulgação)

Eles foram até a base na tentativa de localizar os invasores e proteger os indígenas de um eventual conflito com o bando. Dias antes, índios ashaninka do Peru haviam alertado que o grupo armado estava descendo o Rio Envira em direção ao Brasil.

A Funai pediu a presença da Polícia Federal, que ficou uma semana na base, conhecida como Xinane. Mateiros da Funai viram dois homens armados rondando o local e, mais tarde, localizaram o traficante português Joaquim Antônio Custódio Fadista, que acabou preso pela PF.

Em março, Fadista havia sido detido na mesma região. Na ocasião, quando abordado pela polícia, ele deixou cair uma mochila no Rio Envira, a qual se suspeita que contenha drogas. O português foi extraditado para o Peru porque tinha uma ordem federal de expulsão do Brasil contra ele, e foi solto no país vizinho.

Depois da prisão do traficante, a PF deixou a Base Xinane. Os funcionários da Funai, no entanto, decidiram ficar e, quando voltavam à base de helicóptero, viram homens correndo para o mato.

No sábado, os funcionários da fundação encontraram, na outra margem do Rio Envira, um acampamento aparentemente usado pelo bando peruano, onde encontraram cartuchos tirados da base da Funai e flechas que pertenceriam aos índios isolados, o que seria um indício de que os homens armados entraram em contato com eles ou estiveram em algum lugar onde estes habitam.

Fonte: globonatureza

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Amazon Sat – “A Cara e a Voz da Amazônia”



Esta semana o programa “Viagens Pela Amazônia” é produzido por este repórter e o cinegrafista Gilberto Sampaio (equipe Amazon Sat Acre) pela primeira vez sobre Rio Branco. Em três blocos, que deve ir ao ar até o final desse mês, vamos mostrar a capital do Acre desde a época do seringal Empresa até o momento atual. Arquivos inéditos sobre a cidade. Os pontos turísticos e históricos de uma das capitais mais belas da Amazônia. 


Um dos entrevistados é o historiador Marcos Vinícius Neves que dá uma verdadeira aula sobre a capital de todos os acreanos. Vamos mostrar ainda os pontos turísticos da cidade com destaque para os 57 hectares do parque Chico Mendes e suas 33 espécies de animais em cativeiro, alguns ameaçados de extinção como a onça pintada e o Gavião Real. Imperdível!
 



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Madrugada gelada


Segundo o portal Clima Tempo, a madrugada desta sexta-feira, dia 5, foi a mais fria do ano no Acre. Os termômetros cravaram 12 graus. Que pena que o calor já está de volta.  

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Globo Repórter mostra viagem desde a nascente até a foz do Rio Amazonas

Rio Amazonas (foto/divulgação)


Nesta sexta-feira (5), o Globo Repórter, em parceria com o projeto Globo Natureza, apresenta uma viagem nas águas amazônicas. Duas equipes de reportagem chegam à pequena lagoa que dá origem ao maior rio do mundo e mostram a aventura de atravessar as águas entre as montanhas do Peru.

Você vai conhecer a nascente mais distante e mais alta do Rio Amazonas e vivenciar a aventura de atravessar, entre condores, lhamas e flamingos, o caminho das águas entre as montanhas do Peru, e ver povoados fantasmas, canyons gigantescos e a cidade perdida dos incas, Machu Pichu. No lado brasileiro, a força do rio que devora ilhas e leva a terra de um lado para outro.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Desmatamento da Amazônia volta a aumentar, indica Inpe



O desmatamento na Amazônia deve reverter sua tendência de queda em 2011. Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgados nesta terça-feira mostram que o acumulado do ano até agora atingiu 2.429 quilômetros quadrados, contra 2.295 quilômetros quadrados no ano passado. E isto ainda faltando um mês para o encerramento da série anual.

Ou seja, mesmo que em julho não caia uma só árvore na Amazônia, o crescimento da taxa entre agosto de 2010 e julho de 2011 terá sido de 6% se comparado ao igual período do biênio 2009/2010 (o desmatamento é medido sempre de agosto a julho do ano seguinte).

É uma margem pequena, praticamente empate técnico. A possibilidade de desmatamento zero em julho, porém, é remota, já que o mês de seca (o chamado "verão" amazônico) costuma ser o pico da devastação. 

Em junho, os dados do sistema Deter (que vê o desmatamento em tempo real, mas com menos precisão) indicam um desmatamento de 312,69 quilômetros. É um aumento de 28% em relação ao mesmo mês do ano passado, e de 16% em relação a maio deste ano.

Em 2010, a Amazônia registrou o menor desmatamento já medido desde que o Inpe começou a série histórica com satélites, em 1988: foram 6.451 quilômetros quadrados medidos pelo Prodes, o sistema que dá a taxa oficial.

O Deter é mais rápido que o Prodes, porém é "míope": não detecta pequenas áreas desmatadas, portanto, o governo evita usá-lo para cálculo de área. No entanto, o comportamento da série do Deter permite estimar a tendência da devastação.
MARCO
A série de dados do Deter indica que a reversão da tendência de queda do desmatamento começou em março. Em abril, quando o debate sobre o Código Florestal começou a pegar fogo no Congresso, a devastação medida pelo Deter cresceu 835%, o que levou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a convocar uma espécie de "gabinete de crise".

Segundo o governo, expectativas do setor produtivo em relação à anistia a desmatadores prevista no projeto então em discussão na Câmara dos Deputados, somados ao mercado de commodities agrícolas aquecido e a uma lei de zoneamento complacente em Mato Grosso, foram culpados pela escalada. 

O Ibama suspendeu todas as suas operações de fiscalização no restante do Brasil e deslocou mais de 500 agentes para reforçar a fiscalização na Amazônia.

Mas ações do próprio governo também estão se mostrando corresponsáveis pelo aumento no desmate. 

Entre os municípios mais desmatados em junho estão Porto Velho (RO) e Altamira (PA), o que provavelmente reflete impactos das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, e Belo Monte, no rio Xingu. 

Fonte: INPE com informações da globonatureza

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Friagem deve atingir o Acre nesta terça-feira

O intenso calor registrado nos últimos dias no Acre deve dar uma trégua com a chegada de uma frente fria de intensidade forte, na madrugada de terça-feira, 2. A previsão é do pesquisador Davi Friale.

A frente fria deve vir acompanhada de ventos que podem chegar a 30 km/h e chuvas esparsas em pontos isolados do Estado. A temperatura deve variar entre 11 e 13ºC durante a noite e abaixo de 25ºC de dia. A friagem deve reduzir consideravelmente a umidade relativa do ar, que ficará em um nível preocupante entre 30 a 40%, aumentando o risco de queimadas.

A temperatura agradável deve permanecer até a próxima quinta-feira, 4, se dissipando na sexta-feira. Esse será o maior frio deste ano.

Fonte: agazetadoacre.com

sábado, 30 de julho de 2011

Cruzeiro do Sul: Esgoto sem tratamento é lançado diretamente no Rio Juruá


Com uma população de pouco mais de quase 80 mil habitantes, a cidade de Cruzeiro do Sul que cresceu sem planejamento, hoje sofre com a poluição de um dos rios mais exuberantes da Amazônia Brasileira, o Rio Juruá. Sem estação para tratamento de esgoto, o Rio Juruá está se tornando um verdadeiro depósito de todo o esgoto gerado na cidade.

O perímetro urbano de Cruzeiro do Sul é banhado por três bacias hidrográficas, Igarapé São Salvador, Igarapé Boulevard e Igarapé Tiro ao Alvo, os três mananciais recebem 90% do esgoto doméstico e industrial da cidade, que tem como desfecho final o Rio Juruá.

Apesar de receber grande parte do esgoto do município, o Igarapé São Salvador é a fonte onde o estado capta a água que é distribuída para toda cidade. Muitos consumidores reclamam da qualidade do líquido. A dona de casa, Raimunda Ferreira da Silva, comenta que a água do DEPASA tem uma cor amarelada e sempre deixa sujeira no fundo dos recipientes utilizados por ela para armazenar o líquido.

A direção do DEPASA garante que a água é de boa qualidade e recebe todo um tratamento com produtos químicos para ser distribuída aos consumidores e a sujeira seria por causa do sulfato de alumínio utilizado no tratamento.

A coordenação da Secretaria de Meio Ambiente de Cruzeiro do Sul, informou que até agora não foi apresentado nenhum projeto por parte do executivo para trabalhar o tratamento do esgoto. O que a Secretaria está fazendo, segundo os técnicos é orientando os moradores a construírem fossas cépticas e sumidouros, para evitar que o esgoto continue caindo direto nos igarapés.

O chefe do departamento de meio ambiente da Secretaria, Antônio José, explicou que a cidade sofre por conta de uma cultura erronia sustentada ao longo dos anos, de que o esgoto doméstico deveria ser jogado nos igarapés. “Hoje, depois de 100 anos de fundação da cidade é que começamos a ver os prejuízos causados por falta de planejamento, mais de 90% das residências foram construídas com os canos do esgoto apontados direto para rua ou para um igarapé. O resultado de tudo isso, tem sido o aumento das doenças causadas pela contaminação através da água, como as hepatites, viroses, diarréias, infecções intestinais entre outras” explicou o coordenador.

A recomendação da coordenadora do departamento de controle ambiental da Prefeitura, Francisca Nascimento, é que os ribeirinhos fervam ou filtrem a água colhida no Rio Juruá para o uso doméstico e usem hipoclorito de sódio para ajudar a combater as bactérias contidas na água.

Fonte: www.tribunadojurua.com – Francisco Rocha

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Rio Acre atinge nível crítico




Nesta quinta-feira, dia 28, o Rio Acre atingiu um nível considerado crítico: 1metro e 92 centímetros. Bem abaixo dos 2metros e 55centímetros no mesmo período do ano passado segundo a Defesa Civil de Rio Branco.

A preocupação das autoridades aumenta à medida que se intensifica a estiagem amazônica. De acordo com o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) esse baixo nível pode comprometer o abastecimento de água da capital. Para evitar um colapso, algumas bombas flutuantes foram instaladas na estação de capação de água. Mas a participação da população no uso racional dos recursos hídricos é fundamental par ao sucesso desse processo.



São durante os meses de agosto e setembro que normalmente surgem os eventos extremos ligados as mudanças climáticas. Secas, baixa umidade, escassez de água e queimadas aumentam em todo o Estado e exige um maior rigor na fiscalização dos órgãos oficiais. O Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), por exemplo, já iniciou os sobrevoos para tentar detectar as áreas de queimadas na zona rural.

Para o pesquisador ambiental Claudemir Mesquita o cenário é bem parecido com as piores secas registradas no Estado nos anos de 2005 e 2010. "Todos precisamos estar atentos, autoridades e comunidades, para tentar evitar mais um grande evento ambiental extremo", disse.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Em MS, Pantanal sul sofre efeitos da maior cheia dos últimos 20 anos

Por Hélder Rafael




A região sul do Pantanal está sofrendo tardiamente os efeitos da maior cheia dos últimos 20 anos ocorrida em três sub-bacias pantaneiras localizadas ao norte, em território sul-mato-grossense. Em Porto Murtinho, no sudoeste de Mato Grosso do Sul, o nível do Rio Paraguai chegou a 6,82 metros no dia 25 de julho, de acordo com a régua da Agência Fluvial da Marinha. O marcador pode chegar mais próximo dos 7 metros até o fim de julho.
Na ilha fluvial Margarita, que fica em frente à sede do município brasileiro e pertence ao Paraguai, a população enfrenta problemas com o elevado nível do rio. Residências e comércios estão com água na porta, e alguns atracadouros ficaram submersos. O gerente de uma loja, o brasiguaio Márcio Riquelme, disse que há 15 anos não via uma cheia tão grande como a atual. "Tem um vizinho que a loja está com um metro e meio de água. Na minha loja ainda não chegou, mas o movimento de clientes caiu bastante", relata.

É a cheia que mantém o equilíbrio e a diversidade da vida no pantanal"Felipe Dias, doutor em recursos hídricosNa zona rural, pecuaristas tentam evitar prejuízos recolhendo o rebanho até as partes mais altas nas fazendas. Já na área urbana da cidade de 15 mil habitantes, um dique protege a cidade de alagamentos e suporta cheias de até 10 metros.

A elevação do Rio Paraguai em Porto Murtinho já era prevista pelos pesquisadores da Embrapa Pantanal, que fazem comparações entre a régua daquela cidade e a de Ladário, situada a cerca de 500 quilômetros em direção à nascente. O 6º Distrito Naval da Marinha em Ladário mantém desde 1900 uma régua de medição.

Em julho deste ano, a régua de Ladário marcou 6 metros, índice considerado acima da média. Na última década, o nível máximo atingiu 5,40 metros, em junho de 2006. Já o mínimo registrado pelo instrumento foi de 0,88 metro em novembro de 2005.

De acordo com a Embrapa, o volume maior de água - em parte ocasionado pelas chuvas de fevereiro e março nas sub-bacias do Aquidauana, Rio Negro e Miranda - foi o que provocou a elevação do nível do Rio Paraguai ao sul do Pantanal. Como o relevo pantaneiro é de baixa declividade (não mais de 1 metro por quilômetro em sentido leste-oeste e até 5 centímetros no norte-sul), as águas podem levar meses até escoar para o rio.

(Foto: Toninho Ruiz/Divulgação)Chuvas acima da média




 
Em março deste ano, as populações das cidades ribeirinhas de Aquidauana e Anastácio, situadas no pantanal sul-mato-grossense, viveram os efeitos da chuva intensa na região. A precipitação provocou a cheia do Rio Aquidauana, que divide as duas cidades onde vivem 70 mil pessoas. As águas chegaram a nove metros de altura e transbordaram do leito. Como consequência, mais de 850 pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas, além de danos a imóveis, estradas, pontes e prejuízos na zona rural.
O tentene Landis, do Corpo de Bombeiros em Aquidauana, trabalhou no mutirão de resgate das famílias que viviam às margens do rio. Ele conta que algumas pessoas não queriam abandonar seus imóveis. "Teve um rapaz que nos procurou dizendo que o pai dele, um idoso, não queria sair da casa. O senhor ergueu todos os móveis na altura do teto. Foi difícil, mas convencemos o idoso a sair", diz Landis.

 

Atlântico Sul em março (Foto: Reprodução/Cemtec)A enchente sem precedentes na história recente das duas cidades mobilizou mais de 200 pessoas para ações de resgate e auxílio, entre membros do Corpo de Bombeiros, Exército e prefeituras. Após serem removidas dos locais de risco, as famílias foram transferidas para abrigos improvisados em escolas, ginásios e igrejas. Apesar da calamidade, não houve registros de afogamento ou morte no período, segundo Landis.

 

As cidades de Aquidauana e Anastácio margeiam o rio que é um dos afluentes do Pantanal. Toda a região pantaneira é caracterizada por ciclos prolongados de cheia e seca, alternadamente. Segundo meteorologistas, o fim da estação de verão também marca a proximidade do término do período chuvoso, que dura de outubro a março.

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos (Cemtec-MS), a média histórica de precipitação na região de Aquidauana e Anastácio é de 125 milímetros em março. Mas neste ano, apenas nos primeiros 13 dias de março, choveu 216,6 milímetros, ou 173% do esperado para o mês inteiro. A meteorologista Cátia Braga aponta as causas da concentração severa de chuva: "O que provocou o fenômeno foi a Zona de Convergência do Atlântico Sul, que fica bem caracterizada nos meses de verão e altera o regime de chuvas nas regiões por onde passa", diz.

As águas pluviais também deixaram estragos na zona rural, onde a pecuária constitui uma importante fonte geradora de riquezas. O presidente do Sindicato Rural de Aquidauana, Timóteo Proença, estima prejuízo de até 20% do rebanho dos produtores da região por causa da enchente. "Sempre fazemos o manejo do gado para as partes mais altas, mas este ano foi uma cheia diferente, atípica", conta.

Embora o pantanal seja regulado pela alternância de fenômenos climáticos intensos, seus efeitos são extremamente benéficos para o bioma, de acordo com o doutor em recursos hídricos da Universidade Católica Dom Bosco, Felipe Dias. "É a cheia que mantém o equilíbrio e a diversidade da vida no pantanal", afirma. Condição que se confirma pelos pecuaristas. "Depois da cheia fica ótimo, o pasto se renova e as águas eliminam naturalmente as pragas", diz Timóteo Proença.

"O produtor tradicional sabe que em determinadas épocas pode ou não manejar o gado. Por isso consegue trabalhar de forma harmônica com a natureza. Quem pensar que pode adotar as mesmas práticas que no planalto, irá falhar", explica Dias.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Setor de aviação quer reduzir emissões pela metade até 2050

 

O setor de aviação comercial pretende reduzir pela metade as atuais emissões de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera, de cerca de 650 milhões de toneladas por ano. Isso representa 2% do total global de emissões.

Desde a década de 1960, as partículas poluentes emitidas pelas empresas de aviação caíram cerca de 70%.
Paul Steele, diretor executivo da ATAG (Air Transport Action Group), entidade que reúne organizações e empresas da indústria aérea, disse que com as novas tecnologias de aeronaves em motores, cada vez haverá menor gasto de combustível e menor nível de poluição.

"Estão em desenvolvimento novos materiais, mais leves, e melhorias em aerodinâmica que contribuem para a redução das emissões", disse o executivo. 

Segundo ele, o mercado brasileiro de aviação ainda tem muito a crescer. Dados mostram que um cidadão americano viaja de avião em média, 1,8 vez ao ano, enquanto o brasileiro viaja 0,3 vez no mesmo período.

Turismo: Acre apresenta roteiros turísticos do Estado na Expoacre 2011

Por Diego Gurgel




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‘Tá na hora de conhecer o Acre’. Este é o tema lançado pela Secretaria de Turismo e Lazer (Setul) na Expoacre 2011. Com um estande inovador, a Setul disponibiliza para o visitante vários serviços e atrações, tornando o passeio pelo local um programa agradável para todos que visitam a feira.

Uma das novidades apresentadas é a "bolha", com os roteiros turísticos do Estado. Por ela é possível caminhar pela cidade de Rio Branco, conhecer os caminhos das aldeias e biodiversidade do Acre, tudo isso ao som de cachoeiras e pássaros da região. É possível até mesmo encontrar um indígena passeando pela mata. Continuando o passeio, os visitantes podem conhecer os caminhos do Pacífico pela 
Rodovia Transoceânica, rumo ao país vizinho, o Peru.

Ao fim do passeio, também se pode tirar uma foto de frente para a Cachoeira do Ar-Condicionado, uma grande atração da Serra do Divisor. Além dessas atrações interativas, o visitante poderá conhecer os serviços prestados por várias operadoras de turismo de Rio Branco, e também do Peru e da Bolívia.

A Lorenzo Expeditions é uma empresa peruana e está presente no espaço da Setul apresentando uma nova trilha para Macchu Picchu, a Inka Jungle Trail, além de outra empresa boliviana, que mostra uma opção de turismo que está começando a ganhar visibilidade na região de Santa Cruz de la Sierra, o turismo de estética. A Ormeño, empresa de viagens peruana, também é outra novidade. Ela oferece uma linha de Rio Branco até Caracas, capital da Venezuela, passando por Cuzco, Arequipa e Lima, no Peru.

Além disso, a TAM, a TRIP, e a Aerosur estão presentes no espaço Turismo. O visitante pode votar na Amazônia, participando da campanha‘Wonder Amazon, que pretende colocar a Amazônia entre uma das sete maravilhas da natureza. O grande fluxo de visitantes no espaço demonstra o interesse do acreano de conhecer mais sobre o Estado e suas belezas.

domingo, 24 de julho de 2011

MT é responsável por 28% dos focos de queimadas registrados no país

Por Kelly Martins Do G1 MT

Queimada em Mato Grosso (Foto: Guilherme Filho/Secom-MT)
Governo do estado decidiu ampliar o período de proibição de queimadas. (Foto: Guilherme Filho/Secom-MT)
 
 
As queimadas no estado de Mato Grosso já são responsáveis por 28% do número total de focos registrados no Brasil, neste ano. Dados dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que das 6.102 queimadas identificadas no país, 1.777 ocorreram no estado, no período de 1º de janeiro a 21 de julho.
 
Apesar de o número estar abaixo do identificado no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 2.852 focos de incêndio no território mato-grossense, a incidência poderá aumentar nos próximos dias devido à alta temperatura, baixa umidade do ar e ao alto índice de desmatamento. A avaliação é do professor e biólogo Romildo Gonçalves, do Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

O biólogo explica que as massas de ar quente e seco estão cada vez mais frequentes no país, o que estaria causando reflexos no estado, além das intempéries influenciarem diretamente na vegetação. “As condições climáticas, com a evolução do aquecimento global, têm reflexo direto no ecossistema e, em Mato Grosso, não será muito diferente neste ano em comparação com o último”, frisou o professor. Segundo ele, o período mais crítico para queimadas são os meses de agosto e setembro.

Arte - queimadas (Foto: Editoria de Arte/G1)
Enquanto em abril os satélites captaram 89 focos de queimadas em Mato Grosso, em maio foram 325. Em junho, o índice cresceu para 900 e, até o dia 21 de julho (quinta-feira), o estado já tinha acumulado 356 focos. Em outro aspecto, o professor considera motivo de preocupação a devastação na região da Amazônia Legal, em que o estado teve, por exemplo, 93,7 km² de florestas devastadas no mês de maio, sendo que em abril perdeu 405,5 km² de mata, segundo relatório do Inpe. Para Gonçalves, os dados reforçam o risco da ocorrência de mais queimadas neste ano do que em 2010. "Depois de tirar a mata, as pessoas colocam fogo para usar a área", frisa.

Parque Nacional
Em 2010, o fogo consumiu cerca de um terço do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, cobrindo Cuiabá de fumaça escura. A estimativa é que 11 mil hectares tenham sido consumidos no incêndio. Com um ecossistema que inclui de savanas a matas fechadas, o parque abriga sítios arqueológicos e cabeceiras de vários rios das bacias do Alto Paraguai e Amazônica. " O alerta neste ano vale para o Pantanal mato-grossense e o Parque Nacional do Xingu, que não registram incêndios há oito anos, mas podem sofrer alterações pela falta de infraestrutura e proteção ambiental", avaliou Romildo Gonçalves.

O Comitê de Gestão do Fogo de Mato Grosso informou que as cidades com maior número de alertas de incêndios são Tangará da Serra, Cláudia e Querência, localizadas na regiões norte e médio norte do estado. O tenente-coronel Dércio Santos, coordenador-geral adjunto do Comitê, declarou ao G1 que a meta é reduzir 65% da quantidade de focos de calor registrados em 2010 e retirar o estado da lista dos que mais queimam.

O coordenador disse ainda que o Corpo de Bombeiros está presente em 17 das 141 cidades mato-grossenses, com bases operacionais montadas com o objetivo de controlar o fogo. "Nós já reduzimos muito em relação ao último ano e estamos atuando com reforço e apoio das prefeituras dos municípios para o combate às queimadas. Porém, temos que avaliar que a estiagem e a baixa umidade são ameaças contanstantes, mas podemos mudar o quadro com a nossa conduta", pontuou o tenente-coronel.

Ele frisa que a questão da educação ambiental também é séria e que as pessoas devem contribuir para a diminução dos focos, deixando as práticas e a cultura de colocar fogo, por exemplo, em folhas secas ou nos quintais de casa. "Muitos incêndios registrados, senão a maioria, foram provocados pelo homem", afirma.

Quanto ao desmatamento, o coordenador admite que o índice registrado no território mato-grossense poderá colaborar para que a situação das queimadas se agrave, porém, considera que o governo do estado e a união têm realizado trabalhos intensivos com a finalidade de diminuir o número de áreas devastadas.

Investimento
O combate às queimadas deve custar mais de R$ 111,5 milhões durante o período proibitivo no estado, que este ano será de de 1º de julho a 15 de outubro, considerado o mais longo da história. Diante dos altos índices de focos de queimada, o pedido de antecipação e ampliação foi feito pelo secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso, Alexander Maia. Ao todo, o estado pretende contar com o trabalho de dois mil homens de todos os órgãos ambientais durante o período proibitivo.

O montante foi calculado com base no planejamento orçamentário do Governo do Estado, Departamento 
Nacional de Infra-estrutura (Dnit) e Corpo de Bombeiros. O secretário Alexander Maia disse que o Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA) autorizou a liberação de R$ 13 milhões para a instalação de uma base de controle das ocorrências em Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá.

A pretensão, de acordo com o secretário, é implantar quatro bases semelhantes a essa, porém, segundo ele, ainda não há recursos liberados para o projeto. O montante será gasto na compra de equipamentos para as equipes do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema). Embora tenha sido contemplado com a verba, o governo do estado havia requisitado R$ 80 milhões para investir nas ações de combate e prevenção.

Além dessa verba, Maia afirmou que serão gastos R$ 5 milhões em campanhas publicitárias com a finalidade de tentar conscientizar a população sobre os riscos dos incêndios, assim como alertar sobre a penalidade aplicada ao responsável pelo crime ambiental. As multas variam entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil por hectare para áreas abertas e de floresta, respectivamente.