
segunda-feira, 30 de março de 2009
Imazon detecta 62 km² de desmatamento na Amazônia no mês de fevereiro

domingo, 29 de março de 2009
Ex-governador Jorge Viana fala sobre as hidrelétricas do Rio Madeira

Na sexta-feira, dia 27, estive em seu escritório, no centro de Rio Branco, para conversar com um dos homens mais influentes da policia na Amazônia. Jorge Viana foi um dos principais defensores do uso dos recursos naturais para a geração de energia limpa e renovável quando governou o Estado por dois mandatos (1999 a 2002 e de 2003 a 2006).
- Durante o meu segundo mandato, estive por diversas vezes em Brasília com o presidente Lula sensibilizando as autoridades da importância dessa obra para o desenvolvimento da região -, frisou o ex-governador.
O complexo hidrelétrico do rio Madeira é um investimento na ordem de R$ 22 bilhões. Com mais R$ 8 bilhões do sistema de transmissão (linhão) esses recursos chegam a R$ 30 bilhões com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Atualmente são mais de três mil empregos direitos e vão chegar a dez mil até o próximo ano. Os setores de comércio e serviço tiveram um aumento de 30% no último trimestre a partir das obras das usinas, aponta a Associação Comercial de Rondônia. A Votoratim também abriu centenas de postos de emprego com a construção de uma Fábrica de Cimento, em Porto Velho, para abastecer as obras. De acordo com a Federação das Indústrias do Acre, algumas empresas acreanas também estão exportando produtos como postes e madeira para os canteiros de obras das usinas.
Senildo Melo: Diante de todo esse cenário, como Acre e Rondônia podem aproveitar melhor esse momento, ex-governador ?
Jorge Viana: “É um momento muito importante. As pessoas do eixo sul e sudeste precisam entender que a Amazônia pode sim conciliar preservação ambiental com desenvolvimento sustentável. E as usinas do rio Madeira é um bom exemplo disso”, disse.
Senildo Melo: Mas como seria efetivamente esse desenvolvimento ?
Jorge Viana: “Se gera muito emprego agora com a construção das hidrelétricas, mas daqui a alguns anos teremos energia limpa, barata e com qualidade suficiente para que grandes indústrias se instalem na nossa região”, lembrou.
Senildo Melo: E a preservação do meio ambiente, não ficará comprometida com o impacto da obra ?
Jorge Viana: “De maneira alguma. Hoje a energia que chega para nós é gerada por meio de termoelétrica. Isso polui muito o meio ambiente porque é produzida a partir da queima do óleo diesel. No caso das hidrelétricas, o sistema adotado é o de turbinas de bulbo, que reduz o impacto em até 80% se comprado com outras hidrelétricas no país. Com isso, a área inundada é menor porque não existe a necessidade de se construir grande barragens como a de Itaipu”, comentou.
Senildo Melo: O Sr. acredita que as comunidades no entorno das usinas vão se beneficiar desse empreendimento ?
Jorge Viana: “Aí entra à tese que eu defendo desde os tempos de governador: é preciso se criar um meio, e aí temos de encontrar esse mecanismo, de uma espécie de compensação financeira a essas comunidades e aos governos de Rondônia e Acre pelo uso dos nossos recursos naturais. No caso o rio Madeira para a geração de energia”, concluiu.

sexta-feira, 27 de março de 2009
III Semana de Engenharia Florestal é encerrada nesta sexta-feira na Ufac

O ex-governador e presidente do Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Acre, Jorge Viana, proferiu palestra sobre o uso múltiplo dos recursos florestais.
- Precisamos aprender com as comunidades tradicionais. Elas retiram as riquezas da floresta sem destruí-la. Eu continuo acreditando que o melhor meio para o desenvolvimento sustentável é aproveitar tudo o que a floresta nós reserva, mas respeitando sempre o meio ambiente -, disse Jorge Viana, que também é engenheiro Florestal pela Universidade de Brasília.
quinta-feira, 26 de março de 2009
Crime ambiental: 25 mil litros óleo diesel são derramados em Tarauacá

A diretoria da empresa não se pronunciou oficialmente sobre os danos ambientais causados pelo incidente. Moradores da cidade armazenam o produto em tambores. Essa é a segunda vez que a Guascor provoca um dano ambiental dessa dimensão em Tarauacá. A primeira aconteceu no ano passado quando 30 mil litros foram derramados e ninguém foi punido.
Desta vez o Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) enviou uma equipe de técnicos ao local. Eles avaliam o tamanho do dano e o tipo de punição prevista na legislação ambiental.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Lula confirma nova visita ao Acre

terça-feira, 24 de março de 2009
Colisão entre barcos deixa um morto e um ferido em Marechal Thaumaturgo

sexta-feira, 20 de março de 2009
Hidrelétrica de Santo Antônio em Porto Velho prevê gerar 10 mil empregos
Atualmente a obra mantém 2 mil e 300 postos de emprego. 90% dos trabalhadores foram capacitados pelo Instituto Acreditar, da empresa Odebrecht. O custo total da obra de Santo Antônio é de 12 milhões de reais e a previsão é que até meados de 2012 já seja possível à geração de 3.150 megawatts de energia limpa, o que equivale a 4% de toda energia consumida pelo país. Mas a inauguração definitiva da usina acontece somente em 2015. A TV Aldeia enviou uma equipe para produzir uma série de reportagens especiais sobre o empreendimento. O material vai ao ar na próxima semana.
Jirau
Por enquanto a usina de Jirau ainda aguarda a liberação da licença ambiental por parte do Ibama para iniciar as obras. O Presidente Lula quando esteve em Porto Velho, na semana passada, prometeu a autorização o mais rápido possível. “Uma obra desse porte e que vai trazer tantos benefícios para o país não pode ficar parada um dia se quer”, comentou Lula.
Energia mais barata para o Acre
A tecnologia empregada é o sistema de bulbo, que aproveita a velocidade da água para movimentar os equipamentos e gerar a energia limpa. A previsão dos executivos das empresas é que a energia passe a ser gerada com mais qualidade. “Assim a energia ficará mais barata, já que não será mais gerada por meio da queima de óleo diesel. O Acre também será beneficiado com uma energia e qualidade e preço mais acessível”, concluiu Valdemar Camata (foto), gerente de Relações Institucionais da construtora Norberto Odebrecht.
quinta-feira, 19 de março de 2009
Cheia do rio Acre: nível baixa mas situação ainda é preocupante

Quatro equipes da prefeitura da Rio Branco estão atuando diariamente no atendimento às famílias vítimas da alagação. De acordo com o coronel Gilvan Vasconcelos, são 40 pessoas, dos quais 26 são funcionários da Emurb e Semsur e homens do Corpo de Bombeiros.
terça-feira, 17 de março de 2009
Madeireiros expulsam indios isolados do Peru para a fronteira do Acre

Como a região é tomada por florestas, o sertanista precisa trabalhar com evidências para descobrir o que ocorre dentro da mata. Recentemente, objetos boiando no rio mostraram que a atividade madeireira ocorre a todo vapor na região: foram encontradas várias pranchas de mogno, além de galões de óleo.
Do lado brasileiro, há pelo menos três tribos que vivem sem contato. A região é protegida por reservas, mas Meirelles teme que ocorra um conflito entre os próprios indígenas isolados, já que os peruanos supostamente não reconheceriam as tribos brasileiras.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Comunidade da Reserva Nacional do Macauã é beneficiada com energia

Para chagar ao local é necessário percorrer um longo caminho. De Rio Branco a Sena Madureira são 144 km pela BR-364. O restante da viagem é feita de barco. Até a Reserva Extrativista Cazumbá Iracema, no Rio Macauã, são mais de cinco horas de voadeira subindo os Rios Iaco e Macauã. Mas se o mesmo percurso for realizado de batelão são dois dias de viagem.
Levar energia elétrica a comunidades tão distantes da Amazônia não é tarefa fácil. Mas a partir da implantação do programa Luz para Todos, em 2003, mais de 25 mil famílias no Acre já dispõe desse conforto, afirma a coordenadora estadual do programa, Nádma Farias.

O seringal Cachoeira, na Floresta Nacional do Macauã, foi escolhido pela coordenação do programa para desenvolver o projeto de energia alternativa. Em pequenas embarcações a população veio em bom número para acompanhar a demonstração de uma unidade do Fogão Gera Luz, um invento da Fundação de Tecnologia do Acre. O fogão funciona a lenha, tem capacidade para alimentar quatro lâmpadas, uma TV e claro o fogão. Tudo ecologicamente correto. Apesar do sucesso, o governo do Acre ainda luta para o invento ser aceito pelo ministério de minas e energia.
Ao todo 320 famílias foram contempladas com energia alternativa do programa Luz para Todos. A reportagem completa você pode assistir nesta terça-feira, dia 17, nos telejornais da TV Aldeia.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Aquecimento global pode destruir 85% da floresta amazônica, prevê estudo

No caso de um aumento de 3 graus, a seca decorrente poderia destruir 75% da maior floresta tropical do mundo. A previsão é baseada em modelos desenvolvidos por computador. A principal novidade, reporta a imprensa britânica, é que os modelos sugerem que a floresta sofre as conseqüências do aquecimento global de forma mais lenta do que se pensava – pode demorar até um século para que um aumento de temperatura destrua determinado pedaço de vegetação.
“Um aumento de temperatura acima de 1 grau já implica em perdas futuras na floresta amazônica. Mesmo a comumente citada meta de 2 graus já compromete entre 20% e 40% de perda. Em qualquer escala de tempo, deveríamos ter a perda de floresta na Amazônia como irreversível”, disse Chris Jones, segundo nota do “Guardian”. O estudo foi apresentado numa conferência sobre aquecimento global em Copenhague, na Dinamarca.
terça-feira, 10 de março de 2009
Sapos venenosos amazônicos têm origem nos Andes, conclui universidade dos EUA

Para reconstruir a história dessas espécies de anfíbios em 45 milhões de anos, os cientistas estudaram seu DNA, já que não havia fósseis suficientes para o estudo. Foi criada uma árvore genealógica com 223 das 353 espécies de sapos venenosos conhecidos na região amazônica. A análise aponta que toda essa variedade descende de 14 espécies ancestrais que existiram há cerca de 23 milhões de anos. Onze delas têm origem nos Andes. A chegada dos sapos venenosos à Amazônia aconteceu antes mesmo de surgir a densa rede fluvial da região – calcula-se que o Rio Amazonas tenha surgido há 9 milhões de anos.
Segundo nota da Universidade do Texas, a pesquisa é a primeira a mostrar que os Andes contribuíram para a grande biodiversidade amazônica, o que contraria a ideia de que as inúmeras espécies existentes na floresta surgiram todas na própria região.
segunda-feira, 9 de março de 2009
Rede Record anuncia investimentos de R$ 200 milhões em novelas só em 2009

Presidente Lula confirma visita a hidrelétricas do Rio Madeira

A obra é gerenciada pela empresa Madeira e Energia, que abrange o consórcio Furnas e Odebrecht. Desde o início da obra, em meados de janeiro de 2009, o consórcio teve de responder na justiça a várias ações de movimentos contrários à realização do empreendimento. Mais de R$ 1 milhão em multas já foi aplicado pelos órgãos ambientais, que alegam descumprimento de parte do estudo de impacto ambiental.
Um grupo de pessoas ligadas ao movimento contrário às barragens promete realizar manifestações durante a visita presidencial.
sexta-feira, 6 de março de 2009
Amazônia vai demorar 50 anos para se recompor após seca de 2005

A seca enfrentada em 2005 pela floresta amazônica causou uma mortandade de árvores que demorará cerca de 50 anos para ser compensada, aponta Ieda Amaral, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Ela é coautora do estudo divulgado pela revista "Science", que diz que as florestas tropicais da África e da América Latina podem acelerar o aquecimento global se o clima se tornar mais seco neste século. As plantas absorvem o dióxido de carbono (CO2) quando crescem, e o liberam quando morrem e apodrecem.
"A floresta amazônica foi surpreendentemente sensível à seca", disse Oliver Phillips, professor de ecologia tropical da Universidade Leeds (Inglaterra), responsável pelo estudo, que envolveu 68 cientistas.
Ieda Amaral produziu informações para o estudo na região de Manaus, bem no centro da Amazônia. Naquela região, conta, os efeitos da seca foram sentidos claramente. “Tivemos muitos casos de árvores mortas em pé”, conta. Mesmo as grandes árvores – algumas com 1,80 metro de diâmetro – apresentaram sintomas da estiagem. “Nesses exemplares de maior diâmetro notamos diminuição de até 2 centímetros no tronco”, relata Ieda.
O estudo, que utiliza medições feitas em campo em todos os países da Amazônia, estima que a floresta tenha absorvido em média 2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano desde a década de 1980, mas perdido 3 bilhões na seca de 2005, que matou árvores e retardou o crescimento das plantas.
"O impacto total foi de 5 bilhões de toneladas adicionais de dióxido de carbono na atmosfera. É mais do que as emissões anuais da Europa e do Japão combinadas", afirma Phillips.
A pesquisadora do Inpa diz que, por enquanto, ainda não se sabe exatamente as conseqüências dessas emissões e como fazer para evitar que se repitam, mas que a repercussão da pesquisa vai servir para que este campo do conhecimento se desenvolva mais rapidamente.
“É possível que a seca de 2005 seja parte de um ciclo natural. Neste caso, o melhor que o homem pode fazer é evitar outras emissões de gases de efeito estufa para que as da Amazônia tenham menor impacto”, explica Amaral.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Ibama descobre acampamento de madeireiros na divisa do Brasil com o Peru

Atualmente o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) está realizando o monitoramento da fronteira do Brasil com o Peru que vai do marco 86 ao 40. Durante os sobrevôos, um acampamento de madeireiros e trilhas foram identificados, devido à área de mata fechada não foi possível definir se realmente trata-se de uma invasão ao território brasileiro. Segundo Marcio Vinícius, chefe do escritório do Ibama em Cruzeiro do Sul, uma melhor avaliação será feita em parceria com a Polícia Federal, caso seja constatada a invasão dos estrangeiros, uma operação será deflagrada.
Durante as atividades o Ibama constatou também, a retirada ilegal de madeira em alguns ramais da região do Juruá e o desmate de áreas considerável de floresta. No município de Mâncio Lima, por exemplo, foi constatada a derrubada de pelo menos 60 hectares de mata virgem em três propriedades diferentes. O Ibama retornou também a algumas fazendas embargadas por estarem em áreas não autorizadas para o desmate, os proprietários ignoraram a ordem e continuam utilizando normalmente os pastos nas áreas que deveriam está sendo reflorestadas.
O Ibama também está realizando a fiscalização nos rios e lagos principalmente próximos ao município de Ipixuna (AM) lugar onde é pescado a maior parte do peixe que abastece Cruzeiro do Sul. Marcio Vinícius disse que o trabalho é de orientação aos pescadores para que não descumpram o período do seguro defeso, que termina no dia 15 março. No ano passado quase 14 toneladas de peixe da espécie matrinxã, foram apreendidas pelo Ibama próximo a Cruzeiro do Sul, a pesca teria ocorrido ainda no período da proibição.
Banco Mundial aprova US$ 1,3 bilhão de empréstimo para projetos ecológicos no Brasil

Outro objetivo do projeto é proteger os cerca de 95.000 km² que restam da Mata Atlântica, o que corresponde a 7,3% da área original deste ecossistema.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Enchente no Rio Juruá deixa 20 famílias desabrigadas em Cruzeiro do Sul
