Estão na lista supermercados, indústrias de alimentos e de roupas.
Pelo menos 35 empresas já confirmaram ao Ministério Público Federal que deixarão de comprar gado ou derivados que tenham como origem os pastos recém-desmatados no Pará. Elas foram alertadas pelos promotores paraenses e concordaram em cortar fornecedores que não tenham como comprovar a origem de seus produtos.
A lista das empresas que confirmaram o boicote foi publicada pelo MPF nesta sexta-feira (19). Entre elas estão Vicunha Têxtil, Vulcabrás, Ypê e Sadia. Na semana passada, as redes de supermercados Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar já haviam anunciado corte na compra de produtos advindos de desmatamento.
Fazendas embargadas
Segundo o MPF, 21 fazendas embargadas pelo Ibama têm rebanhos de gado no Pará. Elas vendem para 13 frigoríficos e curtumes da região. Todos estão sendo processados. “A partir do momento que o frigorífico compra gado de um lugar que é embargado, o frigorífico é responsável solidário por aquele dano ambiental”, disse o procurador da Daniel Cesar Avelino, um dos autores da ação, quando anunciou as medidas do MPF.
Segundo o MPF, 21 fazendas embargadas pelo Ibama têm rebanhos de gado no Pará. Elas vendem para 13 frigoríficos e curtumes da região. Todos estão sendo processados. “A partir do momento que o frigorífico compra gado de um lugar que é embargado, o frigorífico é responsável solidário por aquele dano ambiental”, disse o procurador da Daniel Cesar Avelino, um dos autores da ação, quando anunciou as medidas do MPF.
A ONG ambientalista Greenpeace fez um levantamento paralelo da cadeia da carne e do couro em estados amazônicos e concluiu que a produção da região abastece também o mercado externo.
Boicote compulsivo
O corte nos fornecedores não é apenas uma indicação do Ministério Público. Quem não decretar o boicote corre o risco de também ser acionado judicialmente. “Foram reunidas provas suficientes da responsabilidade dos frigoríficos no desmatamento e quem não atender a recomendação e continuar comprando deles será processado como responsável solidário pela derrubada ilegal cometida em terras paraenses”, afirma Avelino em nota publicada pelo MPF.
O corte nos fornecedores não é apenas uma indicação do Ministério Público. Quem não decretar o boicote corre o risco de também ser acionado judicialmente. “Foram reunidas provas suficientes da responsabilidade dos frigoríficos no desmatamento e quem não atender a recomendação e continuar comprando deles será processado como responsável solidário pela derrubada ilegal cometida em terras paraenses”, afirma Avelino em nota publicada pelo MPF.
No total, o órgão enviou a recomendação a 69 empresas, das quais 39 já responderam. Quatro delas pediram mais prazos para tomar providências. Outras quatro disseram que já exigem selos de inspeção federal e notas fiscais ao comprarem produtos dos 13 frigoríficos paraenses processados pelo MPF. Segundo os promotores, novas advertências serão enviadas a essas empresas, pois eles entendem que esses documentos não garantem que o gado não veio de áreas recentemente desmatadas.
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