domingo, 21 de junho de 2009

Quando a política tenta mudar o tempo


O projeto de Lei de autoria do senador Arthur Virgílio (foto), do PSDB do Amazonas, que unifica o fuso horário brasileiro, é uma afronta às populações tradicionais da Amazônia. Gente que há séculos se habituou a acordar com o canto do galo e levantar ao clarear do dia.

Os argumentos de que a mudança traria benefícios nas áreas de transporte, comunicação e economia não podem ser levados em consideração quando se esta falando em alterar o modo de vida de milhões de pessoas. O mais intrigante é que esse senador tucano mora na Amazônia, mas com certeza não conversou com nenhum ribeirinho antes de apresentar o projeto. Se assim fosse, não teria descartado a realização de um plebiscito.

Por fim, fico com a tese do professor doutor em Ciências Físicas, Alejandro Fonseca, da Universidade Federal do Acre. Ele me disse em entrevista que o Brasil é um país continental, por isso a necessidade de se ter mais de um fuso horário.

- Se essa mudança for mesmo aprovada os estudantes, as pessoas e até mesmo os animais jamais conseguirão se adaptar. O relógio biológico das pessoas vai ser alterado e isso será irreversível-, disse o professor Alejandro Fonseca.

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